I- XII-REFLETINO COM LINDOLIVO SOARES MOURA( * )
"SERIA
O FILHO MAIS VELHO, O PERVERSO? VERSO, REVERSO,
E O LADO CONTROVERSO DA PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO"
(CONTINUAÇÃO)
"Humanamente falando, o amor ncondicional é
impossível. Se alguém ama
in-condicionalmente, é porque uma centelha do divi- no está presente nele[a]" [L.S.M.]
A MENTALIDADE DO AMOR GRATUITO E INCONDICIONAL,
REPRESENTADA PELO PAI, NA PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO.
A
rigor seria impróprio e inadequado - excluído o ponto de vista estritamente
científico, para quem, ao fim e ao cabo, absolutamente tudo é apreendido e
processado pela mente - categorizar o amor gratuito e incondicional como
"mentalidade", isto é, como um modo de pensar e conceber qualquer
tipo de amor, emoção ou sentimento. Se estamos falando do amor gratuito e
incondicional, então, a impropriedade seria ainda mais absurda e a inadequação
ainda mais gritante. O fato é que de acordo com a clássica definição de Santo
Agostinho, "a medida do amor de Deus é o amor sem medidas". Não nos
parece haver melhor definição de gratuidade e incondicionalidade do que esta.
Acontece que conceitos como esses ficam literalmente fora de nossa capacidade
de compreensão e apreensão, pela mesmíssima razão que outros atributos divinos
como "unicidade", "perfeição" e "imutabilidade",
dentre outros, também nos escapam literalmente. Nossa mente não foi concebida -
e se foi, deixou de sê-lo em algum momento da evolução - com condições
adequadas e potencial suficiente para conceber e apreender a absolutez de
absolutamente nada. Exatamente por isso o divino - em existindo e a nós
desejando se manifestar - se nos revela em "gotas",
"átomos" e "partículas"; ainda assim, sempre nos causando
assombro, estupefação e perplexidade.
Qual
a razão desse rápido e estranho parêntese, em forma de introdução? Eu respondo:
compreender, no limite do possível, que falar da absoluta gratuidade e
incondicionalidade do amor de Deus, descritas e incorporadas na atitude do
Pai-personagem da Parábola do Filho Pródigo, pode para muitos não dizer nada ou
não significar absolutamente coisa alguma, pelo simples fato de que a natureza
e a magnitude de tal tipo de amor se nos revelam literalmente incompreensíveise
inalcançáveis. Como se isso não bastasse, de acordo com o Orientador Filosófico
norte-americano Lou Marinoff, é o amor materno, e não o paterno, que nós
humanos experimentamos como sendo o mais oblativo e incondicional de todos os
amores. Preparado e receptivo para uma dose a mais de complicação? Ok! Então
vamos lá. Considere atentamente os dois seguintes detalhes: primeiro, o de que
a Parábola em foco sequer menciona a presença de uma mãe ou de uma figura
feminina a longo de toda a sua trajetória; segundo, que nossa Trindade Santa -
Pai, Filho e Espírito Santo - tampouco encontrou um minimo espaço que fosse
para incluir um rosto materno na "Família" divina - do ponto de vista
da "natureza" e da genealogia, Maria foi tão humana quanto eu, você e
qualquer um de nós - não restando outra alternativa senão atribuir a gratuidade
e a incondicionalidade do amor à figura paterna, tal como o faz a Parábola do
Filho Pródigo. Se Lucas estava ou não consciente desse detalhe, é algo passível
de cogitação. O certo é que não podemos ignorar o fato de que tal narrativa é
exclusividade sua, e completamente desconhecida - e se conhecida, completamente
ignorada - pelos três outros evangelistas, Mateus, Marcos, e João. Ponto
parágrafo porque aqui a teologia começa a se complicar por demais.
