sábado, 30 de abril de 2022

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DOMINGO, 01 DE MAIO DE 2022

- Dia do trabalhador e da trabalhadora

TERCEIRO DOMINGO DA PÁSCOA – ANO C

“Lançai a rede à direita da barca, e achareis” (Jo 21, 6).

OLÁ: PRA COMEÇO DE CONVERSA...

1- Liturgia do 3.º Domingo da Páscoa   Ano  C

A terceira manifestação do Ressuscitado, revelada por São João, tem lugar ao ar livre, no contexto do trabalho cotidiano. A narrativa, como nos capítulos anteriores, se tece na relação Pedro e o discípulo amado, aquele com precedência na decisão, este, íntimo com o Senhor. Além das imagens da pesca e do pastoreio, muito utilizadas nos relatos bíblicos com símbolos da missão, a passagem está cheia de simbolismos: o próprio número da manifestação, “terceira”, para designar sua importância; sete dos discípulos para indicar totalidade; a noite como ausência de Jesus e a manhã como tempo de sua revelação; a rede que não se rompe, indicando a unidade da Igreja; a tríplice profissão de fé de Pedro em contraposição com sua tríplice negação.

Por trás destes jogos, o relato se estrutura na cumplicidade que se estabelece entre o Ressuscitado e a comunidade reunida: “Ninguém atrevia-se a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor”. A unidade entre a comunidade e o Senhor tudo transfigura: da fome para a abundância, das trevas para a luz.

O relato tem uma dimensão claramente eucarística – é Jesus quem reparte o pão  –,apontando para a liturgia como lugar desta aliança entre o Ressuscitado e sua comunidade, por isso, neste domingo, valorizamos de modo especial a bênção e a partilha do pão. Em cada celebração, ele nos convida para a refeição e para retomar o caminho com ele. Peçamos que o Senhor abra os nossos olhos para percebermos sua presença no meio de nossa luta e nos firme na missão, apesar de todas as dificuldades. Que ele nos dê a graça de poder repetir com a nossa vida a confissão de Pedro: “Senhor, tu sabes que eu te amo”.

https://revistadeliturgia.com.br/celebracao-da-palavra-3o-domingo-da-pascoa-ano-c/

2- Maio: mês mariano

Para a Igreja Católica, o mês tem um sentido bem especial. Maio é o Mês Mariano, dedicado exclusivamente à Maria, a mãe de Jesus Cristo. Ela que é muito amada pelos fiéis cristãos católicos por toda sua história e exemplo de mãe. É lembrada e homenageada durante todo o mês com missas, terços, oferta de flores e cânticos e também orações especiais.

3- Cores de maio: amarela, amarela, laranja...

O Maio Amarelo reacende o debate sobre a prevenção de acidentes de trânsito. Já o Maio Vermelho tem por objetivo prevenir a hepatite.

O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil.

O Maio Vermelho foi criado para alertar a população contra a hepatite. Sabemos que o fígado é um dos principais órgãos do corpo, pois é responsável por diversas funções importantes para o metabolismo, como a sintetização de substâncias essenciais para o sangue, intestino e o sistema linfático.

O Maio Laranja: mês de combate à exploração sexual infantil.

SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E DESTA SEMANA

01- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

      1. Liturgia do 3.º Domingo da Páscoa – Ano C;
      2. Maio: mês mariano;
      3. Cores de maio: laranja, amarela e vermelha.
02- LEITURAS DA MISSA DO 3.º DOMINGO DA PÁSCOA- ANO C;
03- LITURGIA DA SEMANA DE 02 DE MAIO A 08 DE MAIO;
04- REFLEXÃO DOMINICAL I: O CORDEIRO GLORIOSO E PEDRO, PASTOR E PORTA-VOZ DO REBANHO;
05-  REFLEXÃO DOMINICAL II: Jo 21,1-14;
06- DICAS PARA VIVER O MÊS DE NOSSA SENHORA;
07- SÃO JOSÉ OPERÁRIO: “PADROEIRO DOS TRABALHADORES”;
08- IMPORTÂNCIA DO TRABALHO;
09- CONHEÇA AGORA AS 4 PRINCIPAIS CAUSAS DO DESEMPREGO NO BRASIL;
10- ESPIRITUALIDADE: POR QUE O TRABALHO DEVE SEMPRE SER SEGUIDO PELO DESCANSO, SEGUNDO SÃO JOÃO PAULO II;
11- A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO NA VISÃO DOS PADRES DA IGREJA PRIMITIVA;
12- SUGESTÃO DE LEITURA
       1. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho (Christophe Dejours);
        2. Evangelizar com o Papa Francisco- Comentário da Evangeli Gaudium (Dom Benedito Beni dos Santos).

Caro(a) Leitor(a) amigo(a):

O meu abraço fraterno e uma ótima semana a todos!

