segunda-feira, 4 de julho de 2022

REFLEXÃO DOMINICAL I

 

REFLEXÃO DOMINICAL I       

Por que o Papa é Pedro? - Opus Dei

IGREJA EM COMUNHÃO COM PEDRO E PAULO

A festa de São Pedro e São Paulo nos ajuda a perceber melhor como Jesus quis a sua Igreja: unida na fé e na caridade, sob o pastoreio do apóstolo Pedro; missionária e evangelizadora entre todos os povos, inspirada no exemplo do apóstolo Paulo. As duas dimensões da Igreja são necessárias e se completam. Hoje celebramos esses dois grandes apóstolos, escolhidos por Jesus em momentos diversos, com experiências muito diversas de encontros com Jesus; mas ambos eram fascinados pelo Mestre e prontos a dar a vida por Ele e pelo Evangelho. Não são perfeitos nem isentos de falhas humanas, mas seu coração é movi- do por uma profunda fé e um imenso amor por Jesus e pelo Evangelho. Pedro recebeu de Jesus as “chaves do reino dos céus”, significando a autoridade que ele devia exercer no desempenho da missão. Jesus exigiu dele um amor maior que dos demais, antes de lhe confiar o cui- dado do seu rebanho. E deu-lhe a missão de confirmar os irmãos na verdadeira fé, esperança e caridade. Por essa razão, a comunidade da Igreja, desde a era apostólica, está atenta aos ensinamentos de Pedro e do Papa, seu sucessor no exercício dessa grande missão. O “carisma da unidade”, exercido pelo Papa, é de fundamental importância para a Igreja. Sem levar em conta a autoridade do Papa no ensino da fé e das normas da vida da Igreja, ela bem depressa se dividiria em mil grupos contrapostos entre si, gerando a maior confusão e conflitos insanáveis. Uma Igreja sinodal caminha unida, respeitando a autoridade do Papa e levando-a a sério na prática da vida eclesial em todos os níveis. Paulo é o grande apóstolo missionário, que levou o Evangelho mais longe que todos os demais no início da vida da Igreja. Após a sua conversão, ele se dedicou inteiramente à missão de tornar Cristo conhecido, acolhido e amado. Sofreu muito pela missão e pelo testemunho em favor do Evangelho. Como Pedro, ele também entregou a vida por Cristo no martírio, em Roma, onde se encontra o seu túmulo, meta de peregrinações ininterruptas. Paulo representa a Igreja missionária, que não mede esforços para anunciar o Evangelho e para organizar as comunidades cristãs no testemunho da fé e da vida cristã. Sem o dinamismo missionário de Paulo, a Igreja de Cristo, nos seus inícios, poderia ter permanecido como um apêndice de sinagoga e do templo de Jerusalém. Paulo entendeu a novidade de Cristo e do Evangelho, destinado a toda a humanidade e não apenas a um povo. O Papa é sucessor do apóstolo Pedro, mas carrega nos ombros também a missão de Paulo, enquanto animador da Igreja missionária. Francisco tem-nos chamado com insistência para sermos uma “Igreja em saída missionária”. Sem a dimensão missionária bem viva e atuante, a Igreja envelhece rapidamente e perde o seu dinamismo. A ação missionária renova a Igreja e a faz retomar energias e produzir frutos sempre novos pela ação do Espírito Santo. Neste Dia do Papa, rezemos es- pecialmente pelo Papa Francisco, como ele mesmo sempre pede: “não esqueçam de rezar por mim”. Que o Espírito Santo o sustente em sua grande e importante missão. Hoje também se faz em todas as igrejas católicas do mundo a coleta do óbolo de São Pedro, ou “coleta em favor do Papa”. Com essas doações generosas, o Papa pode cumprir melhor a sua missão e fazer a caridade, também em nosso nome, em tantas situações de pobreza, de- sastres naturais, calamidades e sofrimentos da humanidade. Sejamos generosos em nossa doação. Deus recompensa a cada um!

 

Cardeal Odilo P. Scherer Arcebispo de São Paulo

 

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46-c-41

 

 

 

 

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