Prefere
ignorar as complicações e saltar direto, de paraquedas, para a figura do
Pai-personagem e a mentalidade que o acompanha? Eu também preferiria. O
problema é que esse "salto" - mais "mortal" que
"vital", com certeza - seguramente o deixará "possesso",
quando daqui a um ou dois parágrafos à frente você estiver interagindo com
afirmações do tipo: "se o Amor de Deus é Absoluto, Infinito, Gratuito e
Incondicional, o inferno de modo algum pode existir"; "pelo mesmo
motivo, e pelas mesmas razões, você como cristão terá que se dispor a visitar,
motivar e confortar, e não simplesmente sair gritando por aí que bandido bom é
bandido morto"; "pelo mesmo motivo, e pelas mesmas razões, você
precisará urgentemente deixar de julgar e condenar quem quer que seja, e
aprender, de uma vez por todas, que todos somos irmãos e filhos de um único e
mesmo Deus, quer você queira, quer não"; "pelo mesmo motivo, e pelas
mesmas razões, você precisará compreender, antes que seja tarde demais, que não
faz sentido algum adorar um Deus pendente de uma cruz, e ato contínuo
escorraçar e desdenhar de pequenos 'demônios' que você encontra errantes pelas
ruas, e que de tão raquíticos e esqueléticos sequer suportariam uma cruz sobre
os ombros para carregar". Ademais ...Ademais, basta! Se você ainda
continua aí, do outro lado, sem ter abandonado esse texto escabroso e
desastrado, carregado de filosofia suspeita e psicologia barata, além de boas
dose de teologia de um e noventa e nove, Deus seja louvado! Já está bom demais!
Afinal, teologia boa mesmo é aquela que sempre satisfaz o nosso agrado! Homilia
boa mesmo é aquela que não cutuca com vara curta nosso calo! Religião boa mesmo
é aquela que em se pagando o dízimo estipulado, tolera que você continue
explorando subordinados, espezinhando marginalizados, excomungando safados, e
por fim... Por fim chega! Basta, novamente! "Eu hein! O que deu em você
hoje!? Tem nada melhor para escrever não!?". Tem sim! Já disse o que você
e eu temos capacidade e disponibilidade para ouvir, sem reclamar e sem
justificar. Por isso vou pegar mais leve, daqui para frente. Fique à vontade
para relaxar e continuar sua vidinha mansa de sempre. Pelo que consta, o filho
mais velho também decidiu continuar do lado de fora levantando a voz,
gesticulando, batendo pé e resmungando, e recusando-se a entrar numa festa para
a qual definitivamente ele não se sentia convidado. Você não está de todo
sozinho; tem personagem na Parábola com quem se identificar, sem ter que mudar
de postura e de mentalidade. Aproveite para aprofundar seu conhecimento e seus
futuros argumentos sobre o Filho mais Velho e sua ideologia meritocrática.
Continue pagando o dízimo direitinho, comungando dominical e regularmente, e aí
sim, dormir em paz e descansar sossegado. Esse nosso Deus é bom demais! É ou
não é verdade!? Eu O amo de paixão! Que tal um ponto parágrafo para relaxar
ainda mais!?
