segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

VVI- REFLEXÃO DOMINICAL I: LEVARAM O MENINO JESUS AO TEMPLO

 

 

VVI-   REFLEXÃO DOMINICAL I: 

 

LEVARAM O MENINO JESUS AO TEMPLO

 

Celebramos a festa bonita da Apresentação de Jesus no Templo (cf Lc 2,21-40). Maria e José fazem o que os pais faziam sempre que nascia o primeiro filho homem, o primogênito. Ele era apresentado a Deus, como a dizer: “ele pertence a Deus”. A missão dos primogênitos era zelar, em família, pela continuidade da fé no Deus da Aliança com seu povo e no esforço de fidelidade do povo a Deus, de geração em geração. O gesto bonito de Maria e José é repetido ainda hoje por muitos pais cheios de fé: quando nasce uma criança (não apenas o primogênito), levam-na à igreja e a apresentam a Deus e pedem a bênção do sacerdote. É o mesmo que dizer: “esse nosso filho, é, acima de tudo, um filho de Deus. E o confiam aos seus cuidados, pedindo a graça de serem bons pais. Para os cristãos, a apresentação oficial do filho no templo é o momento do Batismo. Recordo a todos que essa é uma graça muito grande e bela para os filhos, que não lhes deve ser negada. A apresentação de Jesus no templo foi marcada por sinais extraordinários e as profecias de Simeão e da profetisa Ana, duas pessoas piedosas e firmes na fé e na esperança em Deus. Maria e José ouvem admirados o que é dito a respeito do menino Jesus; e as pessoas se alegram, por reconhecer que Deus visitou o seu povo mediante o nascimento desse pequenino. Não se tratava apenas de mais um primogênito apresentado no templo, mas do Primogênito da humanidade, que representava a salvação para todos os povos. Nele se cumpriam as profecias e as esperanças do seu povo. São Lucas diz que Simeão era um homem ”justo e piedoso e esperava a consolação de Israel” (Lc 2,25). O velhinho ficou muito feliz e cheio de esperança e alegria ao ver o menino Jesus e até já queria morrer, porque alcançou ver o que esperou a vida inteira (cf Lc 2,29-31). Também as palavras da profetisa Ana, já com 84 anos de idade, são marcadas pela esperança e ela, com entusiasmo, de Jesus a todos. A apresentação de Jesus no templo encheu a todos de esperança. Hoje, a apresentação de Jesus ao mundo mediante o anúncio do Evangelho e o testemunho da vida cristã, também é motivo de alegria e esperança para o mundo. Neste dia, a Igreja celebra também o Dia da Vida Consagrada Religiosa, que é um “sinal de esperança para o mundo”. As diversas formas da Vida Consagrada são testemunhos vivos da fé e da esperança que brotam do Evangelho. Se há características marcantes da Vida Religiosa Consagrada, essas são a fé, a esperança e a caridade, que expressam a vida nova segundo o Evangelho. E o Evangelho é um bem para o mundo, para cada pessoa, e não apenas para os cristãos. Hoje, também agradeço a Deus pelo 23º aniversário de minha ordenação episcopal. Foi uma grande graça que Deus me fez, para ser dom para a Igreja. Estou muito feliz por ter-me dado Deus a graça de viver esse dom. Peço que rezem por mim, para que eu seja fiel até o fim. Durante o Ano Jubilar de 2025, somos lembrados de que somos “peregrinos de esperança” e estamos a caminho da realização plena das promessas de Deus, que é fiel e não decepciona a quem nele espera.

 

 Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo.

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2024/12/Ano-49C-14-APRESENTACAO-DO-SENHOR.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário