sexta-feira, 31 de maio de 2024

BEM-VINDO AO SB SABENDO BEM DE 02 DE JUNHO DE 2024

 

DOMINGO,  02 de junho DE 2024

                                               

 

O Sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.(Mc 2,27-28).

 

Ó SENHOR NÓS ESTAMOS AQUI

Ó SENHOR, NÓS ESTAMOS AQUI,
JUNTO À MESA DA CELEBRAÇÃO,
SIMPLESMENTE ATRAÍDOS POR VÓS,
DESEJAMOS FORMAR COMUNHÃO!

IGUALDADE, FRATERNIDADE,

NESTA MESA NOS ENSINAIS.

AS LIÇÕES QUE MELHOR EDUCAM,
NA EUCARISTIA É QUE NOS DAIS!(BIS)

https://youtu.be/0-Mvm1PheTEhttps://youtu.be/0-Mvm1PheTE

 

9.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

 

SEJA BEM-VINDO!               

 

DOMINGO, 02 DE JUNHO DE 2024

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

 

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

Irmãos e irmãs, este é o dia consagrado ao Senhor, dia em que nós, o povo eleito, nos reunimos em torno do altar para render graças ao Pai, em seu Filho Jesus, que por nós morreu e ressuscitou, na força do Divino Espírito. Ao escutar a Palavra e repartir o pão eucarístico, possamos nos dispor a amar verdadeiramente os nossos irmãos, no mesmo amor com o qual somos amados por Deus.

Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! A Liturgia hoje nos conduz para dentro do sentido maior e primeiro de nossa vida neste mundo: a festa do encontro com Deus, com a história, com os irmãos e com todas as criaturas.

No amplo horizonte da liturgia da Palavra deste Domingo está a questão do sábado como dia sagrado para o povo judeu e onde se encontram as raízes do nosso domingo como Dia do Senhor. Poder celebrar, agradecer e reconhecer é um ato de amor. A santificação do Dia do Senhor ocupa um lugar privilegiado na Sagrada Escritura. Nesta Semana comemoramos o dia do Meio Ambiente. Peçamos a graça de abrirmos o coração para escutarmos atentos o clamor e o grito da nossa Casa Comum.

Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

Reunidos em torno da mesa do eterno Pai queremos, nesta Santa Liturgia, renovar os laços que nos unem à Ele entregando-lhe tudo o que somos. Jesus está conosco recordando-nos o autentico valor dos preceitos religiosos: devem assegurar a vida de modo que, homens e mulheres reconheçam, em Deus, refúgio seguro e fonte da verdadeira liberdade. O amor é a plenitude da Lei, exultemos ao senhor por tão grande dom.(Introdução do Folheto Dominical Pulsadinho).

Irmãos e irmãs, este é o dia consagrado ao Senhor, dia em que nós, o povo eleito, nos reunimos em torno do altar para render graças ao Pai, por seu Filho Jesus, que por nós morreu e ressuscitou. Para nós, este é o primeiro dia da semana que iniciamos em atitude de louvor e de reconhecimento das bênçãos que Deus nos concedeu. É dia de nos unirmos a toda criação para louvar e bendizer o Senhor.( Introdução do Folheto Dominical O Povo de Deus).

Jesus não absolutizou a Lei mosaica, mas também não a vulgarizou. Ele soube posicionar-se diante dela, com respeitosa liberdade, submetendo-a às exigências da caridade. Para ele, o amor sobrepõe-se à Lei e justifica até mesmo seu aparente desrespeito. Só por amor pode-se prescindir da prescrição da Lei.(Introdução do Webmaster).

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0283.htm#msg01

01- Liturgia do 9.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

 

 

01- Liturgia do 9.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

- A Liturgia deste domingo mostra a observância do sábado como o dia sagrado para o povo judeu e onde se encontram as raízes do nosso Domingo, Dia do Senhor.

 - Na Primeira Leitura do Livro de Deuteronômio a observância do sábado em Israel já é atestada no séc. VIII a.C (Is 1,14; Am 8,5). No exílio e entre os judeus dispersos pelos países o sábado era respeitado como dia de descanso e dia de culto ao Senhor. Tornou-se um preceito que distinguia o povo judeu entre outros povos que não tinham este costume.

 - Este texto refere-se ao terceiro dos dez mandamentos da Lei. O ser humano foi colocado por Deus como o cuidador da criação divina. Na leitura o motivo para observar o sábado liga-se à libertação de Israel do Egito. Israel servia ao faraó como escravo, "mas de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido". Israel deixa de "servir" ao faraó para servir a Deus como povo libertado. O texto não exclui a santificação do sábado, mas tem um caráter mais social, ligado ao trabalho e ao descanso. Israel é um povo livre, não escravos do trabalho. "Só um povo livre pode 'liberar' um dia para Deus".

