VI- REFLEXÃO DOMINICAL I: O JUBILEU DE 2025
Na Vigília do Natal,
dia 24 de dezembro, o Papa Francisco celebrou o início do Ano Jubilar de 2025,
abrindo a Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma. Nesta festa da Sagrada
família, os bispos de cada diocese do mundo inteiro celebram o início do Ano
Jubilar nas suas igrejas catedrais, junto com o clero, os leigos e os
religiosos. Em São Paulo, a celebração acontece na Catedral Metropolitana, às
15h. O Ano Jubilar, ou Ano Santo, é celebrado regularmente pela Igreja a cada
25 anos. Mas pode haver Anos Santos Extraordinários, como já se prevê em 2033,
na comemoração dos 2.000 anos da morte redentora de Cristo. Os Anos Jubilares
vêm de uma tradição bíblica antiga e sempre têm o sentido do agradecimento a
Deus pelas suas obras e sua misericórdia, de promover a justiça, o perdão e a
reconciliação e a renovação nos propósitos da fé. Para os cristãos, os Jubileus
têm no seu centro Jesus Cristo, “autor e consumador da nossa fé (cf Hb 12,2).
Celebramos 2025 anos do seu nas- cimento e nos alegramos por tudo o que Ele
significa para nós e para o mundo, o que Ele nos promete e o que o Evangelho
significa para nós. O Papa Francisco escolheu o tema da esperança para nos
acompanhar ao longo deste Ano Jubilar: somos “peregrinos de esperança” e temos
uma meta grandiosa na vida. Dia após dia, vivemos dessa esperança e vamos
construindo o mundo orientados por essa esperança, “que não desilude”. Começam,
portanto, as iniciativas do Ano Jubilar em todo o mundo e vão estender-se até à
Vigília do Natal de 2025. Este é um ano de graças especiais, concedidas pela
Igreja, em nome de Cristo, a todos os que viverem com fé o Jubileu. Muitas
iniciativas são propostas, como as peregrinações aos Santuários e igre- jas
designadas pelos bispos de cada diocese como “metas de peregrinação” nas suas
dioceses. Muitos grupos também poderão se formar para participar de grandes
peregrinações em Roma. Na arquidiocese de São Paulo, são 12 as igrejas de
peregrinação: duas em cada Região Episcopal. Para lá, as paróquias podem
peregrinar, fazendo seus ritos jubilares e recebendo a graça da indulgência
plenária. Mas em cada igreja paroquial também se celebra o Jubileu e se prepara
o povo para participar nas peregrinações mediante a oração, as confissões e
muitas obras de misericórdia e de esperança. Em todas as igrejas de
peregrinação da Arquidiocese haverá um sinal ex- terior para anunciar que a
Igreja Católica está celebrando o Ano Jubilar. E haverá, no seu interior das
igrejas, uma cruz, uma bandeira e uma lamparina, que ficará acesa o ano intei-
ro, sendo alimentada pela fé e a generosidade do povo. Vivamos com fé este ano
de graças, “tempo de renovação da esperança” para os cristãos e para o mundo
inteiro.
Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São
Paulo
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