IX-REFLEXÃO DOMINICAL III:
Maria e o Advento
Assim como Maria levou o Menino
Jesus a Isabel e ao pequeno João Batista, também será ela quem nos trará Jesus
que alegrará o nosso coração e nos fará exclamar também que a Mãe e o Filho são
benditos (cf. Lc 1,42). Aproxima-se o grande dia: Maria Santíssima está já
muito próxima de dar a luz. Sem dúvida, uma das devoções que melhor nos
preparará para o Natal é a devoção a Nossa Senhora, que podemos concretizar na
reza do terço e em fazê-lo com maior atenção, piedade e devoção. Não tenhamos
medo de amar mais a Nossa Senhora e de ter por ela um carinho todo especial.
Uma das orações mais carinhosas e mais persistentes que podemos dirigir a Nossa
Senhora é o Santo Rosário, o Terço, que é uma repetição filial e carinhosa.
Como as crianças que estão aprendendo a falar: “Mamãe!” e só sabem falar isso
no começo. Nós também sabemos dizer-lhe: “Ave Maria!”. E assim como as mães
gostam de ouvir o balbucio de seu filhinho que diz “mamãe!”, de maneira
semelhante Nossa Senhora ficará maravilhada cada vez que nós dissermos: “Ave
Maria!”.
O Santo Rosário é uma repetição
carinhosa, amorosa e cheia de pedidos. Não é uma oração monótona porque o amor
não é monótono, ao contrário, é cheio de criatividade. Tampouco podemos
permitir que a repetição da Ave-Maria seja uma oração meio vazia. E se, ainda
assim, as Ave-Marias continuam monótonas, o melhor será não rezar mais o terço?
De maneira alguma! Nossa Senhora também nos entende a cada Ave Maria, ainda que
sejam monótonas! Que mãe não entenderia ao seu filho de colo com o qual está
falando e que de repente dorme apoiando a cabecinha no seu ombro? Tenho certeza
que essa mãe não considerará esse gesto como falta de respeito. Ao contrário,
pegará a sua criancinha e a colocará, sem fazer barulho, no berço.
O segundo mistério gozoso do terço
é a visitação. O relato evangélico de hoje o descreve (cf. Lc 1, 39-45). É
verdade que já o temos contemplado várias vezes ao rezar o nosso terço diário.
Terço diário? “Talvez eu não o reze!” – dirá alguém. Quem sabe não é uma dessas
práticas que valeria a pena inserir no seu plano de vida espiritual a partir de
hoje? Caso você não saiba como rezá-lo, peça a algum amigo que lhe ensine. Não
é difícil, é até simples demais! É verdade que com certa freqüência as pessoas
tendem a complicar essa prática tão singela com muitas jaculatórias e várias
orações intercaladas. O terço é, basicamente, a contemplação de cinco mistérios
da vida do Senhor ou de Nossa Senhora, sendo que cada um se compõe de um
Pai-Nosso, dez Ave-Marias e um glória ao Pai. E nada mais! As outras orações
são acréscimos pessoais ou comunitários, oportunos às vezes, outras não.
Dizia S. Pio X que depois da
Santa Missa a oração mais eficaz é o Rosário. João Paulo II tinha no Rosário a
sua “oração preferida”. Que nada impeça a devoção a Nossa Senhora: não podemos
dar ouvidos àquelas pessoas que procurar fazer com que ignoremos a Mãe de Deus
e nossa. Sejamos muito marianos! O Rosário é eficaz para que possamos conseguir
as graças do céu: santidade, fidelidade no casamento, castidade, fortaleza, presença
de Deus etc.
A visitação de Nossa Senhora a
Santa Isabel inclui o Magnificat,
um canto cheio de alegria, gozo e ação de graças que Maria Santíssima oferece
ao Altíssimo por tudo o que fez por ela, pelo seu povo e por todos nós.
Aprendamos da Nossa Mãe do céu a ser muito agradecidos. A pessoa agradecida
sempre deixa atrás de si a simpatia cultivada, cuja recordação será como que um
“cheque em branco” que garante novas graças.
É preciso ser devotos de Nossa
Senhora, ser-lhe agradecidos, pedir-lhe muitas graças e estar muito perto dela
nestes últimos 5 dias que faltam para o Nascimento do nosso único Senhor e
Salvador Jesus Cristo. Não é idolátrica a devoção a Nossa Senhora, quem disser
o contrário simplesmente não entende o valor que tem uma mãe. É indiscutível!
Pe.Françoá
Rodrigues Figueiredo Costa
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