sábado, 27 de agosto de 2022

PRA COMEÇO DE CONVERSA

 

SEJA BEM-VINDO!

 

 

- Mês Vocacional: “Cristo vive! Somos suas testemunhas” – “Eu vi o Senhor” (Jo 20,18).

 

- VOCAÇÃO PARA OS MINISTÉRIOS E SERVIÇOS NAS COMUNIDADES

- Dia do Catequista

 

- Na humildade e gratuidade, servir a todos, condição para participar do banquete da vida eterna

 

 22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

 

DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2022

 

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

01 -Conclusão do mês vocacional e Dia do Evangelizador

Concluímos o Mês Vocacional com a celebração do Dia do Evangelizador recordando todos os ministérios e serviços na Comunidade. Todos os batizados são chamados a se comprometer com o anúncio do Evangelho, com palavras e obras. Sempre no espírito de serviço, com humildade, a exemplo de Jesus. Agradeçamos a Deus, neste Domingo pela vocação de tantas pessoas que, em nossas comunidades, levam adiante a missão da Igreja com seu empenho e serviço, com amor. De um modo particular, coloquemos nas mãos do Senhor os esforços de nossos Catequistas, anunciadores fiéis e dedicados da Palavra de Deus

Com facilidade se dá importância às aparências, se busca privilégios e distinções, bem ao contrário do jeito de ser de Cristo e do que Ele ensinou. Ele se fez servo de todos e nos ensina a viver com modéstia e humildade, amando a todos, especialmente os que nada possuem, porque o Pai nos amou primeiro. Peçamos- -lhe que nos mantenha simples e o louvemos pela vocação dos leigos e leigas na Igreja e no mundo, especialmente pelos e pelas catequistas lembrados neste último domingo do mês vocacional. (Vocação do Leigo e da Leiga na Igreja e no mundo / Dia Nacional do e da Catequista.

A Vocação Leiga é a vocação da grande maioria das pessoas. O Documento de Aparecida afirma que os leigos são homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja”. São fiéis que fizeram uma experiência de encontro com Cristo, e desejam servi-lo no mundo atual."

A todos os cristãos leigos e leigas nosso reconhecimento e gratidão pelos serviços que prestam para o bem da humanidade, afim de que o Reino de Deus se instaure e seja acolhido dentro de cada um de nós.

A todos vocês, leigas e leigos, nossa oração, apoio e amizade. PARABÉNS pela sua vocação!

 

02- Liturgia do 22.º Domingo do Tempo Comum – Ano C

O convite da liturgia deste 22º Domingo Comum é para vencermos a tentação da soberba, aquele orgulho que muitas vezes toma conta do nosso coração e é parceiro da arrogância. Uma atitude que não nos permite um saudável convívio fraterno, que mina todo esforço por unidade e comunhão. Somente à luz da Palavra de Deus podemos encontrar um caminho seguro de conversão desse pecado que muitas vezes nos ronda e ataca sem que estejamos atentos.

 - No Evangelho, Jesus é enfático: "quem se eleva será humilhado e quem se humilha, será exaltado". A vanglória é um mal a se combater, pois nos cega a ponto de não reconhecer no outro um irmão. Ainda mais quando vem acompanhada de alguma forma de poder ou prestígio. Pode se tornar insensibilidade, desprezo, e até mesmo repulsa. Rompe com a fraternidade, nos fecha em nós mesmos, em torno do "nosso próprio umbigo". Achando que somos o centro das atenções, deixamos o outro "de escanteio", sem a devida consideração, na maioria das vezes faltando com a compaixão. Quantas pessoas conhecemos que agem assim? Quantas vezes nós mesmos agimos desse modo?

 - Jesus apresenta um remédio para esse mal: a humildade. Não se deixar levar pela vaidade ou pelo fetiche da glória e da honra. Ocupar o último lugar não pode se confundir com falsa modéstia, mas deve ser o autêntico reconhecimento do outro, que leva a promover e integrar a todos, sem distinção, pois se reconhece em cada pessoa a sua dignidade de filho amado de Deus. Na comunidade de fé, essa deve ser a atitude fundamental. O orgulho apenas gera divisão e alastra o mal.

