domingo, 26 de julho de 2020

SEJA BEM-VINDO!

DOMINGO, 26 DE JULHO DE 2020

“Assim, pois, todo mestre da lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13,52).

OLÁ!

Irmãos e irmãs, louvado seja o Senhor que nos reuniu neste domingo para que, por Ele, ofereçamos ao Pai um sacrifício de louvor, um culto verdadeiro em espírito e verdade.

Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens, e compra aquele campo” - Mt 13,44. Este trecho conclui o discurso sobre “o mistério do Reino”. As parábolas do tesouro escondido, e da pérola preciosa, aprofundam o tema do Reino como mistério. Àqueles a quem é dado conhecer, isto é: os discípulos, os pequenos, os oprimidos, e fatigados, compreendem que o Reino é como um tesouro escondido. Vale a pena vender tudo para possuí-lo. A parábola da pesca desenvolve, sob outra imagem, o tema do joio entre o trigo, e põe a tônica sobre a separação final, e sobre a sorte dos maus. Só quem compreende este ensinamento é verdadeiro discípulo e, portanto, pode anunciar a outros o Reino.

O SB SABENDO BEM de hoje e desta semana traz as seguintes temáticas:

01) LEITURAS DO XVII DOMINGO, REFLEXÃO DOMINICAL E LEITURAS DA SEMANA;
02) SÃO JOAQUIM E SANT’ANA E DIA DOS AVÓS;
03) O QUE É MAGISTÉRIO ECLESIÁSTICO;
04) A EUCARISTIA NA IGREJA PRIMITIVA COM SANTO AGOSTINHO (SÉC. IV) E PAPA LEÃO MAGNO (SÉC. V);
05) TIK TOK: A REDE SOCIAL COM MAIS DOWNLOADS DO MUNDO;
06) PORQUE APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO INSS TERÃO QUE APRESENTAR DOCUMENTOS;
07) LER O EVANGELHO PARA ENTENDER O TEMPO PRESENTE;
08) AS 10 PROFISSÕES MAIS PROCURADAS NO PÓS-PANDEMIA;
09) CIENTISTA DIZ QUE VACINA PARA COVID-19 ESTÁ EM ‘PROGRESSO EXTRAORDINÁRIO;
10) DISSE O PAPA FRANCISCO;
11) PENSE NISSO!!! (SOBRE A SAÚDE). 

Recordando hoje, São Joaquim e Santa Ana, pais da Bem-Aventurada Virgem Maria, confiemos a Deus nossos idosos e agradeçamos seu testemunho. Rezo e parabenizo a todos os avós: Meus Parabéns!!!

“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo” (Mt 13,44). A Liturgia deste Domingo continua a nos apresentar as parábolas do Reino e, hoje, Nosso Senhor o compara ao tesouro, à pérola e à rede. Redescubramos, a partir das leituras e da celebração da Eucaristia, a importância de pertencer ao Reino dos céus e de fazer com que este Reino cresça dia a dia.

BOA LEITURA E BOA REFLEXÃO DESTE SB SABENDO BEM! 

Caro(a) Leitor(a) amigo(a):

O meu abraço fraterno.

ACESSE SEMPRE O BLOG: sbsabendobem.blogspot.com e divulgue aos seus amigos, conhecidos e contatos nas redes sociais. FAÇA COMENTÁRIOS AO BLOG E ATÉ FAÇA SUGESTÕES DE TEMAS A SEREM ABORDADOS Agradeço! 

Sérgio Bonadiman


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LEITURAS DA MISSA

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

PRIMEIRA LEITURA (1Rs 3,5.7-12)
Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

Naqueles dias, 5 em Gabaon o Senhor apareceu a Salomão, em sonho, durante a noite, e lhe disse: “Pede o que desejas e eu te darei”. 7 E Salomão disse: “Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, que não sabe ainda como governar. 8 Além disso, teu servo está no meio do teu povo eleito, povo tão numeroso que não se pode contar ou calcular. 9 Dá, pois, ao teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” 10Esta oração de Salomão agradou ao Senhor. 11E Deus disse a Salomão: “Já que pediste estes dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim sabedoria para praticar a justiça, 12vou satisfazer o teu pedi- do; dou-te um coração sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti, nem haverá depois de ti”.
Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

SALMO 118(119)
Como eu amo, ó Senhor, a vossa lei, vossa palavra! 