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EU CUIDO DE VOCÊ E VOCÊ CUIDA DE MIM
E DEUS CUIDA DE NÓS!



LEITURAS DA MISSA

3.º  DOMINGO  DA PÁSCOA  -  ANO C


PRIMEIRA LEITURA (At 5,27b-32. 40b-41)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. 27O Sumo Sacerdote começou a interrogá-los, dizendo: 28“Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!” 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Dia do trabalhador 2 Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando- -o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”. 40Então mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus.

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

7 SALMO 29(30)

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes. (bis)

1. Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes * e não deixastes rir de mim meus inimigos! / Vós tirastes minha alma dos abismos * e me salvastes quando estava já morrendo!

2. Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, * dai-lhe graças e invocai seu santo nome! / Pois sua ira dura apenas um momento * mas sua bondade permanece a vida inteira.

3. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! * Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! / Transformastes o meu pranto em uma festa: * Senhor, meu Deus, eternamente hei de louvar-vos.

 

SEGUNDA LEITURA (Ap 5,11-14)

Leitura do Livro do Apocalipse de São João.

Eu, João, vi 11e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos Seres vivos e dos Anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, 12e pro- clamavam em alta voz: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor”. 13Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre”. 14Os quatro Seres vivos respondiam: “Amém”, e os Anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre.

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

ACLAMAÇÃO

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo ressurgiu por quem tudo foi criado; / ele teve compaixão do gênero humano.

 

EVANGELHO (Jo 21,1-19)                             


P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

T. Glória a vós, Senhor.

P. Naquele tempo, 1 Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2 Estavam juntos Simão Pe- dro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3 Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4 Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5 Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6 Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7 Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8 Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente acerca de cem metros. 9 Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse- -lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu12 Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. 15Depois de comerem, Jesus perguntou a Si- mão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingi- rá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

 – Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor.

LITURGIA DA SEMANA DE 02 DE MAIO A 08 DE MAIO


Dia 02, 2ªf, Sto Atanásio: At 6,8- 15; Sl 118(119); Jo 6,22-29;

Dia 03, 3ªf, Ss. Filipe e Tiago Menor: 1Cor 15,1-8; Sl 18(19A); Jo 14,6-14;

Dia 04, 4ªf.: At 8,1b-8; Sl 65(66); Jo 6,35-40;

Dia 05, 5ªf: At 8,26-40; Sl 65(66); Jo 6,44-51;

Dia 06, 6ªf.: At 9,1-20; Sl 116(117); Jo 6,52-59;                                  

Dia 07, sáb.: At 9,31-42; Sl 115(116B); Jo 6,60-69;

Dia 08, dom., 4º da Páscoa; At 13,14.43-52; Sl 99(100); Ap 7,9.14b-17; Jo 10,27-30 (As ovelhas ouvem a voz do Pastor)

59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas

 

REFLEXÃO DOMINICAL I


O Cordeiro Glorioso e Pedro, pastor e porta-voz do rebanho.

Padre Wagner Augusto Portugal.

Estamos vivendo este momento maravilhoso do tempo da Páscoa. São cinqüenta dias em que damos glórias e louvores pelo Senhor Jesus que venceu a morte, saindo da mansão dos mortos, e ressuscitando para assentar-se à direita de Deus Pai para proporcionar aos homens pecadores a vida da graça, a vida da plenitude eterna.

A Primeira Leitura (cf. At 5,27b-32.40b-41) nos apresenta o Testemunho diante do sumo sacerdote, colocada como a segunda defesa de Pedro diante do Sinédrio. “Importa mais obedecer a Deus do que aos homens”. Trata-se de um resumo do querigma cristão: anúncio do ressuscitado como salvador, pela remissão do pecado, o que supõe a conversão. De fato, na história da Igreja, Pedro aparece como líder e porta-voz. É ele que, diante do Sinédrio, em nome dos outros apóstolos, dirige ao sumo sacerdote a atrevida palavra, que parece ter sido um “slogan” dos primeiros cristãos: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”(cf. At. 5,29) e pronuncia mais um testemunho da ressurreição de Cristo, que os chefes judaicos mataram.

O testemunho de São Pedro e dos outros apóstolos acerca de Jesus é a mensagem da primeira leitura. Presos e miraculosamente libertados (cf. At 5,17-19), os apóstolos voltaram ao Templo para dar testemunho de Cristo ressuscitado (cf. At 5,20-25). De novo presos, conduzidos à presença da suprema autoridade religiosa da nação (o Sinédrio) e formalmente proibidos de dar testemunho de Jesus, os apóstolos responderam apresentando um resumo do kerigma primitivo.

