XII-SANTOS DA 3.ª
SEMANA DE OUTUBRO
Santo do dia 14 de Outubro
São Calisto I, Papa e mártir (†cerca de 222).
São Venâncio de Luni, Bispo (†séc. IV). Amigo do Papa São Gregório Magno,
ocupou-se esmeradamente dos clérigos e monges da sua diocese em Luni, Itália.
Santo do dia 15 de Outubro
Santa Teresa de Jesus, virgem e Doutora da
Igreja (†1582). Santa Madalena de Nagasaki, virgem e mártir (†1634). Terciária
agostiniana recoleta, filha de mártires. Ajudou os cristãos perseguidos,
batizou e catequizou crianças, até ser martirizada em Nagasaki, Japão.
Santo do dia 16 de Outubro
Santa Edwiges, religiosa (†1243). Santa
Margarida Maria Alacoque, virgem (†1690). São Lulo de Magúncia, Bispo (†786).
Companheiro de São Bonifácio na evangelização da Alemanha, foi por este
ordenado Bispo.
Santo do dia 17 de Outubro
Santo Inácio de Antioquia, Bispo e mártir
(†107). Beato Gilberto de Cister, abade (†1167). Nascido na Inglaterra, foi
abade de Cister. Homem de grande ciência, defendeu São Tomás Becket no exílio.
Santo do dia 18 de Outubro
São Lucas, Evangelista. São Monon, mártir
(†cerca de 630/640). Eremita de origem irlandesa apedrejado por ladrões
incomodados pela sua santidade de vida.
Santo do dia 19 de Outubro
Santos João de Brébeuf, Isaac Jogues,
presbíteros, e companheiros, mártires (†1642-1649). São Paulo da Cruz,
presbítero (†1775). São Varo, mártir (†307). Soldado egípcio que, ao visitar
seis santos eremitas cristãos na prisão, foi encarcerado junto com eles e
sofreu terríveis torturas.
Santo do dia 20 de Outubro
Santa Maria Bertilla Boscardin, virgem
(†1922). Religiosa da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia dos Sagrados
Corações, dedicou-se aos doentes de corpo e de alma, num hospital em Treviso,
Itália
https://www.xl1.com.br/santo-do-dia/santos-do-mes-de-outubro-lista-com-santo-do-dia/
DESTAQUES:
1-
SANTA TERESA DE JESUS
Origens
Segunda
filha de um judeu convertido, Santa Teresa de Ávila (também conhecida como
Santa Teresa de Jesus), Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada, nasceu
em Ávila (Castela), em 28 de março de 1515. A infância feliz, passada junto com
irmãos e primos, a deixa fascinada por romances de cavalaria. Após a morte, em
batalha, de seu irmão mais velho, Giovanni, em 1524, e a perda de sua mãe,
Beatrice, a jovem foi enviada para estudar no mosteiro agostiniano de Nossa
Senhora da Graça. Ali, foi atingida por uma primeira crise existencial.
Fuga para o Carmelo
Após
uma grave doença, regressa à casa do pai, onde assiste à partida do seu querido
irmão Rodrigo para as colônias espanholas no ultramar. Em 1536, foi atingida
pela chamada “grande crise” e amadureceu a firme decisão de entrar no mosteiro
com os Carmelitas da Encarnação de Ávila. Mas o pai se recusa e Teresa foge de
casa. Acolhida pelas freiras, chegou à profissão em 3 de novembro de 1537.
Embates na saúde
Sua
saúde logo se deteriora novamente. Apesar do consequente retorno à família, o
caso é julgado desesperador. Santa Teresa D’Ávila é levada de volta ao
convento onde as freiras começam a preparar seu funeral. Inexplicavelmente,
porém, em poucos dias, a paciente volta à vida. Parcialmente liberta dos compromissos
da vida de clausura, devido à convalescença.
“Morro filha da Igreja” (Santa Teresa D’Ávila)
Mulher da mística
De
caráter alegre, amante da música, da poesia, da leitura e da escrita, vai tecer
uma densa rede de amizades, polarizando em torno de si várias pessoas desejosas
de a conhecer. Mas em breve ela perceberá esses encontros como motivos de
distração da tarefa principal da oração e experimentará sua “segunda
conversão”: “Meus olhos caíram sobre uma imagem … Ela representava Nosso
Senhor coberto de feridas. Assim que olhei para ela, me senti todo emocionado…
Me joguei aos pés d’Ele em prantos e implorei que me desse forças para não mais
ofendê-Lo”.
As
visões e êxtases representam o capítulo mais misterioso e interessante da vida
de Santa Teresa de Ávila. Na Autobiografia (escrita por ordem do bispo) e em
outros textos e cartas, descreve as várias etapas das manifestações divinas,
visuais e auditivas. Ela é vista levitando, desmaiando e permanecendo morta (é
assim que Bernini a retratará por volta de 1650, na estátua de S. Maria Della
Vittoria em Roma). Essas manifestações correspondem a um grande crescimento
espiritual, que Teresa, naturalmente trazida à escrita e à poesia, vai derramar
em seus textos místicos, entre os mais claros, poderosos, poéticos já escritos.