1. É esta a parte que escolhi por minha herança:
observar vossas palavras, ó Senhor!
A lei de vossa boca, para mim,
vale mais do que milhões em ouro e prata. 

2. Vosso amor seja um consolo para mim,
conforme a vosso servo pro- metestes.
Venha a mim o vosso amor e viverei,
porque tenho em vossa lei o meu prazer.

3. Por isso amo os mandamentos que nos destes,
mais que o ouro, muito mais que o ouro fino!
Por isso eu sigo bem direito as vossas leis,
detesto todos os caminhos da mentira. 

4. Maravilhosos são os vossos mandamentos,
eis, porque meu coração os observa!
Vossa palavra, ao revelar-se me ilumina,
ela dá sabedoria aos pequeninos. 

SEGUNDA LEITURA (Rm 8,28-30)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmão: 28 Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29 Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30 E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus. 

ACLAMAÇÃO (Mt 11,25)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Eu te louvo, ó Pai Santo, Deus do céu, Senhor da terra: os mistérios do teu Reino aos pequenos, Pai, revelas!

EVANGELHO (Mt 13,44-52)

P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
T. Glória a vós, Senhor.

P. Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45 O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. 47 O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48 Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49 Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50 e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. 51 Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52 Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”.
Palavra da Salvação.
– Glória a vós, Senhor.


LEITURAS DA SEMANA:
2ª f.: Ex 32,15- 24.30-34; Sl 105
3ª f.: Ex 33,7-11;34,5b-9.28; Sl 102; Mt 13,36-43
4ª f.: Ex 34,29-35; Sl 98; Mt 13,44-46
5ª f.: Ex 40,16-21.34-38; Sl 83; Mt 1347-53
6ª f.: Lv 23,1.4-11.15-16.27.34b-37; Sl 80; Mt 13,54-58
SÁBADO: Lv 25,1.8-17; Sl 66; Mt 14,1-12
DOMINGO: Dn 7,9-10.13-14; Sl 96; 2Pd 1,16-19; Mt 17,1-9.

 

REFLEXÃO DOMINICAL

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

por Pe. Francisco Cornelio F. Rodrigues

Com a liturgia deste décimo sétimo domingo do tempo comum, concluímos a leitura do terceiro dos cinco discursos de Jesus no Evangelho segundo Mateus, o chamado “Discurso em Parábolas”. Nesse discurso, o Reino dos céus é apresentado a partir de sete parábolas contadas por Jesus às margens do mar da Galileia, para um auditório composto pelos discípulos e a multidão. O texto específico que a liturgia oferece para esse domingo é Mateus 13,44-52, o qual contém as últimas três das sete parábolas, uma vez que as quatro primeiras já foram apresentadas na liturgia dos dois últimos domingos.

 

Tendo já apresentado as diversas características do Reino dos céus por meio das parábolas anteriores, nas de hoje, o objetivo parece ser motivar a comunidade a fazer opção pelo Reino, preferindo-o a qualquer outra realidade ou bem. Isso se evidencia nas duas primeiras, principalmente, a do tesouro e a da pérola (vv. 44-46), respectivamente. Iniciamos, assim, o nosso olhar para o texto, dispensando a contextualização, uma vez que essa já foi feita nos dois domingos anteriores e vale ainda para o texto de hoje.

 

O nosso texto inicia-se com a fórmula “O Reino dos céus é como”. Na verdade, seria mais fiel ao texto original o uso da expressão “O Reino dos céus é semelhante”. Como já acenamos anteriormente, as duas primeiras parábolas de hoje são mais uma motivação para a acolhida do Reino do que uma mera descrição comparada desse. O encontro com o Reino e seus valores exige decisão e tomada de posição radicais e inadiáveis.


Eis a primeira parábola: “O Reino dos céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo” (v. 44). Um tesouro, no contexto da época, era um vaso de argila cheio de moedas valiosas e joias que os proprietários enterravam em suas propriedades quando percebiam perigo de guerras, invasões ou saques. Quando um proprietário de terras tinha que fugir às pressas por causa de uma invasão, enterrava seu tesouro, imaginando um dia voltar. Dificilmente retomava a posse da terra; essa passava para outros proprietários que não sabiam do tesouro escondido. Geralmente, esses tesouros eram encontrados muito tempo depois de enterrados, por pessoas que não sabiam da sua existência; daí a ideia de surpresa subentendida no texto, seguida da mencionada alegria. Por sinal, uma palavra chave no Evangelho de hoje é, exatamente, alegria, como uma característica essencial de quem encontrou o Reino e a ele aderiu plenamente.