A proposta de Jesus é uma proposta libertadora, que não se compadece nem pactua com esquemas egoístas, injustos, opressores. É uma mensagem transformadora que põe em causa tudo o que gera injustiça, morte, opressão; por isso, é uma proposta que é rejeitada e combatida por aqueles que dominam o mundo e que oprimem os débeis e os pobres. Isto explica bem porque é que o testemunho sobre Jesus (se é coerente e verdadeiro) não é um caminho fácil de glória, de aplausos, de honras, de popularidade, mas um caminho de cruz. Não temos, portanto, que nos admirar se a mensagem que propomos e o testemunho que damos não encontram eco entre os que dominam o mundo; temos é de nos questionar e de nos inquietar se não somos importunados por aqueles que oprimem e que escravizam os irmãos: isso quererá dizer que o nosso testemunho não é coerente com a proposta de Jesus.

A liturgia de hoje tem duas vertentes que devem ser consideradas: o Cordeiro Glorioso e Pedro, pastor e porta-voz do rebanho. A origem destes temas parece diferente, mas sendo a liturgia uma interpretação eclesial dos temas bíblicos, vale a pena interpretar um tema pelo outro. Aparece, por conseguinte, que o Cordeiro do Apocalipse, ou seja, da segunda leitura, deve ser visto como o Cordeiro que guia o Rebanho. Não é um cordeirinho, mas um carneiro. Solidário com o rebanho, o conduz à vitória. A este Cordeiro vencedor são dados os atributos de Deus: honra, glória, poder e louvor.

Mas todos os fiéis poderiam me perguntar: Por que Jesus é chamado o Cordeiro? A literatura do Apocalipse gosta de indicar pessoas e potências por figuras de animais. Além disso, Jesus foi logo considerado vítima expiatória e vitima pascal, como mostram o evangelho e a primeira carta de João, oriundos do mesmo ambiente que o Apocalipse. Como vítima expiatória, Jesus vence os poderes do pecado, representados, no Apocalipse, por feras. Portanto, o Cordeiro é um vencedor, não pelas armas, mas pela solidariedade com o rebanho, assumindo a morte por suas ovelhas.

Todos nós somos convidados a acreditar e dar testemunho na ressurreição de Jesus. Não uma opção que seja meramente com provas históricas. Mais do que isso a ressurreição só pode ser entendida se vivenciada com absoluta convicção de que Jesus, o vencedor da morte, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!

A ressurreição marca um novo começo da presença histórica de Jesus no mundo. Mas em condições diferentes do tempo de sua vida pública. Os Evangelhos e as Cartas chamam Jesus de “Senhor”. Diante dele, fala Paulo que: “dobre-se todo joelho de quantos há no céu, na terra e no inferno, e toda língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor!” (cf Fl 2,10-11).

A partir da ressurreição os discípulos passam a se considerarem “servos do Senhor Jesus”. Assim foi Tiago, foi Pedro, foi Paulo e continua sendo os sucessores de Pedro na Sua Cátedra. Assim tem sido o novo Papa Francisco, como foi o peregrino Bento XVI, que lutando contra toda a esperança humana continua servo do Senhor Ressuscitado.

Mas, realmente, o Evangelho de hoje é esplendoroso em significados. Ali estava à beira do Mar Tiberíades um pequeno grupo de discípulos de Jesus. Todos estavam desanimados e se colocaram a pescar. Não estavam preocupados com o anúncio da ressurreição de Jesus e com as coisas de Jesus. Para eles o importante era pescar e pensar em si mesmos. Uma atitude bem humana. De Pedro foi à iniciativa para a Pesca: Vou pescar. Mas, infelizmente, nada pegaram com suas redes.

A pesca de que fala o Evangelho é muito superior: vamos pescar homens e mulheres para o Reino de Deus. Pescar é o iniciar a missão e a atividade apostólica que foi legada por Jesus a seus discípulos.

O fracasso da pesca de Pedro e dos companheiros, embora excelentes conhecedores do mar e dos peixes, não é apenas a conclusão de uma pesca sem êxito, mas a tradução concreta do que Jesus dissera na Última Ceia: “Sem mim nada podeis” (Jo. 15,5).

Ressurreição, tempo novo de Deus para a humanidade e, particularmente, para a comunidade que acreditou que Jesus verdadeiramente ressuscitou para lavar nossos pecados. Com Cristo, por Cristo e em Cristo Jesus nos ensina o caminho a ser trilhado para dilatar o Reino de Deus e para sermos fiel ao mandato e a missão de evangelizadores que todos, batizados, indistintamente, são convidados a se empenharem.

No Evangelho deste domingo (cf. Jo 21,1-19 ou 1-14) apresenta a aparição do ressuscitado e a vocação de Pedro a guiar o rebanho que lhe confiado pelo Senhor. A Mãe Igreja aparece como barco de Pedro e como pesca milagrosa (cf. Jo 21,1-14), mas somente pela palavra do Senhor Ressuscitado! Em Jo 21,15-19, utilizando a imagem do rebanho São Pedro é instituído Pastor do Rebanho que é o de Cristo. Pedro, e não o discípulo amigo por excelência. Por três vezes – quantas vezes o negou – Pedro tem que confirmar sua afeição ao Senhor, porque a vocação é sempre graça de Deus, de quem chama para o serviço generoso do seguimento de Cristo.