- Uma justa estima de si mesmo traz aquela lucidez necessária para valorizar cada pessoa em sua singularidade. Cada pessoa é única e irrepetível. Ninguém é igual a ninguém, mas ninguém é melhor que ninguém. Reconhecer isso já é um grande passo. Se somos todos irmãos, precisamos nos dedicar com atenção, carinho e humildade uns para com os outros, zelando pelo bem do próximo e pela harmonia do todo.

- A humildade é o caminho da perfeição no amor. É como ensina aquele famoso livrinho, A Imitação de Cristo: "Não há melhor e mais útil estudo que conhecer-se perfeitamente e desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e favoravelmente dos outros, prova é de grande sabedoria e perfeição" (Lib. I, cap. 2, n. 4). A humildade abre as portas da mansidão, da generosidade, da graça de Deus. Os santos e santas viram na humildade a mais importante escola de sabedoria para aprender o significado de ser humano e ser de Deus.

- A vocação cristã é, em última instância, vocação à humildade. Na intimidade com o Senhor, que se busca e se aprofunda na oração pessoal e comunitária, na leitura e escuta da Palavra, na vivência do Batismo e da Crisma, na participação da Eucaristia, no serviço aos irmãos e irmãs na comunidade de fé, vamos assumindo o jeito de ser de Jesus, Mestre da Humildade e do Serviço. Evangelizar significa comunicar essa novidade de amor que não exclui nem cataloga ninguém, mas se abre como doação de amor para todas as pessoas. Essa é a vocação do Evangelizador, que celebramos neste último domingo de agosto!

- Como pede o Papa Francisco, o dia 1º de setembro é o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. A crise ecológica é um reflexo da crise da humanidade. Se não assumirmos a nossa responsabilidade em cultivar e guardar a Criação (Gn 2,15), entraremos em uma crise ainda mais grave e profunda. A natureza não é algo fora de nós que pede socorro - é a nossa própria vida e subsistência que é colocada em jogo. Forças de morte atuam, todo o tempo, para explorar e destruir a nossa Casa Comum. É preciso uma firme resposta cristã de empenho e decisão em favor da vida de todo o planeta. Todos somos parte uns dos outros. Tudo está interligado.

http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2022/06/28_08_22.pdf

03- Mês da Bíblia 2022

– O “Mês da Bíblia” é uma atividade da Igreja Católica no Brasil, iniciada em 1971, e pretende ser um tempo privilegiado para aprofundar o estudo de um livro ou uma temática bíblica. O tema do Mês da Bíblia deste ano de 2022 é o livro de Josué e o lema: “O Senhor Deus está contigo onde quer que andes” (Js 1.9). Foram escolhidos pela Comissão Pastoral de Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por outras instituições bíblicas, entre elas, o Serviço de Animação Bíblica (SAB/Paulinas), O motivo principal para a escolha do Livro de Josué é a comemoração dos 200 anos da “Independência do Brasil” (1822). Desse modo, desejamos que, ao estudar a entrada do povo hebreu na Terra Prometida e a distribuição da terra entre as tribos, conforme narra o Livro de Josué, possamos também refletir sobre a importância da terra em nossa história e alimentar a esperança de perceber em toda a trajetória do povo brasileiro a presença benevolente de Deus, que conduz a história (subsídio do Mês da Bíblia, Paulinas, Introdução, p. 5). Todos os anos, nos quadros do Mês da Bíblia, alternam-se livros do Antigo e do Novo Testamento. O objetivo é proporcionar a mais ampla educação bíblica possível (Subsídio da CNBB, apresentação, p. 5). Nossa proposta é ajudar a encontrar esperanças na leitura do Livro de Josué. Descobrir como é essencial na vida de toda pessoa ter onde pôr os pés e dizer: “esta é a minha casa....” Terra, trabalho e teto: eis os 3 Ts do Papa Francisco (idem, introdução, p. 7).

https://www.diocesedeerexim.org.br/painel/admin/upload/revistas_pdf/rev-355-8-missas_agosto_2022.pdf

 


SB SABENDO BEM DE 28 DE AGOSTO DE 2022

 

SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E DESTA SEMANA

01- PRA COMEÇO DE CONVERSA...

