sábado, 6 de dezembro de 2025

BEM VINDO AO SB SABENDO BEM DE 07 DE DEZEMBRO DE 2025- SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO



A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. (I Coríntios 1, 18).

DOMINGO,  07 de dezembro  DE 2025

 

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A

 

Ano Jubilar 2025 - Peregrinos de esperança

 

https://youtu.be/qKE2Zsn3oNk?si=0RRY9fH5-tcfcxPX

Vem Senhor nos salvar com teu povo vem caminhar!

https://youtu.be/OTxwSbQ7NPI?si=3V7J7uw27tuF6rHX

ALELUIA! VEM MOSTRAR NOS, Ó SENHOR

https://youtu.be/Hnq9o5jsHXI?si=y2waHjMiIgwd1d8d

Cristo é a grande Luz!


CONVERTEI-VOS, POIS O REINO ESTÁ PRÓXIMO!


Caro(a) Leitor(a) amigo(a):

O meu abraço fraterno e uma ótima preparação para o Natal.

Desejo saúde, paz e uma ótima semana!

 

ACESSE SEMPRE O BLOG: sbsabendobem.blogspot.com e divulgue aos seus amigos, conhecidos e contatos nas redes sociais.

Comente, faça sugestões. Agradeço!

Escreva para: sbsabendobem@gmail.com

 

SEJA BEM-VINDO! SEJA BEM-VINDA!

 

 

 


01- ESTAMOS NO SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO- 7 DE DEZEMBRO DE 2025

 

01-     ESTAMOS NO SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO- 7 DE DEZEMBRO DE 2025

 

Jesus está bem próximo e com a Ele a nossa salvação! O Advento é um momento propício de conversão para preparar o caminho do Senhor. Diante dos desafios que enfrentamos, das provocações que nos atingem e dos conflitos que vivemos, precisamos fazer uma revisão de vida e um processo de conversão para vivermos o Reino. Deus é Pai e libertador e nos convida a estar de pé, pois a libertação se aproxima. O nascimento de Cristo e sua missão nos revelam a História da Salvação.

 

ACENDIMENTO DA 2ª VELA - Enquanto se lê, um jovem vestido como um profeta entra pelo corredor da igreja.

C. Neste segundo Domingo do Advento acende-se a 2ª vela: a ROXA. É a vela da Profecia. Lembra-nos o profeta Isaías que profetizou a justiça, para que aconteça em nossos dias. Esta vela convida-nos a purificar nossos corações acolhendo o Cristo que vem. Advento também é tempo de conversão.

- Chegando ao presbitério, o jovem diz: Jovem: "A luz de Cristo que esperamos neste Advento enxugue todas as lágrimas. Acabe com todas as trevas e console quem está triste. Encha nossos corações de alegria por preparar sua vinda." Ele acende a 2ª vela: a ROXA. Todos cantam: A segunda vela... n° 166 (2ª estrofe e o refrão). Logo após, o dirigente diz:

D. A nossa proteção está no nome do Senhor. Todos: Que fez o céu e a terra! D. Senhor, acendemos as velas desta coroa para que possamos preparar nossos corações para o advento do vosso Filho. Protegei-nos dos maus costumes e inflamai nossos corações a uma contínua conversão de vida, para que, servindo a vós em nossos irmãos, possamos fugir da escuridão do pecado e ir ao encontro do nosso Salvador, Jesus Cristo, que vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém. - Pode-se repetir o refrão do canto.

 

EIS O CONTEÚDO DO BLOG SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO:

 

- Significado do Advento e como viver esse tempo antes do Natal;

- As leituras do 2.º Domingo do Advento;

- A Liturgia do 2.º Domingo do Advento;

- Refletindo o 2.º Domingo do Advento;

- Leituras para a Segunda Semana do Advento;

- Cantos para a Missa do 2.º Domingo do Advento- Ano A;

- Primeira viagem Internacional do Papa Leão XIV;

- Novos Bispos para a Arquidiocese de São Paulo;

- Sorteio da Copa do Mundo de 2026- O Brasil está no Grupo C;

- Lindolivo Soares Moura está de volta com suas Reflexões;

 O que os santos dizem sobre o Tempo do Advento?

- Dicas de Leituras.

 

Desejo aos Leitores e Leitoras uma boa leitura e ótimas Reflexões!

