VI-
REFLEXÃO
II
Das Obras de Santo Tomás de Aquino,
presbítero (Opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4) /
(Séc.XIII).
Ó
PRECIOSO E ADMIRÁVEL BANQUETE!
- O unigênito Filho de Deus, querendo
fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que,
feito homem, dos homens fizesse deuses.
-
Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa
salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no
altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo
tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.
- Mas, a fim de que permanecesse para sempre
entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as
aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o seu sangue como
bebida. Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda
suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? Nele, já não é mais a
carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é
o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Poderia haver
algo de mais admirável que este sacramento?
- De fato, nenhum outro sacramento é mais
salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a
alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
- É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos
mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de
todos. - Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste sacramento; nele se
pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a
memória daquele imenso e inefável amor que Cristo demonstrou para conosco em
sua Paixão.
- Enfim, para que a imensidade deste amor
ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu
este sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus
discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o
memorial perene da sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga
Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular
conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência.
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