1.    Liturgia da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora;

2.    Quarto Domingo de agosto: Vocação dos Leigos e Leigas;

3.    Mês da Bíblia 2022.

 

 

02- LEITURAS DA MISSA DO 22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – C;

 

03- LITURGIA DA SEMANA DE 29 DE AGOSTO A 04 DE SETEMBRO; ORAÇÃO PELOS LEIGOS E ORAÇÃO PELOS CATEQUISTAS;

 

 

04- REFLEXÃO DOMINICAL I: QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO;

 

05- REFLEXÃO DOMINICAL II: MODÉSTIA E GRATUIDADE;

06-  VOCAÇÃO E MISSÃO DOS LEIGOS NA IGREJA E NO MUNDO;

07-  A BELEZA DA MISSÃO DO CATEQUISTA( PAPA FRANCISCO);

08-  ESPIRITUALIDADE: AS 8 “BEM-AVENTURANÇAS DO POLÍTICO”, SEGUNDO O INESQUECÍVEL CARDEAL VAN THUAN;

09-  ELEIÇÕES 2022- URNA ELETRÔNICA: SAIBA COMO FUNCIONA E POR QUE ELA É SEGURA;

10-  AGOSTINIANOS RECOLETOS;

11-  SANTO AGOSTINHO: VIDA, OBRAS E PENSAMENTOS FILOSÓFICOS E TEOLÓGICOS;

12-  SUGESTÃO DE LEITURA

1.    Agostinho – o Homem, o Pastor,o Místico (Agostinho Trapé);

2.    Na Estrada com Agostinho: uma espiritualidade do mundo real para corações inquietos ( K.A. Smith).

 


ENDEREÇO DO SB SABENDO BEM

 


Caro(a) Leitor(a) amigo(a):

O meu abraço fraterno e uma ótima semana a todos!

ACESSE SEMPRE O BLOG: sbsabendobem.blogspot.com e divulgue aos seus amigos, conhecidos e contatos nas redes sociais. Comente, faça sugestões. Agradeço!

Escreva para: sbsabedobem@gmail.com

 

# VACINAR É UM ATO DE AMOR!

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjReVNVngmIngQ824vkIGV2HqBnmRUhmWxwhhXWOT67uW5QdwWWeh-tEQjA_9I83qE-R_u6-X_j7y4p7816sJl0oYO-OYIZUKdIpvaiaajMbv2F815pX6zj9stWgL1ftAaWDSupKZgt_flCLHKvNyTPAnYFvRzz2NvhHnI12k4YEOfSEUGKyOIvLHha=w398-h400

EU CUIDO DE VOCÊ E VOCÊ CUIDA DE MIM E DEUS CUIDA DE NÓS!

 

 


LEITURAS DA MISSA 22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

 

LEITURAS DA MISSA

 

22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM -  ANO C

 

PRIMEIRA LEITURA (Eclo 3,19-21. 30-31)

 Leitura do Livro do Eclesiástico.

19Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. 20Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. 21Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes. 30Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende. 31O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria.

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

SALMO 67(68)

Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.

1. Os justos se alegram na presença do Senhor, * rejubilam satisfeitos e exultam de alegria. / Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! * O Seu nome é Senhor: exultai diante dele!

2. Dos órfãos ele é Pai e das viúvas protetor; * é assim o nosso Deus em sua santa habitação. / É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, * quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.

3. Derramastes, lá do alto, uma chuva generosa * e vossa terra, vossa herança, já cansada renovastes / e ali vosso rebanho encontrou sua morada; * com carinho preparastes essa terra para o pobre.

 

SEGUNDA LEITURA (Hb 12, 18-19.22-24a)

Leitura da Carta aos Hebreus.

