sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

VI-LITURGIA DA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

 

VI-LITURGIA DA SOLENIDADE  DA EPIFANIA DO SENHOR

- A liturgia de hoje celebra a manifestação de Jesus a todos. Ele é uma luz que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra conduzindo-os no caminho da salvação.

- A primeira leitura narra o período pós-exílico, numa Jerusalém em reconstrução. Entretanto, ainda se notam as marcas do passado onde a pobreza dos exilados faz com que a reconstrução seja lenta. Vendo a população desanimada o profeta Isaías sonha com um futuro em que Deus vai trazer a salvação definitiva ao Povo. Então, Jerusalém voltará a ser uma cidade bela e harmoniosa, o Templo será reconstruído e Deus habitará para sempre no meio do seu Povo.

 - É preciso, sem dúvida, ligar a chegada da luz salvadora de Deus a Jerusalém com o nascimento de Jesus. O projeto de libertação que Jesus veio apresentar aos homens será a luz que vence as trevas do pecado e da opressão e que dá ao mundo um rosto mais brilhante de vida e de esperança. Diante disso podemos nos perguntar: Reconhecemos em Jesus a luz libertadora de Deus? Estamos dispostos a aceitar que essa luz nos liberte das trevas do egoísmo, do orgulho e do pecado? Será que, através de nós, essa luz atinge o mundo e o coração dos nossos irmãos e transforma tudo numa nova realidade?

- Na segunda leitura, Paulo insiste que em Cristo chegou a salvação definitiva a qual não se destina exclusivamente aos judeus, mas a todos os povos da terra. Paulo é, por chamamento divino, o mensageiro desta novidade. Agora, judeus e gentios são membros de um mesmo e único "corpo", partilham o mesmo projeto salvador que os faz filhos de Deus.

- No Evangelho vemos que ao encontro de Jesus vêm os magos do oriente, representantes de todos os povos da terra. Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-no com esperança até o encontrar, reconhecem n'Ele a salvação de Deus e aceitam-no como Senhor. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.

- A palavra magos usada por Mateus envolve muitos significados e é aplicada a personagens muito diversas: mágicos, feiticeiros, etc. Seja como for, esses magos representam, na catequese de Mateus, povos estrangeiros que se põem a caminho de Jerusalém com as suas riquezas (ouro e incenso) para encontrar a luz salvadora de Deus que brilha sobre a cidade santa. Mateus anuncia, desta forma, que Jesus vai ser rejeitado pelo seu povo, mas vai ser acolhido pelos pagãos, que farão parte do novo Povo de Deus. O itinerário seguido pelos "magos" reflete a caminhada que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: estão atentos aos sinais (a estrela) e percebem que Jesus é a luz que traz a salvação, põem-se a caminho para o encontrar, e, encontrando-o, adoram-no como Senhor. - Diante de Jesus, os personagens do texto assumem atitudes diferentes, que vão desde a adoração (os magos), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Temos alguma identificação com algum destes grupos? Não é fácil conhecer as Escrituras, como profissionais da religião e deixar de lado os valores que Jesus propõe?

 - Os magos são apresentados como os homens dos sinais, que sabem ver na estrela o sinal da chegada da libertação. Somos atentos aos sinais, isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos sinais que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?

- Impressiona também, no texto, a desinstalação dos magos: viram a estrela, deixaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude ou estamos agarrados a nós mesmos? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos? - Os magos representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d'Ele. É a imagem da Igreja - essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que o reconhecem como o seu Senhor.

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2024/12/05_01_25.pdf

 

 

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