sexta-feira, 31 de março de 2023

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 


 

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

Este Domingo recebe dois nomes: “Domingo de Ramos” e “Domingo da Paixão”.

 

Domingo de Ramos” porque na procissão celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, que foi aclamado pelo Povo como o Filho de Davi, com ramos de oliveiras e palmas na mão (Jo 12,13).

 

“Domingo da Paixão” por que na Missa celebramos o mistério da Paixão e da morte de Cristo. Dizemos então que a Procissão é a de Ramos, mas a missa é a da Paixão do Senhor, pois ela marca o início da Semana Santa. 

 

A aclamação que se faz à Jesus na procissão de Ramos com “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! e as palmas verdes na mão, são um reconhecimento de que, nas palavras e obras Jesus, se manifestam a presença de Deus, do Filho de Deus. É um gesto que reconhece que Jesus é Rei, descendente do Rei Davi, o Messias. Ninguém pode calar esta verdade, pois como diz Jesus «se eles se calarem, as pedras gritarão» (Lc 19, 40).



As Palmas que colocaremos nas portas das casas depois de abençoadas, querem nos lembrar que Jesus é o nosso Rei e que devemos sempre dar-lhe as boas-vindas em nosso lar. Participar da Procissão significa que queremos nos colocar debaixo do senhorio desse Messias pobre e humilde e que desejamos ir com ele até a cruz para participar da sua vitória: “Fiel é esta palavra: se sofrermos com ele, com ele reinaremos; se morrermos com ele, com ele viveremos!” (2Tm 1,11s). Significa reconhecer Jesus como o Messias que vem para servir e dar a vida: seu trono será a cruz; a sua coroa, de espinhos.  Podemos dizer que esta é a mais antiga celebração que proclama Cristo nosso Rei. 

 

 “Hosana” era uma oração que indicava que o reino de Davi e, portanto, o reino de Deus sobre Israel, seria restaurado. Significa que a vinda de Cristo é o início do cumprimento das promessas de Deus ao seu Povo, é o cumprimento das Sagradas Escrituras que anunciam a vinda do Messias, do Filho de Deus. O Hosana é cantado em todas as missas através do Santo: “Hosana nas alturas... bendito o que vem em nome do Senhor”.

 

Celebrar a paixão e a morte de Jesus Cristo na Missa é dar-se conta de quão grande é o amor de Deus pelo ser humano a tal ponto de enviar o seu Filho ao mundo para salvá-lo. Por amor, Jesus veio ao nosso encontro (Jo 1,14), assumiu os nossos pecados e fragilidades sobre si, experimentou a fome, o sono, o cansaço, passou pelas tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai. Mesmo traido, abandonado e incompreendido, continuou a amar o ser humano: “Pai perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”.

 

Jesus disse que o seu alimento era fazer a vontade do Pai. Ora, a vontade de Deus não era que seu Filho morresse numa cruz, mas que amasse o ser humano até as últimas consequências. Esta consequência foi dar a sua vida pela salvação da humanidade que o rejeitou. Jesus foi um apaixonado pelo ser humano, por isso fez de tudo para salvá-lo. Neste sentido venerar a Cruz  de Cristo significa contemplar o amor e a entrega total de Jesus a cada um de nós para nos fazer voltar à comunhão com a Trindade Santa. Significa que somos chamados também a ser solidários com aqueles que são crucificados neste mundo através de seus sofrimentos. 

 

A carta aos Filipenses nos afirma que Jesus foi obediente até morte e morte de Cruz. Obediência não significa abrir mão da liberdade, mas significa “prestar-lhe ouvidos”, ou seja, somos convidados a ouvir e viver o que Deus nos diz sobre a nossa missão e vocação, pois através da obediência a Deus seremos instrumento de salvação do mundo e quem sabe o que é preciso para salvar o mundo é Deus. Obedecer Deus é unir a nossa vontade à vontade de Deus Pai, que não quer que nenhum de seus filhos se percam. Assim obedecer é realizar o projeto divino de amor e salvação do mundo através de nossas palavras e ações enquanto Povo de Deus. 

 

Deus Pai não desejou a morte de Cristo, só esperava Dele a fidelidade a seu plano de amor e salvação. Jesus foi fiel a esta missão até o fim e morreu na cruz através das mãos daqueles que O rejeitaram e que continuam rejeitando-O nos dias de hoje. Jesus nos mostra que para enfrentar os momentos difíceis da vida é preciso abandonar-se confiante nas mãos de Deus Pai, dar espaço para que Ele possa agir em nossa vida, pois Ele é fonte de salvação, de vida e de misericórdia.

 

Pe. Valdir Luiz Koch.

 

https://www.pspedrosorriso.com.br/noticias/homilia-dominical--domingo-de-ramos-1149/

Iniciamos a Semana Santa comemorando a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, como um pobre, e aclamado pela multidão, como um rei. É o Filho do Homem, cuja realeza tem sua manifestação mais plena na cruz. Por isso, esta semana culmina com o Tríduo Pascal, que comemora a morte e ressurreição de Cristo. Imitando o povo de Jerusalém, festejemos a entrada triunfal de Jesus na cidade Santa, e, com Maria, fiquemos junto a Ele ao pé da cruz.


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