 

Irmãos: 18Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, 19som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse. 22Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; 23da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; 24de Jesus, mediador da nova aliança.

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

ACLAMAÇÃO (Mt 11, 29ab)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou de manso e humilde coração.

EVANGELHO (Lc 14,1.7-14)

 

P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

T. Glória a vós, Senhor.

P. 1 Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7 Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8 “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9 e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”. 12E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.”

- Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor.'

 

 

 

 

LITURGIA DA SEMANA DE 29 DE AGOSTO A 04 DE SETEMBRO E ORAÇÕES PELOS LEIGOS E PELOS CATEQUISTAS

 

LITURGIA DA SEMANA DE 29 DE AGOSTO A 04 DE SETEMBRO

Dia 29, 2ªf, Martírio de São João Batista: Jr 1,17-19; Sl 70(71); Mc 6,17-29; Dia 30, 3ªf: 1Cor 2,10b-16; Sl 144(145); Lc 4,31- 37;

Dia 31, 4ªf: 1Cor 3,1-9; Sl 32(33); Lc 4,38-44;

Dia 1º, 5ªf, 1Cor 3,18-23; Sl 23(24); Lc 5,1-11;

Dia 02, 6ªf: 1Cor 4,1- 5; Sl 36(37); Lc 5,33-39;

Dia 03, Sáb., São Gregório Magno: 1Cor 4,6b-15; Sl 144(145); Lc 6,1-5;

Dia 04, Dom., 23º do TCC.: Sb 9,13-18; Sl 89(90); Fm 9b-10.12-17; Lc 14,25-33; (condições para ser discípulo). NOSSA SENHORA, MÃE DA CONSOLAÇÃO, Padroeira da Ordem dos Agostinianos Recoletos.

- 28/08 a 02/09 - Rezemos por nossos Bispos reunidos na 59º Assembleia Geral da CNBB. - 01/09 - Dia Mundial pelo cuidado da Criação.

ORAÇÃO PELOS LEIGOS

Senhor Jesus Cristo, Tu, que caminhastes no chão deste mundo, Testemunhando o Projeto de Deus para a humanidade, Ensinando homens e mulheres a viverem a radicalidade dos valores do Reino de Deus, Chamando todos à decisão do seguimento e a assumirem as exigências da Missão, Faze com que nós, cristãos leigos e leigas, Respondamos com a vida ao Teu chamado, Na nossa vida pessoal, na família, na comunidade, no trabalho, na ação política e na sociedade. Que hoje se revigorem em nós as motivações e a graça dos Sacramentos do Batismo e da Crisma, Doados pelo amor da Trindade Santa, Tornando-nos “protagonistas da evangelização”, Testemunhando presença na construção de uma sociedade justa e solidária. Que nossa disposição de conversão nos leve a amar os excluídos e a superar a exclusão Particularmente a exclusão dos empobrecidos e injustiçados, Para assumir com responsabilidade e discernimento A exigência de novos ministérios, Respondendo criativamente aos desafios de nosso tempo...Amém.

http://www.cnlb.org.br/?wpfb_dl=40

ORAÇÃO PELOS CATEQUISTAS

Ó Jesus, Mestre e Modelo de todo catequista, vós que pregastes por toda a parte o evangelho de Deus, abençoai nossos catequistas: homens e mulheres que se dispõem a ensinar vossa mensagem de salvação. Sejam eles mansos e humildes de coração, capazes de acolher, sem excluir ninguém, cada pessoa que vem à vossa procura. Sejam abertos ao Espírito Santo a fim de comunicar a vossa verdade, superar as dificuldades da missão recebida e dar testemunho de alegria e gratuidade na vossa Igreja. Aumentai, Senhor, em nossas comunidades, o número de pessoas dispostas a aplicar os próprios dons a serviço da catequese. Que estes vossos servidores, Senhor, cultivem profundo amor à vossa Palavra e busquem, mediante a instrução e a oração, novas energias para educar na fé uma multidão de seguidores do vosso Reino. Amém!