 

 

02- O que o Advento realmente significa e como viver esse tempo antes do Natal?

 

02-  O que o Advento realmente significa e como viver esse tempo antes do Natal?

O Advento inaugura o ano litúrgico e nos conduz a um dos mistérios centrais da fé: a vinda de Cristo. 

Neste artigo, veremos o que a Igreja ensina sobre esse tempo, sua origem histórica, seus símbolos, seu papel no calendário litúrgico, o significado das cores, o sentido dos quatro domingos, a relação entre advento e a vida espiritual e como vivê-lo bem.

É um período marcado pela vigilância, pela esperança e pela preparação interior, não apenas para recordar o nascimento de Cristo em Belém, mas para acolher sua presença hoje e aguardar, com fé, sua vinda gloriosa no fim dos tempos.

O que é o advento?

O Advento é um tempo de preparação ativa. A Igreja contempla dois movimentos inseparáveis:

  1. A primeira vinda de Cristo, no mistério da Encarnação.
  2. A segunda vinda, na qual o Senhor retornará em glória para julgar os vivos e os mortos.

Por isso, o Advento não é um período de nostalgia, mas de sobriedade e vigilância. A fé que olha para Belém também olha para a eternidade.
A Igreja recorda que a espera do Messias acompanha toda a história da salvação: patriarcas, profetas e o povo de Israel viveram essa esperança antes de sua realização em Cristo. No Advento, o cristão se une espiritualmente a esse povo que “esperava o libertador prometido”.

Num mundo que rejeita a espera e busca resultados imediatos, o Advento nos educa para a paciência, o silêncio interior e a conversão. É o tempo em que o cristão pergunta: como preparo o meu coração para acolher Aquele que vem?

A origem do advento

As raízes do Advento remontam aos primeiros séculos. Antes de se fixar como preparação para o Natal, ele esteve ligado à preparação para a Epifania, quando os catecúmenos eram preparados para o Batismo.

Com o passar dos séculos, a Igreja estruturou as quatro semanas de espera como as conhecemos hoje, um itinerário espiritual voltado tanto para o nascimento de Cristo quanto para sua vinda gloriosa.

No plano teológico, o Advento ecoa o “anseio messiânico” do Antigo Testamento. Cada profecia, cada promessa feita ao povo eleito, encontra no Advento sua atualização litúrgica. Assim, a Igreja vive um tempo de expectativa que é históricaespiritual e escatológica.

O propósito continua atual: preparar o interior para encontrar Cristo, ontem, hoje e sempre.

As cores litúrgicas do advento

A liturgia utiliza duas cores ao longo do Advento:

Roxo — a cor da vigilância: Usado na maior parte do tempo, o roxo expressa penitência, sobriedade e a atitude de quem se prepara para algo grandioso. No Advento, essa cor tem caráter menos penitencial que na Quaresma e mais relacionado à espera atenta.

Rosa — a cor da alegria: Utilizada apenas no terceiro domingo do advento, o domingo Gaudete, ela anuncia que a espera já se ilumina pela proximidade do Natal. É um sinal de esperança: o Salvador está perto.

O advento no ano litúrgico: um caminho em quatro domingos

O Advento inaugura o ciclo litúrgico e se estende do domingo mais próximo de 30 de novembro até a véspera do Natal. 

Nesse período, a Igreja conduz os fiéis por quatro domingos, que formam um verdadeiro itinerário espiritual — uma ascensão que parte da vigilância e culmina na contemplação do mistério da Encarnação.

Cada domingo acende uma nova luz no caminho da espera cristã, revelando uma dimensão própria da preparação para a vinda do Senhor.

1º Domingo – Vigilância: No primeiro domingo, a liturgia desperta o fiel do torpor espiritual e recorda com firmeza: Cristo virá. Somos chamados à vigilância, à lucidez interior e ao abandono das distrações que nos impedem de perceber a presença de Deus na história.

2º Domingo – Conversão: O segundo domingo é marcado pela figura de João Batista, cuja voz ressoa como no deserto: “Preparai o caminho do Senhor”.
Aqui, o Advento assume seu caráter mais exigente: a conversão real do coração. Sem arrependimento, não há verdadeira preparação.

