sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

"CULTIVE SEMPRE UMA CULTURA DE PAZ E DE NÃO-VIOLÊNCIA: AQUELES QUE VIVEM AO SEU LADO MERECEM, AQUELES QUE CRUZAREM SEU CAMINHO AGRADECEM"

 

"CULTIVE SEMPRE UMA CULTURA DE PAZ E DE NÃO-VIOLÊNCIA: AQUELES QUE VIVEM AO SEU LADO MERECEM, AQUELES QUE CRUZAREM SEU CAMINHO AGRADECEM"

Por Lindolivo Soares Moura (*)

 "A força gerada pela não-violência  é  infinitamente maior do que a  força  de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem"  [M. Gandhi]

Se o ser humano é portador de uma tendência inata e natural para o bem [e para  a paz], como quer Rousseau, ou para o mal [e para a guerra] como prefere Hobbes, provavelmente jamais saberemos ao certo. Os exemplares da espécie que estão à nossa disposição, dispostos a nos ajudar a elucidar essa questão, infelizmente não têm facilitado muito as coisas: até agora não estamos convencidos de nenhuma das duas versões. A questão permanece portanto em aberto. Pelo sim e pelo não a experiência ultimamente tem nos surpreendido com uma dose extra de violência raramente vista, fazendo com que vários sinais de alerta fossem acionados. E se a rotina e o distanciamento dos fatos costumam turvar nossa vista e dificultar nossa visão, melhor não deixar para depois essa nossa reflexão. Mãos à obra, então!

De um modo geral nossas instituições costumam operar quase sempre com estratégias chamadas de "intervenção", e só muito raramente com alternativas de "prevenção". Isso, apesar das estatísticas demonstrarem, à exaustão, que essa inversão de opções não é somente um equívoco; é também muito mais onerosa em termos de investimento econômico: para cada valor  investido em intervenção, dois terços poderiam ser poupados caso se optasse por investir em prevenção. É provável que o mesmo raciocínio valha para o binômio "guerra e paz"! Se o raciocínio faz sentido, é possível afirmar que a manutenção de uma guerra seria pelo menos triplamente mais onerosa do que o que seria necessário para se manter a paz. Acrescente-se a isso o número de mutilados e de vidas perdidas e sacrificadas, e essa equação passa a ser ainda mais absurda e vergonhosa. "Ora bolas" - você deve estar se perguntando, mesma interrogação que também fazemos nós: "se é esse o xis da questão, por qual razão não se inverte essa lógica e se passa a investir mais em prevenção que em intervenção!?". Resposta simples, rápida, e óbvia: [quer fazer um exercício de lógica, e tentar responder antes? Não!? Então vamos nós!]: por simples questão de POLITICAGEM!!! Tudo com maiúscula, para dar maior visibilidade a essa verdadeira aberração! Agora uma outra pergunta, essa bem mais fácil de se resolver a operação: o que salta mais aos olhos e conseqüentemente arregimenta mais votos numa eleição: uma longa galeria subterrânea bem projetada e bem construída, ou um buraco tamanho família a céu aberto em plena avenida, engolindo feito buraco negro carros, pessoas, e sabe-se lá Deus que outros tipos de objetos!? Boa resposta! Acertou em cheio! Corre logo e marca lá no gabarito!

Desgraça acontecida, e lá estão os mais diversos profetas e peritos do "pós evento" e da última hora decifrando o diagnóstico! No caso da recente tsunami ocorrida em Brasília, provavelmente ficaremos ainda mais cinco ou seis meses - gosto de ser otimista! - discutindo e debatendo a questão. Faltam soluções e sobram explicações em catástrofes desse tipo! A falta de exercício e de prática acabam emperrando a máquina - Governamental, no caso - muito mais treinada em "tapar buracos" que em evitá-los. Dessa forma não se adquire outro "Know-how" senão aquele necessário para fins de intervenção. No fim das contas deu no que deu:  "Si recte calculum ponas, ubique naufragium est!" - "Se as contas forem feitas corretamente, o naufrágio será total!". A ordem só acabou entrando em cena  quando a desordem já havia feito seu trabalho gerando o caos! "Omnia consummata!".