Pe. Luiz Miguel Duarte, sacerdote paulino

https://www.paulinos.org.br/capelavirtual/oracoes/oracao-pelos-catequistas

REFLEXÃO DOMINICAL I

 

REFLEXÃO DOMINICAL I

 

QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO

Lucas ao iniciar esse evangelho, faz questão de nos dizer que o Fariseu tinha uma “Ficha Limpa”, era alguém notável, íntegro, de boa índole, uma referência para a comunidade. Por ser admirado como grande Mestre, Jesus era sempre muito solicitado para estar á mesa com eles, na casa de algum líder da comunidade. O texto nos informa que “eles” o observavam, talvez para ver se tinha boas maneiras, se seguia a risca as determinações judaicas para se tomar uma refeição, ou simplesmente porque Jesus irradiava algo de sobrenatural, e cada gesto ou palavra sua, tinham um significado profundo.

Sem se sentir o centro das atenções e sem querer ser o grande “astro” ou celebridade, Jesus também se põe a observar o modo como os convidados do Fariseu escolhiam os primeiros lugares à mesa, e que era naturalmente os mais próximos ao Dono da Casa. Não sabemos em que lugar Jesus tomou assento, mas certamente não foi no lugar mais importante, julgando-se pela sua observação...

Penso ainda, que naquela refeição, Jesus notou que os serviçais tiveram que, educadamente, tirarem de seus lugares alguns que se julgavam o máximo e que deles haviam se apossado. Imaginem o “mico” de sair de um lugar mais importante para sentar-se em outro, menos importante. Vai ver que alguém se apressou em chamar Jesus para ocupar o lugar principal ao lado do Fariseu Anfitrião. Ao ver o constrangimento desses convivas, Jesus deve ter esboçado um leve sorriso aos que estavam ali por perto.

Em nossas comunidades algo semelhante ocorre nas ações litúrgicas, principalmente quando se trata da Santa Missa. Os lugares mais próximos do Padre são os mais visados e disputados nas escalas. Aliás, Liturgia é uma das maiores vitrines da nossa Igreja, nela os Egos são alisados, e os prazeres e alegrias plenamente satisfeitos. E quando a Paróquia realiza algum evento, como um Jantar Dançante, por exemplo, as mesas mais próximas a do Padre são as mais procuradas, ás vezes até reservadas com antecedência. Há muitas disputas para cargos que “aparecem”, mas por trabalhos humildes, que ficam quase no anonimato, não há disputas ou concorrências.

Poderia se disputar, por exemplo, quem faz mais visitas aos enfermos, aos pobres, aos presos, quem se doa mais a essas classes sofridas e injustiçadas, às vezes até dentro da própria comunidade. O que isso nos mostra?

Que o Amor doação, que se faz serviço desinteressado ao outro, anda meio longe de nossas comunidades, em certas ocasiões. É nesse sentido que Jesus alerta para esse perigo em nossas comunidades, onde quem se exalta vai acabar sendo humilhado, de que jeito? No dia em que a casa cair e todos ficarem sabendo de suas reais intenções. A humilhação será grande e a pessoa, envergonhada por ser desmascarada, vai acabar sumindo da comunidade. O que Jesus exalta nesse evangelho é exatamente a gratuidade nas relações fraternas, uma ajuda, um trabalho, uma ação feita a favor do outro, e que nada espera de recompensa ou gratificação. Nessa linha que devemos compreender a exortação de não convidar pessoas importantes para almoçar em nossa casa, mas sim de pessoas que nunca poderão retribuir. Jesus não é contra a ideias de acolhermos pessoas queridas em nossa casa para uma refeição, o que ele ensina é que, a conduta de um cristão, dentro da comunidade e fora dela, deve ser pautada pelos valores do evangelho, e não pelas grandezas fantasiosas que o mundo nos propõe. No mundo o que vale é o TER, na comunidade é o SER.

A interferência do TER no SER na Vida eclesial resulta em numa comunidade de relações mercantilizadas, onde cada um busca o benefício próprio e não o Bem Comum.