Para
que se possa compreender minimamente o que seja a "mentalidade do Amor
Gratuito e Incondicional" - com maiúsculas, daqui para frente -
representada pelo Pai-personagem da Parábola, seria preciso entrar, mais que na
"mente", no "coração" de Deus. Einstein - o grande
Einstein, quem diria - manifestou publicamente, certa vez, sua vontade de
conhecer a mente de Deus. Mas qual poderia ser o interesse maior por trás da
vontade de um gênio da física teórica, em conhecer a mente de Deus? A resposta
para essa pergunta, sugerida quase um século depois, por Deepak Chopra, pode
parecer demasiado vaga: "... Algo no horizonte longínquo do universo o
preenchia com um sentimento de reverência e fascínio. Não foi o seu cérebro que
desenvolveu a relatividade; foi o fascínio". O foco de Einstein era a
criação; mais especificamente, a ordem e a regularidade, que desde que o mundo
é mundo, governam o universo. Consequentemente, seu interesse maior consistia
em tentar desvendar que mente ou inteligência estaria por trás dessa ordem e
dessa regularidade. Já para o homem comum, de ontem, de hoje, e provavelmente
de todo o sempre, o que realmente atrai, encanta e fascina no divino não é
antes e acima de tudo o brilhantismo da mente, mas sim a generosa e compassiva
amorosidade do coração. Jesus parecia
estar plenamente ciente disso; "Deus é amor, - Ele ensinava - quem
permanece no amor permanece em Deus e Deus nele". Nenhuma outra "Boa
Nova" trazida "por" Ele e "com" Ele parece ser de fato
tão nova, tão radical e tão paradigmática
quanto esta: a de que Deus é Amor. Não qualquer tipo de amor, é claro, e
sim Amor Absoluto, Infinito, Gratuito e Incondicional. Essa Boa Nova chega a
ser tão surpreendente e tão impactante, que muitos ouvidos definitivamente não
estavam - e parece continuar não estando -
preparados para ouvi-la, compreendê-la, e menos ainda aceitá-la. A visão
clássica e tradicional vétero-testamentária de um Deus tomado de "afeto"
incontido, disposto a experimentar e permitir vir à tona os mais diversos tipos
de sentimentos e emoções tipicamente
humanos, desde os mais sublimes aos mais odientos; a imagem de um magistrado
que sentado em seu trono julga e condena sem dó nem piedade as criaturas que
ele mesmo cria; o retrato de uma divindade tomada de incontrolável paixão, que
lidera e defende a preço de sangue e barbárie um povo escolhido em detrimento
de outro supostamente menos amado, todas essas e muitas outras
"imagens" idolátricas deveriam ter permanecido definitivamente
trancafiadas no porão de um passado vétero-testamentário, cuja marca registrada
sempre fora o fanatismo, a intolerância e a dureza de coração. E Deus -
acreditava-se firme e piedosamente nisso - refletia em grau superlativo esse
absoluto descontrole dos sentimentos e das paixões. Com Jesus - o Filho desse
mesmo e agora único Deus - abrem-se definitivamente as portas, os portais e os
portões de um novo tempo, de uma nova era, de uma nova "aliança" e de
uma " Boa Nova" radical e essencialmente diferente da velha e antiga,
e que exatamente por isso - por nada mais e nada menos que isso - é
caracterizada como absolutamente "Nova". "Nova, Boa e
Eterna"! A "Antiga" fora pensada e concebida para ser
transitória e passageira, ponte e passagem, conexão e transição. A
"Nova", ao contrário, é apresentada como definitiva e eterna, sem a
mínima possibilidade de revogação, caducidade ou expiração. Mas por qual razão?
Simples! Isso você pode compreender sem ter que explorar em demasia a
contribuição da razão. E o motivo maior é simplesmente este: essa Boa Nova -
toda ela, de "A" a "Z", princípio, meio e fim - pode ser
resumida numa única palavra! Uma única; nem duas nem mais!
Lembra-se
das "chaves", confiadas ao grande Pedro? Pois preste bem atenção!
Essa palavra, com tudo que ela porta consigo, é a verdadeira chave, a
"chave de ouro"! Registre para não esquecer jamais, pois essa
"chave de ouro" permite acesso a qualquer céu ou paraíso que sua
mente possa conceber, e pelo qual seu coração possa anelar. Não importa a
crença que você professe, a religião que você siga, o mandamento que você
pratique, o caminho que você percorra, a verdade em que você acredite, o tipo
de vida que você almeja. Nada disso é o mais importante! Mas atenção! Sem essa
"chave" você pode acabar não conseguindo entrar onde você mais
deseja! O Filho mais Velho da Parábola parece ter vivido muito tempo, sem
sequer saber de que tipo de chave se tratava! Se entrou ou permaneceu de fora,
não sabemos; Lucas preferiu nos manter cativos da dúvida que ainda nos assola.
Já o Pai, com certeza ele possuía tal "chave"! O Filho mais Novo,
Lucas deixa entrever que também ele a possuía. Entretanto, muitos pais e muitas
mães, cuidadores e formadores, gestores
e educadores, mestres e professores, sequer ouviram falar dessa "chave de
ouro". Possuem chave da casa, do quarto, do portão, da empresa, da igreja,
do Sacrário, do cofre, do carro, alguns inclusive carregando um
"molho" que parece poder abrir "quase" tudo! Ufa! Esqueci
alguma chave!? Complete aí, por gentileza! "Gracias!". Como
afirmávamos, a maioria absoluta de nós possuímos chave para quase tudo, mas
muitos sequer ouvimos falar da "chave de ouro" que abre a porta
principal. À porta estreita, eu me refiro, não à porta larga e espaçosa. Você
arriscaria dizer que chave seria essa? Dica número um: uma única palavra! Não!?
Dica número dois: quatro letras! Ainda não!? Dica número três: Roma ao
contrário! Tampouco? Caramba! O que Roma ao contrário tem a ver com Vaticano!?
Vamos! Aterrisse! Agora sim! Agora você acertou em cheio! Essa "chave de
ouro", que abre todas e quaisquer portas, chama-se
"A"-"M"-"O"-"R"! Se existe uma
definição de Deus mais universal e rica do que esta, eu confesso: desconheço. Gostaria de sugerir
uma outra!? Estou aberto a sugestões! Não!? Isso significa que quanto a isso
estamos de acordo!? Sim!? Que ótimo! Isso merece um novo ponto parágrafo.
O
"calcanhar de Aquiles", a "pedra no sapato", o "osso
duro de doer", que perseguem e incomodam a fé da grande maioria dos
cristãos, está longe de ser a gratuidade e a incondicionalidade do Amor de
Deus. Esse é um detalhe que certamente persegue e intriga muito mais ateus e
agnósticos, do que cristãos e crentes de qualquer outra denominação. Para os
cristãos, difícil mesmo é admitir que "Deus é Amor". Admitida essa
definição e reconhecido esse atributo, o da gratuidade e o da
incondicionalidade se impõem natural e consequentemente, sem que haja
necessidade do raciocínio e da racionalidade como recursos de persuasão e
convencimento. A evidência nesse sentido é tão clara e cristalina quanto o
"cogito" cartesiano: "penso, logo existo". Qualquer tipo de
amor diferente desse "Amor Gratuito e Incondicional", pode ser tudo!
Tudo, menos divino. E por quais motivos ou razões, você pergunta, não nos
rendemos a essa evidência? A resposta é simples, e ao mesmo tempo altamente
problemática. Estou pegando leve, como havia prometido. Aqui a expressão
adequada deveria ser "altamente herética", e não, "altamente
problemática". O problema é que se mantenho o adjetivo "herética",
corro o sério risco de ser automaticamente excomungado; se decido por
"problemática", quando muito receberei como penitência três
"Pai-Nossos" e "três Ave-Marias" além do montante comumente
aplicado a qualquer outro servo de Deus de santidade mediana. E só aqui entre
nós, "laudemus Dominum!" Há quatro ou cinco séculos atrás essa
mencionada "excomunhão" com certeza viria acompanhada de fogueira,
foguetório e churrasco em praça pública. Tudo isso não passando de uma
ante-sala direcionada para um fogaréu infinitamente mais intenso e insuportável
a me acompanhar por toda a eternidade, após a morte, sem um único ventilador ou
ar condicionado capaz de amenizar temperatura tão infernal. Pois não foi uma
súplica semelhante que o mesmo Evangelista Lucas colocou na boca do ricaço
desesperado que ardia em chamas, enquanto suplicava ao pai Abraão que
permitisse a Lázaro molhar o dedo na água e refrescasse sua língua em chamas?
Faço ponto parágrafo e explico por qual razão, levada ao extremo, chega a ser
herética a mentalidade de se admitir, por parte de nós humanos, a gratuidade e
a incondicionalidade do Amor Divino.
Minha
segunda "hipótese diagnóstica" é a seguinte: é praticamente
impossível acreditar e aceitar que o Amor de Deus seja absolutamente Gratuito e
Incondicional, e ao mesmo tempo viver de forma coerente e sincronizada com essa
crença tão radical e exigente. Todo ser humano, sem exceção, em maior ou menor
grau é signatário da chamada "justiça meritocrática". Deus até pode
fazer chover abundantemente na horta de bons e maus, pagar o mesmo salário a
trabalhadores que cumpram jornadas de trabalho disparatadamente
desproporcionais, antecipar socorro direcionado para pobres, famintos, doentes,
marginalizados e aprisionados, e outras atitudes do gênero. Até aí tudo bem!
