sexta-feira, 25 de abril de 2025

III QUEM FOI O PAPA FRANCISCO E O SEU LEGADO

 

III QUEM FOI O PAPA FRANCISCO E O SEU LEGADO

O legado de Francisco é mais do que palavras ou gestos simbólicos. É uma chama que se vai permanecer acesa, com amor, compaixão e compromisso com os mais necessitados.

Em 13 de março de 2013 renascia a esperança: Francisco, um nome escrito na história.

Simplicidade, humildade, justiça e amor ao próximo. Com seu exemplo a igreja é inspirada a sair de si mesma e ir ao encontro dos mais necessitados. Um legado que permanece na história.

Nesta edição especial do jornalismo, você confere mais detalhes da trajetória e do legado do pontífice que foi o primeiro Papa latino-americano.

Jorge Mario Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina. Filho de imigrantes italianos, cresceu em um lar católico tradicional. Desde jovem, demonstrou inclinação para os estudos e a espiritualidade. Aos 21 anos, após uma profunda experiência espiritual durante uma confissão, decidiu entrar para o seminário da Companhia de Jesus.

Em 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI renunciou. No Conclave, a eleição de Bergoglio como primeiro Papa latino-americano surpreendeu o mundo. Escolheu o nome Francisco em referência a São Francisco de Assis, como um sinal de sua missão de humildade, paz e cuidado com os pobres. A inspiração veio do amigo, o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes, falecido em 2022, que disse a Francisco “Não se esqueça dos Pobres”.

Desde o primeiro momento, Francisco demonstrou que seu pontificado seria marcado pelo compromisso com os mais necessitados. Desde sempre e até mesmo recentemente, já com mais dificuldade de respiração, Francisco tem se levantado como uma voz firme em favor da paz mundial.

O legado de Francisco é mais do que palavras ou gestos simbólicos. É uma chama que se vai permanecer acesa, com amor, compaixão e compromisso com os mais necessitados.

https://www.a12.com/radio/noticias/especial-o-legado-de-francisco

Conheça a trajetória e o legado do pontífice

 

Na manhã desta segunda-feira, 21 de abril, o Papa Francisco faleceu aos 88 anos. Reconhecido pelo seu testemunho e sua missão nos últimos anos como Sumo Pontífice, o Papa Francisco foi eleito em 2013 e se dedicou por doze anos à frente da Igreja Católica para aproximar ainda mais as pessoas da fé, construindo um diálogo mais próximo com a comunidade.

Nascido Jorge Mario Bergoglio na cidade de Buenos Aires (Argentina), o Papa Francisco teve uma longa trajetória antes de se tornar a autoridade máxima na Igreja Católica. Entrou na Companhia de Jesus em 1958, foi ordenado sacerdote em 1969, nomeado bispo em 1992, promovido a arcebispo em 1997, tornou-se cardeal em 2001, e foi eleito Papa (substituindo Bento XVI) em 2013.  

Conhecido por sua humildade, o Papa Francisco acreditava na fraternidade e na amizade social e reforçava sempre em suas falas a importância do cuidado com a nossa casa comum e, sobretudo, no poder transformador da educação

“Ele foi capaz não somente de provocar a comunidade eclesial a um empenho maior em favor de sua missão específica, como também trouxe para o centro dos debates questões candentes: a necessidade de um pacto global em prol da educação; os desafios da ecologia integral e a necessidade urgente de cuidado para com a Casa Comum, pois a vida do planeta, e consequentemente, o próprio futuro da vida humana estão ameaçadas; a urgência de repensar a economia e suas dinâmicas. Talvez se poderia sintetizar seu legado como uma paixão extraordinária pela vida; vida vivida na alegria, na simplicidade e incansável no anúncio de sua dignidade, e denúncia de tudo aquilo que de algum modo a diminui ou ameaça”. 

 “A teologia mais próxima do povo mais simples, isso se percebe pela própria linguagem que busca ser bastante compreensível. Também uma proximidade e uma valorização dos problemas das pessoas e as esperanças delas. Uma teologia do povo, dos pobres. Nesse sentido ele afirmou, mais de uma vez, que os pobres nos evangelizam, eles evangelizam a própria igreja”, pontua.  

