A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. (I Coríntios 1, 18)
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
XIII-SANTO AGOSTINHO E A BÍBLIA SAGRADA Primazia na conversão de Santo Agostinho
XIII-SANTO AGOSTINHO E A
BÍBLIA SAGRADA
Primazia
na conversão de Santo Agostinho
A Bíblia Sagrada exerce grande influência na vida dos cristãos.
Enquanto católicos, é importante conhecermos a Palavra de Deus, pois ela nos
aproxima dEle e nos dá revelações sobre a vida. Em setembro celebramos o mês da
Bíblia. Um mês inteiramente dedicado à Sagrada Escritura. Um período especial
para conhecermos profundamente o que Deus nos fala e amá-lo com ainda mais
intensidade.
Além de ser o livro mais vendido e conhecido do mundo, a Bíblia
Sagrada apresenta revelações. Todas as promessas feitas no Antigo Testamento,
Jesus Cristo cumpre em Sua vinda. E como católicos e seguidores dos
ensinamentos de Santo Agostinho, entendemos que só é possível amar aquilo que
conhecemos. Por isso, a extrema importância em lermos e meditarmos a Sagrada
Escritura. Só conseguimos fielmente amar a Deus, conhecendo sua Palavra, Seus
desígnios e o que Ele deseja para nossa vida.
Você tem facilidade para ler a Bíblia? Consegue compreender o
que Deus quer nos falar? Santo Agostinho, doutor da Igreja, era um homem
estudioso e tinha grande contato com a filosofia. No livro “Confissões”,
ele afirma que decidiu dedicar-se ao estudo da Bíblia para conhecê-lá, porém, à
primeira vista, não teve uma experiência positiva com a leitura da Palavra.
“Ao fixar nela a atenção, não pensei o que agora estou dizendo,
mas simplesmente me pareceu indigna de ser comparada com a majestade dos
escritos de Cícero. Meu orgulho recusava sua simplicidade e minha mente não lhe
penetrava o íntimo. Contudo, a agudeza desta visão haveria de crescer com os
pequenos; mas eu de nenhum modo queria ser dança e, enfatuado de soberba,
considerava-me grande”.
Santo Agostinho já conhecia a Bíblia, frequentava as missas e
tinha um grande exemplo católico dentro de casa. Sua mãe, Santa Mônica, sempre
orou fervorosamente pedindo pela conversão do filho. Saiba mais sobre como se
deu a conversão do Doutor da Igreja.
Mesmo assim, Agostinho, um homem inteligente e estudioso, apesar
de ter tido a boa intenção em conhecer a Bíblia, teve um resultado negativo.
Ele queria saber se a força encontrada em tantas leituras filosóficas por ele,
era também vista nos livros da Sagrada Escritura, mas sofreu com a
interpretação e não aprovou a linguagem dos textos.
Porém, é a mesma leitura antes negada, que converte Santo
Agostinho. Uma experiência de fé faz com que ele abrisse a Bíblia em um
capítulo qualquer e lesse um versículo que foi o divisor de águas na vida do
santo, como ele conta em seu livro “Confissões”:
“Li em silêncio o primeiro capítulo em que pus os olhos: ‘Não
caminheis em glutonarias e embriaguez, nem em desonestidades e dissoluções, nem
em contendas e rixas; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis a
satisfação da carne com seus apetites’ (Romanos 13, 13). Não quis ler mais, nem
era necessário. Apenas acabei de ler estas frases, penetrou-me no coração uma
espécie de luz serena e todas as trevas da dúvida fugiram”.
A Bíblia Sagrada, com tantos ensinamentos deixados por Jesus,
é fonte de respostas e modelo de vida para nós, católicos. Em nenhum outro
livro encontramos um amor tão grande e misericordioso, que revela o sacrifício
do Pai para a salvação de Seu povo, como fala Agostinho.
A conversão de Santo Agostinho a partir da leitura e
compreensão dos textos bíblicos, tornaram-o um grande conhecedor dos desígnios
de Deus e proporcionaram a nós, textos enriquecedores escritos pelo santo e que
nos auxiliam a uma vida de acordo com o que Deus deseja para Seu povo.
Para Agostinho, a Palavra Encarnada foi a via primeira para
sua santidade. Para nós, ela também pode ser. Conhecer, desfrutar e entender o
que o Pai nos fala através da Sagrada Escritura nos leva à santidade. Ela é
para todos! Não deixemos para depois, o quanto antes nos dedicarmos a ler a
Palavra, antes compreenderemos o amor tão grande de Deus pela humanidade.
Como fala Santo Agostinho: “Tarde Te amei, ó Beleza tão
antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas,
durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto,
alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te
compadecestes de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no
meu íntimo sob a Tua guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio”.
O caminho terreno mais seguro para chegarmos ao Céu é através
da Bíblia Sagrada. Aprendamos com o Doutor da Igreja para que assim, possamos
reconhecer nossa pequenez diante do Criador, a misericórdia infinita dEle para
com nós e o tesouro tão grande encontrado em Suas Palavras.
Quer seguir os passos de Santo Agostinho na vocação? Fale com
nossos promotores vocacionais!
Ele ensina que a perseverança nos auxilia na busca pela
santidade, nos faz mergulhar no conhecimento sobre a Palavra e nos aproxima de
Deus. A Sagrada Escritura é fundamental para uma vida de oração, ela nos mostra
Cristo e nos revela a intenção de Deus para nossa existência.
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