Jesus acentua na sua conversa com Pedro a dimensão do Seu Seguimento. O discípulo não irá à frente do Mestre. Não é próprio do discípulo inventar novidades. Ao discípulo verdadeiro cabe ir atrás do Mestre, pondo os pés nas marcas de seus pés. De tal maneira que, quem vir as pegadas, veja só as de Cristo, que são também nossas, ou as nossas que se identificam com as de Cristo.

Não quero realizar os meus desejos. Tenho que realizar a vontade que Cristo tem para a minha vida. E todos os desejos de Cristo, expressos em seus ensinamentos e em sua vida, trazem sempre um gosto pascal de morte/ressurreição. Assim o desapego. Assim o amor gratuito. Assim o acolhimento, o serviço, a compreensão, o perdão, a misericórdia, a acolhida, a vida de comunidade, o cotidiano de nossa vida que sempre deve ser Páscoa e santidade de vida e de estado.

A praia, cenário onde Jesus dá de comer pão e peixe, nos relembra a instituição da Eucaristia, a abundância das graças que os discípulos passam a ser dispensadores. Assim, as celebrações eucarísticas são força de unidade e refazimento do mistério da Encarnação e da Redenção de Jesus. Até hoje, como agora, a comunidade reúne-se e cresce em torno da refeição eucarística. É nela que “anunciamos sua morte e proclamamos a sua ressurreição!” É na Eucaristia que conseguimos o destino eterno.

A mensagem fundamental que brota do Evangelho de hoje nos convida a constatar a centralidade de Cristo, vivo e ressuscitado, na missão que nos foi confiada. Podemos esforçar-nos imenso e dedicar todas as horas do dia ao esforço de mudar o mundo; mas se Cristo não estiver presente, se não escutarmos a sua voz, se não ouvirmos as suas propostas, se não estivermos atentos à Palavra que Ele continuamente nos dirige, os nossos esforços não farão qualquer sentido e não terão qualquer êxito duradouro. É preciso ter a consciência nítida de que o êxito da missão cristã não depende do esforço humano, mas da presença viva do Senhor Jesus.

A Segunda Leitura (cf. Ap. 5,11-14) nos ensina que devemos honrar e dar a glória, o louvor e o poder ao Cordeiro de Deus. Como por uma porta, o visionário entrevê os mistérios de Deus: o Cordeiro imolado recebe os atributos do poder decisivo e escatológico. As criaturas que o adoram estão na luz de sua glória: esta é a sua salvação.

A mensagem final do Livro do Apocalipse pode resumir-se na frase: “não tenhais medo, pois a vossa libertação está a chegar”. É uma mensagem “eterna”, que revigora a nossa fé, que renova a nossa esperança e que fortalece a nossa capacidade de enfrentar a injustiça, o egoísmo, o sofrimento e o pecado. Diante deste “cordeiro” vencedor, que nos trouxe a libertação, os cristãos veem renovada a sua confiança nesse Deus salvador e libertador em quem acreditam.

Jesus Cristo é o Senhor. Esse é o resumo de nossa fé no Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para reinar, para ser a cabeça de todos os poderes, para mandar ou permitir o que quiser. Os cristãos fazem esta profissão de fé: “Creio num só Senhor, Jesus Cristo!”.

Na história da Igreja, Pedro aparece como líder e porta-voz. É ele que, diante do Sinédrio, em nome dos outros apóstolos, dirige ao sumo sacerdote a atrevida palavra, que parece ter sido um slogan dos primeiros cristãos: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens” (Cf At 5,29), e pronuncia mais um testemunho da ressurreição de Cristo, que os chefes judeus mataram, conforme nos ensinou a primeira leitura.

Como o Cordeiro, por solidariedade e amor, deu a sua vida em prol do rebanho, assim também o Pastor que recebe seu encargo por seu amor não deixará de dar a sua vida em prol de seu rebanho.

