segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

SEJA BEM-VINDO AO SB SABENDO BEM DE 26 DE JANEIRO DE 2025

 

Sabendo Bem

A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. (I Coríntios 1, 18).

 DOMINGo   26 DE JANEIRO DE 2025

 

TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

Ano Jubilar 2025 - Peregrinos de esperança

 

 

"HOJE SE CUMPRIU ESTA PASSAGEM DA ESCRITURA"

https://youtu.be/VvJ-z_pGAwA

https://youtu.be/jZT7-SJiBM4?si=VK8oAA6kGBMEEn_O

 

 

https://youtu.be/Xsqt6JDNAgo?si=RUhfaEyQmiHD6mJy

QUEM NÃO RENASCER DO DA ÁGUA ...

 

 

Jubileu 2025: “Peregrinos de Esperança”.

https://youtu.be/QbAZcAP2k6M

https://youtu.be/Zeew7DAK4E8?si=k_YE3AhCAOEdqy5o

 

CHAMA VIVA DE ESPERANÇA

 

https://youtu.be/qiSgqeuG3u4

SB SABENDO BEM DE  26 DE JANEIRO DE 2025

 

SEJA BEM-VINDO!

II-OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

II-OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

2.1- Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs

(ou Anim.) Irmãos e irmãs, nos reunimos no dia do Senhor para ou- vir a Boa Notícia que é esta: Deus nos ama e está conosco em Jesus, na força do Espírito Santo. Ele veio permanecer para sempre junto a nós! Presente o Senhor está em nos- sa assembleia reunida; na sua Igreja, por meio de tantos dons e carismas; presente Ele está em sua Palavra que acolheremos com carinho no cora- ção; presente também está no seu Corpo e Sangue, sacramento de sua Páscoa e certeza de nossa esperança. Nós que formamos o Corpo de Cris- to nos unimos neste dia santo para cantar nosso hino de louvor a Cristo, Palavra eterna do Pai.\9folheto Povo de Deus)

Irmãs e irmãos, somos membros do corpo místico de Cristo que é a Igreja. Somos integrantes deste contexto e devemos fazer a nossa parte na construção do Reino de Deus. Como membros, devemos nos unir cada qual com seu talento e disponibilidade para servir ao próximo, na comunidade, evitando qualquer tipo de divisão. Que o Espirito Santo guie todo o povo de Deus neste caminho de construção de uma Igreja viva em saída. Com o nosso canto, o domingo da Palavra de Deus.

C. A liturgia deste domingo nos motiva a crescer na escuta e na vivência da Palavra de Deus. É por meio dela que nos edificamos como Igreja viva, Corpo de Cristo atuante na história. Com a força e guia do Espírito Santo, continuamos a missão do próprio Jesus, que é anunciar a boa-nova da justiça, esperança, verdade e paz a todas as pessoas. De forma especial, anunciemos o Evangelho para os jovens que, ao se decidirem na leitura cotidiana da Bíblia, sejam inspirados para a vocação sacerdotal, religiosa e para os ministérios na vida e missão da Igreja. 05

III-SUGESTÕES DE CANTOS PARA O TEMPO COMUM ANO C

 

III-SUGESTÕES DE CANTOS PARA O TEMPO COMUM ANO C

ENTRADA:
Eis-me aqui Senhor
Te louvo, meu Senhor
Mestre, onde moras?
Senhor, o Deus dos pobres
Somos um povo
Alegres vamos à casa do Pai
De todos os cantos viemos
O Senhor necessitou de braços
Deixa a luz do céu entrar
Nós somos muitos
Vamos caminhando lado a lado

Às tuas portas, Senhor

ATO PENITENCIAL:
Sugestões

GLÓRIA:
Sugestões

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO:
Buscai primeiro o Reino de Deus
Aleluia, ponho me a ouvir
Aleluia, rendei graças
Aleluia! Fala, Senhor

PREPARAÇÃO DAS OFERTAS:
Nos caminhos deste mundo onde andei
Quem se propõe
Os dons que trago aqui
A partilha começa na mesa
Ouvindo o apelo de Deus
Com alegria
Nesta mesa da irmandade
Bendito sejas, Senhor Deus
No teu altar, Senhor
Senhor, vos ofertamos

COMUNHÃO:
O pão que não se reparte
Por essa paz
Tua mesa, Senhor
O nosso Deus, com amor sem medida
Eis o Pão da vida
Somos felizes
Força de paz
Feliz o homem que ama o Senhor
O meu Reino tem muito a dizer
Um dia escutei teu chamado
Caminhando Jesus
Tu és minha vida
A Ti, meu Deus
Na mesa da Eucaristia
Tu sabes, Senhor, o quanto eu te amo (Ver refrão para o Tempo Comum)
Com amor eterno eu te amei

FINAL:
Feliz de quem caminha
Eu te exaltarei
Ninguém pode prender um sonho
Senhor, te dou a minha alegria
Quando o Espírito de Deus soprou
Ide pelo mundo
Tomado pela mão
Segura na mão de Deus
Senhor, eu quero te agradecer
Sinto a vida renascer

https://musicasdamissa.blogspot.com/p/sugestao-de-cantos-para-o-tempo-comum.html

IV- -LEITURAS DO TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

 

 

IV- -LEITURAS  DO TERCEIRO DOMINGO  DO TEMPO COMUM ANO C

Como o antigo povo de Israel, acolhamos com atenção a Palavra que vem do Senhor Deus e que para nós é lâmpada para nossos pés e razão de nossa alegria e esperança.

