domingo, 24 de janeiro de 2021

GUIA DA VACINA

Guia da vacina: tudo o que você precisa saber sobre a campanha de vacinação


Quais serão os grupos prioritários?

Conforme o Ministério da Saúde, os primeiros a receber as vacinas são os profissionais de saúde da linha de frente do combate à covid-19, idosos que vivem em asilos e indígenas. Essas pessoas vão receber a imunização nos locais onde vivem/trabalham, sob a coordenação de cada município. O governo estadual de São Paulo já iniciou a vacinação com profissionais de saúde e deve começar a imunizar os outros grupos prioritários nos próximos dias: indígenas e quilombolas a partir do dia 25 de janeiro e idosos acima de 75 anos no dia 8 de fevereiro.

É necessário fazer cadastro para se vacinar?

Cada Estado definirá a necessidade ou não de cadastro. Em São Paulo, é possível fazer um pré-cadastro no vacinaja.sp.gov.br, que não é um agendamento, mas ajudará os profissionais a organizar o esquema de vacinação e evitar aglomerações. Quem não fizer o pré-cadastro também poderá ser vacinado.

Quais serão os locais de vacinação?

Cada Estado definirá os postos de vacinação. O Governo de São Paulo divulgou neste domingo a operação que começa oficialmente nesta segunda-feira com a imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme). Ou seja, ainda não é hora de se dirigir a postos de vacinação em busca de vacinação ou até mesmo de informações complementares.

Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?

A Anvisa liberou no domingo o uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, e de 2 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz. Não há, porém, doses do imunizante britânico no Brasil ainda - o governo federal tenta importar dois milhões de doses do produto da Índia.

A vacina será gratuita?

Sim. Inicialmente, a vacina será aplicada apenas pelo Sistema Único de Saúde, de forma gratuita a toda população.

A taxa geral de eficácia da Coronavac se revelou de 50,38%. O que isso significa?

Significa que, de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,38% não vão manifestar a doença graças à imunidade conferida pela vacina. Para quem acabou ficando doente, a vacina reduziu em 78% a chance de ter uma doença leve que precise de assistência médica.

A vacina de Oxford tem melhor eficácia?

As duas vacinas têm eficácia suficiente para ajudar no combate à pandemia. Nos testes, a vacina de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa. Nesse grupo de voluntários, a eficácia foi de 90%. Já no segundo grupo, que recebeu duas doses completas da vacina, a eficácia foi reduzida a 62%. Esses dois resultados permitiram obter eficácia média de 70%.

Quanto tempo após tomar a vacina a pessoa pode se considerar imunizada?

A imunidade depende de cada vacina. Um imunizante geralmente demora de duas a três semanas para fazer efeito. As duas vacinas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) precisam de duas doses para atingir a eficácia total. No caso da Coronavac, as vacinas devem ser aplicadas com intervalo de 28 dias. Já a vacina de Oxford pode ter espaço de 21 dias a 3 meses entre as aplicações.

Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem está tomando antibiótico?

As pessoas com febre devem aguardar para receber a vacina. Quem está tomando antibiótico deve conversar com o seu médico antes.

Por que a vacinação é importante?

Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais rápido terminará a pandemia. Isso porque diminuirá a circulação do vírus e maior parte da população fica protegida.

À medida que a imunização ocorra as medidas de isolamento podem ser relaxadas?

Os próprios técnicos da Anvisa que realizaram reunião pública e aprovaram o uso emergencial de ambas as vacinas - a Coronavac e a produzida por Oxford - ressaltaram que o País ainda está longe de vislumbrar um cenário em que as medidas de restrição impostas com base na ciência deixem de ser necessárias. Por isso, ainda é fundamental manter o isolamento sempre que possível e usar máscara e álcool em gel.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2021/01/guia-da-vacina-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-campanha-de-vacinacao.html

 

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