Não pretendo de maneira alguma ser um profeta a mais, ou perito, a proferir diagnóstico sobre o assunto. Não vem ao caso e tampouco faz meu tipo! Para esse fim, como já mencionei, certamente sobrarão  profissionais e "experts" na resolução da questão. No final das contas a ordem dos fatores não deverá alterar muito o resultado: tudo deverá acabar como quase sempre tem acabado: em pizza!  Buscando coerência com nossa linha de raciocínio, e com o teor de nossa argumentação,  nossa intenção é pensar os fatos à luz de uma estratégia de "prevenção", e não de "intervenção". Ou seja: refletir, visando tempos futuros, sobre o quanto se pode esperar colher quando se cultiva uma estratégia de paz e de não-violência nos vínculos e relacionamentos que estabelecemos entre nós, seres humanos. Ainda que esse último conceito - o da "não-violência" - esteja intimamente ligado às estratégias de desobediência civil, como forma de luta contra leis consideradas ofensivas e humilhantes, parece incontestável que uma cultura de paz que tenha como corolário a não-violência seja, de fato, a melhor e mais eficaz estratégia de convivência humana. Somos nesse sentido a exceção da regra, quando comparados à forma como os demais seres vivos sobrevivem dentro da natureza: sobra violência e falta diálogo e compreensão! Por motivos óbvios, claro! Se como humanos que somos, considerarmos que o que se deve ter em mente não se reduza apenas e tão somente ao desejo de uma convivência pacífica e respeitosa entre as pessoas, mas também uma busca por níveis sustentáveis de solidariedade e fraternidade, incluído nesse bojo níveis mais elevados e significativos de ajuda e cooperação, a implantação de uma cultura de paz, acompanhada por uma sincera disposição para a não-violência, revelam-se ainda mais relevantes. Independentemente do tamanho do grupo, ou da extensão do vínculo, com uma cultura de paz todos ganham, com uma prática de violência ninguém ganha, todos perdem. Como afirma Sartre, "a violência, seja qual for a forma como ela se manifesta, é sempre uma derrota".

As considerações feitas anteriormente, como não poderia deixar de ser, são praticamente ignoradas por Sun Tzu em sua mundialmente conhecida obra "A Arte da Guerra". Muito se comenta sobre esta produção milenar; jamais entretanto me deparei com um único comentário, unzinho sequer, que chamasse a atenção para o fato de que tal escrito foi concebido tendo a guerra, e não a paz, como principal objeto de análise e argumentação. É óbvio que em relação a isso o título fala por si mesmo, como também é óbvio que, estabelecido um determinado pressuposto, todos os argumentos e todas as proposições enveredar-se-ão na mesmíssima e única direção. É como entrar em um beco sem volta, mas igualmente sem atalhos e sem saída: tem-se obrigatoriamente que seguir adiante, sabendo-se lá Deus com o que se poderá defrontar mais à frente. Maquiavel parece ter feito trajeto semelhante, caindo com seu "Príncipe" no mesmo tipo de alçapão. Príncipe esse que de espírito pacifista e disposição para com a não-violência  parecia ter muito pouca coisa; ou quase nada; ou nada! Quilômetros-luz do Príncipe de Saint-Exupéry! O certo é que  Maquiavel jamais fez uso, uma única vez sequer, da expressão "os fins justificam os meios". Mas o direcionamento de seus argumentos e de sua argumentação não permitiu senão esta única e inevitável conclusão. Não caia jamais, portanto, na tentação de buscar, na obra de Sun Tzu, um único parágrafo em defesa da paz e da não-violência como estratégias de convivência! O próprio título da obra parece não deixar margem alguma para esse tipo de pretensão e de ilusão! Se você procura fundamentos para seu "grito de paz" - e não "de guerra", como costuma ser o grito de grupos extremistas polarizados e radicalizados - leia, entre outros, "Os Sete Caminhos Para a Paz", do Internacional Rotary Club. Vai se sentir bem mais confortável, tranquilo e apaziguado! No livro de Sun Tzu você não encontrará essa serenidade e essa paz de espírito não!

