I-
SANTO AGOSTINHO E A PÁSCOA
«Sobre
a Ressurreição de Cristo, segundo São Marcos»
Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo lê-se estes dias, como é
costume, segundo cada um dos livros do santo Evangelho.
Na leitura de hoje ouvimos Jesus Cristo censurando os discípulos,
primeiros membros seus, companheiros seus: porque não criam estar vivo aquele
mesmo por cuja morte choravam.
Pais da fé, mas ainda não fiéis; mestres – e a terra inteira haveria de
crer no que pregariam, pelo que, aliás, morreriam – mas ainda não criam.
Não acreditavam ter ressuscitado aquele que haviam visto ressuscitando
os mortos. Com razão, censurados: ficavam patenteados a si mesmos, para saberem
o que seriam por si mesmos os que muito seriam graças a ele.
E foi deste modo que Pedro se mostrou quem era: quando iminente a Paixão
do Senhor, muito presumiu; chegada a Paixão, titubeou. Mas caiu em si,
condoeu-se, chorou, convertendo-se a seu Criador.
Eis quem eram os que ainda não criam, apesar de já verem. Grande, pois,
foi a honra a nós concedida por aquele que permitiu crêssemos no que não vemos!
Nós cremos pelas palavras deles, ao passo que eles não criam em seus próprios
olhos.
A ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é a vida nova dos que crêem
em Jesus, e este é o mistério da sua Paixão e Ressurreição, que muito devíeis
conhecer e celebrar.
Porque não sem motivo desceu a Vida até a morte. Não foi sem motivo que
a fonte da vida, de onde se bebe para viver, bebeu desse cálice que não lhe
convinha. Por que a Cristo não convinha a morte.
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