I-
LEITURAS DO
DOMINFO DE RAMOS E DA PAIXÃO
7 Leitura do Livro do
Profeta Isaías.
4 O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para
que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada
manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5 O Senhor
abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6 Ofereci as costas para
me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de
bofetões e cusparadas. 7 Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me
deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não
sairei humilhado.
- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus!
8 SALMO 21(22)
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
1. Riem de mim todos aqueles que me veem, * torcem os lábios e sacodem a
cabeça: / ao Senhor se confiou, ele o liberte * e agora o salve, se é verdade
que ele o ama! 2. Cães numerosos me rodeiam furiosos * e por um bando de
malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés * e eu posso
contar todos os meus ossos. 3. Eles repartem entre si as minhas vestes * e
sorteiam entre eles minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis
longe, * ó minha força, vinde logo em meu socorro! 4. Anunciarei o vosso nome a
meus irmãos * e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao
Senhor Deus, dai-lhe louvores, + glorificai-o, descendentes de Jacó! * e
respeitai-o, toda a raça de Israel!
SEGUNDA LEITURA (Fl
2,6-11)
9 Leitura da Carta de
São Paulo aos Filipenses.
6 Jesus Cristo, existindo em condição divina,
não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7 mas ele esvaziou-se a si mesmo,
assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com
aspecto humano, 8 humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e
morte de cruz. 9 Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que
está acima de todo 3 nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no
céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o
Senhor”, para a glória de Deus Pai.
-
Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.
ACLAMAÇÃO (Fl 2,8-9)
10 Glória e louvor a vós, ó Cristo! Jesus
Cristo se tornou obediente, / obediente até a morte numa cruz. / Pelo que o
Senhor Deus o exaltou, / e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.
EVANGELHO (Lc
22,14-23,56)
11
P (Padre): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas.
L1
(Leitor 1): 14Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos e
disse: P: 15“Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de
sofrer. 16Pois eu vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se realize no
Reino de Deus”. L1: 17Então Jesus tomou um cálice, deu graças e disse: P:
“Tomai este cálice e reparti entre vós; 18pois eu vos digo que, de agora em
diante, não mais bebereis do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”.
L1: 19A seguir, Jesus tomou um pão, deu graças, partiu-o e deu-o aos
discípulos, dizendo: P: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em
memória de mim”. L1: 20Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo:
P: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós.
21Todavia, a mão de quem me vai entregar está comigo, nesta mesa. 22Sim, o
Filho do homem vai morrer, como está determinado. Mas ai daquele homem por meio
de quem ele é entregue”. L1: 23Então os apóstolos começaram a perguntar uns aos
outros qual deles haveria de fazer tal coisa. 24Houve também uma discussão
entre eles sobre qual deles deveria ser considerado o maior. 25Jesus, porém,
lhes disse: P: “Os reis das nações dominam sobre elas, e os que têm poder se
fazem chamar benfeitores. 26Entre vós, não deve ser assim. Pelo contrário, o
maior entre vós seja como o mais novo, e o que manda, como quem está servindo.
27Afinal, quem é o maior: quem está sentado à mesa ou quem está servindo? Não é
quem está sentado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que
serve. 28Vós ficastes comigo em minhas provações. 29Por isso, assim como o meu
Pai me confiou o Reino, eu também vos confio o Reino. 30Vós havereis de comer e
beber à minha mesa no meu Reino, e sentar-vos em tronos para julgar as doze
tribos de Israel. 31Simão, Simão! Olha que Satanás pediu permissão para vos
peneirar como trigo. 32Eu, porém, rezei por ti, para que tua fé não se apague.
E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos”. L1: 33Mas Simão disse: L2
(Leitor 2): “Senhor, eu estou pronto para ir contigo até mesmo à prisão e à
morte”! L1: 34Jesus, porém, respondeu: P: “Pedro, eu te digo que hoje, antes
que o galo cante, três vezes tu negarás que me conheces”. L1: 35E Jesus lhes
perguntou: P: “Quando vos enviei sem bolsa, sem sacola, sem sandálias, faltou-
-vos alguma coisa?” L1: Eles responderam: Gr (grupo): “Nada”. L1: 36Jesus
continuou: P: “Agora, porém, quem tiver bolsa, deve pegá-la; do mesmo modo,
quem tiver uma sacola; e quem não tiver espada, venda o manto para comprar uma.