Ouvimos também o que foi dito pelo líder romano Flávio Vegécio: "se queres a paz prepara-te para a guerra!" Entretanto é preciso que se diga alto e a bom som: quem almeja a paz, tanto de espírito como nos vínculos e relacionamentos que estabelece, precisa semear diligente e pacientemente uma cultura de paz e de não-violência, e não de guerra! Porém não se engane: nem toda semente cresce rápido e menos ainda facilmente: a paz é um exemplo típico, desse tipo de semente. Se se almeja uma paz duradoura há que se preparar bem o terreno, retirar as pedras que impedem a semente de brotar, arrancar os espinhos que a se sufocam e dificultam seu crescimento, além de ter que permanecer muito atento com as aves de rapina que sobrevoam o espaço de vez em quando. Pessoas "apedrejadas", machucadas e sufocadas, não experimentam paz de espírito nem por decreto!  E olha que um espírito abatido e atribulado, humilhado e rebaixado, sofre muito mais que um corpo ferido e machucado! E como sofre! O Mestre diz ao seu discípulo: "plante esta semente para que a árvore cresça!". O mal e a maldade incorporados no pupilo tentam dissuadi-lo: "mas Mestre, essa árvore leva dezenas de anos para crescer!". Retruca o Mestre sem se deixar persuadir: "e o que você está esperando!? Vá plantar o quanto antes, essa semente!". As pessoas almejam a paz, anseiam por ela ardentemente! Mas se esquecem de que é preciso preparar antes o terreno, lançar sob o sol ardente a semente, e depois cultivá-la cuidadosa e pacientemente. É preciso que se plante hoje o que se deseja colher amanhã! Mas apenas plantar não basta! É preciso cuidar da terra, regar a planta, e proteger a semente!

É também de Sun Tzu a afirmação de que "a melhor defesa é o ataque". Espíritos bélicos são treinados em artes bélicas, e é sobre artes bélicas que ensinam! Espíritos pacíficos, pacifistas e pacificadores são treinados por outros Mestres, praticam e ensinam outras lições! Eis por que a mansidão da mente e a humildade do coração foram alçadas à estatura de "bem-aventurança"! Nada carece mais de sentido que as assim chamadas "guerras frias", em que as armas, os canhões e as ogivas são silenciados, enquanto o medo, o terror e o terrorismo vão sendo implantados. "O medo é um microscópio que faz aumentar o perigo", ensina Jean Commerson. A não-violência e os pactos de não-agressividade mútuos são boa semente, sem dúvida, mas não bastam, não são suficientes! Bombas e ogivas não desativadas representam perigo iminente! O mesmo ocorre com espíritos que não se desarmam e vivem o tempo todo carregados: estão sempre prestes a explodir repentinamente! Muitos vínculos e relacionamentos são construídos e se mantêm estruturados à base dessa estúpida estratégia chamada "guerra fria"! Guerra fria mas que de fria não tem nada! São pelo contrário espíritos "superaquecidos" o tempo todo, municiados com a pólvora do odio, da raiva, do ressentimento, da desconfiança e do espírito de vingança! Explodem sem aviso prévio em qualquer lugar e a qualquer momento, quando menos se espera! Qualquer mínimo incidente serve de estopim e é suficiente para fazer explodir o artefato. Da mesma forma, pactos de não-violência são importantes, sem dúvida alguma, mas apenas uma cultura de paz, mansidão, respeito e tolerância, é efetivamente capaz de assegurar uma paz verdadeira e efetivamente duradoura! Seja entre povos, nações, grupos, pessoas; enfim, a paz da própria mente! "Consciência" também serve aqui!

