II--Liturgia da Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
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A liturgia deste dia convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na
encarnação de Jesus, a maior de todas as revelações. Ele é a
"Palavra" que se fez carne e veio habitar no meio de nós, a fim de
nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de "filhos de
Deus". Sua revelação se deu de forma progressiva à humanidade. Falou
muitas vezes e de muitas maneiras aos patriarcas e profetas. Por isso, a
segunda leitura testemunha esta realidade. Deus mostra que ama os seres
humanos.
- O que significa a Encarnação do Verbo?
"Verbo" quer dizer "Palavra" e a palavra serve para
comunicar alguma coisa aos outros. João nos revela que o Filho de Deus é a
Palavra do Pai. Em seu Evangelho, desenvolve o tema esboçado na segunda leitura
e apresenta a "Palavra" viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere
que a missão do Filho/Palavra é levar a plenitude a criação primeira,
eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o
homem que vive uma relação filial com Deus.
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Sendo assim, a Palavra pode revelar para nós quem é o Pai, ao mesmo tempo em
que apresentou quem somos para Ele. Acolher a "Palavra" é deixar que
Jesus nos transforme, nos dê a vida plena, a fim de nos tornarmos,
verdadeiramente, "filhos de Deus". Neste diálogo, revelou-se qual é o
projeto do Reino para toda a humanidade. Para conhecer o Pai, portanto, é
preciso contemplar Cristo. É Ele mesmo quem garante: "Eu e o Pai somos
um".
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A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a
paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. O
profeta, ao descrever a alegria do retorno dos exilados à Jerusalém após a
escravidão na Babilônia, convida a substituir a tristeza pela alegria, o
desalento pela esperança. Porque essa é a feliz imagem de todos os povos que
celebrariam o começo de um mundo novo inaugurado com a vinda do Messias.
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O Papa São Leão Magno fez um apelo que podemos ouvir neste dia: "Toma
consciência, ó cristão, da tua dignidade! Não voltes aos erros de antes por um
comportamento indigno de tua condição. Lembra de que cabeça e de que corpo és
membro. Despojemo-nos, portanto, do velho homem com seus atos; e tendo sido
admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da
carne!". "Hoje, a Paz verdadeira desceu-nos do céu; hoje, os céus e a
terra espalham doçura; hoje, raiou o dia do novo resgate de eterna alegria, há
muito esperado! Cantai ao Senhor Deus um canto novo; cantai ao Senhor Deus ó
terra inteira… na presença do Senhor, pois ele vem!"
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Embora se tenha passado mais de dois mil anos, Jesus, Luz do Alto, ainda não
foi acolhido por todos no mundo. A libertação plena ainda continua em gestação!
A luta áspera entre a Luz vinda do céu e as trevas do pecado, continua
presente. À medida que nós formos novos em Cristo, também nossa
"carne", nossa vida e história serão uma palavra de Deus para os
nossos irmãos e irmãs, e mostrarão ao mundo o verdadeiro rosto de Deus: um
rosto de amor, paz e ternura como aquele que contemplamos hoje no presépio.
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Jesus Cristo é a Palavra viva e definitiva de Deus, que revela aos homens o
verdadeiro caminho para chegar à salvação. Celebrar o seu nascimento é acolher
essa Palavra viva de Deus. "Escutar" essa Pa- lavra é acolher o
projeto que Jesus veio apresentar e fazer dele a nossa referência, o critério
fundamental que orienta as nossas atitudes e as nossas opções.
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Celebrar o nascimento de Jesus é, em primeiro lugar, contemplar o amor de um
Deus que nunca abandonou os homens à sua sorte; por isso, rompeu as distâncias,
encontrou forma de dialogar com o homem e enviou o próprio Filho para conduzir
a todos ao encontro da vida definitiva, da salvação plena
https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2024/12/25_12_24.pdf
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