 

A respeito do homem que encontra o tesouro, o texto não diz muita coisa. Não importa o que fazia antes, se estava no campo por acaso ou trabalhando. É descrito como um camponês qualquer, um sem-terra talvez, pois não era proprietário do campo. O que sabemos é que ele encontrou um motivo para mudar a sua vida. Encontrou algo pelo qual valia a pena abrir mão de tudo o que possuía para ficar somente com o bem precioso que tinha acabado de encontrar.

 

A chamada de atenção de Jesus para os discípulos e a multidão, e de Mateus para a sua comunidade, visa deixar ainda mais claro que o Reino deve ser a primeira opção de quem o encontra.  O Reino desestabiliza a normalidade das coisas, é reviravolta, subversão, é o revés da ordem estabelecida, tanto a política quanto a religiosa.

 

O homem encontrou o tesouro por acaso, ou seja, sem fazer esforço algum. Essa é uma das possibilidades de encontro com o Reino, pois como já tinha dito o próprio Jesus, “o Reino dos céus está próximo” (cf. Mt 10,17A decisão do homem de abandonar tudo em prol do tesouro encontrado nos faz retornar às aventuranças: “Bem-aventurados os que são pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus” (cf. Mt 5,3). Não basta contemplar nem saber que o Reino dos céus chegou; é necessário fazer esforço para nele entrar. Esse esforço consiste em relativizar todas as outras coisas, como fez o homem da parábola.


A segunda parábola tem muita semelhança com a primeira. Também nela se evidencia a necessidade de uma tomada de decisão radical, e apresenta o Reino como algo precioso, pelo qual vale a pena fazer renúncias: “O Reino dos céus é como um comprador de pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola” (vv. 45-46). Também nessa, as informações sobre o homem envolvido são poucas. O texto parece fazer alusão a um homem experiente e inquieto, capaz de distinguir o valioso do vulgar. Se na primeira parábola, o homem encontra o tesouro, ou seja, o Reino, por acaso, na segunda, ele parece empenhado em seu negócio de encontrar a pérola. Ao encontrar a pérola procurada, aquele homem toma uma decisão radical: vender tudo para compra-la. É claro que Jesus não faz uma apologia ao comércio, nem compara o Reino a um negócio. O que é realçado no texto é a decisão tomada ao encontrar algo que pode mudar o sentido da vida.

 

As duas parábolas mostram com muita clareza que o Reino não é conquistado por imposição, mas por decisões livres e conscientes. É importante o discernimento para perceber no que consiste realmente a vida em plenitude que só pode ser alcançada na comunidade do Reino. Não se trata de uma vida no além, mas da vida presente, carente de sentido porque os sistemas vigentes, religioso e político-econômico, lhe negaram. Esse Reino pode ser encontrado por busca e esforço, mas também por acaso, no cotidiano. O importante não é a forma como foi encontrado, mas a decisão tomada para inserir-se nele ou possuí-lo, conforme a linguagem das parábolas. O que conta é viver uma vida pautada pelos valores do Reino: justiça, amor, solidariedade, acolhimento, sinceridade, alegria e coragem para lutar contra tudo o que impede a vida plena.


A terceira parábola é aquela da rede jogada ao mar: “O Reino dos céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam os que não prestam” (vv. 47-48). Muitos estudiosos insistem em relacioná-la com aquela do joio e do trigo, refletida no domingo passado (cf. Mt 13,24-30). É certo que existem semelhanças entre as duas, mas as diferenças são bem maiores. Naquela do joio e do trigo, quem semeou a semente nociva foi um inimigo, enquanto o dono do campo e da semente boa dormia. Nessa da rede os peixes bons e ruins têm uma mesma origem, não são frutos da ação de dois personagens diferentes. Essa diferença é muito importante, como veremos a seguir.

 

Desde a comunidade apostólica, havia na Igreja a tendência equivocada de querer ser uma comunidade de santos, justos ou eleitos, ou seja, uma comunidade separada e isolada. Essa tendência era e é um entrave para a concretização do Reino. Com essa parábola da rede, bem mais que com a do joio e o trigo, Jesus apresenta o universalismo do Reino, marcado pela diversidade e inclusão, e sua exposição aos perigos. Como as parábolas respondem a uma situação de crise da comunidade, é interessante retornar às origens, ao primeiro chamado: “Vinde, segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (v. 4,19). Essa parábola é, portanto, um convite para os discípulos retornarem às origens do chamado. Ora, Jesus não os chamou para irem à procura de pessoas boas e santas, mas simplesmente para “pescar seres humanos”, ou seja, ir ao encontro da humanidade inteira, sem distinção nem classificação.


