I-
JUBILEU DE ESPERANÇA
OX trabalho pastoral no Jubileu da Esperança de 2025
A
missão pastoral no coração do Jubileu
Com a palavra o Papa Francisco, na Abertura da Porta Santa e
do Jubileu na Basílica de São
Pedro: “Um anjo do Senhor, envolto em luz, ilumina a noite e traz aos pastores a
boa nova: ‘Anuncio-vos uma grande
alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um
Salvador, que é o Messias Senhor’ (Lc 2, 10-11). Entre o
espanto dos pobres e o canto dos anjos, o céu se abre sobre a terra: Deus
fez-se um de nós para que fôssemos como ele, desceu para o meio de nós a fim de
nos reerguer e nos reconduzir ao abraço do Pai.
É esta a nossa esperança. Deus é o Emanuel, é Deus conosco. O
infinitamente grande se fez pequeno, a luz divina brilhou nas trevas do mundo,
a glória do céu apareceu na terra. Como? Na pequenez de uma Criança. E se Deus
vem, mesmo quando o nosso coração parece uma pobre manjedoura, então podemos
dizer: a esperança não está morta, a esperança está viva e envolve a nossa vida
para sempre!
A esperança não desilude. Iniciamos um novo Jubileu: cada um de
nós pode entrar no mistério desse anúncio de
graça. A porta da esperança foi escancarada para o mundo; hoje Deus diz a cada
um: há esperança também para ti! Há esperança para cada um de
nós. Mas não esqueçais, irmãs e irmãos, que Deus perdoa tudo, Deus perdoa
sempre. Não esqueçais isto, que é uma maneira de compreender a esperança no
Senhor.
Jubileu
da esperança, o ano do chamado ao trabalho pastoral
Para acolher este dom, somos chamados a pôr-nos a caminho com o
espanto dos pastores de Belém. O Evangelho diz que eles, tendo recebido o
anúncio do anjo, ‘foram
depressa’ (Lc 2, 16). Esta é a indicação para reencontrar a
esperança perdida, para renová-la em nós, para a semear nas desolações do nosso tempo e
do nosso mundo: apressadamente. E existem tantas desolações neste tempo!
Pensemos nas guerras, nas crianças metralhadas, nas bombas nas escolas e nos
hospitais.
Sem demorar, sem abrandar o passo, mas deixando-se atrair pela
boa nova (cf. Abertura da Porta Santa em 24 de dezembro de 2024). Não há tempo
a perder. O ano será novo se formos diferentes, bem dispostos, anunciadores da
esperança a um mundo acomodado e desanimado, malgrado os grandes
progressos tecnológicos. O desespero, a miséria, a corrupção, a destruição da
família e o desprezo pela vida estão gritando pela resposta que só o Evangelho
pode dar.
Ouso dizer que, misteriosamente, os anjos se escondem atrás do
que existe de negativo, para descer à terra e dizer-nos que a hora é esta! Há
que proclamar, em nome de Jesus: “O Espírito do Senhor está
sobre mim, pois ele me
ungiu, para anunciar a Boa-Nova
aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a
recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano da
graçada parte do Senhor” (cf. Lc 4,18-19).
Jubileu
2025, a dimensão do trabalho pastoral
Acolhamos o convite da Igreja. Trata-se de acentuar, durante
este ano, a prática do Sacramento da Penitência, buscando cada um
sua paróquia ou, de forma especial, os Santuários, e nossa Arquidiocese tem
oito deles de portas abertas durante o Jubileu. Continuemos a prática das
peregrinações, como começamos com a grande multidão acorrida no dia de abertura
do Jubileu.
Saibamos que o Sacramento da Reconciliação, a Peregrinação, a
Oração segundo as intenções do Papa, a prática da caridade e a Eucaristia são as
recomendações a serem imediatamente seguidas. Ninguém se exclua de dar o seu
passo pessoal da vivência do Jubileu! E pessoalmente, difundir, com o perdão e
a misericórdia com todos, a esperança que não ilude!