37Porque eu vos digo: É preciso que se cumpra em mim a palavra da Escritura:
'Ele foi contado entre os malfeitores'. Pois o que foi dito a meu respeito tem
de se realizar”. L1: 38Mas eles disseram: Gr: “Senhor, aqui estão duas
espadas”. L1: Jesus respondeu: P: “Basta”. L1: 39Jesus saiu e, como de costume,
foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam. 40Chegando ao
lugar, Jesus lhes disse: P: “Orai para não entrardes em tentação”. L1: 41Então
afastou-se a uma certa distância e, de joelhos, começou a rezar: P: 42“Pai, se
queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas
a tua”! L1: 43Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava. 44Tomado de
angústia, Jesus rezava com mais insistência. Seu suor tornou-se como gotas de
sangue que caíam no chão. 45Levantando-se da oração, Jesus foi para junto dos
discípulos e encontrou-os dormindo, de tanta tristeza. 46E perguntou-lhes: P:
“Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai para não entrardes em tentação”.
L1: 47Jesus ainda falava, quando chegou uma multidão. Na frente, vinha um dos
doze, chamado Judas, que se aproximou de Jesus para beijá-lo. 48Jesus lhe
disse: P: “Judas, com um beijo tu entregas o Filho do homem?” L1: 49Vendo o que
ia acontecer, os que estavam com Jesus disseram: Gr: “Senhor, vamos atacá-los
com a espada?” L1: 50E um deles feriu o empregado do Sumo Sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita. 51Jesus, porém, ordenou: P: “Deixai, basta”! L1:
E tocando a orelha do homem, o curou. 52Depois Jesus disse aos sumos
sacerdotes, aos chefes dos guardas do templo e aos anciãos, que tinham vindo
prendê-lo: P: “Vós saístes com espadas e paus, como se eu fosse um ladrão?
53Todos os dias eu estava convosco no templo, e nunca levantastes a mão contra
mim. Mas esta é a vossa hora, a hora do poder das trevas”. 4 L1: 54Eles
prenderam Jesus e o levaram, conduzindo-o à casa do Sumo Sacerdote. Pedro
acompanhava de longe. 55Eles acenderam uma fogueira no meio do pátio e
sentaram-se ao redor. Pedro sentou-se no meio deles. 56Ora, uma criada viu
Pedro sentado perto do fogo; encarou-o bem e disse: L2: “Este aqui também
estava com ele”! L1: 57Mas Pedro negou: L2: “Mulher, eu nem o conheço”! L1:
58Pouco depois, um outro viu Pedro e disse: L2: “Tu também és um deles”. L1:
Mas Pedro respondeu: L2: “Homem, não sou”. L1: 59Passou mais ou menos uma hora,
e um outro insistia: L2: “Certamente, este aqui também estava com ele, porque é
galileu”! L1: Mas Pedro respondeu: L2: 61“Homem, não sei o que estás dizendo”!
