sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

III-REFLETINDO O DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA 3.1- SAGRADA FAMÍLIA

 

III-REFLETINDO O DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA

3.1- SAGRADA FAMÍLIA

 

Hoje somos convidados pela Palavra de Deus a contemplar a Sagrada Família de Nazaré e recordar a importância da família, instituição querida e amada por Deus. Deus quis que seu Filho nascesse no seio de uma família! Ao longo de seu ministério Jesus nos fará ver que os laços familiares devem submeter-se à prioridade do Reino de Deus (cf. Mt 12,50; 19, 29) e eleva a união de amor entre o homem e a mulher à categoria de sacramento (cf. Mt 19, 5-6), isto é, canal da graça de Deus que permite aos esposos santificarem-se no mútuo amor aberto à vida, glorificarem a Deus com sua união e testemunharem o Evangelho do amor. Abençoada é a família que abraça o seguimento de Cristo e torna-se testemunha do amor de Deus no matrimônio. O matrimônio, alicerce da instituição familiar, é – nas palavras do Papa S. João Paulo II, na exortação Familiaris Consortio – memorial, atualização e profecia do Mistério Pascal de Cristo. Memorial, pois dá a graça e implica o dever dos pais de recordar as grandes obras de Deus e testemunhá-las aos filhos; atualização do Mistério, com a graça e o dever do casal de realizar um para com o outro e para com os filhos as exigências de um amor que perdoa e redime, e Profecia, pois concede a graça e implica o dever de viver e testemunhar a esperança do futuro encontro com Cristo (cf. FC, n. 13). Assim como o lar de Maria e José foi o berço para Jesus, cabeça da Igreja, “A Igreja encontra assim na família, nascida do sacramento, o seu berço e o lugar onde pode atuar a própria inserção nas gerações humanas, e estas, reciprocamente, na Igreja.” (FC, n. 15) É missão da família cristã, no dizer de S. João Paulo II, ser comunidade de vida e de amor e “guardar, revelar e comunicar o amor, qual reflexo vivo e participação real do amor de Deus pela humanidade e do amor de Cristo pela Igreja, sua esposa” (FC, n.15), vivendo o que disse São Paulo: “revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando- -vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.”. A família, em força de sua vocação, deve formar uma comunidade de amor; servir à vida por meio da geração dos filhos e defendê-la em seu sentido mais amplo; participar no desenvolvimento da sociedade, contribuindo para um mundo melhor, segundo o Evangelho e, por fim, participar da vida e da missão da Igreja, pois ela mesma é Igreja doméstica (cf. FC, n. 18-64). Como Maria e José, as famílias hoje também enfrentam desafios e dificuldades, mas podem sempre contar com assistência da divina providência e não perdem jamais a esperança! E, nessa fé, nos deixamos animar pelas palavras do Papa Francisco na exortação Amoris Laetitia, quando diz: “A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimônio (...) «o desejo de família permanece vivo, especialmente entre os jovens, e isto incentiva a Igreja». Como resposta a este anseio, «o anúncio cristão sobre a família é verdadeiramente uma boa notícia»” (AL, n. 01). Portanto, continuemos firmes no anúncio cristão sobre a família!

 

Dom Edilson de Souza Silva. Bispo Auxiliar de São Paulo Vigário Episcopal para a Região Lapa.

 

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/10/Ano-50A-07-SAGRADA-FAMILIA-JESUS-MARIA-E-JOSE.pdf

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário