sexta-feira, 25 de abril de 2025

V LITURGIA DO SEGUNDO DOMINGO D PÁSCOA ANO C

 

I-         LITURGIA DO SEGUNDO  DOMINGO DE PÁSCOA –ANOC

 

 

- Este 2º Domingo da Páscoa conclui a Oitava da Páscoa como um único dia "feito pelo Senhor", marcado pelo distintivo da Ressurreição e da alegria dos discípulos ao ver Jesus. São João Paulo II dedicou o presente Domingo à Divina Misericórdia, por ocasião da canonização da Irmã Faustina Kowalska, a 30 de abril de 2000. Na palavra "misericórdia", São João Paulo II encontrava resumido e novamente interpretado, para o nosso tempo, todo o Mistério da Ressurreição. Disse São João Paulo II: "Cristo Pascal é a encarnação definitiva da misericórdia, o seu sinal vivo". A Misericórdia é a veste de luz que o Senhor nos concedeu no Batismo. Não devemos deixar que esta luz se apague; ao contrário, ela deve crescer em nós todos os dias, para levar ao mundo o feliz anúncio de Deus.

- A leitura dos Atos nos diz que os Apóstolos, unidos pelos mesmos sentimentos, realizavam muitos milagres e prodígios entre o povo. Assim, juntos, com os corações voltados para o projeto do Reino anunciado, podiam realizar aquilo que Jesus mesmo havia feito durante a sua vida e pedido que também nós o fizéssemos: cuidar das pessoas necessitadas, curar os doentes, acolher os pobres e consolar os corações aflitos, anunciando que a graça de Deus é um dom oferecido a todos. Podemos afirmar que há uma continuidade entre a missão de Jesus e a missão da comunidade cristã; a mesma atividade salvadora e libertadora de Jesus em favor dos pobres e dos oprimidos persiste agora no mundo pela Igreja, que se une na mesma fé e esperança, no mesmo amor.

 

- No livro do Apocalipse, o Apóstolo João narra as revelações de Jesus ressuscitado: "Voltei-me para ver quem era a voz que me falava; ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, alguém semelhante a um filho do homem". Esse "Filho do Homem" é o Cristo ressuscitado. Ele está no meio dos sete candelabros. O número sete na Sagrada Escritura representa a totalidade, a plenitude. Assim, os sete candelabros simbolizam toda a humanidade reunida em torno do Cristo. Essas visões espirituais acontecem no dia de domingo, ou seja, o Dia do Senhor. O primeiro dia após o sábado é o dia da comunidade se reunir e recordar a Páscoa de Jesus. Você tem santificado e guardado o Domingo, dia do Senhor?

- No Evangelho, testemunhamos uma transformação radical de toda comunidade. Não é somente o Apóstolo Tomé que passa da incredulidade para a confissão da Fé, mas toda comunidade que estava de portas fechadas. Todos eles estavam fechados à ação de Deus. Jesus veio, colocou-se no meio deles e disse-lhes: "A paz esteja convosco". Só quando estamos certos de que Jesus está no meio de nós, que está no centro de nossas vidas é que podemos ser felizes de novo. Isto porque, agora, o medo dá lugar à alegria: O texto afirma: "os discípulos se alegraram por verem o Senhor". Eles são transformados e recriados pelo sopro do Ressuscitado. Jesus concede a eles sua paz e os envia como seus representantes. Para isso, derrama seu Espírito que capacita para a tarefa da reconciliação. Na comunidade, Deus acolhe e abraça cada pessoa, especialmente os mais fracos e desanimados.

- Como Cristo deixou Tomé tocar suas feridas, cada membro da comunidade também deve se abrir para ser transformado e curado. Não precisamos esconder nossas fraquezas ou pecados, nem a necessidade de ajuda. Pelo contrário, estejamos abertos à ação de Deus que, inclusive, age nos irmãos e irmãs e, especialmente, na missão da Igreja. Pela Misericórdia, somos curados e libertos para o Reino.

- No final do Evangelho, o Apóstolo explicita o objetivo da sua obra: levar o leitor à fé em Cristo para que tenha a vida eterna. Esse é o primeiro objetivo inerente à Leitura Orante da Bíblia: confessar que Jesus é o Filho de Deus. Mas, precisamos abrir bem nossos olhos e coração, pois dizer "meu Senhor e meu Deus" não é somente ir à igreja e rezar em casa. Isso seria relativamente fácil. Crer em Jesus é crer também no Reino de Deus que já entre nós leva-nos a sermos testemunhas e promotores da paz mundial, da justiça social, da preservação da Casa Comum e tantas outras atitudes que valorizam e defendem a vida.

 

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