 PRIMEIRA LEITURA (Ne 8,2-4a.5-6.8-10)

Leitura do Livro de Neemias.

 Naqueles dias, ²o sacerdote Esdras apresen- tou a Lei diante da assembleia de ho- mens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. ³Assim, na praça que fica defronte da porta das águas, Esdras fez a leitura do livro,desde o amanhecer até o meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de com- preender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. Es- dras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim. Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. Esdras bendisse o Senhor, o gran- de Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram- -se diante do Senhor, com o rosto em terra. E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escri- ba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a todos: “Este é um dia con- sagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. ¹E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.

 – Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

 SALMO 18(19)

 Ó Senhor, vossas palavras, são espírito, são vida!

1.    A lei do Senhor Deus é perfeita, * conforto para a alma! / O testemunho do Senhor é fiel, * sabedoria dos humildes

2.    . 2. Os preceitos do Senhor são precisos, * alegria ao coração. / O mandamento do Senhor é brilhante, * para os olhos é uma luz.

3. É puro o temor do Senhor, * imutável para sempre. / Os julgamentos do Senhor são corretos * e justos igualmente.

4. Que vos agrade o cantar dos meus lábios * e a voz da minha alma; / que ela chegue até vós, ó Senhor, * meu Rochedo e Redentor!

 SEGUNDA LEITURA (1Cor 12,12-30 | +longo)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

. Irmãos: ¹²Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. ¹³De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. ¹Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros. ¹Se o pé disser: “eu não sou mão, por- tanto não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo. ¹Se o ouvido disser: “Eu não sou olho, portanto não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo. ¹Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se o corpo todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? ¹De fato, Deus dispôs os membros e cada um deles como quis. ¹Se houvesse apenas um membro, onde estaria o corpo? ²Há muitos membros e, no entanto, um só corpo. ²¹O olho não pode, pois, dizer à mão “Não preciso de ti”. Nem a cabe- ça pode dizer aos pés: “Não preciso de vós”. ²²Antes, pelo contrário, os mem- bros do corpo que parecem ser mais fracos são muito mais necessários do que se pensa. ²³Também os membros que se consideram menos honrosos, a estes nós cercamos com mais honra, e os que temos por menos decentes, nós os tratamos com mais decência. ²Os que nós consideramos decentes não precisamos de cuidado especial. Mas Deus, quando formou o corpo, deu maior atenção e cuidado ao que nele é tido como menos honroso, ²para que não haja divisão no corpo e, assim, os membros zelem igualmente uns pelos outros. ²Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele. ²Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. ²E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em se- gundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para as obras de misericórdia, dom de governo e di- reção, dom de línguas. ²Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam mila- gres? ³Todos têm o dom das curas? Todos falam as línguas? Todos as interpretam?

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

(Lc 4,18)  ACLAMAÇÃO

 Aleluia, aleluia, aleluia.

Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar; ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar!

EVANGELHO (Lc 1,1-4;4,14-21)

 P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de, nós. P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas T. Glória a vós, Senhor.

P. ¹Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, ²como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. ³Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. Deste modo, poderás ve- rificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo, , ¹Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. ¹Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. ¹E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. ¹Deram-lhe o li- vro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: ¹“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos ¹e para proclamar um ano da graça do Senhor”. ²Depois fe- chou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. ²¹Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”

.- Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor!

V- LEITURAS PARA A SEMANA- ORAÇAO E HINO DO JUBILEU

 

 

V- LEITURAS PARA A SEMANA- ORAÇAO E HINO DO JUBILEU

27-2ª Hb 9,15.24-28 / Sl 97(98) /Mc 3,22-30

28- 3ª Hb 10,1-10 / Sl 39(40) / Mc 3,31-35

Santo Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja, Memória

 29=-4ª Hb 10,11-18 / Sl 109(110) / Mc 4,1-20

30-5ª Hb 10,19-25 / Sl 23(24) / Mc 4,21-25

31= 6ª Hb 10,32-39 / Sl 36(37) / Mc 4,26-34

 

São João Bosco, presbítero, Memória

 

01/02-Sáb.: Hb 11,1-2.8-19 / Lc 1,69-75 / Mc 4,35-41

02/02- DOMINGO

APRESENTAÇÃO DO SENHOR, Festa, Ano C

4ª Semana do Tempo Comum

Ml 3,1-4;Sl 23(24),7.8.9.10 (R. 10b)

Hb 2,14-18 ou mais breve 2,22-32Lc 2,22-40

 

ORAÇÃO DO JUBILEU

T. Pai que estás nos céus, / a fé que nos deste no teu filho / Jesus Cristo, nosso irmão, / e a chama da caridade / derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo, / despertem em nós a bem-aventurada esperança / para a vinda do teu Reino. / A tua graça nos transforme / em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho / que fermentem a humanidade e o cosmos, / na espera confiante / dos novos céus e da nova terra, / quando, vencidas as potências do Mal, / se manifestar para sempre a tua glória. / A graça do Jubileu reavive em nós, / Peregrinos da Esperança, / o desejo dos bens celestes / e derrame sobre o mundo inteiro / a alegria e a paz do nosso Redentor. / A ti, Deus bendito na eternidade, / louvor e glória pelos séculos dos séculos. Amém.  

HINO DO JUBILEU

 Chama viva da minha esperança, / este canto suba para Ti! / Seio eterno de infinita vida, / no caminho eu confio em Ti!