Falemos agora de uma outra guerra, guerra esta que, contrariamente às demais, não pode e não deve cessar nunca, jamais! Guerra para a qual o combate persistente é a única saída, e o cessar-fogo um desastre iminente! Estamos falando da difícil batalha a ser travada contra o preconceito, a intolerância, o prejulgamento, a discriminação e a exclusão. Essa luta não pode cessar nunca, e baixar a guarda significa fazer entrar em cena a agressividade e a violência! "Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra", é o que ensina Haile Sellassie. Observe bem e verá que há um fato curioso nisso tudo: nenhuma das atitudes  mencionadas é inata, já percebeu?Nenhuma já nasce com a gente! Todas elas são aprendidas e adquiridas! Crianças de cor e sexo diferentes brincam juntas no mesmo parque, na mesma praia, enquanto infantes judeus e palestinos correm atrás da mesma esfera redonda, numa partida de futebol! Nenhum estranhamento há, em suas mentes, nenhum preconceito, em seus corações! Mas se enquanto crescem, uma cultura de racismo e injúria lhes é ensinada, a paz e a convivência pacifica vão pouco a pouco sendo extirpadas! Daí para frente tudo muda, e não tarda muito para que a violência entre em cena e guerras sejam travadas! "Planta-se um pensamento, colhe-se um ato! Planta-se um ato, colhe-se um hábito! Planta-se um hábito, colhe-se um caráter! Planta-se um caráter, colhe-se um destino!": eis o que Marion Lawense nos ensina. Todos sabemos por experiência própria que não se muda um hábito com um ato; menos ainda por decreto, ou com qualquer tipo de "canetada"! Isso são coisas de políticos malucos, que querem mudar tudo sem terem aprendido nada! Hábitos só se permitem ser mudados com novos hábitos: hábitos viciosos dando lugar a hábitos virtuosos, culturas de guerra e morte cedendo a vez a culturas de vida e paz! O resto é conversa pra boi dormir! O resto é conversa fiada!

Impossível fechar nossa reflexão sem um ou dois parágrafos sobre uma certa guerra em particular: a chamada..."tcham tcham tcham tchaaaam!!!": "guerra dos sexos"! Agora o bicho vai pegar!!! Única e exclusivamente - esclareçamos antes de mais nada - por questões de espaço e tempo, trataremos dessa "batalha épica" apenas entre pessoas do sexo oposto, homens e mulheres. Os demais gêneros e identidades afetivas que nos perdoem: terão também seu tempo e sua vez em outra oportunidade! Dito isso, prossigamos! Se a natureza os fez - homem e mulher -  perpetuamente atraentes um "para o outro", os fez também sempre às turras,  um "contra o outro". Embora as brigas pelo poder entre ambos possam se prolongar por tempo infindável, sem tempo e hora para acabar, parece haver sempre, entre homem e mulher, uma espécie de "contrato" ou acordo implícito, pelo qual nenhum dos dois deva ganhar: a guerra precisa continuar! Aparentemente faz parte da natureza do vínculo que tais batalhas sejam travadas, bem como parece ser coisa típica desse tipo de convivência, que tais batalhas obedeçam a uma espécie de "eterno retorno", como diria Nietzsche! Tudo indica também que é "conditio sine qua non" que se dêem bem; mas "não tão bem demais": apenas o suficiente para que se faça uma pequena parada a fim de que as baterias sejam recarregadas, as forças recuperadas, as estratégias revistas, a luta reiniciada, e a guerra enfim poder seguir em frente, numa eternidade sem fim! Talvez venha daí a sugestão em forma de advertência do filósofo grego Sócrates: "Casa-te! Casa-te sempre! Se tiveres uma boa esposa - e um bom marido, deveria dito também, mas não disse! - serás feliz! Se tiveres uma má esposa, tornar-te-ás filósofo!". Se foi exatamente isso que ocorreu com Sartre e Simone de Beauvoir, não sabemos! Sabemos apenas que se tornaram, ambos, dois grandes filósofos! O resto fica por conta da fantasia e da imaginação.