Reforma do Carmelo
Não
compreendida nesta sua intensa espiritualidade e considerada por alguns dos
seus confessores até vítima de ilusões demoníacas, é apoiada pelo jesuíta
Francesco Borgia e pelo frade franciscano Pietro d’Alcántara, que dissiparão as
dúvidas dos seus acusadores. Teresa sente que deve refundar o Carmelo para
remediar uma certa desorganização interna. Em 1566, o Superior Geral da Ordem
autorizou-o a fundar vários mosteiros em Castela, incluindo dois conventos de
Carmelitas Descalços. Assim, surgem os conventos em Medina, Malagon e
Valladolid (1568); Toledo e Pastrana (1569); Salamanca (1570); Alba de Tormes
(1571); Segóvia, Beas e Sevilha (1574); Sória (1581); Burgos (1582), entre
outros.
https://santo.cancaonova.com/santo/santa-teresa-davila-a-grande-doutora-da-oracao/
2-
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
Origens
Descendente
de uma família pagã, não romana, Inácio converteu-se ao cristianismo em idade
avançada, graças à pregação de São João Evangelista, que havia passado por
aquelas terras. Santo Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia, na Síria,
cidade que foi a terceira metrópole do mundo antigo — depois de Roma e
Alexandria, no Egito —, e da qual o próprio São Pedro foi o primeiro bispo.
Os
seguidores da sua Igreja o definiam como um cristão “fogoso”, segundo a
etimologia do seu nome.
Santo Inácio de Antioquia era um Bispo forte, um pastor de
zelo ardente
Perseguição do Imperador Trajano
Durante
o seu episcopado, começou a terrível perseguição do imperador Trajano, da qual
também o Bispo foi vítima por não querer negar sua fé em Cristo. Por isso, foi
preso e transportado acorrentado para Roma. Assim, começou a sua longa viagem,
rumo ao patíbulo, durante a qual foi torturado pelos guardas, até chegar ao seu
destino final.
Páscoa
Preso
e condenado, Inácio foi conduzido acorrentado, de Antioquia à Roma, onde se
organizavam festas em homenagem ao imperador; e os cristãos serviam de
espetáculo, no circo. No Coliseu, seu corpo foi despedaçado pelas feras,
durante as celebrações da vitória do imperador na Dácia, no ano 107.
Sete Cartas
Durante
sua viagem de Antioquia à Roma, Santo Inácio escreveu sete cartas. Nestas
cartas, o Bispo enviado à morte recomendava aos fiéis que fugissem do pecado;
para se proteger contra os erros dos gnósticos; sobretudo para manter a unidade
da Igreja.
As sete
lindas cartas que constituem um documento inimitável da vida da Igreja na
época
As Primeiras Cartas
Ao
chegar à Esmirna, escreveu as quatro primeiras cartas, três das quais dirigidas
às comunidades da Ásia Menor: aos Efésios, Magnésios e Trálios. Nelas, ele
expressa a sua gratidão pelas muitas demonstrações de carinho.
Quarta Carta
A
quarta carta, ao invés, foi dirigida à Igreja de Roma, na qual faz um apelo aos
fiéis para não impedirem seu martírio, do qual se sentia honrado, pela
possibilidade de percorrer o caminho e a Paixão de Jesus.
Três últimas cartas
De
passagem por Trôade, Inácio escreveu outras três cartas: à Igreja da
Filadélfia, de Esmirna e ao seu Bispo, Policarpo. Em suas missivas, pedia a
solidariedade espiritual dos fiéis com a Igreja de Antioquia, que passava pelas
provações do eminente destino do seu pastor; ao Bispo Policarpo, ofereceu
interessantes diretrizes de como cumprir a sua função episcopal.
Cartas
que declararam o seu amor ao Cristo e à Sua Igreja
Ele
escreveu também páginas de verdadeiras e próprias declarações de amor a Cristo
e a Sua Igreja, que, pela primeira vez, foi chamada “católica”; testemunhos do
conceito tripartido do ministério cristão entre Bispos, presbíteros e diáconos;
e ainda diretrizes para combater a heresia do Docetismo, que acreditava na
Encarnação do Filho apenas como aparência e não real.
Enfim,
através das cartas de Inácio, percebemos seu desejo, quase como uma súplica
ardorosa, de que os fiéis mantivessem a Igreja unida, contra tudo e contra
todos.
Minha oração
“Querido
Inácio, pela tua valentia, soubeste doar a tua vida em favor do Evangelho,
reconhecendo que seu sangue seria semente de novos cristãos, zelai pela Igreja
e seus representantes, para que tenham a mesma doação e coragem sua. Amém!”
Santo Inácio de Antioquia , rogai por
nós!
https://santo.cancaonova.com/santo/santo-inacio-de-antioquia-o-bispo-perseguido-e-jogado-as-feras/
3-
SÃO LUCAS
Origens
São
Lucas Evangelista, que, segundo a tradição, nasceu em Antioquia de uma família
pagã, era médico de profissão. Convertido à fé de Cristo, foi companheiro
caríssimo do apóstolo São Paulo até a confissão (martírio) deste. Serviu
irrepreensivelmente ao Senhor, jamais tomou mulher nem teve filhos.