O legado deixado pelo Papa Francisco

Com uma extensa trajetória é difícil elencar todos os feitos do Papa Francisco. No entanto, é possível destacar algumas de suas ações que com certeza deixaram um impacto e um legado para uma nova geração. Tudo começa e termina na educação integral, e foi nessa perspectiva que o Papa Francisco lançou, em 2020, o Pacto Educativo Global. Esse acordo é um chamado para que todas as pessoas no mundo, instituições, igrejas e governos priorizem uma educação humanista e solidária como modo de transformar a sociedade. 

Outro aspecto que merece ser destacado do seu pontificado é o modelo de uma Igreja missionária e descentrada. “O principal sentido da Igreja é estar a serviço da implantação do Reino de Deus; ela não é o fim, ela é meio, instrumento de Deus”. Para isso, Papa Francisco recordava: “Cada cristão e comunidade há de discernir qual o caminho que o Senhor lhe pede […] sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”.  

A fraternidade e a amizade social eram questões sempre presentes no ensinamento do Papa Francisco. Ele sempre reforçava o projeto onde todos somos irmãos, onde a fraternidade e amizade social são o caminho para a recuperação da dignidade de cada pessoa humana:  

“Aqui está um ótimo segredo para sonhar e tornar nossa vida uma bela aventura. Ninguém pode enfrentar a vida isoladamente […] precisamos de uma comunidade que nos apoie, que nos auxilie e dentro da qual nos ajudemos mutuamente a olhar para frente. Como é importante sonhar juntos. Sozinho corre-se o risco de ter miragens, vendo aquilo que não existe; é junto que se constroem sonhos”. 

Atento a problemas que tangem o nosso planeta, Papa Francisco fazia um alerta sobre ecologia e nos pedia para cuidar da Casa Comum. Para ele, não podemos falar sobre ecologia e o cuidado da Casa Comum enfrentarmos as desigualdades a que estão submetidos os homens e as mulheres mais vulneráveis.   

“A ecologia humana é inseparável da noção de bem comum, princípio este que desempenha um papel central e unificador na ética social. É o conjunto das condições da vida social que permite, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição.” 

 “Francisco relembra o nosso compromisso basilar com Deus quanto à sua Criação. Não somos “donos”, mas cuidadores da obra de Deus, pois também somos parte da obra divina. Assim, a “linha” que trança todas as frentes do trabalho apostólico do Papa Francisco é o amor. O amor à humanidade, o amor à Criação, o amor à Igreja e aos seus fiéis. Jesus amou até o fim. Francisco amou até o fim. O legado, portanto, é seguirmos nesse amor incondicional ao propósito deixado por Jesus de Nazaré, assim como Francisco o fez.” 

https://portal.pucrs.br/noticias/institucional/quem-foi-o-papa-francisco-conheca-a-trajetoria-e-o-legado-do-pontifice/

Ao longo de seus 12 anos como líder da Igreja Católica, o papa Francisco buscou aproximar a instituição de questões sociais contemporâneas, promovendo reformas internas e defendendo pautas até então inéditas no Vaticano.

Desde o início de seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio deu sinais de que seu papado seria diferente. Falou sobre refugiados, população LGBTQIA+ e defendeu mais participação das mulheres na Igreja — sempre respeitando os limites da tradição clerical. Em um congresso sobre mulheres no Vaticano, destacou:

No mundo, onde as mulheres ainda sofrem tanta violência e desigualdade, a educação feminina é temida, mas essencial para o desenvolvimento humano. Rezemos e nos comprometamos com isso."

Canonizações

Francisco também foi o responsável por canonizar a primeira santa brasileira nascida no país, Irmã Dulce, em 2019. Conhecida como “o anjo bom da Bahia”, ela passou a ser chamada de Santa Dulce dos Pobres.

Já em 2020, beatificou o jovem italiano Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet”, cuja canonização foi marcada para abril de 2025 após o reconhecimento de um segundo milagre.