Com a parábola do joio e o trigo, pedia-se tolerância e paciência. Com essa da rede, Ele vai além: pede inclusão, aceitação e abertura constante, pois a rede envolve, junta, mistura tudo. A semente era jogada em um terreno conhecido, previamente preparado. O mar, ao contrário, é sempre imprevisível, ninguém pode prepará-lo antes. É um desafio para a comunidade e uma advertência a qualquer tendência separatista e segregadora. Não existe comunidade de pessoas perfeitas. Uma vez recolhida a rede, exige-se a prudência e o discernimento para a comunidade tirar de si os sinais de morte. O que deve ser jogado fora não são necessariamente os peixes, ou seja, não são as pessoas. A comunidade deve acolher a todos; à medida que a convivência vai fluindo, tudo o que não tem vida deve ser trabalhado e descartado, mas não as pessoas em si. Na comunidade cristã não pode ter juízes, mas apenas pessoas que, entre si, se ajudando mutuamente, contribuem para que os sinais de vida se sobreponham aos sinais de morte. Isso se dá à medida que vão sendo tomadas decisões livres e conscientes pelo Reino e seus valores.

 

No final, Jesus faz uma pergunta simples, mas profunda, aos discípulos: “Compreendestes tudo isso?” (v. 51). Jesus apresentou o Reino dos céus em sete parábolas; como o número sete tem a ver com perfeição e totalidade, é como se Jesus dissesse que já não tinha mais o que dizer sobre o Reino, tinha dito tudo. O que importa de agora em diante é viver e reconhecer os sinais desse Reino. A resposta dos discípulos é positiva, mas a história e o próprio Evangelho de Mateus mostram que na verdade ainda não tinham compreendido tudo, uma vez que compreender no sentido bíblico vai além de uma apreensão de conteúdo ou informações, mas implica numa adesão à uma proposta, nesse caso, o Reino dos céus. A própria trajetória da comunidade dos discípulos, desde os doze primeiros, é uma demonstração da rede jogada ao mar e recolhida com sinais de vida e morte, bem e mal, amor e ódio.

 

A comunidade precisa admitir a coexistência dessas oposições e diversidades, lutando, obviamente, para a vida vencer e, assim, a alegria do Evangelho ser plenamente vivida. Para isso, é necessário discernimento e prudência para que, entre coisas novas e velhas (cf. v. 52), o Reino e seus valores sejam reconhecidos, valorizados e acatados, a partir de decisões corajosas e ousadas!

Fonte: http://fiquefirme.com.br/multimedia-archive/12_reflexao_para_o_17_domingo_do_tempo_comum_mt_13_44_52/


LEITURAS DA SEMANA:
2ª f.: Ex 32,15- 24.30-34; Sl 105
3ª f.: Ex 33,7-11;34,5b-9.28; Sl 102; Mt 13,36-43
4ª f.: Ex 34,29-35; Sl 98; Mt 13,44-46
5ª f.: Ex 40,16-21.34-38; Sl 83; Mt 1347-53
6ª f.: Lv 23,1.4-11.15-16.27.34b-37; Sl 80; Mt 13,54-58
SÁBADO: Lv 25,1.8-17; Sl 66; Mt 14,1-12
DOMINGO: Dn 7,9-10.13-14; Sl 96; 2Pd 1,16-19; Mt 17,1-9.

 

SÃO JOAQUIM E SANT'ANA


Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant’Ana. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.

 

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia.

 

Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

 

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.

 

A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

 

São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-joaquim-e-santana-pais-de-nossa-senhora/


DIA DOS AVÓS

Basicamente, os avós são eternamente aqueles anjos que vivem na Terra. E, com certeza, não existem pessoas mais queridas que eles.

 

Por conta de tanta preciosidade, foi estabelecido uma data para comemorar a importância da existência dos pais de nossos pais. No Brasil e em Portugal, aliás, o dia 26 de julho é considerado, oficialmente, o Dia dos Avós.