José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  
jotacruz3051@gmail.com

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0317.htm#msg01

 

 

REFLEXÃO DOMINICAL II

 

REFLEXÃO DOMINICAL II

 

Modéstia e gratuidade

 

Jesus é um destes hóspedes que não ficam reféns de seus anfitriões. Já o mostrou a Marta (16º dom); mostra-o também hoje (evangelho). O anfitrião é um chefe dos fariseus. A casa está cheia de seus correligionários, não muito bem-intencionados (14,2). Para começar, Jesus aborda o litigioso assunto do repouso sabático, defendendo uma opinião bastante liberal (14, 3-6). Depois, numa parábola, critica a atitude dos fariseus, que gostam de ser publicamente honrados por sua virtude, também nos banquetes, onde gostam de ocupar os primeiros lugares.

Alguém que ocupa logo o primeiro lugar num banquete não pode mais ser convidado pelo anfitrião para subir a um lugar melhor; só pode ser rebaixado, se aparecer alguma pessoa mais importante. É melhor ocupar o último lugar, para poder receber o convite de subir mais. Alguém pode achar que isso é esperteza. Mas o que Jesus quer dizer é que, no Reino de Deus, a gente deve estar numa posição de receptividade, não de auto-suficiência.

A segunda parábola relaciona-se também com o banquete: não convidar os que nos podem convidar de volta, mas os que não têm condições para isso. Só assim nos mostraremos verdadeiros filhos do Pai, que nos deu tudo de graça. Claro que esta gratuidade pressupõe a primeira atitude: o saber receber.

Portanto, a mensagem de hoje é: saber receber de graça (humildade) e saber dar a graça (gratuidade). A 1ª leitura sublinha a necessidade da humildade, oposta à auto-suficiência. A 2ª leitura não demonstra muito parentesco temático com a 1ª e o evangelho. Contudo, complementa o tema da gratuidade, mostrando como Deus se tornou, gratuitamente, acessível para nós, em Jesus Cristo. O tom da leitura é de gratidão por este mistério.

Graça, gratidão e gratuidade são os três momentos do mistério da benevolência que nos une com Deus. Recebemos sua “graça”, sua amizade e bem-querer. Por isso nos mostramos agradecidos, conservando seu dom em íntima alegria, que abre nosso coração. E deste coração aberto mana uma generosa gratuidade, consciente de que há mais felicidade em dar do que em receber (cf. At 20,35). O que não quer dizer que a gente não pode gostar daquilo que recebe. Significa que só atingirá a verdadeira felicidade quem souber dar gratuitamente. Quem só procura receber, será um eterno frustrado.

Com vistas à comunicação na magnanimidade, a humildade não é a prudência do tímido ou do incapaz, nem o medo de se expor, que não passa de egoísmo. A verdadeira humildade é a consciência de ser pequeno e de ter que receber, para poder comunicar. Humildade não é tacanhice, mas o primeiro passo da magnanimidade. Quem é humildade não tem medo de ser generoso, pois é capaz de receber. Gostará de repartir, porque sabe receber; e de receber, para poder repartir. Repartirá, porém, não para chamar a atenção para si, como o orgulhoso que distribui ricos presentes, e sim, porque, agradecido, gosta de deixar seus irmãos participar dos dons que recebeu.

Podemos também focalizar o tema de hoje com uma lente sociológica. Torna-se relevante, então, a exortação ao convite gratuito. Jesus manda convidar pessoas bem diferentes daquelas que geralmente se convidam: em vez de amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos, convidem-se pobres, estropiados, coxos e cegos – ou seja, em vez do círculo social da gente, os marginalizados. E na parábola seguinte, do grande banquete, o “senhor” convida, finalmente, exatamente as quatro categorias mencionadas (Lc 14,21).