3º Domingo – Alegria (Gaudete): No terceiro domingo, a liturgia suaviza seu tom com o Domingo Gaudete. A cor rosa anuncia que o Senhor está próximo e que a salvação não é apenas uma promessa distante, mas uma alegria que já desponta.
É a alegria da esperança, fundada na certeza da presença de Deus que vem ao nosso encontro.

4º Domingo – Contemplação e Disponibilidade: O último domingo nos aproxima intimamente do mistério da Encarnação. A liturgia apresenta a fé de Maria e José, que acolheram o plano divino com confiança.
Este é o domingo da disponibilidade, da docilidade interior, do coração que diz com a Virgem: “Faça-se em mim segundo a tua palavra.”

O advento e a vida espiritual

O Advento é um período para repensar a vida espiritual. Ele nos lembra que Cristo vem ao nosso encontro não apenas no Natal, mas em cada sacramento, em cada oração, e, de modo definitivo, no fim dos tempos.

A experiência cristã do Advento envolve:

  • Silêncio diante do excesso de ruídos externos.
  • Oração como escuta da vontade de Deus.
  • Vigilância para evitar a indiferença espiritual.
  • Conversão como resposta concreta ao Evangelho.
  • Esperança que sustenta a vida no tempo presente.

O Advento educa o coração a viver no tempo com os olhos fixos na eternidade.

Advento: tempo de esperança teologal

A esperança cristã não é otimismo nem espera passiva. É confiança firme em Deus, mesmo quando tudo parece contrário.

O Advento recorda que esta esperança tem um fundamento real: Cristo virá.

Ao longo dessas semanas, a Igreja reacende essa virtude, ensinando-nos a olhar para a história com confiança, a enfrentar dificuldades com coragem e a aguardar o encontro definitivo com Cristo como a grande promessa da fé.

Como viver bem o advento

Viver bem o Advento não significa multiplicar atividades, mas aprofundar a vida interior. Entre as práticas essenciais estão:

  1. Silêncio e oração diária: Criar espaço para que Deus fale ao coração.
  2. Caridade concreta: Ajudar quem precisa, com gestos reais.
  3. Confissão: A conversão é o eixo central do Advento.
  4. Leitura espiritual: Textos bíblicos e meditações que iluminam o mistério da vinda de Cristo.
  5. Sobriedade interior: Evitar excessos e dispersões que impedem a preparação espiritual.

O Advento não é um convite ao sentimentalismo, mas à fidelidade.
É o tempo litúrgico que nos pergunta: estamos realmente preparados para acolher Cristo?

https://ordemterceira.com.br/index.php/2025/11/30/o-que-o-advento-realmente-significa-e-como-viver-esse-tempo-antes-do-natal/

03- LEITURAS DO SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A

 

03-  LEITURAS DO SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A

 

 O Senhor, que um dia virá em sua glória, é o mesmo que agora se faz presente por meio de sua Palavra. Acolhamo-la como sinal do seu amor por nós.

 

PRIMEIRA LEITURA (Is 11,1-10)

 

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

 

Naqueles dias, 1 nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; 2 sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimen- to, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3 no temor do Senhor encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas apa- rências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; 4 mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5 Cingi- rá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6 O lobo e o cordeiro viverão juntos e o le- opardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7 A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha como o boi; 8 a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9 Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.

 

– Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

SALMO 71(72)

 

Nos seus dias a justiça florirá / e grande paz há de haver eternamente.

 

1. Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, * vossa justiça ao descendente da realeza! / Com justiça ele governe o vosso povo * com equidade ele julgue os vossos pobres.

2. Nos seus dias a justiça florirá, * e grande paz até que a lua perca o brilho! / De mar a mar estenderá o seu domínio * e desde o rio até os confins de toda a terra!

3. Libertará o indigente que suplica * e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. / Terá pena do indigente e do infeliz * e a vida dos humildes salvará.

4. Seja bendito o seu nome para sempre! * E que dure como o sol sua memória! / Todos os povos serão nele abençoados, * todas as gentes cantarão o seu louvor!

