sexta-feira, 16 de maio de 2025

EFLEXÃO DOMINICA L O DISTINTIVO DO MANDAMENTO DO AMOR

 

 

I-         REFLEXÃO DOMINICA L

 

O DISTINTIVO DO MANDAMENTO DO AMOR

 

A Igreja se alegra neste Tempo Pascal fazendo memória da ressurreição do Senhor, com a convicção de Sua presença em seu meio. A Igreja nasce da Páscoa do Senhor e reverbera, na força do Espírito Santo, de geração em geração, o anúncio feliz da vitória de Cristo sobre o pecado, o mal e a morte. Ela existe para evangelizar, portanto, ela é missão! Na Liturgia da Palavra deste 5º Domingo da Páscoa, ouvindo os Atos dos Apóstolos, neste capítulo 14, vê- -se claramente uma Igreja em movimento missionário: Paulo e Barnabé encorajando os discípulos que acolheram a Boa-Nova a que se mantenham firmes na fé que abraçaram; designando presbíteros para que conduzir e animar as comunidades; anunciando a Palavra em muitas cidades e partilhando com os irmãos e irmãs das comunidades os frutos da missão, sempre confiados à graça de Deus. Do mesmo modo, também hoje a Igreja, que somos nós, precisa ter consciência de que é missionária por natureza. A esperança, que movia e continua a mover os discípulos missionários, está bem explicitada no Apocalipse, na promessa dos novos céus e nova terra e da Jerusalém celeste, isto é, da Igreja glorificada na plenitude do Reino, onde toda lágrima será enxugada e não haverá mais morte nem dor, porque a vida triunfou com Cristo ressuscitado! Ele fez novas todas as coisas e nos renovou por meio do Batismo e da Crisma, com o dom da filiação divina e do Espírito Consolador, nossa força, para que, uma vez renovados, ajudemos a renovar a realidade e o mundo à nossa volta, por meio do anúncio do Evangelho e do testemunho do amor. A prática do mandamento novo do amor é o que nos distingue como discípulos do Senhor e o sinal que torna credível a Palavra que anunciamos: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13, 35). Não se trata de mero esforço, pois esse amor é dom do Espírito, amor que foi por Ele derramado em nossos corações e, por meio do qual nos reconhecemos como filhos e filhas muito amados de nosso Abbà-Pai, irmãos e irmãs, e membros do mesmo Corpo de Cristo, que é a Igreja. Contudo, esse dom precisa ser acolhido de coração aberto e sem que coloquemos obstáculos, portanto, é preciso disposição para vive-lo. Esse amor, que devemos testemunhar, começa entre nós, para depois expandir-se a todos ao nosso redor. A Igreja celebra, neste ano, o Jubileu dos 2025 anos da vinda do Senhor em nosso meio, d’Aquele que é a morada de Deus entre os homens (cf. Ap 21, 3). É necessário que nós, peregrinos de esperança, nos perguntemos: o amor que o Senhor nos deixou como mandamento e testamento tem sido vivido por nós do modo como Ele deseja? Temos sido unidos de fato? Temos buscado, no amor, a unidade que ajuda o mundo a crer (cf. Jo 17,21)? A fé, diz São Paulo, opera pela caridade, isto é, pelo amor (cf. Gl 5,6) e é movida pela esperança. Que a nossa fé seja de fato testemunhada pelo amor: o amor entre nós, na unidade e sem divisões ou cismas, e amor para com todos, pois Deus não faz acepção de pessoas (cf. At 10, 34). Lembremo-nos sempre destas palavras do apóstolo João: “quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”! (1Jo 4, 8). Onde há amor, Deus aí está e, por isso, podemos ter esperança!

 

Dom Edilson de Sousa Silva Bispo auxiliar de São Paulo Vigário Episcopal Região Lapa

 

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/03/Ano-49C-33-5o-DOMINGO-DE-PASCOA.pdf

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