Enfrentamento

O papa também enfrentou com firmeza os escândalos de abusos sexuais na Igreja. Estabeleceu protocolos de denúncia, punições internas e adotou uma política de tolerância zero.

A Igreja deve ter vergonha e pedir perdão. Deve agir com humildade cristã para que isso nunca mais se repita", afirmou em uma de suas homilias.

Francisco promoveu o diálogo inter-religioso, com encontros marcantes com líderes do islã, do judaísmo e de outras tradições cristãs. Para ele, “a verdadeira fraternidade se constrói com respeito às diferenças e abertura ao outro”.

Crítico do consumismo, defendeu em discursos uma sociedade mais justa e consciente. No Natal de 2023, alertou: "Dominados por uma maré de distrações e publicidade, corremos o risco de negligenciar o que é essencial."

Reformas e diplomacia

Internamente, reformou a Cúria Romana e criou órgãos de controle financeiro no Vaticano, em resposta a escândalos de corrupção. A justificativa oficial foi “melhorar o uso de recursos, especialmente os destinados aos pobres e marginalizados”.

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/feitos-no-mandato-saiba-o-legado-que-papa-francisco-deixa-igreja.phtml

MAGISTÉRIO

Documentos de Francisco: relembre o legado escrito deixado pelo Papa

 

Em 12 anos de pontificado, Francisco escreveu sete Exortações Apostólicas, quatro Encíclicas e duas Bulas; relembre um pouco sobre estes documentos

 

Aproximadamente oito meses após o início de seu pontificado, em 24 de novembro, o Vaticano apresentava ao mundo a primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco: a Evangelii Gaudium – A Alegria do Evangelho. O documento foi considerado o programa destes 12 anos de pontificado do Pontífice argentino.

“A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria”, escreveu Francisco na introdução.

Foi neste documento que o Santo Padre frisou o pedido por uma “Igreja em saída”, mais missionária. Ele também enfatizou a necessidade de uma maior inclusão social dos pobres, do estabelecimento da paz e de um diálogo social. O documento teve como encerramento uma perspectiva espiritual, um convite a um compromisso missionário, com renovado impulso.

Amoris Lætitia

Em 19 de março de 2016, as famílias foram tema da segunda Exortação Apostólica de Francisco, fruto do Sínodo sobre as Famílias: Amoris Lætitia – A Alegria do Amor. O documento trouxe respostas às muitas famílias que necessitam de orientação, colocando-as no centro da atenção pastoral da Igreja.

O documento inspirou o Papa a convocar para 2021 o “Ano especial dedicado à Família Amoris laetitia”. O período foi de aprofundamento da exortação e de encorajamento para a vivência desta vocação com santidade.

Gaudete Et Exsultate

Gaudete Et Exsultate – Alegrai-vos e Exultai – foi a terceira Exortação do Santo Padre. Datada de 19 de março de 2018, seu tema central é a santidade. “O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”, escreveu o Papa.

O chamado à santidade é patente de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia, enfatizou Francisco. Na exortação, ele deixou bem claro que o texto não era um tratado sobre a santidade, com muitas definições e análises, mas uma tentativa humilde de fazer ressoar mais uma vez o convite a viver a santidade, encarnando-a no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades.

Christus Vivit

Direcionada aos jovens, a Christus Vivit – Cristo Vive, foi escrita pelo Santo Padre para reforçar a presença de Jesus Ressuscitado entre os mais novos. O documento também foi fruto de um processo sinodal – o Sínodo sobre os Jovens. Francisco definiu a Exortação Apostólica como uma “carta que recorda algumas convicções” da fé católica “e, ao mesmo tempo, encoraja a crescer na santidade e no compromisso em prol da própria vocação”.

No documento, publicado em 29 de março de 2019, o Pontífice recordou o que a Palavra de Deus diz sobre os jovens, sublinhou Jesus Cristo como o “jovem entre os jovens” e afirmou a estes fiéis: “Vós sois o agora de Deus”.