- Na segunda leitura Paulo, que foi escolhido por Cristo para ser o evangelizador entre os pagãos, anunciou com vigor a Palavra de Deus. Isso lhe trouxe muitos sofrimentos, seja da parte dos judeus como de alguns cristãos da comunidade de Corinto por ele fundada. Paulo não faz uma simples lamentação, mas em seus sofrimentos mostra as consequências que a pregação do Evangelho pode trazer para quem foi escolhido por Cristo e decidiu seguir sua doutrina. Ele se alegra porque Deus, que fez brilhar a sua luz na criação ("faça-se a luz!"), agora faz brilhar a mesma luz no coração daqueles que receberam a fé. Trazemos o tesouro da fé em frágeis vasos de barro, para reconhecer que não agimos pela nossa força, mas pelo poder de Deus. Paulo vivia a mística do seguimento de Jesus Cristo (cf. Mc 8,34-35): "Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2,20)

- O Evangelho de Marcos apresenta duas cenas e duas discussões de Jesus com os fariseus sobre a observância do sábado. Uma cena no campo (2,23- 28) e outra na sinagoga (3,1-6). Na primeira cena os discípulos são vistos pelos fariseus, colhendo espigas de trigo e debulhando-as para comer os grãos. Em questão não está o mandamento de não roubar, pois a quem tivesse fome era permitido colher grãos, mas só o suficiente para matar a fome. Os fariseus criticam a Jesus porque seus discípulos colhiam espigas de trigo em dia de sábado e assim violavam o repouso sabático. Jesus os defende e com isso também a todos os famintos citando o caso de Davi. Portanto, a vida das pessoas é mais importante do que observar a Lei. E Jesus acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado". Logo em seguida Jesus entrou numa sinagoga e viu ali um homem com a mão seca. Sabendo que os fariseus o observavam, Jesus disse ao homem da mão seca: "Levanta-te e fica aqui no meio!" Muitos viram apenas um homem aleijado. Jesus, porém, viu um homem, pai de família que não podia mais trabalhar e teve compaixão; colocou-se no lugar dele e perguntou: "É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?" Mas ninguém respondeu. Jesus olhou para os que estavam presentes, triste e irritado porque eram duros de coração, isto é, sem compaixão; e disse ao homem: "Estende a mão", e o homem ficou curado. Os fariseus e os partidários de Herodes começaram a tramar a morte de Jesus. Enquanto Jesus defende a vida, seus adversários tramam sua morte.

- Escolher entre o bem e o mal, entre salvar vidas e deixá-las morrer, custou para Jesus a perseguição e a morte. Os discípulos de Jesus devem sempre escolher a vida

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2024/05/02_06_24.pdf

02-  Mês de Junho

03-  

Vermelho é a cor comemorativa do mês de junho sobre a importância da doação de sangue, que tem a data 14.06 como o Dia Mundial do Doador de Sangue. E o Junho Laranja é voltado para a conscientização sobre a anemia e leucemia.

 

04- Orientações litúrgicas sobre o Tempo Comum -  2.ª parte

O Domingo de Pentecostes encerra o Tempo da Páscoa. Em seguida recomeça o Tempo Comum, interrompido pela Quaresma.

Recomeça na segunda-feira após Pentecostes e termina no sábado que antecede o 1º domingo do Advento.

Em alguns anos não há a 7ª ou a 8ª semana. Essas supressões são “acomodações” para fechar o Tempo Comum sempre em 34 semanas.

O termo “comum” não tem sentido pejorativo, mas remete aquilo que é corriqueiro da caminhada de Jesus. Ou seja, tudo aquilo que está fora dos fatos históricos mais importantes da vida de Jesus, que é o seu nascimento (Ciclo do Natal) e sua paixão, morte e ressurreição (Ciclo da Páscoa).

É um Tempo muito especial de viver o mistério da cotidianidade, tempo da caminhada à luz do Espírito Santo, celebrado no Pentecostes, alimentado pelos sacramentos e seguindo os passos dos santos.

É um caminhar para a glória, pois a coroa desse tempo de graça é a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, no 34º e último domingo do Tempo Comum, que marca também o encerramento do Ano Litúrgico. Esta solenidade é o ponto alto da caminhada de Cristo e dos cristãos: “Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (II Timóteo 2, 11-12).

Ao longo das 34 semanas celebramos o mistério semanal do Domingo como “Dia do Senhor”.

A cor litúrgica que marca esse Tempo é o verde. Representa a esperança cristã, a serenidade, a perseverança.

Na 2ª parte do Tempo Comum há os meses temáticos. São aqueles meses marcados por um tema forte: agosto – vocação, setembro – bíblia, outubro – missão. Os meses temáticos (estimados por uns e rejeitados por outros) têm despertado coisas importantes nas nossas comunidades como consciência vocacional, interesse maior pela Palavra de Deus, compromisso missionário, etc. Como a Campanha da Fraternidade na Quaresma, os meses temáticos do Tempo Comum podem encaixar-se bem na caminhada das comunidades sem prejudicar o eixo central desse tempo.

Referência:

Pe. José Bortolini. Coleção Por que Creio – Tempo Comum: 40 perguntas e respostas. São Paulo: Paulus, 2007.

https://padremarciocanteli.blogspot.com/2012/05/orientacoes-e-sugestoes-liturgicas-para.html

- Junho: Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus

 

01- Junho: Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus

Neste mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, somos convidados, pela Igreja, a contemplar e experimentar, nesta devoção, o infinito amor de Deus por nós.

“Na encíclica Deus caritas est, citei a afirmação da primeira carta de São João: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e cremos nele» para sublinhar que, na origem da vida cristã, está o encontro com uma Pessoa (cf. n.1). Dado que Deus se manifestou da maneira mais profunda por meio da encarnação de Seu Filho, fazendo-se «visível» n’Ele.