1. Toda a língua, povo e nação / tua luz encontra na Palavra. / Os teus filhos, frágeis e dispersos / se reúnem no teu Filho amado.

2. Deus nos olha, terno e paciente: / nasce a aurora de um futuro novo. / Novos Céus, Terra feita nova: / passa os muros, Espírito de vida.

3. Ergue os olhos, move-te com o vento, / não te atrases: chega Deus, no tempo. / Jesus Cristo por ti se fez Homem: / aos milhares seguem o Caminho.

VI- LITURGIA DO TERCEIRO DOMINGO DOTEMPO COMUM ANO C

 

VI- LITURGIA DO TERCEIRO DOMINGO DOTEMPO COMUM ANO C

- Por meio da Carta Apostólica Aperuit Iliis, no ano de 2019, o Papa Francisco instituiu para toda a Igreja, anualmente, o Domingo da Palavra de Deus, a ser celebrado sempre no 3º Domingo do Tempo Comum. Sua intenção é "fazer crescer no povo de Deus uma religiosa e assídua familiaridade com as Sagradas Escrituras" (n. 15). É justamente isso que a bonita liturgia de hoje nos leva a contemplar.

- O povo de Deus sempre se manteve atento à Palavra de Deus. Em primeiro lugar, a Palavra era recebida através das narrações dos antigos: dos pais, dos líderes, dos chefes. No tempo das tradições orais, o ensinamento "boca a boca" era transmitido de modo solene e acolhido de todo o coração, como uma verdadeira herança que se vai passando de geração em geração, moldando a personalidade e a consciência tanto de quem escutava quanto de quem falava. Nesse diálogo de amor e obediência, Israel foi tomando consciência de sua vocação de povo eleito, do plano de salvação que Deus lhe oferecia, da missão que deveria assumir em testemunhar com as obras e a palavra, a bondade e a misericórdia de Deus.

- Para que não se perdessem as palavras dos antigos, passaram a ser escritos pequenos hinos e orações, para que fossem decorados com facilidade. Nesses pequenos textos se transmitiam belas e profundas sínteses de fé, que recuperavam a história de Israel e a ação de Deus em seu favor, em tantos acontecimentos maravilhosos. Um resgate da memória e da fé, que nunca se separam na cabeça e no coração do povo de Deus. Com o passar do tempo, a complexidade da cultura passou a exigir maior elaboração da palavra que se contava e se escrevia. Surgiu então a necessidade de reunir os pequenos fragmentos de textos que circulavam entre as comunidades, numa composição mais ampla e cheia de sentido. Foi assim que nasceram os primeiros livros da Bíblia. As inspirações divinas ganharam corpo em palavras humanas, repletas de fé e de espiritualidade, sem deixar de traduzir os sentimentos e a realidade do povo.

 - A primeira leitura testemunha a reverência do povo de Israel à Palavra revelada por Deus, acolhida no Livro Sagrado. Diante da sua leitura e da explicação dos escribas e sacerdotes, homens e mulheres faziam profunda revisão de sua vida e, como resposta de fé, buscavam um caminho de verdadeira conversão. Essa é a nossa força e a nossa alegria! Deus continua a nos dirigir a sua Palavra para que jamais abandonemos o caminho do seu amor! Quando nos reunimos em comunidade aos domingos, revivemos essa mesma experiência do tempo de Esdras e Neemias: somos animados pela salvação que o Senhor nos oferece e que acolhemos ao ouvir e viver a sua Palavra! - A Carta aos Coríntios nos permite tomar consciência do efeito da Palavra de Deus em nossa vida pessoal e comunitária. Ela nos edifica como Igreja, como Corpo de Cristo! Todos nos fortalecemos à medida em que buscamos, com sinceridade e dedicação, viver segundo as inspirações de Cristo, nossa Cabeça, que nos são reveladas no Livro Sagrado. Pelo estudo e oração dos textos bíblicos passamos a conhecer melhor ao Senhor Jesus, e podemos assim crescer na comunhão com Ele e com a comunidade com a qual partilhamos a fé cristã e a vocação batismal. Todos, indistintamente, são chamados a assumir seu lugar e seu papel na missão da Igreja de anunciar ao mundo inteiro o grande plano de amor de Deus, que se abre a todos os seus filhos e filhas.

- A missão da Igreja é a própria missão de Jesus. Ele nos envia, tal como fora enviado pelo Pai, para fazer chegar a todas as pessoas a boa notícia, sempre nova e repleta de alegria e esperança, de um tempo novo que se abre para nós em Deus. Uma realidade nova, de libertação de todo poder que escraviza e paralisa a vida, de abertura cada vez maior para o amor e a solidariedade, de conversão de gestos e estruturas para acolher os mais simples e vulneráveis, pobres e injustiçados, perseguidos e marginalizados. O Evangelho que o Espírito de Deus nos envia a anunciar é a proposta de acolhida sem fronteiras que só o amor é capaz de realizar. Esse projeto divino toma forma em cada gesto concreto que realizamos, animados pela palavra e pelo exemplo de Jesus. Como o próprio Senhor, somos também enviados às mais remotas periferias existenciais, para ajudar tantos irmãos e irmãs a redescobrir a beleza e a maravilha do amor de Deus e da transformação que ele provoca em nós, quando nos abrimos sem medo e sem reservas à sua vontade.