Peçamos, pois, com fé, que possamos viver como cristãos a palavra do Redentor e Salvador. Esta palavra é instancia suprema de nossas vidas. O Senhor ressurgiu e continua a ressuscitar ainda hoje. Ele ressuscita de modo especial na Missa. A verdade central da ressurreição de Cristo aí é comemorada e se torna realidade. Vivamos, pois, com fé, esta realidade e peçamos ao Senhor que nos mantenha sempre firmes em seu seguimento. Aleluia!

https://catequizar.com.br/liturgia/homilia-do-3o-domingo-da-pascoa/

REFLEXÃO DOMINICAL II

CUIDA DAS MINHAS OVELHAS

O evangelista João reproduz o relato do encontro de Jesus ressuscitado com seus discípulos à beira do mar de Tiberíades (mar da Galileia) mostrando a vida diária dos discípulos que voltaram à sua terra e ao seu trabalho de pescadores depois dos dias perturbadores da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Estava sendo difícil compreender o que tinha acontecido. Aproxima-se a noite e os discípulos saem para pescar. Barca e redes vazia, experiência dolorosa e frustrante de algumas comunidades primitivas e de muitas nos dias atuais. Preocupante quando a fé no Ressuscitado e do Ressuscitado vai caindo no esquecimento, no descrédito e sendo substituída por um devocionismo exagerado e muitas vezes na contramão do que Jesus fez e ensinou, ou ainda, em propostas mágicas de cunho financeiro, e muitas outras iniciativas bem perturbadoras. Ao amanhecer, Jesus procura seus discípulos e pergunta se tem alguma coisa para comer. Como nada tinham, Ele pede que lancem as redes, o que resulta na pesca de abundante quantidade de peixes. Ciente de que era o Senhor, Simão Pedro vestiu sua roupa e atirou-se ao mar. Quando reconhecemos a presença do Ressuscitado em nossa barca, quando confiamos na sua Palavra, ânimo e coragem voltam com mais vigor e as redes ficam cheias. Chegando à praia, descobrem que Jesus já tinha preparado uma refeição com pão e peixe assado nas brasas, no entanto, o ressuscitado quer a participação dos pescadores e pede que tragam alguns dos peixes que tinham pescado. Jesus se dá por inteiro como alimento que nos sustenta hoje e nos remete para a eternidade, no entanto, pede a nossa participação, o pão conquistado com o suor do nosso corpo para que seja partilhado entre os comensais. A vida comunitária onde os irmãos tomam do mesmo pão e do mesmo cálice deve ser lugar de partilha e jamais ambiente escandaloso que não questiona o abismo que existe entre ricos e miseráveis, vida luxuosa de alguns e multidão desprovida do mínimo para sobreviver. E uma comunidade centrada no Cristo Ressuscitado precisa ser provada no amor. E o questionamento é dirigido a Simão Pedro por três vezes. Na primeira faz uma comparação: “Tu me amas mais que estes”? Pedro responde: “Sim, Senhor, tu sabes que sou teu amigo”. Na segunda, não faz comparação e apenas pergunta “Tu me amas”? Pedro responde “Sim, Senhor, tu sabes que sou teu amigo”. Na terceira vez Jesus muda e não pergunta sobre o amor, mas sobre amizade, “Simão filho de João, você é meu amigo”? Diante disso, Pedro cai em prantos porque tem dificuldade em falar que o ama (Loucura de Deus, Alberto Maggi). De agora em diante, sua missão recebe nova definição e, além de ser rochedo (Mt 16,18), é também pastor e dará a vida pelo rebanho. Com o tempo vêm as limitações, o corpo se definha, as rugas se reproduzem, mas o amor, ao contrário não envelhece e nem cria rugas. Nossas comunidades centradas na Palavra e na Eucaristia precisam do vigor e coragem de Pedro que grita bem forte que é preciso obedecer a Deus, antes que os homens; do testemunho do trabalhador São José que nos inspira a denunciar que tem mais de 13 milhões de desempregados em nosso país; da intercessão da Virgem Maria que lembra a força transformadora das mulheres presentes em nossas Igrejas, no mundo do trabalho e na política. Em tudo coragem, esperança e fé, pois “Se à noite vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria” (Sl 29,6).

Dom José Benedito Cardoso Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46-c-31-3-domingo-de-pascoa.pdf

MAIO: COMO VIVER O MÊS MARIANO

8 DICAS PARA VIVER O MÊS DE NOSSA SENHORA

 

“Grande coisa é o que agrada a Nosso Senhor qualquer serviço que se faça à sua Mãe”, dizia Santa Teresa de Jesus. Por isso, em maio, mês de Maria, selecionamos algumas dicas que poderão te ajudar a viver mais intensamente estes dias marianos.

 

1. Ambientar um lugar

O primeiro é ambientar a casa, o escritório ou o lugar onde esteja. Há lares ou locais de trabalho católicos que costumam montar um altar, em um lugar especial, com uma imagem ou quadro da Virgem, adornado de flores e tecidos.

No escritório, é possível colocar uma imagem de Nossa Senhora ao lado do teclado ou como fundo de tela do computador e também do celular.

2. Leitura sobre a Virgem

Para se aprofundar mais nas maravilhas que Deus realizou e segue realizando na Virgem, é recomendável ler algumas passagens bíblicas como a Anunciação, o Nascimento de Jesus, a apresentação do menino no templo e Maria aos pés da cruz.