O amor gratuito é limitação do amor de Deus. A autenticidade do amor gratuito se mede pela pouca importância dos beneficiados: crianças, inimigos, marginalizados, enfermos (cf. tb. Mt 25, 31-46). Jesus não proíbe gostar de parentes e vizinhos. Mas realmente imitar o amor gratuito, a hésed de Deus, a gente só o faz na “opção preferencial” pelos que são menos importantes.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

Mensagem

Simplicidade e gratuidade

 

As leituras de hoje insistem em virtudes fora de moda: mansidão e humildade (1ª leitura), modéstia e gratuidade (evangelho). Quanto à modéstia, Jesus usa um argumento da sabedoria popular, do bom senso: se alguém for sentar no primeiro lugar num banquete e um convidado mais digno chegar depois dele, esse primeiro terá de ceder seu lugar e contentar-se com qualquer lugarzinho que sobrar. Mas quem se coloca no último lugar só pode ser convidado para subir e ocupar um lugar mais próximo do anfitrião.

Ora, citando essa humildade de quem se faz de burro para comer milho, Jesus pensa em algo mais. Por isso, acrescenta uma outra parábola, para nos ensinar a fazer as coisas não por interesse egoísta, mas com gratuidade. Seremos felizes – diz Jesus – se convidarmos os que não podem retribuir, porque Deus mesmo será então nossa recompensa. Estaremos bem com ele, por termos feito o bem aos seus filhos mais necessitados.

A gratuidade não é a indiferença do homem frio, que faz as coisas de graça porque não se importa com nada, pois isso é orgulho! Devemos ser gratuitos simplesmente porque os nossos “convidados” são pobres e sua indigência toca o nosso coração fraterno. O que lhes damos tem importância, tanto para eles como para nós. Tem valor. Recebemo-lo de Deus, com muito prazer. E repartimo-lo, porque o valorizamos. Dar o que não tem valor não é partilha: é liquidação… Mas quando damos de graça aquilo que com gratidão recebemos como dom de Deus, estamos repartindo o seu amor.

Tal gratuidade é muito importante na transformação que a sociedade está necessitando. Importa não apenas “fazer o bem sem olhar para quem” individualmente, mas também social ou coletivamente: contribuir para as necessidades da comunidade, sem desejar destaque ou reconhecimento especial; trabalhar e lutar por estruturas mais justas, independentemente do proveito pessoal que isso nos vai trazer; praticar a justiça e humanitarismo anônimos; ocupar-nos com os insignificantes e inúteis…

Assim, a lição de hoje tem dois aspectos: para nós mesmos, procurar a modéstia, ser simplesmente o que somos, para que a graça de Deus nos possa inundar e não encontre obstáculo em nosso orgulho. E para os outros, sermos anfitriões generosos, que não esperam compreensão, mas, sem considerações de retorno em dinheiro ou fama, oferecem generosamente suas dádivas a quem precisa.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

 

https://www.dioceseunivitoria.org.br/2019/08/22o-domingo-do-tempo-comumano-c/

 

VOCAÇÃO E MISSÃO DOS LEIGOS NA IGREJA E NO MUNDO

 

Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo

 

Por Conselho Nacional dos Leigos (CNL)

 

 “… Aos leigos engajados, como filhos da Igreja e em nome da sua fé, nas tarefas temporais; aos leigos que, por algum motivo, estão pouco empenhados, para que se sintam estimulados a tomar seu lugar na Igreja e no mundo…” (Mensagem do Papa aos Bispos do Brasil, 4 abril de 1986).

 

1.    Desafios que a realidade hoje apresenta à Igreja

 

Após duas décadas de um regime que consolidou, no Brasil, um modelo autoritário de capitalismo concentrador de riqueza, vivemos um período de transição que traz esperança de um futuro melhor.

Para que esta esperança se torne realidade devemos superar os muitos obstáculos que hoje impedem que se viva conforme a dignidade própria de filhos de Deus.

Dentre tais obstáculos, assinalamos aqueles que são, hoje, os principais desafios à missão evangelizadora da Igreja.