Características do Evangelho
É
possível perceber a característica mais original do Evangelho de Lucas graças
aos seis milagres e às dezoito parábolas, que não encontramos nos outros
Evangelhos. Ele dedica atenção particular aos pobres e às vítimas das
injustiças, aos pecadores arrependidos, acolhidos pelo perdão e a misericórdia
de Deus.
São Lucas: o Evangelista da Misericórdia
Parábolas Narradas
Ele
narra a parábola do pobre Lázaro e o rico Epulão. Fala do Filho Pródigo e do
pai misericordioso, que o acolhe de braços abertos. Descreve a ação da pecadora
perdoada, que lava os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxuga com seus
cabelos. Cita as palavras de Maria, no Magnificat, quando ela proclama que Deus
“derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens
e despede os ricos de mãos vazias!” (Lc 1,52-53).
Padroeiro
dos Médicos, Pintores e Vidraceiros
Pintor
Os
cristãos orientais atribuem ao “médico pintor”, Lucas, numerosos quadros
representando a Virgem. Em seu Evangelho, escrito em grego fluente e límpido,
Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus.
Conhecia os outros Evangelistas
Lucas
conhecia os Evangelhos de Mateus e Marcos quando começou a escrever o seu,
antes do ano 70. Julgava que ao primeiro faltava uma certa ordem no
desenvolvimento dos fatos e considerava o segundo por demais conciso.
Como
diligente estudioso, Lucas, depois de ter documentado escrupulosamente as
notícias da vida de Jesus ,“desde o início”, quis narrá-la novamente de forma
ordenada, de modo que os fatos e ensinamentos progredirem pari passu como a
realidade.
Deu
prova da mesma agradável fluência narrativa também na redação dos Atos dos
Apóstolos.
Maria
é o foco do seu Evangelho
Evangelista dedicado a Maria
A
relação particular que Lucas tem com Maria é outra característica do seu
Evangelho. Por meio dele e — podemos imaginar —, por meio da narração que Maria
lhe fez pessoalmente, conhecemos as palavras da Anunciação, da Visita a Isabel
e do Magnificat.
Por
seu intermédio, sabemos os particulares da Apresentação de Jesus ao Templo e a
angústia de seus pais, Maria e José, por não poder encontrar seu filho de doze
anos no Templo. Provavelmente, graças a esta sua sensibilidade narrativa e
descritiva, que nasce a tradição de ser o primeiro iconógrafo, sabemos que
Lucas era pintor.
Páscoa
As
notícias concernentes à sua morte são incertas: algumas fontes falam do seu
martírio; outras dizem que viveu até a idade avançada. A tradição mais antiga
diz que morreu na Beócia, com 84 anos, depois de ter-se estabelecido na Grécia,
onde escreveu seu Evangelho.
Três
cidades se ufanam de conservar suas relíquias: Constantinopla, Pádua e Veneza
.
Minha oração
“Poderoso
Evangelista, inspirado pelo Espírito Santo ao relatar a vida de Jesus, cuidai
dos escritores para que mostrem a verdade e dos comunicadores para que vivam
segundo o que anunciam. Sede também um modelo de busca pelo Cristo. Amém.”
São Lucas, rogai por nós!
https://santo.cancaonova.com/santo/sao-lucas-o-evangelista/
SANTOS AGOSTNIANOS
14 de Outubro
Beato Gonçalo de Lagos
Nasceu em Lagos (Algarve, Portugal) em torno do ano de 1360. Filho de
pescadores, entrou na Ordem em Lisboa, em 1380. Grande teólogo, recusou o
título de mestre em Teologia. Bom orador, gostava de ensinar catecismo às
crianças, aos operários e aos pobres e ignorantes. Prior de vários importantes
conventos, procurava servir, com amor, os irmãos nos trabalhos mais humildes.
Tanto lhe importava servir como porteiro ou como cozinheiro. Bom calígrafo e
decorador, escreveu vários livros corais. Morreu em Torres Vedras em 15/10/1422.
Suas relíquias conservam-se na igreja ex-agostiniana de Santa Maria da Graça.
Pio VI confirmou seu culto em 1778. Do comum dos santos homens: para
religiosos.
20 de Outubro
Santa Madalena de Nagasaki, padroeira da FSAR
Nasceu em 1611, perto de Nagasaki. Filha de cristãos martirizados,
consagra-se a Deus e é guiada espiritualmente pelos beatos Francisco de Jesus e
Vicente de Santo Antônio, agostinianos recoletos, que a admitem como terciária.
Depois do martírio dos beatos, em 1632, permanece escondida nos montes,
ajudando os cristãos afligidos. Em setembro de 1634, entrega-se aos juízes,
proclamando-se cristã. Torturada de forma cruel, inamovível em sua fé, é
pendurada no patíbulo, onde permaneceu viva durante catorze dias. Seu martírio
causou grande impressão em Nagasaki. Todos se encomendavam à sua intercessão.
Beatificada em 1981, foi canonizada por João Paulo II em
18/10/1987.
Nenhum comentário:
Postar um comentário