Por outro lado, um fato que também contém muitas mensagens para o mundo e vem dos lábios da própria Mãe de Deus é a aparição da Virgem de Fátima aos três pastorinhos, cuja festa é celebrado no próximo 13 de maio, quando será comemorado o centenário das aparições.

3. Rezar o Rosário

Como se sabe, a oração do Santo Rosário é uma das prediletas da Igreja que a própria Santíssima Virgem ensinou São Domingos de Gusmão a rezar.

Dentro das promessas da Rainha do Rosário tiradas dos escritos do Beato Alano della Rupe estão: prometo minha especialíssima proteção e grandes benefícios aos que devotamente rezem meu Rosário; a alma que se encomende a mim pelo Rosário não perecerá.

4. Participar de procissões

Um costume que ainda se vive em alguns povos é a oração da aurora, na qual um grupo de fiéis sai em procissão pelas ruas nas primeiras horas com uma imagem da Virgem e invocando o auxílio de Maria com o Rosário, orações marianas e cantos.

5. Receber os sacramentos         

Do mesmo modo, não pode haver verdadeira devoção à Virgem se não participar dos sacramentos, especialmente da Reconciliação e da Eucaristia, onde Jesus espera seus irmãos com os braços abertos.

6. Realizar obras de Misericórdia

Convencidos do amor de Maria pela humanidade e fortalecidos com as graças sacramentais de nosso Senhor Jesus Cristo, é tempo de sair em ação ajudando, por exemplo, alguma mãe grávida em necessidade ou visitando o asilo de idosos, nos quais sempre há alguma mulher mais velha que se sente sozinha e incompreendida.

7. Realizar apostolado

É importante transmitir esta fé às futuras gerações. Faz muito bem às crianças, adolescentes e jovens falar com eles sobre como a Virgem os ama muito e ensiná-los a rezar à Mãe de Deus.

8. Dar de presente objetos abençoados

Também se recomenda dar de presente uma Medalha Milagrosa ou o Escapulário da Virgem do Carmo, abençoados por algum sacerdote, para que sempre que virem a imagem, lembrem-se da proximidade da Mãe de Deus e do muito que os estimava quem a deu de presente.


https://www.acidigital.com/noticias/8-dicas-para-viver-o-mes-de-maria-40318

SÃO JOSÉ OPERÁRIO

“PADROEIRO DOS TRABALHADORES”

São José “foi dado à humanidade para exprimir visivelmente as adoráveis perfeições do Pai, para ser a sua imagem aos olhos do Filho de Deus”.

Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG

Hoje, 1º de maio, celebramos o Dia do Trabalhador e, juntamente, o São José Operário. Tal dignidade da comemoração deste santo foi dada em 1955, pelo Papa Pio XII que, em meio a Praça de São Pedro, repleta de mais de 200 mil pessoas, cristianizou a festa civil, para dignificar os frutos do esforço humano através do trabalho: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho, a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.” (Pp. Pio XII).

São José “foi dado à humanidade para exprimir visivelmente as adoráveis perfeições do Pai, para ser a sua imagem aos olhos do Filho de Deus”. Então, como deve ser excelsa a sua santidade, a beleza desse grande santo que Deus Pai criou com suas mãos para representar a si mesmo ao Filho unigênito. O Evangelho especifica o tipo de trabalho, pelo qual José garantia a sustentação da família: o trabalho de carpinteiro. No desenvolvimento humano de Jesus «em sabedoria, em estatura e em graça» a virtude da laboriosidade era notável, e neste sentido “São José tem uma grande importância para Jesus, se verdadeiramente o Filho de Deus feito homem o escolheu para revestir a si mesmo de sua aparente filiação... Jesus, o Cristo, quis assumir a sua qualificação humana e social deste operário” (Paulo VI – Alocução 19/3/1964) (em https://www.diocesejoinville.com.br/informa/seis-breves-reflexoes-sobre-sao-jose-operario-2020-04-30-17-31-25 - acesso em 30 de abr. de 2021).

É através deste homem Justo, São José, que Deus nos cativa a buscar a santificação das nossas atividades laborais. Nos ensinando a dedicar cada dia de trabalho, as nossas forças, o fruto da nossa dedicação para o alcance da santificação da nossa vida. E, São José, sendo patrono dos trabalhadores, a Igreja se volta para a proteção daqueles que são tratados com injustiça e tem seus direitos violados perante o trabalho, assim, “a Igreja defende os trabalhadores de forma veemente, em seus ensinamentos, assegura que o trabalho é fundamento sobre o qual é edificada a vida familiar, que é direito do homem e da mulher por vocação. Neste sentido, o Estado, as empresas e sindicatos tem o dever de lutar por políticas públicas para assegurar tudo o que é de direito dos operários e famílias em vista de vida digna” (Pe Valdivino Guimarães, CSsR. In https://www.a12.com/academia/artigos/sao-jose-operario - acesso em 30 de abr. 2021).