 

História religiosa

 

Um aspecto interessante sobre o Dia dos Avós é seu cunho religiosos. O dia 26 de julho, aliás, é considerado o Dia de Sant’Ana e de São Joaquim, segundo a Igreja Católica.

 

Basicamente, no catolicismo, eles são os pais de Maria, ou seja, os avós de Jesus. E é exatamente por isso que essa é a data escolhida para celebrar o Dia dos Avós.

 

Vale a pena ressaltar que essa história não consta na Bíblia, nem mesmo os nomes dos avós de Jesus. Contudo, isso não impediu que São Joaquim e Santa Ana se tornassem reconhecidos e também celebrados pela Igreja Católica como os pais de Maria.

 

Segundo a história contada pela Igreja, os pais da Virgem Maria sonhavam em ter filho. Foram inúmeras tentativas sem sucesso ao longo de 20 anos sem que Ana engravidasse.

 

Em uma última tentativa, Joaquim, então, decidiu jejuar por 40 dias e 40 noites. Durante esse tempo, ele pediu que Deus os ajudasse a ter um filho.

 

Ao ver o sacrifício do marido, Ana começou a acreditar que Joaquim tivesse morrendo e também se empenhou em suas orações. Conforme a Igreja, ela pedia pela vida do marido e pelo milagre de dar a ele um descendente.

 

Ainda de acordo com a versão católica, os anjos, por ordem de Deus, apareceram para o casal e garantiram que eles teriam uma filha. Logo após, Ana realmente engravidou e deu à luz à  Maria, a futura mãe do Messias.

 

Hoje em dia, aliás, Sant’Ana é considerada a padroeira das avós e, São Joaquim, padroeiro dos avôs.

 

Dia dos Avós em outros países

Vale ressaltar que o Dia dos Avós só é comemorado no dia 26 de julho aqui no Brasil e em Portugal.

Na Itália, por exemplo, essa data é comemorada no dia 2 de outubro. Basicamente, os italianos preferiram desconectar o Dia dos Avós da memória dos santos.

Outro lugar em que o Dia dos Avós é em data diferente é os Estados Unidos. Lá, a comemoração se dá no primeiro domingo de setembro.

No Reino Unido, é comemorado no primeiro domingo de outubro; na Estônia, no segundo domingo de outubro; na Austrália, no primeiro domingo de novembro; no Canadá, em 25 de outubro; e assim por diante.

Sobretudo, o Dia dos Avós na França é bem interessante. Os francesas comemoram o Dia das Vovós no primeiro domingo de março, e o Dia dos Vovôs, no primeiro domingo de outubro.

 

Fonte: https://segredosdomundo.r7.com/dia-dos-avos/

 

O QUE É MAGISTÉRIO DA IGREJA?

O magistério é a central de ensinamento oficial da Igreja, incluindo o papa e os bispos em união com ele

Não é raro ouvir um católico se referir ao “magistério” da Igreja. Mas o que é isso, afinal, e o que ele faz?

 

Em termos simples, o magistério é a sede de ensino – no sentido de função e autoridade, não no sentido de um escritório propriamente dito – da Igreja, que consiste no papa e nos bispos em união com ele.

 

São eles que têm a tarefa de interpretar as Escrituras e fazer julgamentos sobre a “tradição” dentro da Igreja, fazendo declarações oficiais sobre a autenticidade de tais tradições.

 

Aqui está como o Catecismo da Igreja Católica define o magistério:

 

O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo, isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma. (CIC 85)

 

Essa tarefa, dada aos apóstolos e a São Pedro por Jesus Cristo, pode ser vista no Novo Testamento, especificamente nos Atos dos Apóstolos, onde surgiu uma disputa sobre a admissão de gentios na comunidade cristã inicial.

 

São Pedro teve uma visão em que ele foi instado por Deus a aceitar os “impuros”. Depois proclamou: “Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo”. (Atos 10, 47-48)

 

O batismo dos gentios é um exemplo de como Pedro e os apóstolos encontraram uma nova situação, na qual eles tiveram que discernir qual ação seria correta a se tomar. Inspirados pelo Espírito Santo, eles foram capazes de fazer uma proclamação que interpretava a Palavra de Deus de maneira autêntica.

 

Os católicos acreditam que o Papa e os bispos em união com ele são os dignos de confiança nessa tarefa, ​​por causa da promessa de Jesus de enviar o Espírito Santo sobre eles, orientando-os no processo de proclamar certos “dogmas” e de julgar a autenticidade de certas tradições.