 

 

SEGUNDA LEITURA (Rm 15,4-9)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

 

Irmãos, 4 tudo o que outrora foi escrito, foi escrito para nossa instrução, para que, pela nossa constância e pelo conforto espiritual das Escrituras, tenhamos firme esperança. 5 O Deus que dá constância e conforto vos dê a graça da harmonia e concórdia, uns com os outros, como ensina Cristo Jesus. 6 Assim, tendo como que um só coração e a uma só voz, glorificareis o Deus e Pai do Senhor nosso, Jesus Cristo. 7 Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus. 8 Pois eu digo: Cristo tornou-se servo dos que praticam a circuncisão, para honrar a veracidade de Deus, confirmando as promessas feitas aos pais. 9 Quanto aos pagãos, eles glorificam a Deus, em razão da sua misericórdia, como está escrito: “Por isso, eu vos glorificarei entre os pagãos e cantarei louvores ao vosso nome”.

 

– Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

ACLAMAÇÃO (Lc 3,4-6)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas! / Toda carne há de ver a salvação do nosso Deus!

 

EVANGELHO (Mt 3,1-12)

 

P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós!

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. T. Glória a vós, Senhor.

 

P. 1 Naqueles dias, apareceu João Ba- tista, pregando no deserto da Judéia: 2 “Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”. 3 João foi anuncia- do pelo profeta Isaías, que disse: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endi- reitai suas veredas!” 4 João usava uma roupa feita de pêlos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins; comia gafanhotos e mel do campo. 5 Os moradores de Jerusalém, de toda a Ju- déia e de todos os lugares em volta do rio Jordão vinham ao encontro de João. 6 Confessavam os seus pecados e João os batizava no rio Jordão. 7 Quando viu muitos fariseus e saduceus vindo para o batismo, João disse-lhes: “Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que vai chegar? 8 Produzi frutos que provem a vossa conversão. 9 Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é nosso pai’, porque eu vos digo: até mesmo destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão. 10O machado já está na raiz das árvores, e toda árvo- re que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo. 11Eu vos batizo com água para a conversão, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de car- regar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12Ele está com a pá na mão; ele vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celei- ro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga”.

 

– Palavra da salvação. T. Glória a vós, Senhor

 

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/10/Ano-50A-02-2o-DOMINGO-DO-ADVENTO.pdf

04- LITURGIA DO SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A

 

 

04-   LITURGIA DO SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A

 

- Em nossa caminhada para o Natal, a Liturgia desse domingo nos convida a nos despir dos valores efêmeros e egoístas que muitas vezes nos fascinam, para dar lugar em nós aos valores do Reino de Deus.

 

- Na 1ª Leitura, Isaías apresenta um "Enviado de Javé", descendente de Davi, com a missão de construir um Reino de Justiça e Paz. É uma das maiores profecias do Antigo Testamento referentes ao Messias, com que o profeta reaviva a esperança do seu povo, diante das ameaças do imperialismo dos assírios. O Poema dá as características: Ele será descendente de Davi ("Naqueles dias, do tronco de Jessé sairá um ramo e um broto de sua raiz"), Será animado pelo Espírito de Deus ("Sobre ele pousará o Espírito do Senhor: Espírito de sabedoria e inteligência, de conselho e de fortaleza, de conhecimento e de temor de Deus") e será portador da Justiça e da Paz ("Trará justiça para os humildes..."). Para o Profeta, a presença do Messias propiciará a reconciliação da Criação: voltará a harmonia perdida entre o homem e a natureza, entre os animais selvagens e domésticos, ou seja, a verdadeira reconciliação e comunhão do Criador com a criatura.

 

 - Para nós cristãos, Jesus é o Messias que veio tornar realidade o sonho de Isaías. Ele iniciou esse "Reino" novo de justiça, de harmonia, de paz sem fim pelas palavras e obras. Jesus, cheio do Espírito de Deus, passou pelo mundo convidando a todos a se tornarem "filhos de Deus" e a viverem no amor e na partilha. O Reino ainda está se realizando entre nós, a medida que nos convertemos e passamos a vivê-lo na justiça e na verdade.

 

- Na 2ª Leitura, Paulo exorta os cristãos de Roma a viverem no amor, dando testemunho de união, de amor, de partilha, de harmonia, a fim de que louvem a Deus, com um só coração e uma só alma. Qualquer tipo de egoísmo ou discriminações não faz parte do Reino de Deus. É preciso acolher a todos como Cristo o fez. Só assim a Comunidade cristã será o rosto visível de Cristo no mundo.

