sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

REFLEXÃO DOMINICAL I SANTA MARIA, A MÃE DE DEUS

 

REFLEXÃO DOMINICAL I             

SANTA MARIA, A MÃE DE DEUS

Com fé e alegria celebramos a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, reconhecemos e homenageamos aquela que nos trouxe o Salvador. Maria é a Mãe de Deus porque é a Mãe de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Maria é a Mãe que, diante das palavras dos pastores, entendeu logo que não era só “seu Filho”: “Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8, 21). E aos pés da cruz, a Mãe de Jesus, que é a Mãe de Deus, recebe uma grandiosa missão, ser nossa Mãe, e nós a recebemos como Mãe: “Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à Mãe: ´Mulher, eis aí teu filho!`. Depois disse ao discípulo: ´Eis a tua mãe`” (Jo 19, 26-27). O Evangelho de hoje (Lc 2,16-21) nos diz que os pastores são os primeiros a receberem o anúncio do nascimento do Salvador, o que demonstra o grande amor de Deus pelo seu povo. Os pastores respondem, indo apressadamente a Belém, e encontram “Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura”. E isso é suficiente para eles compreenderem que ali está o Salvador deles, e de todos nós. Aquele menino é a realização da promessa de Deus, como o anjo lhes havia anunciado. Imediatamente os pastores se tornam anunciadores da salvação divina, retornam louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido. Este anúncio alegre chegou também até nós, através das gerações que transmitiram a chegada de Jesus Salvador. Naquele dia de Natal, “Maria, po- rém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração” (Lc 2, 19). E no oitavo dia, José e Maria deram-lhe o nome de Jesus, conforme o anúncio do anjo Gabriel havia dito: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31). Jesus, é Deus que salva. Maria é a Mãe de Jesus, a Mãe de Deus, nossa e Mãe da Igreja. Hoje também é uma jornada de festa, iniciamos um novo ano, e somos convidados a transmitir os votos de paz e esperança. É o Dia Mundial da Paz e queremos renovar nossas expectativas de um tempo de justiça e fraternidade, e dizer de todo coração, “o Senhor te dê a paz” (Nm 6, 26). Ainda ressoa em nossos ouvidos e no coração, neste tempo natalino, o cântico do anjo e a multidão do exército celeste: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado” (Lc 2, 14). Que em nosso país, no mundo inteiro, nos corações, nas famílias, na comunidade, sejamos todos construtores de paz, pois nos disse Jesus: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9). Na primeira leitura da liturgia de hoje ( Nm 6,22-27) vemos que a benção de Deus é sinônimo de vida, liberdade, fecundidade e paz. Aqui estão os anseios mais profundos da humanidade, que só nas promessas de Deus se podem encontrar. A benção traduz a presença de Deus, sempre constante, no meio de seu povo. Mostrando seu rosto, Javé comunica a plenitude dos bens, sintetizados na paz -shalom - a felicidade completa. Como nos diz a Carta aos Gálatas (Gl 4,4-7), Deus enviou o seu Filho que nasceu de Maria, e nele recebemos a dignidade de filhos, e ao nosso coração enviou o Espírito de seu Filho, “que clama: ´Abba, Pai`”. Somos filhos e herdeiros, por graça de Deus. Que nesta So- lenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, possamos alcançar todas as bênçãos e graças de que necessitamos, e nosso coração e o mundo se encham de paz e amor.

Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-47-a-08-solenidade-da-santa-mae-de-deus.pdf

 


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