- Que este Domingo da Palavra de Deus anime nossa comunidade e nossas famílias a redescobrir o encanto pela leitura da Bíblia e pela oração a partir dos textos sagrados. Que esta bonita iniciativa da Igreja, somada ao Mês da Bíblia, e tantas outras atividades realizadas em nossas paróquias ao longo do ano, favoreçam o conhecimento, o interesse e o amor pela Palavra do Senhor

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2024/12/26_01_25.pdf

 

VII- REFLEXÃO DOMINICAL I O TESOURO DA PALAVRA DE DEUS

 VII- REFLEXÃO DOMINICAL I

O TESOURO DA PALAVRA DE DEUS

Este Terceiro Domingo do Tempo Comum é o Domingo da Palavra de Deus. Instituído pelo Papa Francisco pela Carta Apostólica sob a forma de Motu Próprio Aperuit Illis (30 de setembro de 2019). Tem por objetivo a celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus. Trata-se de ressaltar, mais ainda, o valor que a Palavra de Deus ocupa na vida dos cristãos e das comunidades, na vida e missão da Igreja. Somos chamados a agradecer pelo grande dom da Palavra e, ao mesmo tempo, comprometer-nos a vivê-la no dia a dia e sentirmo-nos responsáveis para testemunhá-la com coerência e alegria. Que este Domingo dedicado à Palavra nos permita crescer na familiaridade e intimidade com as Sagradas Escrituras, assim como ela mesma nos ensina desde os tempos antigos: esta palavra «está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir» (Dt 30, 14). A Palavra de Deus, a Lei, que é apresentada e lida pelo sacerdote Esdras (Ne 8,2-4a.5-6.8-10) a todo o povo, em assembleia, de pé, que a escuta com atenção, quando lhe era explicado o sentido. O povo respondia erguendo as mãos, inclinando-se e prostrando-se diante do Senhor, com o rosto em terra. Como é belo e importante o que está escrito: “todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei”. Trata-se de um dia consagrado ao Senhor, o nosso Deus, um dia verdadeiramente santo para o Senhor. Como se revela no texto, a Palavra de Deus forma a comunidade, ilumina a vida o povo, suscita a patilha dos bens. A Palavra que se fez carne, e está no meio de nós, é Jesus, como diz o Evangelho (Lc 1,1-4; 4, 14-21), “pois hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabaste de ouvir”. Sim, na sinagoga de Nazaré, ao tomar nas mãos o livro do profeta Isaías, Jesus achou e leu a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova...”. A Palavra é verdadeira, fruto de muito estudo e discernimento, merece credibilidade, pois nasce de “um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio”. Sabemos que o Evangelho é a síntese da catequese da Igreja primitiva. Ter fé no evangelho é crer em Deus que enviou seu Filho amado para nos salvar. Neste sentido, somos todos “Teófilo”, amigos de Deus, a quem a Palavra é anunciada, ou seja, o programa de libertação, de salvação, que é o próprio Jesus, nome que significa “Deus salva”. Jesus é o Salvador, Libertador, tão esperado. Somos, portanto, chamados a ter “os olhos fixos nele”. Somente pela Palavra (1 Cor 12,12- 14.27) podemos então compreender que “juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros deste corpo”. Cada um de nós, membros da comunidade, que é o Corpo de Cristo, tem seu dom e todos os carismas nascem da Trindade, que é comunhão. Nesta riqueza, diversidade e complementariedade de dons e carismas está a beleza e plenitude do Corpo de Cristo. A comunidade eclesial é uma coisa só, forma um todo com todos os membros e com Cristo. Que possamos sempre escutar com amor a Palavra de Deus, acolhêla de coração, deixar-se por ela se converter, praticá-la e testemunhá-la com alegria, é a Boa Nova de salvação para toda a humanidade. Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ Bispo auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2024/12/ano-49c-13-3o-domingo-do-tempo-comum.pdf

VIII- REFLEXÃO DOMINICAL II- Fale conosco 26 de janeiro – 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM Por Gisele Canário* A manifestação do projeto do Deus da vida e a unidade do corpo de Crist

 

VIII- REFLEXÃO DOMINICAL II-

Fale conosco

26 de janeiro – 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Por Gisele Canário*

A manifestação do projeto do Deus da vida e a unidade do corpo de Cristo

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre a unidade e a missão da Igreja, destacando como cada membro do corpo de Cristo tem um papel vital a desempenhar. As leituras apresentam a importância da escuta da Palavra de Deus, a diversidade dos dons espirituais e a missão de Jesus proclamada no Evangelho. A unidade, a missão e a transformação são temas centrais que nos ajudam a compreender como podemos viver plenamente nossa fé na comunidade e no mundo.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Ne 8,2-4a.5-6.8-10)

Esse trecho do livro de Neemias narra um momento importante da história de Israel, durante a reconstrução de Jerusalém, após o exílio babilônico. Esdras, o sacerdote, lê a Lei de Deus para todo o povo reunido numa praça em Jerusalém. Essa liturgia é solenemente presidida em torno do livro da Lei de Deus, muito provavelmente o núcleo do atual Pentateuco, e nela a comunidade dos repatriados, o novo Israel, professa sua fé. É nesse contexto que surge o judaísmo, centrado na observância da Torá, pois é nela que se narra a caminhada do povo de Deus, incluindo normas religiosas e legais que irão orientar a vida social, religiosa e política da comunidade judaica, cujo núcleo central são os repatriados. Por isso, até os dias atuais, o judaísmo professa que a Palavra de Deus se fez livro.

