quinta-feira, 12 de outubro de 2023

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA.

 

1-    OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA.

.Sejam bem-vindos, irmãos e irmãs! Vinde todos celebrar a fé em Comunidade. Que os jovens, as crianças, os adolescentes e todos nós sejamos transformados pela Palavra de Deus em ardorosos missionários.

Em comunidade Deus nos convida a participar do Banquete da Vida. Nele, renovamos nossa esperança e nosso compromisso de construir um Reino de justiça e solidariedade. Neste Mês das Missões acolhemos a mensagem deixada por São João Paulo II: "... enquanto faz compreender plenamente o sentido da Missão, a Eucaristia impele cada indivíduo que crê, e de maneira especial os missionários, a ser 'pão partido para a vida do mundo'". Sintamo-nos convidados à festa da vida e da fraternidade e saibamos promover a participação de todos nesta festa.

 

Is 25,6-10ª; Sl 22;Fl 4,12-14.19-20;Mt 22,1-14

O evangelho deste domingo encerra o conjunto das três parábolas que encontramos nos caps. 21-22 de Mateus e que Jesus dirige aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo (cf. Mt 21,23) que lhe interrogam a respeito da sua autoridade. As três parábolas – a dos dois filhos (Mt 21,28-32); a dos vinhateiros homicidas (Mt 21,33-46) e a que ouvimos neste domingo, a do banquete nupcial (Mt 22,1-14) – têm o mesmo desfecho: o Reino de Deus, ao qual são convidados em primeiro lugar o povo da primeira aliança, os judeus, será entregue, agora, a todo aquele que aderir a Cristo pela fé, acolhendo seu convite e tomando sobre si o jugo suave do Evangelho.

O texto de Mt 22,1-14 está em consonância com a primeira leitura: Is 25,6-10a, que é um texto escatológico, contextualizado no grande conjunto formado pelos caps. 24-27 do livro de Isaías[1], onde o profeta anuncia o juízo de Deus e os novos tempos que serão inaugurados. Nestes novos tempos o Senhor reunirá sobre “esta montanha”, ou seja, em Jerusalém, “todos os povos” e ali oferecerá um grande banquete. A comensalidade indica a comunhão de vida que deverá unir todos estes povos, outrora divididos, mas agora unidos pelo Senhor. O profeta segue enumerando quais serão as demais ações divinas: Ele removerá a cadeia que ligava os povos; eliminará a morte; enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo na terra. Esse conjunto de ações divinas produzirá no povo a fé, eles reconhecerão que Deus atua em seu favor, e dirão: Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou… (Is 25,9). O trecho lido hoje na celebração da Eucaristia termina com metade do v. 10: E a mão do Senhor repousará sobre este monte. No texto de Isaías, a continuação do v. 10 são palavras de juízo contra Moab.

Uma imagem de banquete também nos é apresentada pelo Salmo 22(23),5: Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda.

Tanto a primeira leitura, quando o Salmo responsorial, nos apresentam, assim, a imagem do banquete como sinal da comunhão com Deus. Na primeira leitura, o profeta vê os tempos novos inaugurados por Deus, o tempo escatológico, como um grande banquete no qual Deus reunirá os povos e atuará de modo salvífico em favor deles, eliminando todos os sinais de morte. No Salmo, o autor inspirado canta a beleza da confiança do fiel: este tem no Senhor o seu pastor, e está convicto de que Ele lhe dará vitória diante de seus inimigos, preparando para Ele um banquete farto, com cálice que transborda e com direito a uma unção, sinal de grande honra e solenidade.

O evangelho também nos trás a imagem de uma festa, poderíamos dizer, de um banquete. Mas não se trata de uma festa qualquer. Trata-se de uma festa de casamento. Predomina na parábola o termo grego gamos, que significa o “matrimônio” ou “uma festa de matrimônio”. Tal termo aparece 16x no Novo Testamento. Dessas 16 aparições, 12 se referem estritamente às núpciais do Filho de Deus com a humanidade (Mt 22,1-14 [8x]; Mt 25,10; Lc 12,36; Ap 19,7.9). Em Hb 13,4 o termo se refere ao matrimônio em geral. Em Lc 14,8 o termo aparece na parábola que Jesus conta sobre aqueles que devem escolher, numa festa de casamento, os últimos lugares. Em Jo 2,1.2 o termo se refere de modo direto à festa de matrimônio onde Jesus está presente, juntamente com sua mãe e os seus discípulos. De modo simbólico, contudo, sabemos que também a passagem das bodas de Caná se refere às núpcias do Filho de Deus com a humanidade.

Na parábola deste domingo, onde Jesus quer mostrar como é o Reino dos Céus, o rei prepara a “festa de casamento” de seu Filho. Ele manda seus empregados chamarem os convidados. Diante de uma primeira recusa, o rei manda outros empregados, agora com uma notícia: Já preparei o banquete; os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para as núpcias! Contudo, a reação dos convidados foi pior: alguns recusaram o convite retornando para suas atividades; outros agrediram os empregados e os mataram.