 

Todo o conceito de magistério depende dessa crença, que advém da promessa de Jesus: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade” (João 14, 16-17).

Fonte: https://pt.aleteia.org/2020/07/02/o-que-e-o-magisterio-da-igreja-catolica/ 

 

A EUCARISTIA NA IGREJA PRIMITIVA

IV SÉCULO (301 a 400 d.C)

SANTO AGOSTINHO

Santo Agostinho (354 a 430 d.C)

Comentários ao “Sermão da Montanha”, segundo Santo Agostinho (393 a 394 d.C):

Assim sendo, quem se atreveria a afirmar que devemos rezar a oração dominical somente uma vez ao dia? Ou ainda a rezarmos duas ou três vezes, a ser mesmo suficiente só naquele hora em que recebermos o Corpo de Cristo, sem pronunciarmos essa súplica nas horas restantes?” (II livro; 26).

Contudo, se alguém quiser interpretar este pedido da oração dominical, em relação ao alimento necessário para o corpo, ou ao sacramento do Corpo do Senhor, convém que admita juntamente todos os sentidos aqui explicados e reconheça que pedimos, ao mesmo tempo, o pão cotidiano necessário ao corpo, o sacramento visível e o pão invisível da Palavra de Deus” (II livro; 27).

Explicação do Símbolo, segundo Santo Agostinho (393 a 394 d.C):

Dize, cometeste algo muito terrível, de grave, de horrendo, que só de pensar assusta? O que fizeste? Por acaso, mataste Cristo? Não há nada pior que isso, pois não há nada melhor que Cristo. Quão nefasto matar Cristo! Os judeus o mataram e, depois, muitos deles creram nele e beberam seu sangue” (O símbolo aos catecúmenos; 15).

Confissões, segundo Santo Agostinho (397 a 400 d.C):

Aproximando-se o dia da sua morte, minha mãe não se preocupou em ter seu corpo suntuosamente revestido ou embalsamado com aromas, não desejou ter rico monumento, nem mesmo ter sepultura na própria pátria. Não nos pediu nenhuma dessas coisas, mas desejou somente que nos lembrássemos dela diante de teu altar, ao qual ela não deixou um só dia de servir, porque sabia que aí se oferece a Vítima santa, pela qual <foi destruído o libelo contra nós> e foi vencido o inimigo” (IX livro; 13,36).

A Correção e a Graça, segundo Santo Agostinho (427 d.C.)

“Finalmente, o próprio Salvador diz: Se permanecerdes na minha palavra, sereis, em verdade, meus discípulos (Jo 6,31). Acaso entre eles haveria de ser incluído Judas, que não permaneceu na sua palavra? Não seriam também incluídos aqueles dos quais diz o evangelista, depois que o Senhor recomendou que se comesse de sua carne e se bebesse de seu sangue: Assim falou ele, ensinando na sinagoga de Cafarnaum. Muitos de seus discípulos, ouvindo-o, disseram: “Esta palavra é dura. Quem pode escutá-la?”. Compreendendo que seus discípulos murmuravam por causa disso, Jesus lhes disse: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subir aonde estava antes? O espírito é que vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida. Alguns de vós, porém, não crêem”. Jesus sabia, com efeito, desde o princípio, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que o entregaria. E dizia: “Por isto vos afirmei que ninguém pode vir a mim, se isto não lhe for concedido pelo Pai”. A partir de então, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele (Jo 6,60-66).” (A Correção e a Graça; 9,22).

A Predestinação dos Santos, segundo Santo Agostinho (429 d.C)

Se os pelagianos chegassem a dizer isto, como negam o pecado original, não se empenhariam em buscar para as crianças não sei que lugar de felicidade fora do Reino de Deus, principalmente porque devem ter a convicção de que não podem obter a vida eterna pelo fato de não terem comido a carne e bebido o sangue de Cristo (Jo 6,54).“(A Predestinação dos Santos; 13,25)

O Dom da Perseverança, segundo Santo Agostinho (429 d.C.)