A leitura é feita publicamente, como um ato de renovação da aliança entre Deus e seu povo. O texto evidencia a importância da escuta atenta da Palavra de Deus e a resposta do povo com alegria, pois este começa a compreender e interpretar as palavras lidas pelos levitas. Nesse sentido, ler, interpretar e aplicar a Palavra de Deus na vida cotidiana é o maior desafio para os seguidores do Deus da vida, tanto ontem quanto hoje.

2. II leitura (1Cor 12,12-30)

A comunidade de Corinto recebe uma carta de Paulo em um momento em que enfrenta várias divisões internas. O apóstolo adota uma abordagem didática, ao usar a metáfora do corpo para ilustrar que a comunidade cristã precisa começar a compreender na prática o que é viver a unidade na diversidade.

Assim como um corpo é composto de muitos membros, Paulo destaca que a Igreja também é formada por pessoas que possuem dons únicos, concedidos pelo Espírito Santo. A comunidade necessita entender que cada membro é importante para o funcionamento de todo o corpo.

Nesse sentido, é essencial valorizar a diversidade dos dons em prol do bem comum. Todos os membros do corpo estão interligados e são interdependentes, com o objetivo de colaborar para o bem-estar e desenvolvimento de toda a comunidade.

3. Evangelho (Lc 1,1-4; 4,14-21)

Lucas situa o início do ministério público de Jesus na Galileia logo após seu batismo, realizado por João, e a tentação no deserto. Escrevendo para um público grego, Lucas pretende apresentar uma narrativa ordena- da dos eventos da vida de Jesus (Lc 1,1-4). No capítulo 4, Jesus volta à Galileia “com a força do Espírito” (Lc 4,14), destacando a orientação divina em seu ministério. Ele retorna à sinagoga de Nazaré, onde lê o livro de Isaías, definindo assim a identidade de seu projeto e os rumos de sua missão.

O trecho de Lc 4,14-21 serve como uma espécie de declaração programática no início da vida pública de Jesus. Ele lê Isaías 61,1-2, um texto que fala sobre a unção do Espírito do Senhor para trazer boas-novas aos pobres, liberdade aos cativos, recuperação da vista aos cegos e libertação aos oprimidos. “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” (v. 21) é o que Jesus declara após ler a passagem de Isaías. Ele deixa claro do que se trata e a quem se destina seu projeto.

A leitura que faz na sinagoga e a declaração de seu cumprimento geram grande impacto. É em Nazaré, uma cidade pequena e com pouca importância política e religiosa, que se inicia o projeto de Jesus. No século I, a espera de um Messias era comum, pois se ansiava por alguém que pudesse libertar o povo política e nacionalmente. Jesus propõe uma rota diferente e centra seu projeto na libertação social e espiritual mais ampla.

Os ouvintes de Jesus inicialmente recebem sua mensagem muito bem, mas rapidamente isso se transforma em rejeição e escândalo (Lc 4,22-30). Aqui se vê claramente a tensão entre o que os ouvintes esperam e o que de fato o projeto de Jesus propõe. Ele declara firmemente que a profecia se cumpre nele, desafiando a compreensão tradicional do Messias e apontando para nova compreensão do seu papel.

É interessante notar que Lucas provavelmente utilizou fontes comuns a Mateus e Marcos, com o objetivo de adaptar seu conteúdo para um público específico. Desde o início, Lucas apresenta Jesus como aquele que é guiado pelo Espírito, deixando claro que Jesus é a continuidade do projeto do Deus da vida.

É claro que o projeto de Jesus anuncia as boas-novas aos pobres, a libertação dos cativos, a recuperação da vista aos cegos e a libertação dos oprimidos. Sem dúvida, é uma nova era de justiça e restauração, introduzida pelo Reino do Deus da vida. As promessas proferidas pelos profetas se fazem presentes, e este é um tema importante para Lucas, que apresenta Jesus como o clímax da história salvífica de Israel.

Jesus é rejeitado em Nazaré e aceito pelos de fora de Israel (Lc 4,24-27). O Reino de Deus é inclusivo, e o Evangelho não é apenas para Israel, mas também para todos os povos, especialmente para os mais oprimidos e marginalizados. Portanto, a proclamação de Jesus desafia as expectativas de um Messias meramente político. Nesse sentido, seu projeto é redefinido para a inclusão de todos e uma transformação mais abrangente da humanidade e da sociedade como um todo.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

– O projeto de Jesus é para quem deseja segui-lo. A missão de Jesus é para quem deseja seguir seu projeto; é inclusiva, transformadora e libertadora. O convite é para que reconheçamos a graça de Deus em nossa vida e nos comprometamos com o projeto de Jesus, que nos traz boas-novas de libertação.

– Compromisso de renovação. O povo de Israel foi convidado humildemente a renovar sua aliança, sua Lei. Dessa forma, todos somos convidados a renovar nosso compromisso com a Palavra de Deus. É possível vivermos de tal forma que consigamos transformar nossa vida e nossas comunidades?

– Diversidade dos dons e unidade. Paulo nutre nas comunidades a valorização da diversidade na unidade do corpo de Cristo. Podemos usar nossos dons para promover a unidade e o bem comum em nossa comunidade?