- No Evangelho, João Batista anuncia que o Reino de Deus está próximo, mas para que se torne realidade precisa que as pessoas se convertam. A presença de João nos interpela a questionar as nossas prioridades e valores fundamentais. A prioridade de João Batista é o anúncio do Reino dos céus. E o Reino é despojamento, simplicidade, amor total e dom da vida. São esses valores que ele procura anunciar, com palavras e com atitudes.

 

- João prega a conversão e o Reino de Deus. Esta mensagem é destinada a todos. Porém, João tem palavras duríssimas aos fariseus e saduceus: "raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Não penseis que basta dizer: Abraão é nosso pai". João avisa que não há salvação assegurada obrigatoriamente a quem tem o nome inscrito nos registros do povo eleito. É preciso viver em contínua conversão e fazer as obras de Deus: "toda a árvore que não dá fruto, será cortada e lançada ao fogo". Ou seja, é importante para a salvação receber os sacramentos da Igreja, mas não basta ter o nome inscrito no livro de registros de batismo da paróquia, nem no livro de registro de casamentos, nem ter posto os filhos na catequese e aparecer lá somente para tirar fotografias na festa da primeira comunhão. E ainda: não basta dizer aquela frase clichê "sou feliz por ser católico", mas é preciso uma conversão séria, empenhada ao Reino e aos seus valores e uma vida coerente com a fé que escolhemos quando fomos batizados.

 

- O batismo de João significava o arrependimento e o perdão dos pecados. No entanto, ele avisa: "aquele que vem depois de mim batizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo". De fato, o batismo de Jesus vai muito além do batismo de João: confere a quem o recebe, a vida de Deus e torna-o "filho de Deus". Além disso, implica uma incorporação na Igreja e a participação ativa na sua missão. Não significa apenas o arrependimento e o perdão dos pecados; significa um quadro de vida completamente novo, uma relação de filiação com Deus e de fraternidade com Jesus e com todos os outros batizados

 

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2025/10/07_12_25.pdf

05- REFLETINDO O SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A 7 de dezembro – 2º DOMINGO DO ADVENTO (IP) Por Ir. Dra. Izabel Patuzzo (IP)* Prof. Ms. Celso Loraschi (CL)** Ir. Dra. Zuleica Aparecida Silvano (ZAS)*** O Reino de Deus está perto!

 

05-   REFLETINDO O SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO ANO A

 

7 de dezembro – 2º DOMINGO DO ADVENTO (IP)

Por Ir. Dra. Izabel Patuzzo (IP)* Prof. Ms. Celso Loraschi (CL)** Ir. Dra. Zuleica Aparecida Silvano (ZAS)***

 

O Reino de Deus está perto!

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia deste domingo apresenta a figura de João Batista, como o precursor de Jesus; sua pregação prepara o caminho para a chegada do Messias. Todas as leituras nos convidam a nos despojarmos dos valores egoístas e fugazes que às vezes orientam nossa vida, levando-nos ao distanciamento dos caminhos de Deus.

Na primeira leitura, o profeta Isaías fala do amor paternal do Senhor Deus e da resposta ingrata de Israel. Diante da indiferença do povo escolhido, o Senhor o corrige e educa com amor e misericórdia. Por isso, enviará um descendente de Davi, sobre quem repousará o Espírito do Senhor, e a missão desse personagem será reconstruir um Reino de paz e justiça que não terá fim.

A segunda leitura dá continuidade à carta de Paulo endereçada aos romanos, recordando-lhes que cada cristão deve se esforçar para ser um rosto de Cristo visível no mundo. Quem segue a Jesus deve dar testemunho de união, de solidariedade e de caridade para com os necessitados, vivendo uma vida de harmonia com os outros, acolhendo e ajudando os irmãos e irmãs mais vulneráveis, conforme o ensinamento de Jesus.