Na relação com Cristo, podemos reconhecer quem é verdadeiramente Deus (cf. encíclica Haurietis aquas, 29,41; encíclica «Deus caritas est»,12-15). Mais ainda dado que o amor de Deus encontrou sua expressão mais profunda na entrega que Cristo fez de sua vida por nós na Cruz. Ao contemplarmos seu sofrimento e morte, podemos reconhecer, de maneira cada vez mais clara, o amor sem limites de Deus por nós: «tanto amou Deus ao mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que crer nele não pereça, mas que tenha vida eterna» (João 3,16).

Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Por outro lado, esse mistério do amor de Deus por nós não constitui só o conteúdo do culto e da devoção ao Coração de Jesus: é, ao mesmo tempo, o conteúdo de toda verdadeira espiritualidade e devoção cristã. Portanto, é importante sublinhar que o fundamento dessa devoção é tão antigo como o próprio cristianismo. De fato, só se pode ser cristão dirigindo o olhar à Cruz de nosso Redentor, «a quem transpassaram» (João 19, 37; cf. Zacarias 12, 10).

A encíclica Haurietis aquas lembra que a ferida do lado e as dos pregos foram para numeráveis almas os sinais de um amor que transformou, cada vez mais incisivamente, sua vida (cf. número 52). Reconhecer o amor de Deus no Crucificado se converteu para elas em uma experiência interior, o que as levou a confessar junto a Tomé: «Meu Senhor e meu Deus!» (João 20,28), permitindo-lhes alcançar uma fé mais profunda na acolhida sem reservas do amor de Deus (cf. encíclica «Haurietis aquas», 49).

Experimentar o amor de Deus

O significado mais profundo desse culto ao amor de Deus só se manifesta quando se considera mais atentamente sua contribuição não só ao conhecimento, mas também, e sobretudo, à experiência pessoal desse amor na entrega confiada a seu serviço (cf. encíclica Haurietis aquas, 62). Obviamente, experiência e conhecimento não podem separar-se: um faz referência ao outro. Também é necessário sublinhar que um autêntico conhecimento do amor de Deus só é possível no contexto de uma atitude de oração humilde e de disponibilidade generosa.

Partindo dessa atitude interior, o olhar posto no lado transpassado da lança se transforma em silenciosa adoração. O olhar no lado transpassado do Senhor, do qual saem «sangue e água» (cf. Gv 19, 34), ajuda-nos a reconhecer a multidão de dons de graça que daí procedem (cf. encíclica Haurietis aquas, 34-41) e nos abre a todas as demais formas de devoção cristã que estão compreendidas no culto ao Coração de Jesus.

 

Neste mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, somos convidados, pela Igreja, a contemplar e experimentar, nesta devoção, o infinito amor de Deus por nós.

“Na encíclica Deus caritas est, citei a afirmação da primeira carta de São João: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e cremos nele» para sublinhar que, na origem da vida cristã, está o encontro com uma Pessoa (cf. n.1). Dado que Deus se manifestou da maneira mais profunda por meio da encarnação de Seu Filho, fazendo-se «visível» n’Ele.

Na relação com Cristo, podemos reconhecer quem é verdadeiramente Deus (cf. encíclica Haurietis aquas, 29,41; encíclica «Deus caritas est»,12-15). Mais ainda dado que o amor de Deus encontrou sua expressão mais profunda na entrega que Cristo fez de sua vida por nós na Cruz. Ao contemplarmos seu sofrimento e morte, podemos reconhecer, de maneira cada vez mais clara, o amor sem limites de Deus por nós: «tanto amou Deus ao mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que crer nele não pereça, mas que tenha vida eterna» (João 3,16).

 

https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/devocao/junho-mes-dedicado-ao-sagrado-coracao-de-jesus/

SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E DESTA SEMANA

 

SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E DESTA SEMANA

01- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

 

1.    Liturgia do 9.º Domingo do Tempo Comum- Ano B;

2.    Mês de Junho;

3.    Orientações litúrgicas sobre o Tempo Comum -  2.ª parte;

4.    Junho: Mês dedicado ao Coração de Jesus.

 

02-  SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E  DESTA SEMANA;

 

03-  LEITURAS DA MISSA DO 9.º DOMINGO DO TEMPO COMUM- B;

 

04- LEITURAS DA SEMANA:  O3 DE JUNHO A 09 DE JUNHO DE 2024 ;

 

05- REFLEXÃO DOMINICAL I – DOMINGO- DIA DO SENHOR;

 

06- REFLEXÃO DOMINICAL II: HOMILÉTICA: 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B: O SÁBADO É PARA O HOMEM!

07-  REFLEXÃO DOMINICAL III: “O SÁBADO É PARA O HOMEM”;

08-  CORAÇÃO DE JESUS - SAGRADO CORAÇÃO: MAIS QUE UMA DEVOÇÃO, UMA ESPIRITUALIDADE;

09-  A HOMILIA IMPLÍCITA;

10-  ESTILO DE VIDA: QUAIS SÃO AS MELHORES COISAS DE SER CATÓLICO?

11-  QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU? UMA LEITURA DE MARCOS 8, 27-30(i);

12-  SANTO AGOSTINHO E A ANTROPOLOGIA;

13-  DICAS DE LEITURAS

1.    12 regras para a vida:um antídoto para o caos (Jordan B. peterson);

2.    Sugestões de livros para idosos.

14- SB SABENDO BEM DE 02 DE JUNHO DE 2024 INFORMA

LEITURAS DA MISSA DO 9.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

 

LEITURAS DA MISSA DO 9.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

 

Escutemos o Senhor e deixemos que sua Palavra nos dê a graça da verdadeira liberdade.