No v.7 o rei tem um ataque de fúria. Manda matar esses “assassinos” e “incendiar” a sua cidade. Nos vv. 8-10 o mesmo rei manda seus empregados saírem até as encruzilhadas dos caminhos, convidando todos os que eles encontrarem, pois as núpcias estão prontas e a sala deve ficar repleta, de maus e bons. Estes aceitam o convite do rei e a sala fica repleta.

Os vv. 1-10 são um resumo da história da salvação, tal como a parábola dos vinhateiros homicidas que ouvimos no último domingo.

O rei é Deus Pai, que preparou as núpcias do seu Filho, as núpcias do Cordeiro como diz Ap 19,7.9. Para estas núpcias foram convidados primeiro os membros do povo da primeira aliança, os judeus, aqueles a quem a Palavra de Deus se dirigiu em primeiro lugar.

Diante de sua recusa, o Pai lhes enviou mais empregados. Podemos ver nesse envio dos empregados do rei, a atuação dos profetas. Ao chamar o povo à conversão, eles o chamavam a uma comunhão de vida com o próprio Deus. A recusa a esse convite se expressa de modo concreto na recusa a reconhecer no Cristo o Messias esperado. Não reconhecendo o Cristo como Salvador, eles não entram nas núpcias, na festa que o Pai preparou com tanto esmero.

Não aceitam o casamento do Filho de Deus com a humanidade: seja em si mesmo, quando assumiu nossa natureza, seja ao tornar a Igreja sua esposa diletíssima. Não somente o convite foi recusado, mas também esses empregados foram mortos de modo violento.

A fúria do rei indicada no v. 7 pode se referir, como acreditam alguns estudiosos de Mateus, à destruição de Jerusalém em torno do ano 70 d.C. Por isso Mateus carrega nas cores, afirmando que o rei mandou “incendiar a cidade”, enviando suas tropas “para matar” aqueles assassinos.

Os vv. 8-10 concluem a primeira parte da parábola. A parábola dos vinhateiros homicidas foi concluída com a afirmação de Jesus: …o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos (Mt 21,43), indicando com isso que o projeto do Pai se realizava agora em plenitude, ou seja, o Reino está aberto a todo aquele que quiser aderir a Cristo pela fé, produzindo frutos. A parábola de hoje termina dizendo a mesma coisa de uma outra forma. O convite feito a todos os que estavam pelas encruzilhadas, bons e maus, que acabaram por lotar a sala das núpcias é anúncio do tempo novo, também predito pelo profeta Isaías, onde Deus vai reunir todos os homens, bons e maus, judeus e pagãos, chamando-os à salvação. Todos os que vierem às núpcias, ou seja, todos os que acolherem a boa nova do Evangelho, serão admitidos à comunhão com o Senhor e possuem um lugar em seu Reino.

Nos intrigam, contudo, os vv. 11-13. O que significa esse homem sem traje de festa? Alguns pensam que seja uma inclusão de Mateus à parábola de Jesus. Os cristãos não podiam se sentir auto-confiantes esquecendo-se da necessidade de uma continua conversão. Mateus não quer que os cristãos de sua comunidade venham a sofrer da falsa segurança religiosa, recaindo no mesmo erro que muitos membros do povo da primeira aliança. Por isso, ele fala desse homem que vai ao banquete, mas que está sem o “traje nupcial”. Este é lançado fora, porque é necessário portar sempre consigo a veste nupcial, sinal visível de sua comunhão com o espírito que anima tal cerimônia. De modo simbólico poderia ser uma referência a adesão interior a Cristo que, como chama que arde, deve ser mantida acesa no coração de cada cristão. Já Paulo adverte: vós que fostes batizados em Cristo, de Cristo vos vestistes… (Gl 3,27) Mateus quereria alertar, então, aos seus leitores, sobre a necessidade de se manter numa comunhão de vida com Cristo. Isso é portar a veste nupcial.

O v. 14 encerra toda a parábola: Muitos são os chamados, poucos os escolhidos. Não que Deus queira escolher poucos, ou que o Reino seja para uma elite, mas de fato, nem todos acolhem o chamado divino. Deus não seja de chamar para o seu Reino, mas muitos se fecham em seus afazeres, recusam-se à acolher sua Palavra e, por isso, se excluem do banquete nupcial.