Afinal, se Deus é amor, sequer poderia agir de maneira diferente. Nota dez,
para o Criador, nesse quesito! Mas quando a justiça distributiva incorporada
pela ideologia meritocrática, entra em cena, obrigatoriamente a mentalidade do
Amor Gratuito e Incondicional tem que deixar o palco. Nossa mente e nossa
mentalidade não estão equipadas para "suportar" uma convivência
harmônica e pacífica entre essas duas posturas ou atitudes claramente
antagônicas; não, ao menos de acordo com nossos parâmetros humanos. Se não
somos sequer capazes de "suportar" um único ato de traição invadindo
uma relação, como poderíamos ser capazes de suportar um sequestro, um estupro,
um assassinato, e tantos outros atos de violência e crueldade similares de
igual ou maior monta? Caso discorde dessa segunda hipótese diagnóstica,
convidou você a se submeter a um rápido teste. Pesquisa batendo à porta:
"pena de morte: sim ou não!?"; "triplicar a pena máxima em nosso
país: contra ou a favor!?"; "prisões: instrumentos de recuperação ou
de punição?"; "aposentar o inferno como recurso de punição: sim ou
não!?"; "colocar ar condicionado no purgatório: a favor ou
contra!?"; "redirecionar verbas objetivando acabar com a
'cracolândia': a favor ou contra?";
Por fim, complete a seguinte frase: "se eu fosse Deus
eu......['acabaria com', ou 'recuperaria'?] tudo quanto é bandido e
assassino". Agora reveja cada uma das suas respostas e responda: quantas
têm algo a ver com a "mentalidade do Amor Gratuito e Incondicional"?
Quantas têm algo a ver com a "mentalidade da justiça
meritocrática"? Computou
direitinho? Ótimo! Vamos então para o passo seguinte e final.
Confrontação
dos dados: seu somatório final preenche os requisitos mínimos de identificação
com a seguinte Bem-aventurança: "felizes os misericordiosos porque
alcançarão misericórdia"? Ou ainda com a seguinte "regra de
ouro" deixada pelo Evangelista Lucas: "sede misericordiosos como
vosso Pai Celestial é misericordioso"? Preenche ou não preenche!? Se não,
isso não é motivo para que se descabele todo. Ainda lhe restam algumas opções!
Dentre elas você pode escolher: mudar de
crença; mudar de religião; mudar sua percepção de Deus... Ah! Entendi! Isso no
seu caso está fora de cogitação! Tudo bem. Nesse caso as outras opções
disponíveis são: deixar de ser incoerente; tomar vergonha na cara; rever e
redefinir urgentemente sua mentalidade vétero-testamentária, caduca e
ultrapassada, de justiça meritocrática, e acima de tudo... Acima de tudo,
basta! É suficiente! O Filho mais Velho da Parábola, se você ainda não
percebeu, somos todos e cada um de nós, você e eu, empacados do lado de fora
enquanto ouvimos os insistentes apelos do Pai: "vamos, filho! Entre! Seu
irmão o aguarda! Ele merece uma segunda chance! Você também pode um dia
precisar de uma! Uma só, não, duas! Três! Setenta vezes sete vezes! Aliás,
posso lhe fazer uma pergunta? Você me ama? Se sim, então ajude-me a resgatar o
seu irmão! Você me ama de verdade!? Então ajude-me a devolver a ele sua
autoestima e sua qualidade de vida! Você me ama realmente, sem jamais ter
colocado em dúvida esse amor!? Então ajude-me a ressuscitá-lo para uma nova
vida! Para que isso seja possível, eu e ele precisamos e contamos com seu
perdão! Vamos! Entre! Só está faltando você!".
(
* ) Por whatsApp o autor enviou o texto de Vitória (ES )
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