O Evangelho nos apresenta a pregação de João sobre a vinda do Senhor, tema-chave do Advento. Assim como a mensagem de João preparou o caminho para Jesus no seu tempo, somos chamados a nos prepararmos. Respondemos à mensagem de João com nosso arrependimento e com a reforma de nossa vida. Também somos chamados a ser profetas de Cristo, que anunciam pela própria vida, como fez João, a vinda do Senhor.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Is 11,1-10)

A primeira leitura retrata o período do rei Ezequias (714 a.C.), que, preocupado com o fortalecimento do Império Assírio, fez aliança com o Egito. Tal decisão política depositava toda a esperança de segurança no exército estrangeiro, à custa de submissão e pesados tributos, além de pôr em risco a segurança futura de seu próprio povo. O profeta Isaías era totalmente contra essa decisão política, pois tal iniciativa foi considerada uma afronta pelo poder assírio, que invadiu Judá, cercou Jerusalém e obrigou o rei Ezequias a se entregar à Assíria. Portanto, a realidade é desoladora e o povo está desiludido.

É nesse contexto que o profeta dirige a mensagem da primeira leitura, um oráculo em forma de poesia. Primeiramente, Isaías apresenta a chegada de uma pessoa que vem como mensageiro da paz. Essa personagem tem suas raízes em Jessé, da casa de Davi, pois Deus é fiel às suas promessas feitas à dinastia davídica. Tal enviado tem como missão reconstruir Israel e trazer a paz, porque nele repousa o Espírito do Senhor. O mesmo Espírito que esteve presente na criação, na ordem do universo, que animou todos os que estiveram à frente do povo escolhido e inspirou os profetas conduzirá também o novo enviado de Deus. O Espírito de Deus confere ao enviado todas as virtudes de seus antepassados que lideraram Israel: espírito de sabedoria e inteligência, como Moisés e Aarão, conselho e fortaleza, como Samuel, espírito de conhecimento e temor de Deus, como os patriarcas e as matriarcas, profetas, juízes e juízas.

A segunda parte do poema apresenta as características do Messias que virá. A aliança com Deus foi quebrada, mas o enviado vai trazer a paz de uma forma harmoniosa e surpreendente que envolverá toda a natureza, não apenas a criatura humana. Os animais domésticos irão conviver com os selvagens em completa harmonia e, como no paraíso, todos eles serão submetidos ao ser humano, representado pela criança, isto é, pelo ser humano na sua fragilidade e pequenez. Até mesmo a serpente, que provocou a desarmonia inicial no paraíso, se submeterá ao ser humano comprometido a reconstruir a harmonia. Todos os seres da natureza se empenharão para a superação total do desequilíbrio, das rivalidades, das divisões e de todo pecado. E, nessa parceria solidária, toda natureza se insere na dinâmica da construção de um mundo de paz.

2. II leitura (Rm 15,4-9)

Esta leitura proposta pela liturgia pertence à segunda parte da carta aos Romanos. Paulo apresenta o exemplo de Cristo, com o qual somos chamados a nos identificar. Na visão do apóstolo, a comunidade dos fiéis é formada de pessoas fortes, mas também de fracos. Por isso, os fortes são chamados a carregar as fragilidades dos fracos. Para edificar a comunidade, muitas vezes temos de nos dispor a carregar os fardos uns dos outros; exercitar a paciência para com a atitude imatura dos membros vulneráveis. A leitura nos apresenta a metáfora da edificação em sentido coletivo. O motivo para esse comportamento é que nosso Senhor Jesus Cristo carregou nos ombros o peso de nossos pecados. Ele é o único modelo que nos cabe imitar na vida.

Em sua mensagem, Paulo também exorta os cristãos a não fazer discriminações, mas acolher a todos a exemplo de Jesus, que incluiu no seu discipulado tantas categorias de pessoas desprezadas pela sociedade de seu tempo e consideradas desprezíveis. O comportamento sugerido pelo apóstolo sempre se fundamenta na pessoa de Jesus Cristo e nas Escrituras. Ele recorda que mesmo o Antigo Testamento já aponta para essa realidade, que Jesus levou à plenitude. Por fim, pede que o Deus da esperança cumule os fiéis de alegria, paz e fé.

3. Evangelho (Mt 3,1-12)

O evangelista Mateus, depois de apresentar os relatos da infância de Jesus, descreve a obra da pregação de João Batista. Este aparece, na tradição dos grandes profetas de Israel, pregando o arrependimento e a mudança de vida. De fato, a descrição de João encontrada nesta leitura lembra a descrição do profeta Elias em 2Rs 1,8. No texto da liturgia deste domingo, João dirige aos fariseus e saduceus – partidos dentro da comunidade judaica de seu tempo – um apelo particularmente contundente ao arrependimento.