A Eucaristia é este nosso banquete. Ela realiza a profecia de Isaías em nossa vida. O Salmo 22 acontece para nós cada domingo, porque Deus nos unge com seu Espírito e prepara para nós, diante do inimigo de nossas almas, diante daquele que nos acusa, essa mesa de irmãos, onde nos nutrimos quer da Palavra, quer do Corpo e Sangue do Ressuscitado. Eis aqui, cada domingo, as núpcias do Filho de Deus às quais todos somos chamados. Esta mesa antecipa as núpcias eternas: a mesa do Reino, aquela que o Senhor prepara para nós, no céu.

Que possamos ouvir sempre o convite daquele que não cessa de nos chamar a comunhão com Ele. Que não fechemos jamais nosso coração ao seu chamado de amor. Seja a assembleia dominical nosso gozo, nossa alegria, da qual nunca nos excluímos e na qual estamos sempre presentes, portando nossas vestes, porque fomos delas revestidos em nosso Batismo; vestes essas que não cansamos de lavar e lavar no Sangue do Cordeiro, que nos purifica de nossos pecados para que possamos viver em plena comunhão de vida com Ele.

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[1] Esse conjunto é equivocadamente chamado de Apocalipse de Isaías. Não se trata de textos apocalípticos, mas sim de textos escatológicos, que apresentam a palavra do profeta anunciando o juízo divino e a instauração de uma nova ordem. A apocalíptica é gênero literário muito específico, e só encontramos textos apocalípticos, no Antigo Testamento, dentro do livro de Daniel.

http//www.materecclesiae.com.br/28o-domingo-do-tempo-comum-15102017/

 

 

 

 

 

 

 

 

02- liturgia do 28.º Domingo do Tempo Comum- Ano A

 

A liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum utiliza a imagem do “banquete” para descrever esse mundo de felicidade, de amor e de alegria sem fim que Deus quer oferecer a todos os seus filhos.


- Todos são convidados para o banquete do Noivo; quem ousa recusar?

- Muitas vezes na Sagrada Escritura, o Reino dos Céus é comparado a um banquete! Para os orientais, o banquete, a festa ao redor da mesa, é sinal de bênção, pois é lugar da convivência que dá gosto de existir, da fartura que garante a vida e do vinho que alegra o coração. É por isso que Jesus hoje nos diz que "o Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho". Deus, desde a criação do homem, pouco a pouco, foi preparando a festa de casamento do seu Filho, Jesus Cristo, com a humanidade.

- Já no Antigo Testamento, Deus falava a Israel sobre o destino da vida, luz e paz que ele preparava para toda a humanidade: "O Senhor dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos. O Senhor Deus dominará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces…" O pensamento e o desejo de Deus para o povo são de paz; de vida, de liberdade, de felicidade! Se o Senhor havia escolhido Israel como seu povo, era para que fosse ministro dessa salvação. O monte Sião seria o lugar de onde brotariam a salvação e a bênção de Deus para toda a humanidade. Infelizmente, Israel não compreendeu sua missão.

- No Evangelho de hoje, Jesus mostra o que aconteceu ao povo de Israel, especialmente por parte de suas lideranças religiosas, a partir de imagens: o rei é o Pai; o casamento do Filho (Jesus) é a Aliança nova que Deus quer selar com toda a humanidade; os empregados são os profetas e os apóstolos. Deus preparou tudo e por seu Filho fez o convite: "Vinde para a Festa!", mas o povo (Israel) não aceitou! A festa era para acolher o Messias, o Filho amado! Aquele que traz a vida para toda a humanidade!

- O que fazer diante da recusa dos convidados? O rei ordena aos servos: "'Ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes!' E a sala ficou cheia de convidados". Somos nós, os que antes éramos pagãos e não conhecíamos o Deus de Israel. Pela voz dos Apóstolos e dos pregadores do Evangelho, o Senhor nos reuniu de todos os povos da terra, das encruzilhadas dos caminhos da vida, e nos fez o seu povo, o novo povo, a Igreja! Assim, a sala do banquete, a sala da aliança eterna, ficou repleta, porque o desejo de Deus é que todos se salvem! Ainda hoje muitas pessoas recusam o convite de vir participar do Banquete da Eucaristia e do Reino por causa das novelas, jogos, bares, internet, lazeres e até por causa de pessoas!

- A Igreja, da qual fazemos parte como membros e filhos, é fruto de um desígnio do amor do Pai eterno que, na plenitude dos tempos, nos chamou e reuniu em Cristo Jesus! Nunca deveríamos esquecer que este Banquete eucarístico do qual participamos agora é o Banquete que o rei, o Pai eterno, nos preparou: banquete da aliança do seu Filho, o Esposo, com a Igreja, sua Esposa! Somos os convidados para o banquete das núpcias da aliança do Cristo com a sua amada Esposa e o alimento, o Cordeiro, é o próprio Jesus dado e recebido em comunhão!