Que São José Operário, modelo dos trabalhadores, seja nosso socorro em meios as labutas e desafios que possam aparecer em nossas atividades laborais e dar a dignidade de um emprego aqueles que buscam por trabalho e condições melhores para sobrevivência. E rezemos:

Oração a São José (São Pio X )

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;

De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;

De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;

De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;

De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!

Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!

Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.

São José Operário, rogai por nós!

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-05/sao-jose-operario-padroeiro-dos-trabalhadores.html

MPORTÂNCIA DO TRABALHO

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba (MG)


Diante da realidade brasileira, de um país com aproximados quatorze milhões de desempregados, fica até difícil falar do valor e da importância do trabalho. Ele é um dos instrumentos que dignifica a pessoa e a dá condição de vida digna. Constitui uma das formas de sustentação econômica dos cidadãos. Estando sem trabalho, eles ficam fragilizados, inclusive psicologicamente e até perdem o rumo.

Trabalhar significa cuidar da vida e possibilitar a elevação da autoestima do trabalhador e o progresso da vida humana. Não é saudável uma sociedade que explora o trabalhador e endeusa a riqueza de forma desonesta. Os frutos do trabalho devem ser socializados, dando oportunidade de vida para todos, superando uma realidade em que grande parte da população passa fome.

O Evangelho fala da vinha do Senhor, para onde vão os trabalhadores, com o objetivo de fazê-la produzir frutos bons (Mt 21,33s). O cultivo da vinha exige muito esforço e dedicação. Isso deve ser a prática de todo trabalhador, porque precisa trabalhar de forma honesta, para merecer a recompensa por aquilo que faz. A exploração não ajuda, seja do patrão ou do trabalhador.

A importância do trabalho deve coincidir com a justiça e o direito que o acompanham. Baseado na doutrina da justiça social, todo bem próprio e acumulado deve ser socializado, isto é, ter função social, disponibilizando trabalho para quem dele necessita. É uma questão até de direito dentro de uma sociedade bem organizada e preocupada com a prosperidade de sua população.

O trabalho tem sido sacrificado com a forma de gestão do nosso país. O enfraquecimento da economia familiar, a concentração econômica das atividades do agronegócio, o crescente e constante desaquecimento da indústria têm ocasionado forte crescimento do desemprego. Enxergamos um momento de sofrimento da população, formando uma cultura de desespero e refletindo na violência.

O desânimo causa comodismo endêmico e vida subumana, engrossando as fileiras daqueles que não conseguem produzir nem o necessário para sua sobrevivência e vivem subjugados no mundo do sofrimento. Sem trabalho o país caminha naufragado e refém de todo tipo de conflito interno e sem paz. Ainda é tempo de recomeçar e “avançar para águas mais profundas” (cf. Lc 5,4), no dizer de Jesus.

https://www.cnbb.org.br/importancia-do-trabalho/

CAUSAS DO DESEMPREGO NO BRASIL

CONHEÇA AGORA AS 4 PRINCIPAIS CAUSAS DO DESEMPREGO NO BRASIL

 

Entre as principais causas de desemprego — que apenas no último trimestre ficou em torno de 14,6,% de acordo com dados do IBGE — podemos citar os problemas econômicos de nível nacional e mundial, crise nos mais diversos segmentos e a falta de qualificação ou desatualização dos profissionais em relação às exigências do mercado de trabalho moderno.

Com base nesse contexto, preparamos este conteúdo para você conhecer as 4 principais causas de desemprego no Brasil e o que pode ser feito para evitá-las. Continue a leitura do artigo para saber mais sobre o assunto!

Quais são as principais causas de desemprego?

Conhecer as principais causas de desemprego é fundamental não apenas para compreender o complexo cenário no qual a sociedade se encontra, como também para saber o que fazer para contornar essa realidade.


A seguir, mostraremos os principais motivos pelos quais a taxa de desemprego pode aumentar de tempos em tempos. Confira!


1. Crise nacional ou mundial

Crises políticas, sociais, sanitárias e econômicas, muitas vezes, relacionadas a um fator específico, como a pandemia mundial de Covid-19, desencadeiam uma série de consequências, como o aumento do desemprego no Brasil.


Isso significa que uma crise nacional, independentemente de qual seja o seu motivo, acaba atingindo a estabilidade financeira nas empresas, com isso, leva milhares de pessoas a perderem o emprego. Ou seja, uma crise acaba resultando em outra.


Por exemplo, crises políticas geram incertezas no mercado financeiro. Essas incertezas, afetam os investimentos na Bolsa que, por sua vez, podem contribuir positiva ou negativamente com a performance econômica. Um fator está ligado ao outro.