– Convite ao compromisso. Vivemos em um momento em que a raiz cristã do amor está cada vez mais fora de moda. Percebemos que o amor se reduz apenas à utilidade, ao prazer e ao individualismo, com cada um buscando apenas os próprios interesses. Nunca é tarde para aprender a viver com maior profundidade. Jesus proclamou a Boa-nova em Nazaré e, com sua própria vida, ensinou todos os cristãos a viver com um amor mais pleno e comprometido.

 

Gisele Canário*

*é mestra em Teologia, com ênfase em Exegese Bíblica (Antigo Testamento), pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Possui graduação em Teologia pelo Instituto São Paulo de Estudos Superiores. É licenciada em Geografia pela Universidade Cruzeiro do Sul e assessora no Centro Bíblico Verbo, onde atua, desde 2011, com a confecção de material para estudos bíblicos, gravação de vídeos, formação em comunidades eclesiais e cursos bíblicos on-line.

https://www.vidapastoral.com.br/roteiros/26-de-janeiro-3o-domingo-do-tempo-comum-2/

IX- REFLEXÃO DOMINICAL III "SER PROFETA EM SUA TERRA"

 

 

IX- REFLEXÃO DOMINICAL III

"SER PROFETA EM SUA TERRA"

Um dos maiores desafios do Ser Humano é aceitar o Mistério Divino presente na segunda pessoa da Trindade Santa, manifestado e revelado em Jesus de Nazaré. A dificuldade vem desde aqueles tempos em que o Filho de Deus, sob a forma humana, convivia com as pessoas do seu tempo, falando, ajudando, caminhando junto, e sobretudo ensinando. Na sua comunidade de origem, onde ele cresceu e foi criado, as pessoas primeiro se admiraram da sua sabedoria e dos milagres que tinham ouvido dizer que ele havia realizado em outras regiões. Mas em um segundo momento, pensaram em sua origem humilde, como Filho de Maria e do Carpinteiro José, alguém tão simples, criado no meio deles, não poderia ser o grande Messias.

Esse é na verdade o grande problema colocado por São Lucas neste evangelho: Jesus de Nazaré frustra a expectativa Messiânica, que seus conterrâneos tinham a seu respeito e por isso o rejeitam e até o expulsam da Comunidade. Nos dias de hoje Jesus tem milhares de seguidores e admiradores no mundo inteiro, entretanto, na primeira ocasião em que ele não corresponder a ideia que Dele se faz, o então discípulo abandona a comunidade e a sua Fé, indo a procura de um outro Jesus que atenda melhor suas expectativas. Igrejas com fachada cristão, que oferece um Jesus Cristo bem á gosto do freguês, tem inúmeras em todo lugar.

A tendência hoje é a mesma daquele tempo: destruir o Cristo do Evangelho, muito radical e exigente no Discipulado, e em seu lugar colocar um Jesus que atenda as nossas necessidades materiais, sem muita exigência de uma mudança em nosso comportamento. Igrejas que têm um Jesus Cristo com este perfil estão sempre lotadas de Fiéis que aceitam ser ludibriados por espertalhões da Fé, desde que obtenham alguma vantagem.

A verdadeira Fé e confiança em Deus, não coloca Deus a nosso dispor, ao contrário, nos submetemos á vossa Vontade, exatamente como fizeram: a viúva de Serepta, que obedeceu a ordem do Profeta Elias, e o Sírio Naamã, que mesmo a contragosto, fez o que o Profeta Eliseu lhe ordenará, e ficou totalmente purificado da lepra que o atormentara. 

Tenhamos sempre a consciência de que, na maioria das vezes a Vontade Divina não coincide com a nossa, pois sempre preferimos o caminho mais fácil, o atalho mais curto, o comodismo e as facilidades que a Vida Terrena nos oferece. Que saibamos e aprendamos a aspirar os dons superiores colocando em nossa vida a virtude da caridade, acima de tudo, como nos ensina o apóstolo Paulo.

E que também nunca nos falte a consciência de que somos Profetas, chamados por Deus desde o ventre de nossa mãe, e que a nossa Força vem do Senhor, que nos envia em missão em meio ao mundo, onde na maioria das vezes, exatamente como Jesus em sua cidade, seremos rejeitados.

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  
jotacruz3051@gmail.com

 

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0301.htm

X- REFLETINDO COM LINDOLIVO SOARES MOURA ( * ) "FILOSOFIAS, PSICOLOGIAS E TEOLOGIAS DE UM E NOVENTA E NOVE AO ALCANCE DE TODOS: POR QUAIS RAZÕES RECEBEMOS TANTA COISA EM DOSE DUPLA?"

 

X- REFLETINDO COM LINDOLIVO SOARES MOURA ( * )

"FILOSOFIAS, PSICOLOGIAS E TEOLOGIAS DE UM E NOVENTA E NOVE AO ALCANCE DE TODOS: POR QUAIS RAZÕES RECEBEMOS TANTA COISA EM DOSE DUPLA?"

  "Já  tentou  plantar  bananeir com uma perna

    só?  O  Saci-Pererê  consegue. Por  que  você não!? [L.S.M.]