PRIMEIRA LEITURA (Dt 5, 12-15)

 Leitura do Livro do Deuteronômio.

Assim fala o Senhor: 12“Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. 13Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. 14O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás  trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu boi, nem teu jumento, nem algum de teus animais, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades, para que assim teu escravo e tua escrava repousem da mesma forma que tu. 15Lembra-te de que foste escravo no Egito e que de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te mandou guardar o sábado”.

 – Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

SALMO 80(81)

Exultai no Senhor, nossa força! (bis)

1. Cantai salmos, tocai tamborim,* harpa e lira suaves tocai! / Na lua nova soai a trombeta, * na lua cheia, na festa solene!

2. Porque isto é costume em Jacó, * um preceito do Deus de Israel; / uma lei que foi dada a José, * quando o povo saiu do Egito.

3. Eis que ouço uma voz que não conheço: * “Aliviei as tuas costas de seu fardo, / cestos pesados eu tirei de tuas mãos. * Na angústia a mim clamaste, e te salvei.

 4. Em teu meio não exista um deus estranho * nem adores a um deus desconhecido! / Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, * que da terra do Egito te arranquei.

SEGUNDA LEITURA (2Cor 4, 6-11)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios

. Irmãos: 6 Deus que disse: “Do meio das trevas brilhe a luz”, é o mesmo que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para tornar claro o conhecimento da sua glória na face de Cristo. 7 Ora, trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8 Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9 perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal.

– Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vossa Palavra é a verdade; / santificai-nos na verdade.

EVANGELHO (Mc 2,23-3,6 | + longo)

 P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. T. Glória a vós, Senhor.

23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?” 25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. 3,1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2 Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3 Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4 E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5 Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6 Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.

– Palavra da salvação. T. Glória a vós, Senhor

LEITURAS DA SEMANA: DE 03 DE JUNHO A 09 DE JUNHO DE 2024- ORAÇÃO DO JUBILEU 2025

 

 

LEITURAS DA SEMANA: DE 03 DE JUNHO A 09 DE JUNHO DE 2024

9ª Semana do Tempo Comum

 

03-(2.ª feira)- São Carlos Lwanga e companheiros mártires, Memória

 

2Pd 1,2-7;Sl 90(91),1-2.14-15ab.15c-16 (R. 2b);Mc 12,1-12

 

04-(3.ª f.) 2Pd 3,12-15a.17-18;Sl 89(90),2.3-4.10.14 e 16 (R. 1);Mc 12,13-17

 

05-(4.ª f.)- São Bonifácio, bispo e mártir, Memória

2Tm 1,1-3.6-12;Sl 122(123),1-2a.2bcd (R. 1a);Mc 12,18-27

 

06-(5.ª f.)- 2Tm 2,8-15;Sl 24(25),4bc-5ab.8-9.10 e 14 (R. 4b);Mc 12,28b-34

07-(6.ª feira)- Sagrado Coração de Jesus, Solenidade, Ano B

 

Os 11,1.3-4.8c-9;Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R. 3); Ef 3,8-12.14-19

Jo 19,31-37

 

08- (Sábado)- Imaculado Coração da Bem-aventurada Virgem Maria, Memória

Is 61,9-11;1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd (R. cf. 1a);Lc 2,41-51

 

10º Domingo do Tempo Comum, Ano B

 

Hoje, omite-se a Memória de São José de Anchieta, presbítero

 

Gn 3,9-15; Sl 129(130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 7);2Cor 4,13-18.5,1

Mc 3,20-35

 

 

Oração do Jubileu 2025

Pai que estás nos céus, a fé que nos deste no teu filho Jesus Cristo, nosso irmão, e a chama de caridade derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo despertem em nós a bem-aventurada esperança para a vinda do teu Reino. A tua graça nos transforme em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho que fermentem a humanidade e o cosmos, na espera confiante dos novos céus e da nova terra, quando, vencidas as potências do Mal, se manifestar para sempre a tua glória. A graça do Jubileu reavive em nós, Peregrinos de Esperança, o desejo dos bens celestes e derrame sobre o mundo inteiro a alegria e a paz do nosso Redentor. A ti, Deus bendito na eternidade, louvor e glória pelos séculos dos séculos. Amém.

REFLEXÃO DOMINICAL I DOMINGO: DIA DO SENHOR

 

