sábado, 16 de dezembro de 2023

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

 

1-    Olá! Pra começo de conversa...

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

Em breve, celebraremos o Natal. Intensificando nossa preparação para esta grande solenidade, vivemos antecipadamente a alegria da solenidade a ser celebrada. Na caminhada para o Natal, nos ajudam a profecia de Isaías das maravilhas de Deus nos tempos messiânicos, o testemunho de João Batista e a exortação de São Paulo. (...Campanha para a Evangelização neste domingo com a sua coleta – “Em Belém, casa do pão, Deus nos faz irmãos” / encontros de Advento nos grupos – reunidos em família preparando a vinda do Senhor

O Senhor vem ao nosso encontro e a certeza de sua chegada nos alegra profundamente o coração. Aos poucos, a Boa Notícia da vinda de Nosso Salvador vai preenchendo todo nosso existir e, enquanto o aguardamos, saborearemos a sua presença viva e ressuscitada nos sinais eucarísticos. Que esta celebração faça crescer em nós, o firme desejo de realizar a vontade do Senhor, de modo que Ele, ao chegar, nos encontre empenhados pelo seu Reino.

. O terceiro Domingo do Advento é o domingo da alegria, isto é, o "Domingo Gaudete". Somos uma vez mais convidados a preparar o caminho para o Senhor que vem. A liturgia nos propõe uma atitude interior para receber o Cristo neste Natal: a alegria. O Advento é precisamente um tempo de expectativa, de esperança e de preparação para a vinda do Senhor. Ele vem para levar à plenitude o seu plano de amor e salvação. Também, neste Domingo, fazemos a Coleta para a Evangelização. Este recurso financeiro que ajudará a Igreja em nossa Diocese e no Brasil a levar a todos a alegria do Evangelho.

"O terceiro domingo do Advento é o domingo da alegria, quando celebramos a boa nova na expectativa de receber o Salvador que vem! Comemoramos a garantia do amor de Deus que nos propõe a participação de maneira ativa na história da salvação, na construção de seu Reino, prometido a toda a criação, onde impera a justiça, a solidariedade, a paz e o amor, onde viveremos todos como irmãos.

"O anúncio de João é de esperança na promessa do amor primeiro de Deus que virá viver conosco. João Batista compreende a novidade e faz dela sua missão. Aplainar os caminhos do Senhor, retirar os obstáculos, aperfeiçoar os detalhes, afastar de nossa vida as coisas que impedem a ação de Cristo em nós."

Mensagens  deste Domingo

1-    Alegria por causa de Deus, escondido, mas próximo

Em meio ao estresse de uns e a miséria de outros faz bem ouvir uma mensagem de alegria: “Transbordo de alegria por causa do Senhor… Como a terra produz a vegetação e o jardim faz brotar suas sementes, assim o Senhor fará brotar a justiça e a glória diante de todas as nações”. Este trecho, o “Magnificat do Antigo Testamento”, é a expressão de um povo que acredita na sua renovação, porque Deus está aí (1ª leitura).

Geralmente as pessoas têm medo da presença de Deus (cf. Is 6,5). Foi preciso que Deus se desse a conhecer de maneira diferente para que superássemos esse medo. Mas esse “Deus diferente” estava escondido. Quem nos prepara para a descoberta é João Batista, hoje apresentado na ótica do Evangelho de João. Ele não é a luz, mas vem testemunhar da luz (Jô 1,6-8). Ele não é o Messias, nem o Profeta (novo Moisés), nem Elias (1,21). Ele se identifica com a voz que convida o povo a preparar uma estrada para a chegada do Senhor (1,23, cf. Is 40,3). E anuncia: “No meio de vós está alguém que não conheceis, aquele que vem depois de mim, e do qual não sou digno de desatar a correia da sandália” (1, 26-27). Naquele que o Batista anuncia manifesta-se que Deus está perto de nós, não como realidade assustadora, mas como pessoa humana que nos ama com tanta fidelidade que dá até sua vida por nós. Não é essa uma razão de alegria? Alegria contida, pois sabemos quanto custou a Jesus manifestar a presença de Deus desse jeito…

