SOLENIDADE EM 04 DE SETEMBRO
O presente título é divulgado no mundo inteiro
pela Ordem dos Agostinianos, posto que, segundo uma lenda, a ele deve-se a
conversão de Santo Agostinho. Santa Mônica, angustiada pela
morte de seu esposo e pelos desvarios de seu filho Agostinho, recorreu à Mãe da
Consolação, tendo depois a grande alegria de ver seu filho
convertido e tão fervoroso cristão, que é hoje é considerado um dos maiores
santos doutores da Igreja. Santo Agostinho tomou como protetora a Consoladora
dos Aflitos e seus filhos espirituais se encarregaram de divulgar sua devoção.
Segundo a escritora Nilza Botelho
Megale, o Brasil nasceu sob a proteção da Virgem Consoladora. Antes mesmo de
Pedro Álvares Cabral chegar ao nosso país, Vicente Pinzón, navegador espanhol,
companheiro de Colombo em suas viagens ao Novo Continente, descobriu um
promontório, que se acredita ser o cabo de Santo Agostinho, ou a ponta de
Mucuripe, em Fortaleza, ao qual deu o nome de Santa Maria de la Consolación.
Nossa Senhora da Consolação é invocada
como padroeira dos lares, promovendo a harmonia no seio das famílias e a conversão dos
filhos desviados, contando com grande número de devotos em nosso país.
O sentimento mais enraizado no coração
humano é o desejo de felicidade. No entanto, nada mais comum do que o
sofrimento entre os homens. Por isso mesmo, todos nós necessitamos de afeto e
consolação; porém, neste mundo enganoso, muitas vezes não encontramos
consolações humanas. Existe, contudo, uma fonte viva de esperança, um raio de
luz que ilumina as trevas do desespero e distribui a paz aos corações atribulados.
É a consolação dos Aflitos, a Mãe de Deus,
Nossa Senhora da Consolação.
Fonte: https://www.a12.com/academia/titulos-de-nossa-senhora?s=nossa-senhora-da-consolacao
ORIGEM HISTÓRICA DO TÍTULO
Era costume, na Judéia, que as mulheres, desde
pequenas, andarem cingidas com uma correia, como símbolo de pureza. A
Santíssima Virgem, como toda judia, também usou a correia durante toda sua
vida. Para mostrar aos fiéis quanto lhe é grata a devoção à sagrada correia, a
Mãe de Deus tem-se manifestado por diversas maneiras e realizado inúmeros
prodígios.
Por ocasião de sua morte, narra a tradição,
achavam-se, reunidos junto dela, e receberam as suas últimas palavras e
despedidas, todos os apóstolos, exceto São Tomé, que, estando muito longe,
chegara três dias depois. Estando sepultada a Santíssima Virgem, ficou ele
muito triste e teve grande desejo de vê-la ainda uma vez. Os apóstolos, que
ainda velavam o sepulcro, removeram a pedra que o fechava, para atender ao seu
pedido. Com espanto geral, viram que o corpo de Nossa Senhora não se achava
ali, encontrando-se apenas suas vestes e a correia no meio de rosas que
exalavam suave perfume.
O Apóstolo Tomé venerou com muito respeito as
relíquias, que ficaram guardadas na mesma sepultura. Por devoção, e como
lembrança da Santíssima Virgem, usou, desde aquele dia, uma correia e com ela
realizou extraordinário prodígio, narrada pela tradição. Passados muitos anos, um novo acontecimento veio
acentuar a fama da santa correia: Juvenal,
patriarca de Jerusalém, encontrou, no sepulcro da Santíssima Virgem, sua
correia, e a Imperatriz Santa Pulquéria a fez transportar para Constantinopla,
colocando-a numa Igreja de Nossa Senhora, construída para este fim.
A piedade da princesa contribuiu para que se
aumentasse a devoção à correia de Nossa Senhora entre os fiéis da Igreja grega,
na qual se estabeleceu a festa de sua Invenção e outra, da sua Trasladação. Este culto continuou por muito tempo, pois, São
Germano, Patriarca de Constantinopla, pelos anos 720, escreveu e pronunciou
diversos sermões em honra da correia de Maria, citando vários milagres sucedidos
pelo seu uso. Num dos sermões, diz o seguinte: "Não é possível olhar nossa
venerável Correia, ó SS. Virgem, sem sentir-se cheio de gozo e penetrado de
devoção".
O Monge Eutimio, que viveu pelos anos de 1098,
pregando sobre ela, dizia: Nós veneramos a santa correia, vemo-la conservar-se
inteira depois de novecentos anos: cremos que, de fato, a Rainha do Céu
cingiu-se com ela.
COMO SURGIU A DEVOÇÃO?
Piedosa
tradição narra que, estando Santa Mônica muito desolada com a morte de seu
marido e com os descaminhos de seu filho Agostinho, eis que lhe aparece a
Virgem Maria, vestida de negro e trazendo uma correia. Mandou-lhe que se
vestisse desta maneira e entregou-lhe a correia, garantindo-lhe a conversão de
seu filho. Ele e seus companheiros deveriam vestir-se assim em memória da
paixão de Jesus e usar a correia em homenagem a ela. Bem mais tarde, surgiram
na Ordem Agostiniana as Confrarias de Nossa Senhora da Consolação e Correia e
de Santa Mônica e Santo Agostinho, unidas em 1575 numa grande Arquiconfraria. No
Brasil, a devoção começou a ser divulgada com a chegada dos Agostinianos em
1899.
O título de Maria como Nossa Senhora da Consolação
e Correia lembra ao católico a presença da Mãe de Jesus na vida da Igreja,
trazendo alegria, paz e esperança a todos os que necessitam de consolo, com
carinho especial aos pobres, aflitos, doentes e marginalizados. Ela recorda a
missão de seu Filho, que foi sensível à dor e ao sofrimento, e que veio ao
mundo para libertar o ser humano de toda espécie de mal, do pecado. Ao trazer nos braços o Menino Jesus, Maria
apresenta a única consolação que salva realmente o mundo: O Príncipe da Paz, o
Cristo, Filho de Deus e Libertador, a Luz do alto que vem iluminar a
humanidade, oferecendo um novo caminho de solidariedade e de fraternidade.
Fonte:
http://arquisp.org.br/liturgia/santo-do-dia/nossa-senhora-da-consolacao
ORAÇÃO A NOSSA
SENHORA DA CONSOLAÇÃO
Vós
sois no céu a Rainha dos Anjos e dos Santos,
mas aqui na terra é a Mãe das consolações.
Vós sois a Consolação e eu, vosso (a) filho (a),
vos peço, portanto, consolação e a graça... (pedir a graça).
Mãe querida, vós sabeis o modo,
conheceis o caminho para ouvir-me,
por isso confio em vós!
Dizei uma palavra a Jesus que trazeis em vossos braços
com tanto amor e carinho,
e será o suficiente para que eu
prove a alegria do conforto.
Consolado (a) por vós e pelo vosso Filho,
serei capaz de consolar os meus irmãos
que mais sofrem.
Saberei também enfrentar
com serenidade as dificuldades,
encontrando em vós auxílio e proteção.
Amém.