REFLEXÃO DOMINICAL I

DOMINGO: DIA DO SENHOR

 Lemos na primeira Leitura de hoje que Deus instituiu o sábado para ser santificado pelo Povo da Antiga Aliança: “Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o Senhor, teu Deus. Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras; mas no sétimo dia, que é o repouso do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum.” Este preceito faz alusão à obra da criação: segundo o Gênesis, Deus terminou a obra da criação no sexto dia e descansou no sétimo. Ao ressuscitar no domingo, Jesus quis indicar que esse primeiro dia devia ser uma data muito particular e passou a ser chamado dia do Senhor. E os cristãos, desde o início, começaram a reunir-se no domingo para celebrar a Eucaristia, para a fração do pão e para a oração (cfr. At 2, 42), e é isso exatamente o que se continua a fazer até hoje. Gosto de pensar que o domingo representa uma montanha que subimos, para estar num local com uma vista prigilegiada: do alto, podemos olhar para trás e agradecer pelo caminho percorrido até o momento e também olhamos para frente e vislumbramos o percurso que nos espera: trabalho, família, compromissos sociais, religiosos etc. Ou seja, a cada domingo colocamos na patena da missa todo o trabalho, as preocupações, as alegrias e os sofrimentos da semana, oferecendo tudo isso a Deus. Também, estando bem preparados, podemos receber a Sagrada Comunhão, o alimento que nos revigora e fortalece para continuar caminhando. Vale a pena recordar algumas recomedações do Catecismo da Igreja Católica: “a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. O domingo, dia em que, por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excelência” (Catecismo, n. 2177). O Catecismo continua dizendo que “os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser que motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obricação cometem pecado grave” (n. 2181). “A participação na celebração comunitária da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e de fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Assim, os fiéis atestam sua comunhão na fé e na caridade” (idem, 2182). “Como Deus ‘descansou no sétimo dia, depois de toda a obra que fizera’ (Gn 2,2), a vida humana é ritmada pelo trabalho e pelo repouso. A instituição do dia do Senhor contribui para que todos desfrutem do tempo de repouso e de lazer suficiente que lhes permita cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa” (Catecismo, n. 2184). “Durante o domingo e os outros dias de festa de preceito os fiés se absterão de se entregar aos trabalhos ou atividades que impedem o culto devido a Deus, a alegria própria ao dia do Senhor, a prática de obras de misericórdia e o descanso conveniente do espírito e do corpo.” (Catecismo, n. 2185). “Os cristãos que dispõem de lazer devem lembrar-se de seus irmãos que têm as mesmas necessidades e os mesmos direitos, mas não podem repousar por causa da pobreza e da miséria. O domingo é tradicionalmente consagrado pela piedade cristã às boas obras e aos humildes serviços de que carecem os doentes, os enfermos, os idosos. Os cristãos santificarão ainda o domingo dispensando à sua família e aos parentes o tempo e a atenção que dificilmente podem dispensar nos outros dias da semana. O domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e de meditação, que favorecem o crescimento da vida interior cristã” (Catecismo, n. 2186). Ou seja, o dia do Senhor é um momento para estar com Deus, participando da celebração eucarística e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para cultivar a vida cristã, reunir a família, conviver mais estreitamente entre pais, filhos e irmãos, assim como visitar um parente doente, um vizinho ou um amigo que está só. Dom Carlos Lema Garcia Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-43-9o-domingo-do-tempo-comum-1_0.pdf

REFLEXÃO DOMINICAL II Homilética: 9º Domingo do Tempo Comum - Ano B: "O Sábado é para o Homem"

 

REFLEXÃO DOMINICAL II

Homilética: 9º Domingo do Tempo Comum - Ano B: "O Sábado é para o Homem"

 

A Liturgia nos faz ler hoje os textos da Bíblia que falam do dia de descanso festivo: o “sábado” dos Judeus e o “domingo” dos cristãos. A santificação do dia do Senhor ocupa um lugar privilegiado na Sagrada Escritura.

 

Tal como lemos em Dt 5, 12 – 15, foi o próprio Deus quem instituiu as festas do Povo escolhido e quem o instava a observá-las: Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o Senhor, teu Deus. Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras; mas no sétimo dia, que é o repouso do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum…

 

Além do sábado, existiam entre os judeus outras festas principais: a Páscoa, o Pentecostes, os Tabernáculos em que se renovava a Aliança e se agradeciam os benefícios obtidos. O sábado, depois de seis dias de trabalho nos afazeres próprios de cada um, era o dia dedicado a Deus em reconhecimento da sua soberania sobre todas as coisas.

 

Jesus Cristo teve um grande apreço pelo sábado e pelas festividades judaicas, embora soubesse que, com a sua chegada, todas essas disposições seriam abolidas para darem lugar às festas cristãs. Então Jesus restaurou o sentido do sábado como celebração da vida em plenitude e da liberdade. Veio recolocar essas experiências no centro da fé vivida de modo pessoal e comunitário. É com base na experiência manifestada em Cristo ressuscitado que o apóstolo Paulo consegue suportar todo sofrimento em sua vida de luta pelo anúncio do evangelho.

 

Para a reevangelização do mundo, é particularmente urgente realizar um apostolado eficaz a respeito da santificação do domingo, um apostolado que penetre nas famílias. Porque há gente que esmorece e chega a perder o espírito cristão por uma maneira errada de descansar nos fins de semana. “É dever dos cristãos a preocupação de fazer que o domingo se converta novamente no dia do Senhor, e que a Santa Missa seja o centro da vida cristã… O domingo deve ser um dia para descansar em Deus, para adorar, suplicar, agradecer, pedir perdão ao Senhor pelas culpas coe metidas na semana que passou, pedir-lhe graças de luz e força espiritual para os dias da semana que começa” ( Papa Pio Xll ) e que iniciaremos então com mais alegria e com o desejo de acometer o trabalho com outro entusiasmo.