Diagnosticamente falando, aprecio muito a explicação de Thomas Szasz para o problema da chamada "guerra dos sexos". Diz ele: "homens e mulheres 'apaixonados' partilham da crença enganosa de que vivem no mesmo mundo!Passam a 'se amar' de fato, um ao outro, quando admitem que vivem em mundos diferentes, mas estão dispostos, vez por outra, a cruzar o abismo que os separa". Nem otimismo exagerado, nem pessimismo exacerbado: realismo com esperança! Bem ao estilo de Ariano Suassuna, diga-se de passagem! Katherine Hepburn parece compartilhar dessa percepção de Thomas Szasz. É dela a seguinte afirmação: "às vezes duvido que homens e mulheres realmente combinem entre si! Talvez devessem ser vizinhos, e apenas se visitarem de vez em quando"! Bela definição, Catherine, bela definição! Saindo do diagnóstico para o prognóstico, se apesar de todas essas diferenças, ainda assim homens e mulheres entendem que vale a pena sair da "vida a um", "juntarem os trapos" e partir para "a vida a dois", fazendo vir à existência uma "vida a três", com a chegada dos filhos, é bom não esquecer que entre o "diagnóstico" e o "prognóstico" a "terapêutica" também precisa entrar em cena. E é justamente aqui que uma cultura de paz e de não-violência pode fazer toda a diferença. Senão vejamos! Ponto, parágrafo!

Reflita com calma, muita calma, ou releia várias vezes se preferir, essas palavras do grande Mestre Anselmo Grün: "Precisamos nos despedir muitas vezes não apenas de pessoas! Mas também de hábitos, de fases da vida, de padrões de vida! Quem nunca se despediu de sua infância, terá sempre desejos infantis em relação a tudo - 'e a todos', acréscimo nosso - que o cerca! Quem nunca se despediu de sua puberdade, ficará preso nas ilusões que inventou em relação à vida! É fundamental nos despedirmos de nossa juventude para que possamos nos tornar adultos; de nossa vida de solteiro, quando decidimos nos casar; de nossa profissão, quando chega o momento de nos aposentar! Enfim - conclui Grün - precisamos nos desprender constantemente do nosso passado, se queremos nos abrir para o futuro".

Claro que poderíamos encerrar por aqui! O homem já disse tudo! Precisaria dizer algo mais!? Fico um tanto desconfortável, depois das palavras de Grün, de continuar dizendo qualquer coisa, mas mesmo assim me atrevo a responder que sim, é preciso algo mais! Sem dúvida alguma tudo o que foi mencionado é importante, essencial, fundamental! Mas ainda assim é preciso ir além: é preciso que se cultive, não somente neste, mas em todo e qualquer tipo de vínculo ou relacionamento, uma cultura de  não-violência e de muita paz! Paz que como bem já foi dito, e com frequência se repete, não significa apenas ausência de agressividade, violência, guerra, como reza o ditado, mas paz que é presença constante de lealdade, doação, companheirismo e amor genuíno! Pois o certo é que muitos vínculos amorosos, conjugais ou não, nem sempre chegam fim apenas por motivo de agressividade, violência, desrespeito e intolerância! Claro que tudo isso é grave, gravíssimo! Mas à semelhança da luz de uma vela que vai se queimando e apagando aos poucos, lenta e calmamente, é preciso pensar também naqueles relacionamentos e vínculos que vão definhando devagar, devagarzinho, progressiva, lenta e silenciosamente, por falta de carinho, cuidado, companheirismo e afeto! A falta de tudo isso também gera dores, tristezas, raiva - "raiva" sim, pensa que não!? - desesperança e ressentimentos!  E isso também são pedras, espinhos, joio e cizânia, a maltratar a semente! Da "sente do amor", estamos falando! Somente o cultivo de sementes de excelente qualidade, e de alto teor "calórico"  - carinho, amor, emoção, afeto - pode fazer frente a tudo isso! Somente sexo "caliente" não basta, é insuficiente! Hay que calentar todo lo demás! Só assim a alegria conseguirá superar a dor, e depois da tempestade a bonança haverá de retornar!

 

                     L.S.M. 01/23

(*) Reflexão vindo de Vitória(ES) enviada por whatsapp.

 

 

 

 

 

 

 

 

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