O profeta faz forte apelo à conversão a todos os que o procuram, oferecendo-lhes o batismo de arrependimento. Provavelmente, aqueles que o procuravam faziam parte de um grande movimento de grupos que, na época, praticavam lavagens rituais para fins semelhantes. Ademais, o batismo de João pode estar relacionado com as práticas dos essênios, uma seita judaica do século I. Esse batismo pode ser entendido como uma antecipação do batismo cristão. Nessa passagem, o próprio João alude à diferença entre seu batismo e o que ainda está por vir: “Eu os batizo com água, para arrependimento. [...] Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo”.

João deixa bem claro que sua relação com o Messias ainda por vir (Jesus) é de serviço e subserviência: “[...] aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu. Não sou digno de levar suas sandálias” (v. 11). No contexto do Evangelho de Mateus, a passagem deste domingo é seguida pelo batismo de Jesus por João, evento que é atestado em todos os quatro Evangelhos e parece ter marcado o início do ministério público de Jesus.

A figura de João Batista, por si só, questiona-nos e interpela-nos. Ele atua no deserto, lugar de escassez, de despojamento, de provações, mas também de proximidade com Deus. Nas Escrituras, é o lugar do encontro com Deus; de escutá-lo, de deixar-se conduzir por ele. João se veste de forma simples, contrastando com a suntuosidade das vestes dos sacerdotes do templo de Jerusalém. Seu modo de vida ressalta que ele não usufrui de nada da comunidade. Não é um homem só de palavras, mas também de atitudes bem concretas, que todos podem ver. Isso lhe dá autoridade para o chamado à conversão, porque ele é coerente com a mensagem que prega à multidão dos fiéis.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Para nós, cristãos, Jesus é o Messias que nos aponta o caminho da salvação. Ele iniciou uma nova comunidade de discípulos que se dispuseram a acolher sua proposta de fraternidade universal, fundamentada na prática da justiça, da harmonia e da paz. Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo em tudo que fez e ensinou. Durante todo seu ministério público, convidou pessoas para viverem o amor, a solidariedade, a partilha, o compromisso com o bem comum, segundo a proposta divina. Nós, seus discípulos e discípulas de hoje, como estamos contribuindo para a continuidade de seu projeto?

Nossas comunidades devem ser, para o mundo, o rosto visível de um Deus amoroso, misericordioso, que propõe um estilo de vida pautado no acolhimento, no respeito a todas as pessoas e a todos os seres da natureza, mas, muitas vezes, presenciamos grandes divisões internas entre nós, faltando com o testemunho de unidade e harmonia; muitas vezes nos fechamos em círculos restritos a quem partilha nossas convicções, colaborando apenas com aqueles que concordam com nossa visão de mundo, estilo de vida, trabalho pastoral etc. O que podemos fazer para mudar essa realidade?

A pregação de João Batista, narrada por Mateus, é forte apelo à mudança radical de vida por causa do Reino dos Céus. Essa mudança de mentalidade e de modo de agir é um retorno à proposta de fidelidade à Aliança que perpassa toda a Sagrada Escritura. Muitos ouvintes daquele tempo se converteram mediante o anúncio profético. Nós somos seus destinatários de hoje, pois fomos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Como filhos e filhas de Deus, esforçamo-nos para viver a comunhão com ele e com os irmãos e irmãs? Vivemos a partilha com as pessoas que caminham ao nosso lado?

Ir. Dra. Izabel Patuzzo (IP)* Prof. Ms. Celso Loraschi (CL)** Ir. Dra. Zuleica Aparecida Silvano (ZAS)***

*da Congregação Missionárias da Imaculada, pime. Mestra em Aconselhamento Social pela South Australian University e em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Doutora em Teologia Bíblica pela PUC-SP.
**mestre em Teologia Dogmática, com concentração em Estudos Bíblicos, pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção (SP),
é autor do roteiro do Evangelho de Todos os Fiéis Defuntos e do roteiro da festa da Dedicação da Basílica do Latrão.
***religiosa paulina, mestra em Ciências Bíblicas (Exegese) pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma) e doutora em Teologia Bíblica pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), é autora do roteiro da festa da Sagrada Família.

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