Por que Deus não veio logo com todo o seu poder? Deus prefere ficar escondido. É discreto. Quer deixar espaço para nós, para construirmos a História que Deus nos confia. Discretamente assim, quer participar ativamente de nossa história, em Jesus, para que aprendamos a fazer a história do jeito dele. E esse jeito se chama shalom: paz e felicidade. Lembrando a vinda de Jesus ao mundo, celebramos a presença discreta de Deus em nossa história. Que significa “alegria” no mundo de hoje? Réveillon num restaurante cinco estrelas? Bem diferente é a imagem que surge da 2ª leitura: “Estai sempre alegres, orai sem cessar, por tudo daí graças. Não apagueis o Espírito….”As primeiras comunidades cristãs viviam na espera da volta gloriosa de Jesus para breve. Eram animadas pelo Espírito de Deus, que os fazia até falar profeticamente. Por isso era preciso “examinar e ficar com o que fosse bom” (5,19), pois havia também “profetas confusos”, como hoje… Mas o importante era que reinasse a alegria por causa da proximidade do Senhor. Deus mesmo quer nos aperfeiçoar e santificar e não desiste: “Quem vos chamou é fiel: ele o fará” (5,24). A alegria é saber-se aceito por Deus, como a amada pelo amado (cf. 1ª leitura).

Talvez esta imagem da alegria não convença todos. É pouco publicitária… Ora, este terceiro domingo do Advento chama-se pela primeira palavra da antiga antífona em latim, “Gaudete”, “Alegrai-vos”. Se não formos capazes de participar dessa alegria, esticando o pescoço no alegre desejo de ver aquele que está discretamente presente no meio de nós, alguma coisa não está certa…

2-    “QUEM ÉS TU?”: A VOZ E A PALAVRA.

 No tempo do advento, a liturgia nos fala e nos ensina por meio de três grandes figuras bíblicas: Isaías, João e Maria; o profeta, o precursor e a mãe. Nesse terceiro domingo do advento quem nos fala é o precursor: João, o Batista. As leituras deste período nos preparam interiormente, aguçam nossa atenção em direção à chegada do Salvador, para que O esperemos com entusiasmo, anseio e prontidão, demonstrando que sua chegada não passará despercebida. “Quem és Tu?”, esta é a pergunta do evangelho de hoje. João responde: “Eu sou a voz daquele que grita no deserto”. A vida de João foi toda dedicada a proclamar essa maravilhosa notícia da salvação mediante a remissão dos pecados: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele se inflamava ao apresentar Jesus, fazendo com que o povo O desejasse, suscitando a expectativa e a necessidade Dele: “Depois de mim, vem alguém que é mais do que eu; eu vos batizei com água, mas ele vos batizará no Espírito Santo. Ele deve crescer e eu diminuir. Eu não sou digno de desatar-lhe as correias da sandália”. A voz cala depois de ter transmitido a Palavra. A voz, dizia Santo Agostinho: “é um meio, serve para transmitir a palavra, a ideia que se formou dentro dela. Quando essa palavra entrou no coração do outro, a voz cala, se apaga. Assim é do precursor: quando a Palavra, isto é, Cristo, faz seu comparecimento, retira-se. Sua presença tornar-se-ia um estorvo. O precursor deve saber retirar-se em tempo; não deve permitir que se apeguem a ele, que fiquem com ele, sabendo que ele não é o salvador de ninguém”. Nossa missão no mundo, como a dos discípulos, é comunicar a todos os homens e mulheres a certeza da salvação, lembrar que o Cristo nos pode tornar felizes, pois Ele tem palavras de vida eterna. Ele é o cordeiro de Deus, Ele nos enche o coração de alegria e coragem para que possamos ser seus precursores. Devemos, portanto, ser seus precursores, pessoas que aplaina a estrada e suscita uma espera. Em um mundo onde cintilam tantas luzes que manipulam, escravizam, decepcionam e angustiam, João nos aponta a Luz. Neste Domingo da Alegria, somos convidados a endireitar os caminhos, deixar as trevas e nos aproximarmos da Luz que nos oferece uma verdadeira e duradoura alegria. Assim, às vésperas do Natal, encontra-se o momento adequado para uma grande decisão e nos perguntarmos: quais luzes têm resplandecido em nossas vidas? Diante do nascimento de Jesus, buscamos celebrar um acontecimento que marcou a história ou celebramos um encontro profundo com aquele que é Luz e que ilumina a vida e nos enche de alegria? Recordemos as sábias palavras de São Francisco de Assis: “Nada mais desejemos, nada mais queiramos, nada mais nos agrade ou deleite a não ser o nosso Criador, Redentor e Salvador, único Deus verdadeiro, que é o bem pleno, todo o bem, o bem total, verdadeiro e sumo bem” (Regra Não Bulada, 23,9). Amém.

Dom Carlos Silva Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-67-3o-domingo-do-advento.pdf

1-    Liturgia do Terceiro Domingo do Advento- Ano B;

 

- Neste terceiro domingo do Advento, o Evangelho nos apresenta, mais uma vez, a figura de João, o Batista, como personagem importante no caminho de preparação para o reconhecimento e acolhida do Senhor que já veio e, portanto, já está entre nós.