L1: Nesse momento, enquanto Pedro ainda falava, um galo cantou. Então o Senhor
se voltou e olhou para Pedro. E Pedro lembrou-se da palavra que o Senhor lhe
tinha dito: “Hoje, antes que o galo cante, três vezes me negarás”. 62Então
Pedro saiu para fora e chorou amargamente. 63Os guardas caçoavam de Jesus e
espancavam-no; 64cobriam o seu rosto e lhe diziam: Gr: “Profetiza quem foi que
te bateu?” L1: 65E o insultavam de muitos outros modos. 66Ao amanhecer, os
anciãos do povo, os sumos sacerdotes e os mestres da lei reuniram-se em
conselho e levaram Jesus ao tribunal deles. 67E diziam: Gr: “Se és o Cristo,
dize-nos”! L1: Jesus respondeu: P: “Se eu vos disser, não me acreditareis, 68e,
se eu vos fizer perguntas, não me respondereis. 69Mas, de agora em diante, o
Filho do homem estará sentado à direita do Deus poderoso”. L1: 70Então todos
perguntaram: Gr: “Tu és, portanto, o Filho de Deus?” L1: Jesus respondeu: P:
“Vós mesmos estais dizendo que eu sou”! L1: 71Eles disseram: Gr: “Será que
ainda precisamos de testemunhas? Nós mesmos o ouvimos de sua própria boca”! L1:
23,1Em seguida, toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram
então a acusá-lo, dizendo: Gr: “Achamos este homem fazendo subversão entre o
nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo,
o rei”. L1: 3Pilatos o interrogou: L2: “Tu és o rei dos judeus?" L1: Jesus
respondeu, declarando: P: “Tu o dizes"! L1: 4Então Pilatos disse aos sumos
sacerdotes e à multidão: L2: “Não encontro neste homem nenhum crime”. L1:
5Eles, porém, insistiam: Gr: “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia,
desde a Galileia, onde começou, até aqui”. L1: 6Quando ouviu isto, Pilatos
perguntou: L2: “Este homem é galileu?” L1: 7Ao saber que Jesus estava sob a
autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em
Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia
muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo
fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada
lhe respondeu. 10Os sumos sacerdotes e os mestres da lei estavam presentes e o
acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com
desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a
Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes
eram inimigos. 13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o
povo, e lhes disse: L2: 14“Vós me trouxestes este homem como se fosse um
agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele
nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para
nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou
castigá-lo e o soltarei”. L1: 18Toda a multidão começou a gritar: Gr: “Fora com
ele! Solta-nos Barrabás”! L1: 19Barrabás tinha sido preso por causa de uma
revolta na cidade e por homicídio. 20Pilatos falou outra vez à multidão, pois
queria libertar Jesus. 21Mas eles gritavam: Gr: “Crucifica-o! Crucifica-o”! L1:
22E Pilatos falou pela terceira vez: L2: “Que mal fez este homem? Não encontrei
nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
L1: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse
crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu
que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam – aquele
que fora preso por revolta e homicídio – e entregou Jesus à vontade deles.
26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do
campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma
grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele.
28Jesus, porém, voltou-se e disse: P: “Filhas de Jerusalém, não choreis por
mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29Porque dias virão em que se
dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram
à luz e os seios que nunca amamentaram’. 30Então começarão a pedir às
montanhas: ‘Caí sobre nós!’ e às colinas: ‘Escondei-nos!’ 31Porque, se fazem assim
com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?” 5 L1: 32Levavam também
outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. 33Quando chegaram ao
lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua
direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia: P: “Pai, perdoa-lhes! Eles não
sabem o que fazem”! N: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas
de Jesus. 35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Gr: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus,
o escolhido”! L1: 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se,
ofereciam-lhe vinagre, 37e diziam: Gr: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti
mesmo”! L1: 38Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”. 39Um dos
malfeitores crucificados o insultava, dizendo: L2: “Tu não és o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós”! L1: 40Mas o outro o repreendeu, dizendo: L2: “Nem
sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo,
porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. L1: 42E
acrescentou: L2: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. L1:
43Jesus lhe respondeu: P: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no
Paraíso”. L1: 44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a
terra até às três horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do
santuário rasgou-se pelo meio, 46e Jesus deu um forte grito: P: “Pai, em tuas
mãos entrego o meu espírito”. L1: Dizendo isso, morreu. (todos se ajoelham um
instante) L1: 47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou
a Deus dizendo: L2: “De fato! Este homem era justo”! L1: 48E as multidões, que
tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido, e voltaram para
casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres
que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.
50Havia um homem bom e justo, chamado José, membro do conselho, 51o qual não
tinha aprovado a decisão nem a ação dos outros membros. Ele era de Arimatéia,
uma cidade da Judéia, e esperava a vinda do Reino de Deus. 52José foi ter com
Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 53Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num
lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido
sepultado. 54Era o dia da preparação da Páscoa, e o sábado já estava começando.
55As mulheres, que tinham vindo da Galileia com Jesus, foram com José, para ver
o túmulo e como o corpo de Jesus ali fora colocado. 56Depois voltaram para casa
e prepararam perfumes e bálsamos. E, no sábado, elas descansaram, conforme
ordenava a Lei.
– Palavra da salvação. T. Glória a vós, Senhor
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