 

Comentário dos textos bíblicos 

 

Evangelho: Mc 2,23-3,6

 

O evangelho de hoje é composto por dois episódios que colocam Jesus em confronto com a instituição do sábado judaico: os discípulos a colher espigas para comer e um homem com uma mão atrofiada que nos coloca, com Jesus e os seus interlocutores, diante do dilema de curar ou não esse homem; ambos os episódios em dia de sábado. No que ao primeiro episódio diz respeito, o problema de colher espigas talvez seja o problema de se entender como colheita.

 

De qualquer forma, Marcos convida-nos a centrar-nos nas palavras de Jesus que ajudam a interpretar a sua liberdade diante da instituição do sábado judaico: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado» (Mc 2,27-28); «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?» (Mc 3,4). Estas palavras de Jesus dão a interpretação dos episódios, bem como da forma como Jesus se posiciona diante da instituição de sábado em geral.

 

Já na controvérsia de Mc 2,1-12 sobre o perdão dos pecados, a questão era do «poder» ou «autoridade» para o fazer. Da mesma forma, agora apenas nas palavras de Jesus, a relação de Jesus com o sábado exprime-se em chave de poder e autoridade, uma vez que Ele, «o Filho do homem, é também Senhor do sábado» (Mc 2,28).

 

A segunda linha de argumentação é a da total precedência das necessidades humanas, mesmo em relação ao sagrado: isto vale para a fome dos discípulos diante do sábado que é sagrado, como valeu para a fome de David e dos seus homens diante dos pães sagrados da proposição (pelo menos na forma como Mc 2,25-26 nos conta o episódio com algumas nuances em relação a 1Sm 21,1-7) e valerá também para a cura do homem com a mão atrofiada diante da instituição de sábado. Diante do poder de Jesus e das necessidades humanas, as coisas sagradas não têm um valor próprio (nem o pão do santuário, no caso de David, nem o sábado, no caso dos discípulos de Jesus ou do homem com a mão atrofiada), mas existem para o bem da humanidade (os pães da proposição para alimentar David e os seus homens, o sábado para o homem e para Jesus); na interpretação de Jesus, é fundamental que o que é sagrado esteja ao serviço do homem. A par deste critério, se partirmos da formulação da pergunta retórica de Mc 3,4, na perspetiva de Jesus não há um agir neutro e ainda menos decisivas são as instituições: a lei é a da atenção ao outro, a quem sou chamado a fazer bem, salvando-lhe a vida, ou então posiciono-me diante dele para lhe fazer mal, causando-lhe a morte. Em ambos os momentos, Jesus escolheu fazer o bem e colocar-se ao serviço das necessidades humanas, satisfazendo-as, mesmo se isso lhe acarreta a decisão do conluio das autoridades políticas e religiosas contra Ele, para o condenarem à morte.

 

É importante ter em conta que Jesus não retira qualquer importância ao sábado, enquanto dia consagrado a Deus, mas redireciona-o de modo a voltar à intuição inicial da Lei de Moisés, uma vez que «o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado» (2,27). Não está em causa uma interpretação libertina ou relativista do sábado, mas fazer dele o dia da relação com Deus que vem em auxílio de quem está em necessidade. Uma boa interpretação lê todos estes aforismos de Jesus em relação entre eles, de modo que o sábado esteja sempre ao serviço do homem, para fazer bem e salvar a vida; se, de facto, Jesus é o senhor do sábado, é para o recolocar ao serviço do homem e da salvação da vida.

 

I leitura: Dt 5,12-15

 

Não é difícil perceber qual a temática que está em foco no texto de Dt 5,12-15: trata-se do mandamento referente ao sábado, como se percebe até pela repetição desta palavra por três vezes. Praticamente é a enunciação do mandamento, uma explicação didática de como se deve praticar esse mandamento e uma fundamentação teológica para essa mesma prática.

 

Quanto à enunciação do mandamento, há que notar que, a par do mandamento de honrar pai e mãe (cf. Dt 5,16), este é o único que não exprime uma proibição, mas uma ordem positiva: «Guarda o dia de sábado, para o santificares» (v. 12). Este enunciado positivo desdobra-se depois em duas explicações, uma positiva (v.13-14a) e outra em chave de proibição (v.14b): a positiva basicamente estabelece que o trabalho seja limitado aos primeiros seis dias da semana, de modo a reservar o sábado para o Senhor-YHWH, mostrando que o «sábado» é um dia que lhe pertence; já a explicação em chave de proibição centra-se na celebração do sábado que exclui qualquer possibilidade de trabalho. Esta explicação negativa, porém, transporta consigo um ideal de justiça para a sociedade que se baseia na solidariedade, uma vez que é uma espécie de crítica direta a um sistema social baseado numa lógica de mercado, uma vez que todos, também os escravos e os estrangeiros, são chamados a guardar o dia de sábado, com igualdade de direitos em relação às classes médias-altas que teriam a possibilidade de guardar o sábado exatamente socorrendo-se dos serviços de escravos e estrangeiros. A terceira parte do texto, o fundamento teológico, é típico do Deuteronómio, uma vez que, ao contrário do decálogo do livro do Êxodo que fundamenta o sábado com o repouso de Deus na obra da criação (cf. Ex 20,8-11), o Deuteronómio relaciona a obrigação do sábado com o evento de libertação do Egito (Dt 5,15); de fato, este último livro do Pentateuco insiste fortemente sobre a importância da memória da escravatura de Israel no Egito e sobre a libertação que lhe pôs termo (cf. Dt 4,23; 7,19; 11,2; 26,8).

