terça-feira, 11 de outubro de 2022

REFLEXÃO II: NOSSA SENHORA APARECIDA

 

REFLEXÃO II

NOSSA SENHORA APARECIDA

O Evangelho da Missa de Nossa Senhora Aparecida nos narra o primeiro milagre de Jesus, que se realizou em Caná da Galiléia: “Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.” (Jo, 2,11) Não fazia muito que Jesus tinha escolhido os doze Apóstolos. Jesus e sua Mãe Maria tinham sido convidados àquela festa de casamento: provavelmente seriam parentes de algum dos noivos. Essas festas poderiam durar vários dias, por isso, era difícil calcular a quantidade de comida e bebida. Maria, como as boas mães, está servindo à mesa. Ela não se considera mais importante que os outros e não se sente eximida da obrigação de ajudar. Nisso, percebe que o vinho está terminando. E intercede junto a seu Filho: Eles não têm vinho! Jesus responde dizendo que a sua hora ainda não chegou (cfr. Jo 2, 4). Mas Ela conhece seu Filho como ninguém e sabe que ele é Rei de Reis e Senhor do céu e da terra: por isso, pode tudo e vai resolver este problema. Não vai deixar a festa de casamento terminar de modo decepcionante. Imediatamente toma a iniciativa, dirigindo-se aos empregados: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E Jesus não demora em atender seu pedido: um vinho de primeira qualidade tirado das vasilhas de água. Assim, nossa Mãe Santa Maria, com sua intercessão, antecipa a hora dos grandes milagres. Esse milagre aconteceu porque ela intercedeu: pela sua determinada insistência, Jesus acedeu. Já aprendemos uma importante lição nesta atitude de Maria: ninguém lhe pede que intervenha junto ao seu Filho, mas ela se adianta, porque tem um coração generoso e descobre as necessidades dos outros. Aqui está a sua solicitude amorosa. Conforta-nos saber que Maria está sempre atenta às nossas necessidades espirituais e materiais. Ela sabe o que precisamos porque é Mãe. Ela intercede e consegue as graças e luzes de que necessitamos. Sua petição é onipotente, por sua condição de Mãe: Jesus não lhe pode negar nada. A grande diferença é que nós lhe pedimos como filhos, submetendo-nos ao seu parecer, esperando que Ela concorde com os nossos argumentos. Mas, com Jesus, Ela pede mandando, como Mãe. Jesus não lhe nega nada também porque Ela sempre esteve disponível para Deus. Sua correspondência desde o início foi total, pronta e generosa. É interessante guardar estas palavras, porque são um resumo do fundamento da devoção a Maria: fazei o que ele vos disser. Maria quer levar-nos a Jesus, quer que nos aproximemos de Deus, que façamos o que Deus espera de nós, ou seja, a vontade de Deus. Aqui está a importância da devoção a Nossa Senhora e a finalidade do seu papel de Mãe: levar-nos a Deus. O Papa Francisco, quando veio rezar em Aparecida no dia 24 de julho de 2013, disse: “Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria.” Vamos renovar nosso amor a Nossa Senhora, rezando com frequência o Santo Rosário, uma oração cheia de confiança, em que pedimos a intercessão de nossa Mãe do Céu diante de Jesus em todas as nossas necessidades, assim também pediremos pelas intenções do Papa, dos Bispos e de toda a Igreja.

 Dom. Carlos Lema Garcia Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46-c-56-nossa-senhora-conceicao-aparecida.pdf

 


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