2. Necessidade de corte de custos

Ainda no contexto do tópico anterior, entre as principais causas de desemprego, as crises econômicas geram um efeito bastante inconveniente no universo corporativo: necessidade de corte de custos. Aqui, nos referimos às crises que abrangem não apenas o país, mas a economia mundial.


Ou seja, se um determinado segmento do mercado vai mal, as vendas caem, a lucratividade é reduzida e, para não fechar as portas, as empresas optam por reduzir despesas administrativas.


Em outras palavras, a necessidade de corte de custos, muitas vezes, acaba levando as empresas a fazerem demissões massivas. Quando isso acontece, há substituição de profissionais. Em momentos como esses, os colaboradores mais experientes e qualificados têm mais estabilidade e são mantidos em seus cargos.


3. Crise em diversos segmentos

Uma crise sanitária, como a pandemia de Covid-19, exige medidas específicas que podem causar efeitos adversos. Por exemplo, o isolamento social freou o consumo em diversos segmentos do mercado, fazendo com que muitas indústrias acumulassem mercadorias paradas em seus estoques. O que, por conseqüência, afetou os preços e, naturalmente, mais uma crise.


Esse tipo de problema também pode acontecer quando um produto ou serviço se torna obsoleto ou desnecessário, o que tem se tornado cada vez mais comum em tempos de transformação digital e inovação acelerada. Dificilmente, as organizações conseguem se proteger totalmente desse tipo de ameaça. O corte de funcionários acaba sendo uma das saídas às quais as empresas recorrem para evitar impactos financeiros irreversíveis.


4. Falta de atualização ou qualificação profissional

Como dito acima, vivemos na era da transformação digital, isto é, tempos de acesso à informação, forte presença tecnológica, automação de tarefas, Inteligência Artificial e competitividade desenfreada.


Tudo isso contribui para um panorama altamente acirrado no mercado de trabalho. Hoje, para que um profissional não se torne descartável para as empresas em questão de meses, é preciso que se mantenha atualizado em relação às tendências de consumo e novas tecnologias.


Em outras palavras, falta de atualização ou qualificação profissional está entre as principais causas de desemprego no Brasil e no mundo. Para contornar essa realidade e evitar o desemprego, é imprescindível manter os conhecimentos atualizados e acompanhar as tendências.


Como evitar as principais causas de desemprego?

Agora que você já conhece as principais causas de desemprego no Brasil e no mundo, mostraremos algumas dicas práticas sobre como evitar o risco de se tornar parte dessa alarmante estatística.


Construa um bom networking

Networking é a palavra-chave. Ter boas relações de trabalho, dentro e fora da empresa, é fundamental. Quanto mais pessoas conhecerem o profissional e tiverem boas impressões a seu respeito, maiores as suas oportunidades de ser lembrado e defendido diante de uma situação, por exemplo, de corte de custos.


Faça cursos para atualizar o currículo

Você deve ter percebido, entre os itens citados, que o único fator que independe diretamente das causas externas que causam desemprego é a busca por qualificação e atualização profissional.


O mercado de trabalho é cíclico, isto é, ondas de desemprego vêm e vão de tempos em tempos. A melhor forma de se proteger é se tornando indispensável. Se o profissional for munido com conhecimentos, qualificações e manter sempre uma ótima atuação no trabalho, seu nome não será considerado no corte de custos até mesmo diante de uma situação crítica.


Tenha um plano B

Ter um plano de contingência é uma medida que não vale apenas para as empresas. Como profissional, é imprescindível ter um plano B, visto que as crises acontecem periodicamente e não podem ser controladas.


Por isso, vale a pena investir no desenvolvimento profissional, apostar em suas habilidades emocionais, aprender novos idiomas e acompanhar a evolução da tecnologia. Ou seja, manter um currículo consistente.


Aposte no empreendedorismo

Por fim, empreender por conta própria pode ser uma ideia interessante para evitar os impactos da falta de emprego. Hoje em dia, é possível abrir um CNPJ para microempresa (MEI) e formalizar praticamente qualquer atividade profissional sem muita burocracia e diretamente da internet.


É muito importante ter formas alternativas para garantir a renda, caso uma nova onda de desemprego venha a atingir o país ou o setor em questão. O ideal é investir nessa ideia enquanto o profissional ainda tem um emprego e um salário mensal garantido. Lembrando de que é muito importante ter cuidado com a saúde mental no trabalho.


Como você pôde contemplar neste conteúdo, entre as principais causas de desemprego, podemos citar as crises econômicas, políticas, sanitárias e sociais como fatores de grande importância. Além disso, problemas enfrentados pelos segmentos do mercado, mudanças no comportamento de consumo e rápida evolução tecnológica também têm grande influência no cenário atual. A melhor maneira de evitar esses riscos é ter a busca por conhecimento e capacitação como um fator constante.

 

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