Passamos grande parte de nossa vida totalmente "in-conscientes" do porquê somos quem somos, e não somos diferentes do que somos. Tampouco nos perguntamos por quais razões os outros são quem são, e não são como a gente. Nessa mesma linha de pensamento, muitos de nós jamais se perguntaram por quais razões temos dois olhos, duas orelhas, dois braços, duas pernas, dois rins, dois pulmões, e assim por diante, e não apenas um. Acabamos operando, psíquica, mental e espiritualmente, como operam ou trabalham muitos de nossos órgãos e membros: autônoma e inconscientemente. Isso nos impede de perceber a grandeza e a riqueza de cada um do órgãos, membros e sentidos que temos, e que atuam, ainda que automaticamente, harmônica e sincronisticamente em benefício do todo, que é o nosso corpo ou o nosso organismo como um todo. Decidi navegar por alguns desses órgãos e sentidos que nos foram ofertados "free", de presente, gratuitamente, e, curiosamente, em dose dupla. Ora falando sério, ora com certa dose de humor passeando pela mente, ora fazendo uso de ambos os recursos ao mesmo tempo, veja com seus próprios olhos - e demais sentidos, naturalmente -  no que é que acabou resultando, finalmente.

A [AMBI]VALÊNCIA DOS OLHOS: por quais razões temos dois olhos e não apenas um? Já pensou no assunto, ou não? Se não, pare um minuto e reflita comigo. Com dois olhos, além de não sermos caolhos de nascença, temos o privilégio de ver a beleza do mundo numa espécie de "tri-dimensão", que certamente quem, sendo caolho de nascença ou não, não consegue tal proeza. Se você acha que é pouca coisa, essa espécie de "ambi-valência" de quem tem dois olhos e não é caolho, e está feliz da vida com seus dois olhos - exceção feita a quem nasceu com vocação para ser pirata - e jamais reconheceu e agradeceu por tamanha benção, experimente então tapar um dos seus olhos com uma das mãos, e dessa forma olhar fixamente para  o rosto da pessoa que você mais ama. O quê!? Você nunca fez isso, nem tendo dois olhos!? Não acredito! Então agora você tem uma desculpa - das mais esfarrapadas que eu já vi, confesso e reconheço - para fazer exatamente isso. Diga que foi exercício recomendado pelo seu psicólogo; se não estiver sendo acompanhado por um, no exato momento, diga que foi penitência dada pelo padre de sua preferência; ou se nem à Igreja você costuma ir - confessar, menos ainda - ofereça uma desculpa mais esfarrapada ainda, e diga que você está somente tentando  se livrar de um bendito cisco, que de repente veio pousar justamente no seu olho direito. Assim, além de aprender a valorizar muito mais os dois olhos que você tem - ou melhor, que Deus, a vida, ou a natureza, lhe deram de presente - seu companheiro ou companheira poderá acabar dando um belo sorriso, e de repente, disfarçadamente, dizer que a acabou de cair um cisco no olho esquerdo dele também. Daí para frente só vocês dois e Deus ficarão sabendo - não é preciso dizer para mais ninguém - o que acabou, de repente, "rolando" entre vocês. Ademais, uma outra benção em possuir dois olhos, e não um apenas, é que você pode "coçar" um deles sem ter que, com o outro, deixar de ver o que está acontecendo à sua frente.

A [AMBI] VALÊNCIA DAS ORELHAS: primeiro perceba e aprenda a distinguir a sutil diferença entre ouvido e orelha. Sei que à primeira vista podem parecer tudo gato do mesmo balaio, mas observe atentamente o seguinte: orelha, estrito senso, é o órgão físico que ocupa a parte mais alta do nosso corpo, a cabeça. Orelha, e não ouvido. Ninguém diz, por exemplo: "meu pai quase me arrancou os ouvidos, porque me pegou com uma trouxinha de maconha ontem à noite!". Diz!? Aliás, um pai sensato e prudente primeiro não arranca nem ouvido nem orelha de um filho seu, logo assim de cara. Não faz sentido arrancar um dos órgãos dos sentidos mais importante do corpo do seu filho! Primeiro senta, conversa, explica, orienta, e só em último caso, quanto o filho já está tão dependente do vício, que não consegue mais estabelecer conversa produtiva nenhuma, aí sim, nesse último caso, um bom puxão de orelhas pode, mesmo sendo a gota d'água da conversa, trazer algum tipo de benefício. Agora, aqui entre nós, vamos reconhecer: que um bom e merecido "puxão de orelhas pode dar um bom resultado em certas situações - como foi o caso da tremenda lambança do filho mais novo, na parábola do filho pródigo - com certeza pode. Continuando a reflexão: ouvistes o que foi dito: "têm olhos mas não vêem, ouvidos mas não ouvem... e basta! Olha aí o que foi dito: "...ouvidos, mas não ouvem!". Isso significa que só mesmo quem não tem audição diferenciada e apurada, fica autorizado a ouvir com as orelhas, e não com o espírito, o coração e a mente. Se assuste não, se for o seu caso! Tá cheio de gente nesse mundão de Deus - se bem que pra mim isso já é coisa do "encardido", com minúscula, como a ele se referia Padre Léo - que parece só ter orelhas para preencher o quadro completo do corpo. Permitir que os estímulos que lhes chegam por intermédio das duas orelhas, consigam alcançar o coração, océrebro e a mente, isso muitos não conseguem. É claro que sem orelha a gente não pode ouvir e escutar devidamente. Mas você nunca perdeu seu tempo dialogando "animadamente" com um defunto. Ou será que já!? Ainda assim, até onde eu saiba, todo defunto que continua seu percurso em direção ao... - ia falar "paraíso", mas sei lá se não tá indo é para o purgatório, ou até mesmo para aquele lugar horrível e tenebroso! - dizia eu: ...defunto nenhum continua sua trajetória em direção a qualquer lugar do além que seja, sem portar consigo suas duas orelhas, seria realmente um defunto muito estranho. Mas apesar de continuar com as duas orelhas no lugar, continuar ouvindo ou escutando suas orações, com certeza ele já não mais conseguiria. E se você não antecipar  expressamente, seu desejo de que suas duas orelhas, depois que você venha a bater as botas - alguém pode me explicar a origem desta expressão, por favor? - sejam cortadas e doadas no Centro de Captação de Órgãos mais próximo, fique tranquilo que certamente você subirá para o estágio seguinte de sua saga nesse mundo, com as duas orelhas que lhe pertencem. Se você providenciou a doação, nesse caso, parabéns! Gesto sagrado e muito bonito! Mas certifique-se antes se esse tipo de doação é possível, e se a medicina já chegou a esse nível e tipo de transplante. Não aconteça de você recomendar expressamente o corte e a doação de dois órgãos mencionados, e no final das contas eles acabarem indo parar na lata de lixo. Além de ser um tremendo desperdício você ainda correria o risco de chegar no céu - que é com certeza para onde vão todos aqueles que fazem uma doação de órgãos - com seu corpo faltando as duas orelhas. Aí, só Jesus para fazer, lá em encima, a seu favor, o que aqui embaixo Ele fez  em favor de muita gente: um verdadeiro milagre.