Em nossa Arquidiocese, abrimos uma proposta especial para 2025,
desejando que as graças do Jubileu entrem em nossas casas. Trata-se de uma
“Pastoral Vocacional para o Matrimônio”. Todas as Paróquias, através da
Pastoral Familiar ou outros instrumentos, abram os caminhos para a preparação e
realização do Sacramento do Matrimônio, com instrumentos
catequéticos adequados, espírito de caridade ao acolher aquele desejo, às vezes
adormecido em tantos casais, de receber o Sacramento e aceder com plena alegria
e convicção à participação da Mesa Eucarística.
O ano para viver o trabalho pastoral em plenitude
Desejamos que se multipliquem as celebrações comunitárias do
Sacramento do Matrimônio, auguramos que situações especiais sejam encaminhadas
pelas Paróquias ao Tribunal Eclesiástico, assim como saibam os Párocos dar o
devido acompanhamento pastoral a situações possíveis de solução com a “Sanação
na raiz”, prevista na legislação canônica. Cada Conselho Paroquial de Pastoral,
em sua primeira reunião do ano, inclua, como primeiro ponto de pauta, esta
indicação de Pastoral para o Matrimônio.
No Jubileu que estamos celebrando, abra-se nosso coração e nossa
ação pastoral para dar alma à Conferência da ONU sobre o clima que acontecerá
no mês de novembro em nossa cidade. Não se trata de um evento da Igreja, mas da sociedade, na
qual estamos inseridos e não podemos ignorar. O Evangelho é Boa-Nova para
todos, dos governantes até o mais simples cidadão de todos os países que aqui
estarão representados.
Como receberemos as milhares de pessoas, certamente sedentas de
uma acolhida amazônica, mas também e especialmente cristã? A Arquidiocese está
envolvida, com uma Comissão adrede constituída, para oferecer, unida à CNBB e
ao CELAM, além da Santa Sé, celebrações, simpósios e encontros para dizer a
todos os que visitarão esta porção da Amazônia, que Deus viu, depois de ter
criado o homem e a mulher, no último dia da
criação, que tudo o que ele fez é muito bom (cf. Gn 1,31).
Nossa missão será dizer
e saber dizer que, atrás da maravilha que é este território, estão as pessoas,
suas comunidades e sua história. Para viver o Jubileu e receber as
Indulgências, nossa Arquidiocese oferece a Catedral, as Paróquias nos dias de
seus padroeiros ou padroeiras e os seguintes Santuários, que os fiéis podem
procurar livremente, mas dedicados especialmente a temas específicos e
abordagens pastorais adequadas:
(1) Região Episcopal Santa Maria Goretti: Basílica Santuário
de Nossa Senhora de Nazaré, dedicada ao Círio de Nazaré e devoção mariana;
(2) Região Episcopal Santa Cruz: Paróquia Santuário
de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que alimenta a devoção a Nossa Senhora
Aparecida, a Comunhão com a Igreja no Brasil e a CNBB, e deve promover
Congressos Mariais;
(3) Região Episcopal Sant’Ana: Santuário de São
Judas Tadeu, voltado para a devoção popular a São Judas, cuidado com Pastoral
das Ilhas e Pastoral dos Ribeirinhos;
(4) Região Episcopal São João Batista: Paróquia Santuário
São João Batista, com iniciativas de Nova Evangelização, Formação e Pastoral
Litúrgica;
(5) Região Episcopal Nossa Senhora do Ó: Paróquia Santuário
de Nossa Senhora do Ó, que cuida da Pastoral do Turismo e a Dimensão
Carismática da Igreja;
(6) Região Episcopal São Vicente de Paulo: Paróquia Santuário
de Santa Rita de Cássia, Santa das Causas impossíveis, um centro para a
Pastoral Familiar e devoção aos santos em geral;
(7) Região Episcopal Menino Deus: Santuário Nossa
Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, que deve animar a Pastoral Catequética
e Pastoral Juvenil;
(8) Região Episcopal Coração Eucarístico de Jesus: Paróquia Santuário
de Nossa Senhora do Bom Remédio, com Pastorais Sociais e de modo especial a
Pastoral da Saúde e dos Enfermos. São espaços nos quais a graça de Deus pode
ser derramada com abundância durante o Jubileu!
Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de
Belém do Pará
https://formacao.cancaonova.com/igreja/jubileu-2025/como-viver-o-ano-da-graca-jubileu-2025/
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