Chegamos à quarta petição: o pão nosso de cada dia dá-nos hoje (Mt 6,11). O bem-aventurado Cipriano mostra também nesta passagem que o objeto do pedido é a perseverança. Diz assim entre outras coisas: “Pedimos que a cada dia nos seja concedido o pão, a fim de não nos separarmos do corpo de Cristo os que estamos em Cristo e recebermos o alimento da Eucaristia todos os dias, a não ser que, devido a algum pecado mais grave, sejamos impedidos de comungar o pão celestial”. Estas palavras do santo homem de Deus indicam que os santos imploram de Deus a perseverança, quando rezam nesta intenção: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, e não sejam separados do corpo de Cristo, mas permaneçam na santidade, mediante a qual não cometam algum pecado que os torne merecedores de tal separação.” (O Dom da Perseverança; 4,7)

Portanto, o que se reza na celebração da Eucaristia: Corações ao alto! (prefácio) é dádiva do Senhor. E os fiéis são convidados a agradecer ao nosso Deus, quando do sacerdote vem o convite e respondem: É nosso dever e nossa salvação. Pois, como nosso coração não está em nosso poder para subir a Deus, mas é ajudado pelo seu auxílio, cada um procure as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus (Cl 3,1).” (O Dom da Perseverança; 13,33).


V SÉCULO (401 a 500 d.C)

PAPA LEÃO MAGNO

Quarto sermão sobre a quaresma, segundo o Papa Leão Magno ( 430 a 461 d.C):

“E como para dissimular sua incredulidade, eles ousam penetrar em nossas assembleias, eis como eles se comportam na participação dos sacramentos: de tempo em tempo, com medo de não poder permanecerem inteiramente escondidos, eles recebem, com boca indigna, o corpo de Cristo, recusando-se porém, absolutamente, a beber o sangue da nossa redenção” (IV sermão sobre a quaresma, 5).

Oitavo sermão sobre a quaresma, segundo o Papa Leão Magno (430 a 461 d.C):

“Com efeito, na festa da Páscoa, para a qual convergem todos os mistérios de nossa religião, aquele cujo coração não está manchado por nenhum sentimento contrário à fé, prepara-se por uma purificação autêntica e conveniente. Diz, na verdade, o Apóstolo: “Pois tudo o que não procede da boa fé é pecado” (Rm 14,23), serão inúteis e sem sentido os jejuns daqueles que foram enganados pelo pai da mentira, por suas ilusões e que não são alimentados pelo verdadeiro corpo de Cristo” (VIII sermão sobre a quaresma, 1).

Primeiro sermão na Ascensão do Senhor, segundo o Papa Leão Magno (430 a 461 d.C):

“Seus corações iluminados concebem a chama da fé; de tépidos tornam-se ardentes ao explicar-lhes o Senhor as Escrituras. Na fração do pão, abrem-se os olhos dos convivas. Muito mais felizes esses olhos que se abrem e veem manifesta a glória da natureza do Senhor” (I sermão na Ascensão do Senhor, 2).

CONCLUSÃO

A fé da Igreja é inegável, sagrada, santa e verdadeira.

Não estamos aqui, frente a uma invenção que tenha surgido por conta de interpretações erradas das escrituras ou da patrística. Crer na eucaristia como sinal vivo do amor de Deus e entender que a presença real de Jesus Cristo é crença que transcende os séculos, só corrobora com a afirmação que aquilo que cremos vem dos tempos primitivos e apostólicos.

Longe de qualquer técnica hermenêutica que o artigo aqui exposto poderia propor, temos como único compromisso o embasamento da verdade e para isso, nada melhor que recorrermos aos mais antigos que confirmaram as verdades de nossa religião. É incrível como se torna real ler passagens dos Evangelhos ou das epístolas de São Paulo sobre a eucaristia e encontrarmos testemunhos semelhantes nos séculos posteriores. Sem qualquer adição ou interpolação nos textos patrísticos, estamos aqui, presenciando os maiores atos de veracidade perante o dogma eucarístico.

Ainda que existam pessoas contrarias a ortodoxia aqui apresentada, ainda que atualmente surjam apóstatas que nutrem forte desejo pela destruição da Igreja, sabemos que nossa rocha esta firmada nas palavras do próprio Senhor: “As portas do inferno jamais abalarão a sua Igreja” (Mt 16,18 e 1 Tm 3,15).

Tenha fé e creia: Jesus Cristo é e para sempre será, reconhecido na fração do pão (Lc 24,30-35).

Escritor por: Érick Augusto Gomes 

Fonte: https://accatolica.com/2017/08/20/a-eucaristia-e-os-testemunhos-primitivos-da-igreja/