 

A [AMBI] VALÊNCIA DOS BRAÇOS: já experimentou dar um abraço com um só braço!? Não!? Então escuta essa! Num grupo terapêutico por mim orientado, solicitei que, dos quinze casais presentes, marido e mulher fizessem isso - dar-se mutuamente um abraço com um só braço, pela primeira vez [em tempo: todos, graças a Deus e felizmente, tinham as duas pernas e os dois dois braços nos seus devidos lugares]. Moral do exemplo, para encurtar a história: era só riso, sorriso e risada que não acabavam mais. Claro que se você pedisse a mesma coisa para casais dançando um belo tango, ele com uma mão no bolso e a outra ao redor do pescoço de sua acompanhante, seria com certeza uma outra história. Não resultaria em riso e risada, coisa nenhuma! Pelo contrário, seria expressão de classe e categoria por parte dos dançarinos e de cada par envolvido na dança. A proeza cabaria por arrancar - orelha, coisa nenhuma! -  palmas e aplausos de todos os presentes. Mas voltando e retomando: Deus, a vida, a natureza, ou seja lá quem for, nos brindou com um par de braços lindos e perfeitos! E o que é que a gente faz com eles!? Ou melhor, não faz!? Muitas vezes, nem um simples abraço a gente  aproveita para dar, mas pessoas que a gente ama, nem nas pessoas que a gente jura que ama com os dedinhos e até com os braços cruzados. Só político mesmo, para sair pelo mundo afora dando beijos e falsos abraços em Deus e todo mundo! O fato é que até para cruzar os braços - expressão de quem não está disposto a ajudar e contribuir com coisa nenhuma - a gente precisa não de um, mas dos dois braços! Agora, se você sempre teve dois braços, e sequer um muito obrigado você elevou a Deus - à vida, à natureza, ou a quem quer que seja, que não você mesmo - em louvor e agradecimento, e de repente você sofre um acidente, e o médico diz à queima-roupa - outra expressão, que eu preciso de ajuda para saber onde nasceu - : "sinto muito, muito mesmo, mas vamos ter que amputar seu braço direito!", eu pergunto: quantas vezes você não vai perguntar a ele: "mas o senhor tem absoluta certeza de que a amputação é absolutamente necessária!?". Ou então: "pelo amor de Deus, doutor, veja se o senhor e quem quer que seja consiga fazer o que tem que ser feito, sem ter que levar junto qualquer parte do meu corpo!", talvez aí você consiga entender e agradecer pela graça de ter tido sempre seus dois braços juntos ao seu corpi. Quer entender ainda mais a importância dos seus dois braços!? Então imagine que você termine sua fala ou súplica com as seguintes palavras: "...eu também sou médico, Doutor, como o senhor! Como é que eu vou continuar operando só com o braço esquerdo, caso eu tenha mesmo que amputar o direito!?". Consegue entender o drama!? Pois então! Caso você tenha dois braços, e não tenha que sacrificar nunca, nenhum deles para continuar vivendo sobrevivendo ou operando, sem que qualquer coisa de pior lhe aconteça, e assim você tenha que se aposentar mais cedo do que esperava, AGRADEÇA! Agradeça muito! Não espere acontecer um acidente qualquer, para você, ao invés de agradecer, ter que ficar suplicando para que o pior não aconteça! Ah! E abrace! Abrace muito! Porque abraçar, além de não colocar você em perigo ou risco algum, ainda vai fazer com que aqueles que você abraça, mais tarde estejam sempre beijando e abraçando também eles, natural e confortavelmente, seus filhos, seus netos, seus bisnetos, seus tataranetos, e o que com certeza será ainda mais gratificante: abraçando e beijando tanto você, que no final das contas você acabe tendo que dizer: "chega! Pára! Tá me apertando e me lambuzando todo!!!".

 

Agora...

Agora chega! Amanhã ou depois eu volto com as pernas, os rins, os pulmões, e mais alguns órgãos e membros que a gente recebeu de presente em dose dupla. Tchau e até lá!

( * Texto enviaado via whatsapp pelo autor, de Vitória (ES)