 

Uma releitura do texto do decálogo na versão do Deuteronômio (5,6-21) permite notar que o mandamento referente ao sábado é central a vários títulos no contexto do mesmo decálogo e, portanto, de importância cabal para a identidade hebraica: numa divisão tripartida do decálogo deuteronômico (vv. 6-11; vv. 12-15; vv. 16-21), o sábado ocupa a posição central; além disso, no contexto do decálogo menciona-se o evento libertador do Egito por duas vezes, a primeira no título que encabeça todo o decálogo (Dt 5,6) e no mandamento do sábado (Dt 5,15). Centrado assim na experiência libertadora do Êxodo, que é constitutiva para Israel, este mandamento funciona como um símbolo dos deveres para com o Senhor-YHWH, Deus libertador (Dt 5,6.15) e para com o próximo, que também fez a experiência da libertação (Dt 5,14.21).

 

II leitura: 2Cor 4,6-11

 

No centro do nosso texto, temos uma descrição autobiográfica de situações limite (vv. 8-9) vividas pelo apóstolo Paulo e possivelmente pelos seus companheiros que, porém, não põem termo à sua vida, mas que demonstram bem como a vida humana do apóstolo é frágil, não imortal. Estes factos autobiográficos, conjugados com a imagem simbólica dos «vasos de barro» – a fragilidade e a limitação humana – que transportam o «tesouro do ministério» apostólico, ou seja, o Evangelho, enquanto conteúdo da mensagem que o apóstolo anuncia (v. 7). Há, portanto, uma desproporção de valor entre os «vasos de barro» e o «tesouro» que eles transportam e isso será visível no contraste que se estabelece entre as situações de fragilidade descritas nos vv. 8-9 e a mensagem que essas situações podem transmitir (v. 10), isto é, que a vida e a morte de Cristo estão presentes nas várias situações existenciais, mesmo nas tribulações do apóstolo. Este é um ponto assente na teologia e na vivência de fé de Paulo, como se pode verificar ao comparar 2Cor 4,8-10 com Gl 2,19-20 («Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim»); e ainda na Carta aos Gálatas, o apóstolo quisera demonstrar que o Evangelho por ele pregado não tinha origem na vontade humana, mas é fruto da revelação divina (cf. Gl 1,11-12: «O Evangelho por mim anunciado, não o conheci à maneira humana; pois eu não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por uma revelação de Jesus Cristo»).

 

Não podemos esquecer que este texto se situa num ambiente apologético, de defesa do apóstolo diante de quem denigre o seu ministério. De facto, a grande mensagem do nosso texto está nas frases de abertura e de conclusão que servem de moldura a esta descrição autobiográfica de Paulo: ele não se anuncia a si mesmo (v. 5), mas anuncia «a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo» (v. 6), e que Deus, autor da luz na criação do mundo, fez brilhar como luz no seu coração, talvez numa alusão, também autobiográfica, ao episódio da estrada de Damasco, do encontro com Cristo, quando «uma grande luz o envolveu» (At 9,4). O objetivo de Paulo é demonstrar que Cristo está vivo no seu ministério apostólico, mesmo a partir da fragilidade que se manifesta na forma como é perseguido e entregue à morte em nome de Cristo (v. 11).

 

Para Refletir


Caros irmãos e irmãs, entre os fariseus e os doutores da Lei a opinião dominante era que a observância do sábado era o principal preceito da Lei.  A prescrição do sábado, em hebraico “shabbat”, que quer dizer “repouso”, era uma das mais sagradas observâncias para os israelitas.  Na narração do livro do Gênesis temos que Deus havia descansado no sétimo dia, depois de completar a obra da criação (cf. Gn 2,1-3). Na travessia do deserto, o maná faltava no dia de sábado; e, então, no sexto dia de trabalho as pessoas colhiam uma porção dupla para ter o que comer no sábado (cf. Ex 16,25). Além da prescrição do Decálogo, há muitos outros lugares da Sagrada Escritura em que se fala do repouso do sábado, tido como um presente de Deus para o homem.  



O povo israelita tinha o costume de usar nos dias de sábado as suas melhores vestes, comer carne e tomar vinho.  Mas o ponto central de toda a comemoração estava no encontro da comunidade reunida na Sinagoga onde, pela manhã, era proclamada a palavra de Deus e se fazia a oração em comum.  Mas Jesus traz uma nova interpretação para a vivência deste preceito a respeito do dia de sábado. Jesus lembra, antes de tudo, que o sábado foi instituído para trazer alegria para o homem, não para escravizá-lo.  O ponto de referência a ser levado em conta é o bem do ser humano. Todas as prescrições são boas e devem ser observadas quando favorecem o bem do homem, do contrário, perdem a sua força normativa.

E sobre as observâncias prescritas para o dia de sábado, Jesus declara: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (v. 27).  Com esta resposta, Jesus revela a sua autoridade e indica a indizível dignidade do homem em Deus, redimido do pecado. Citando o exemplo de Davi, que, na necessidade, comeu os pães reservados aos sacerdotes, Jesus relativiza o legalismo já fragilizado (v. 25).  