- Devemos estar de qualquer jeito? No Batismo recebemos uma veste pura e santa. Cabe a cada um zelar para que a nódoa do pecado não manche nossa veste. Devemos ter e vestir sempre a veste da justiça do Reino de Deus. O Senhor pergunta: "Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?" Diz que "O homem nada respondeu!". No nosso caso: o compromisso com a justiça do Reino é a única resposta coerente que podemos dar ao chamado gratuito de Deus no banquete de casamento com a humanidade. Só assim seremos, além de convidados a fazer parte de Reino, escolhidos para participar, com dignidade, da festa do Cordeiro.

- O anúncio do Reino e a conversão devem acontecer em todos os momentos; tanto na miséria como na abundância. Pela vida digna e justa somos fortalecidos no Senhor e chamados por Ele, em todos os momentos da vida, para testemunhar o Reino de justiça, amor e paz. É verdade que muitas forças nos convidam a manchar a veste festiva do nosso Batismo, mas aquele que confia no Senhor pode dizer: "Tudo posso naquele que me dá força" e seguir como verdadeiro discípulo missionário.

- Que o Senhor nos dê a graça de fazermos parte de seu Reino. Que Ele nos conceda força e coragem para não desanimarmos no trabalho missionário e resistir às tentações.

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/09/15_10_23.pdf

 

AMIGO, COMO ENTRASTE AQUI SEM O TRAJE DE FESTA?

Numa estória de casamento onde os convidados não deram a mínima atenção, depois o pai do noivo decidiu enviar outros emprega- dos para reiterar o convite, mas a resposta foi indiferença da parte de alguns, que preferiram cuidar do seu campo ou de seus negócios, e de desrespeito da parte de outros, que chegaram a bater nos empregados e até matá-los, o anfitrião resolveu trocar de convidados. Primeiro castigou os primeiros e depois enviou outros empregados para trazerem novos convivas. Dessa vez, não se fazia mais distinção entre conhecidos e desconhecidos. A justificativa do rei era de que “os convidados não tinham sido dignos da festa”. Por isso, estava estendendo o convite para todas as pessoas que antes não teriam sido consideradas. Porém, no fim da festa, uma pessoa chama a atenção porque não es- tava vestida dignamente. E essa pessoa teve o mesmo destino dos primeiros convidados. O rei, apesar de ter feito o convite a pessoas “menos credenciadas” àquela dignidade, exigia dignidade de todos os que aceitassem o convite. Ele não considerou dignos os que recusaram o convite, mas também não considerou digno o que, apesar de aceito o convite, veio para a festa sem se preparar. Como se trata de uma metáfora do Reino, tudo que se lê na estória deve ser interpretado a partir da realidade que Jesus estava querendo revelar a seus ouvintes. Antes de tudo, Ele está falando aos sumos sacerdotes e anciãos do povo. Portanto, pessoas investidas em dignidade hierárquica na sociedade da época. Está querendo dizer a eles que, se não forem dóceis ao convite que o Pai está fazendo através do Filho, eles também serão rejeita- dos e substituídos. Porém, com isso, Jesus não está dizendo que basta misturar-se à corrida de to- dos que foram chamados depois. A dignidade não será dispensada nem para os sumos sacerdotes e anciãos e nem para os membros do Novo Povo de Deus. Num mundo em que se cultiva o relativismo, onde parece que não existe mais certo ou errado, onde alguns pensam que nem a Igreja pode mais pedir qualquer tipo de condição para seus membros e, menos ainda, para os que não se consideram cristãos ou católicos, a mensagem desse evangelho mostra que Deus não está apenas desejando encher a sala de festas. Nos faz pensar que o desejo de Deus é o da salvação universal, mas que isso não se dá automaticamente. As pessoas também precisam fazer suas escolhas. A ideia de que Deus faria qualquer negócio para receber a adesão do ser humano não corresponde à mensagem que Jesus transmite na sua parábola. Talvez seja uma ótima dica para pensar naquilo que o Papa Bento XVI chamava de “ditadura do relativismo”. Quer dizer que o jargão de que, para Deus tudo vale, de que não existe uma intenção de que as pessoas se convertam, de que Jesus realiza a salvação dos que Ele inclui aos destinatários de sua mensagem sem que eles precisem se converter ou realizar qualquer sinal de sua adesão, na verdade, não corresponde ao que Jesus quis ensinar. Não se trata de impor peso sobre os ombros das pessoas esquecidas, mas trata-se de afirmar que elas também participam de uma dignidade que não se encontra na vida antiga, nas esquinas das estradas. Deus, de fato, deseja que o ser humano viva numa dignidade que é expressão de sua imagem e semelhança de seu Criador. Por isso, o seu apelo à conversão vale para todos, tanto para os sumos sacerdotes e anciãos do povo, como para aqueles que foram convidados depois. No final, Jesus resume tudo dizendo: “Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.

Dom Rogério Augusto das Neves Bispo auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-47-a-57-28-domingo-do-tempo-comum.pdf

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