Querida Amazônia

A Exortação Apostólica pós sinodal Querida Amazônia, publicada em 2 de fevereiro de 2020, foi definida por Francisco como uma síntese de algumas grandes preocupações já manifestadas por ele em documentos anteriores.

Os sonhos do Papa para a Amazônia estão presentes no texto. O Pontífice enfatizou o desejo de que a Amazônia pudesse integrar e promover todos os seus habitantes, extraindo o melhor de si mesma, que fosse ecologicamente cuidada e Jesus anunciado em seu território de forma respeitosa.

Laudete Deum

Em 4 de outubro de 2023, foi publicada a Laudete Deum – Louvai a Deus. Sobre a crise climática, o Santo Padre sublinhou que o texto retomava um convite que São Francisco de Assis fez com a sua vida, seus cânticos e os seus gestos.

“Não há dúvida que o impacto da mudança climática prejudicará cada vez mais a vida de muitas pessoas e famílias. Sentiremos os seus efeitos em termos de saúde, emprego, acesso aos recursos, habitação, migrações forçadas e noutros âmbitos. Trata-se dum problema social global que está intimamente ligado à dignidade da vida humana”, alertou.

O pedido de Francisco foi por uma reconciliação da humanidade com o mundo. Ele apontou a urgências de ações grandes e coletivas em prol do meio ambiente, mas também direcionou um apelo aos católicos. O Pontífice reforçou que o empenho nesta causa tem a ver com a dignidade pessoal e com os grandes valores e que os pequenos esforços, quando somados, também podem contribuir para grandes processos de transformação ambiental.

C’est La Confiance

A última Exortação Apostólica do Papa Francisco foi a C’est La Confiance – Só a Confiança, por ocasião do 150º Aniversário do Nascimento de Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. O documento é de 15 de outubro de 2023.

O Santo Padre descreveu Teresinha como uma das santas mais conhecidas e amadas em todo o mundo. “Como sucede com São Francisco de Assis, é amada até por não-cristãos e não-crentes. Foi também reconhecida pela UNESCO entre as figuras mais significativas para a humanidade contemporânea”. 

O texto, explicou o Pontífice, apresenta Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face Face como fruto maduro da reforma do Carmelo e da espiritualidade da grande Santa espanhola.

“Sua vida terrena foi breve (apenas vinte e quatro anos) e simples como qualquer outra, passada primeiro em família e depois no Carmelo de Lisieux. A extraordinária carga de luz e amor, que irradiava da sua pessoa, manifestou-se logo depois da sua morte, com a publicação dos seus escritos e as graças inumeráveis obtidas pelos fiéis que a invocavam”, escreveu.

No último parágrafo, o Papa afirmou que Teresa está mais viva do que nunca no meio da Igreja em caminho, no coração do Povo de Deus. “Está a peregrinar conosco, fazendo o bem sobre a terra, como tanto desejou. O sinal mais belo da sua vitalidade espiritual são as inúmeras «rosas» que vai espalhando, isto é, as graças que Deus nos concede pela sua intercessão cheia de amor, para nos sustentar no percurso da vida”.

Encíclicas e Bulas

Nestes 12 anos, Francisco escreveu quatro Encíclicas:  Lumen fidei (29 de junho de 2013)Laudato si’ (24 de maio de 2015)Fratelli tutti (3 de outubro de 2020) Dilexit nos (24 de outubro de 2024).

De forma respectiva, as cartas dissertavam sobre a fé, a casa comum, a fraternidade e a amizade social, e sobre o amor humano e divino do coração de Jesus.

Misericordiae Vultus (11 de abril de 2015) e Spes non Confundit (9 de maio de 2024) foram duas Bulas de autoria do Santo Padre. Na primeira, o Pontífice proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia e, na segunda, o Jubileu da Esperança, este Ano Santo que está em vigor na Igreja.

Além das encíclicas e exortações, Papa Francisco escreveu várias cartas, Motu proprio, cartas apostólicas e constituições apostólicas. 

https://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/documentos-de-francisco-relembre-o-legado-escrito-deixado-pelo-papa/

 

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