Mas Jesus vai mais além e se proclama o próprio Senhor do sábado. Jesus não veio para destruir a lei do Antigo Testamento, mas para cumpri-la, por isto ele afirma: “O Filho do Homem é Senhor também do sábado” (v. 28). Superando as observâncias religiosas, Jesus faz lembrar que o desejo de Deus é a prática da misericórdia. É o amor, o respeito e a consideração para com o próximo em suas necessidades e carências, promovendo a vida.



Jesus soube se posicionar diante da Lei mosaica com respeito, submetendo-a às exigências da caridade. Para ele, o amor sobrepõe-se à Lei e justifica até mesmo seu aparente desrespeito.  Só por amor se pode prescindir da prescrição da Lei. Certa vez Jesus disse aos fariseus escandalizados com as suas atitudes: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9, 12). Estas palavras chegam até nós como uma das sínteses de toda a mensagem cristã: a verdadeira religião consiste no amor a Deus e ao próximo. Isto é o que dá valor ao culto e à prática dos preceitos.



A Lei foi dada por Deus a seu povo com a finalidade de criar laços sinceros de relação com a divindade e com o próximo.  O amor a Deus se mostrará não no cumprimento literal do mandamento, mas sim na ação concreta em benefício do próximo, pois o amor ao próximo manifesta o amor a Deus.  E, dentro deste contexto, o texto evangélico nos mostra a cura do homem de mão seca, quer ocorre no âmbito de mais um conflito entre Jesus e seus adversários, fariseus e mestres da Lei, que procuram sem descanso um motivo para acusá-lo de violar a Lei de Moisés.

O Evangelista São Marcos nos faz mostrar Jesus na sinagoga com os escribas. Eles estavam atentos para ver se o Senhor iria curar alguém num dia de sábado. Percebendo o que eles estavam pensando, Jesus os provoca e chama aquele homem, cuja mão era seca, para o centro da sinagoga e lhe pede que estenda a mão. Imediatamente, sua mão ficou curada.

No texto do evangelista São Lucas, em sua narrativa do mesmo episódio, é mencionado que a mão atrofiada era a mão direita (cf. Lc 6,6-11). Podemos supor que aquele homem era um incapaz, pois não conseguia trabalhar, tendo sua mão principal, a direita, atrofiada. Por isso, esse homem, mesmo presente na sinagoga, sentava-se afastado, talvez nos últimos lugares, sentindo-se indigno e desprezado pelos demais, especialmente pelos que se consideravam mais amados e mais favorecidos por Deus.

Mas Jesus o chama. Significativas são as palavras utilizadas: “Levanta-te! Vem para o meio!” (Mc 3,3). Levantar-se, aqui, significa não apenas o ficar fisicamente em pé, mas, ao mandar fazê-lo, Jesus quer restituir-lhe algo mais que uma mão sadia: sua dignidade. E mais: “Vem para o centro!”. Para Jesus, aquele homem, mesmo considerado pecador e improdutivo pela sociedade da época, não deveria ficar à margem na sinagoga, mas era alguém tão merecedor de um lugar de destaque, de um assento melhor na comunidade quanto qualquer outro.

E Jesus ordena ao homem: “Estende a mão.  Ele a estendeu e a mão ficou curada” (v. 5).  Através deste gesto Jesus confirma a autoridade divina que ele possui.  O milagre é fundamentalmente sinal da sua identidade messiânica. Ele é o portador da salvação.

Curando os doentes, Jesus mostra que a sua oferta de salvação se dirige ao homem todo, sendo Ele médico da alma e do corpo. A sua compaixão por aqueles que sofrem o faz identificar-se com eles, como lemos na página do juízo final: “Estive doente e me visitastes” (Mt 25,36). É esta partilha profunda que Jesus pede aos seus discípulos quando lhes confia a tarefa de curar os enfermos (cf. Mt 10,8).

Existem também em nossos dias muitas pessoas que precisam ser curadas; muitos que estão com suas habilidades atrofiadas, seus talentos enterrados e sem esperança. Mãos paralisadas pela decepção, pelo medo, pela mágoa, pela falta de perdão. Mãos que não mais produzem. Possamos suplicar ao Senhor que também possa restaurar as nossas mãos, para que possamos utilizá-las para o bem e para a prática das boas obras.



Estendamos também nós as nossas mãos ressequidas a Cristo Jesus e possamos também pedir a ele, como fez Santo Agostinho: “Tem piedade de mim, Senhor! Aqui estão, não escondo as minhas feridas: tu és o médico eu o doente; tu és o misericordioso, eu o miserável… Cada esperança minha se coloca na tua grande misericórdia” (S. AGOSTINHO, As confissões, X, 28.29; 39.40).  Cristo é o médico, que nos traz a cura e nos devolve a saúde. Acolhamos seu amor que nos cura e ofereçamos também a todos àqueles que nos cercam este mesmo amor.  A Cruz de Cristo nos convida a deixarmos contagiar pelo seu amor, nos ensina a olhar sempre para o outro com misericórdia, sobretudo quem sofre e precisa de ajuda.

Lançando o nosso olhar para a Mãe de Deus, invocada pelo povo cristão como ‘Saúde dos Enfermos’, peçamos a sua intercessão por cada um de nós, para que, com a sua proteção materna, tenhamos sempre a saúde do corpo e da alma e para que possamos viver cotidianamente em união com o Cristo Senhor, colocando em prática os seus ensinamentos. Assim seja.

 

https://www.icatolica.com/2018/06/homiletica-9-domingo-do-tempo-comum-ano.html