 

- A primeira leitura nos apresenta palavras animadoras, de um profeta anônimo, no qual sua mensagem foi incorporada ao livro do profeta Isaías. Num momento de desolação, o profeta vem cantando e falando de coisas novas que Deus fará, anunciando a virtude básica da vida cristã: que Deus plantará justiça entre os homens e mulheres de boa vontade. Na primeira parte do texto, o profeta apresenta o sentido da sua vocação e missão. Apresenta-se como o "ungido" do Senhor, sobre quem repousa o Espírito. Sua missão consiste em anunciar uma "boa notícia", em curar os corações feridos, em proclamar a libertação aos prisioneiros, em promulgar "o ano da graça do Senhor". Os destinatários são os "pobres", ou seja, os carentes de bens, de dignidade, de liberdade e de direitos, mas que pela sua especial situação de miséria e de necessidade são considerados os preferidos de Deus.

 

- O Evangelho que a liturgia oferece é composto de duas partes distintas: a primeira (vv. 6-8), funciona como introdução, uma vez que faz parte do rico prólogo poético-teológico, uma "introdução teológica" a todo o Quarto Evangelho; a segunda parte (vv. 19-28) é o desenvolvimento da introdução, e corresponde à abertura da primeira seção narrativa do Quarto Evangelho, iniciada exatamente com a apresentação do testemunho de João, o Batista

 

. - Em seu rico prólogo, o evangelista João apresenta Jesus Cristo como "lógos", palavra/verbo originário de todas as coisas (cf. 1,1-18). Se trata de um hino altamente cristológico, mas mesmo assim, o autor encontra razão e espaço para citar, nesse texto, a existência de um homem: "Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João" (v. 6). Ao falar de Jesus e de sua vinda ao mundo, a missão de João não pode ser ignorada. Como Deus nunca deixou de comunicar-se com a humanidade, ao enviar seu Filho, envia também um mensageiro para apontá-lo, para ajudar o mundo a reconhecê´-lo. Como homem enviado por Deus, o precursor é figura proeminente no despertar das consciências para a luz que veio iluminar a humanidade dominada pelas trevas: "Ele veio como testemunha da luz, para dar testemunho da luz, para que todos cheguem à fé por meio dele" (v. 7).

 

 - A Palestina do tempo de Jesus vivia uma situação plena de trevas; trevas como negação da vida plena e digna. Por isso, as pessoas que estavam ansiosas por "luz" encontraram em Jesus a "Luz que vem do Alto", o Libertador das trevas, o Messias. João, como boa testemunha da luz, tem consciência de sua missão: não assume o lugar e a competência do outro, não se deixa confundir e, por isso, se torna verdadeiramente uma testemunha do Reino de Deus

 

. - O Advento é tempo propício para repensarmos como estamos vivendo à luz da nossa identidade cristã. É tempo que nos convida a ter a coragem de João Batista para reconhecer o que não nos identifica como pessoas iluminadas pela Palavra. Não basta afirmar ser cristão, é preciso abandonar aquilo que nega essa própria identidade. Tudo o que confunde e enfraquece a missão do cristão deve ser retirado de sua vida. É preciso ser testemunhas convincentes do Reino entre nós como João Batista e, em plentitude, como Jesus, o Filho de Deus. Advento é tempo de ir ao encontro da Luz verdadeira, que pela fé reconhecemos ser a fonte de vida plena, pois nos dá identidade e nos confia uma missão no mundo: Jesus Cristo!

 

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/11/17_12_23.pdf

 

 

2-    Preparar o Natal

De 17 a 24 de Dezembro a Liturgia de Advento assume características particulares. A oito dias do Natal as leituras bíblicas apontam, com maior insistência, para o protagonista principal: Jesus. O Senhor está próximo!

Ao longo destes dias propomos aos nossos visitantes uma caminhada que ajude a preparar melhor o coração para acolher o Salvador. Cada uma das celebrações que apresentamos compõe-se de um texto bíblico, o acender da vela, um salmo ou uma leitura, um momento de reflexão/partilha e uma prece. Este subsídio litúrgico destina-se a ser utilizado individualmente, em família ou num grupo de oração. A celebração pode ser enriquecida criativamente com cânticos e outros elementos julgados oportunos.

A todos desejamos boa e intensa caminhada espiritual para o Natal.

Textos de A. Dini.


Tradução e adaptação de José Manuel Vicente, scj

https://www.dehonianos.org/portal/preparar-o-natal0/

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