Em primeiro lugar, os problemas do mundo do trabalho urbano e rural: a situação angustiante dos desempregados, “dos subempregados”, dos que ganham salário mínimo e uma grande maioria da economia submersa que ganha menos ainda que um salário mínimo e dos milhões de trabalhadores rurais sem terra.

A nobre luta pela justiça social, onde se destacam a luta dos trabalhadores pelos seus direitos e a luta pela terra, no campo e na cidade, é indispensável para que a Igreja tenha credibilidade no anúncio do Reino.

Outros desafios no mundo político: Saudamos o fim do regime autoritário e a convocação de uma constituinte, mas já manifestamos nossa apreensão sobre os caminhos adotados para a sua concretização, à medida que vemos limitada a participação popular nesse processo, do qual deveria emergir uma nova ordem social justa e igualitária.

É preciso que o atual momento político seja ocasião para a consolidação de um poder realmente emanado das bases populares para que não sejam frustradas as esperanças de milhões de brasileiros.

Observamos, apreensivos, recuos em medidas que visam atender às aspirações urgentes do nosso povo. Dentre estes, destacamos os que se observam na questão da reforma agrária, cujas reformas foram anunciadas em termos corajosos num primeiro momento, não se confirmando até hoje as medidas então prometidas.

Desafios importantes é também o que traz o mundo da cultura, onde se assiste hoje à difusão manifestante da cultura consumiste eliminando o potencial criativo do nosso povo; sem negar o valor das técnicas e das ciências, temos que conjugá-las com nossas raízes culturais mais autênticas, sem submissão a modelos culturais pré-fabricados.

 

Assinalamos também o desafio presente no mundo da família, principalmente no caso das famílias pobres, às quais falta o apoio da sociedade para que tenham uma vida digna e que ficam entregues à própria sorte, particularmente os menores e as mulheres.

Ultrapassando os limites da área familiar, surge ainda como desafio a desigualdade entre homem e mulher, que nem a sociedade, nem a Igreja conseguiram alterar positivamente.

À mulher cabe sempre o serviço, a responsabilidade mal repartida, o salário desigual, a participação dificilmente conquistada e o poder de decisão inatingível.

Enfim, lembramos a situação da juventude, sujeita a todos esses desafios e que deve encontrar meios próprios para enfrentá-los. Todos esses desafios da realidade brasileira são hoje um apelo à Igreja para engajar-se de modo cada vez mais profundo e corajoso no grande movimento histórico de construção de uma nova sociedade justa e fraterna.

 

2.    Como a Igreja está respondendo aos desafios: fatos notáveis

 

Frente aos grandes desafios, a Igreja vem buscando respostas, algumas das quais podem ser qualificadas de notáveis pelos seus efeitos especialmente benéficos quanto à nova forma de sua presença no mundo. São também notáveis por realizarem concretamente o projeto da Igreja definido pelo Concílio Vaticano II.

2.1.        As comunidades eclesiais de base (CEBs)

 

As CEBs, nova forma de ser Igreja, de ser Povo de Deus, multiplicam-se hoje no Brasil e em quase toda América Latina, recuperando a identidade das comunidades primitivas descritas nos Atos dos Apóstolos.

Nascidas entre os pobres e oprimidos, as CEBs e as Pastorais específicas são hoje o mais eloquente testemunho da Igreja que, compreendendo o sentido histórico da irrupção do Reino, vai comprometendo a todos na tarefa de edificá-lo desde aqui e agora através das conquistas parciais e imperfeitas que o antecipam. Esse espírito que anima as CEBs, mostrando a força dos fracos, as torna um dos mais notáveis fatos da vida da Igreja após o Concílio.

2.2.        As Assembleias do Povo de Deus

 

As Assembleias Diocesanas e outras formas de participação conjunta de leigos e hierarquia nas decisões da Igreja, tornam hoje palpável a proposta de corresponsabilidade do Povo de Deus nos organismos decisórios que iluminam e animam. Nessas Assembleias todos participam e se respeitam mutuamente, reconhecendo a dignidade que a todos confere o Batismo. Assim se realiza a proposta do Concílio, que define a Igreja não mais a partir da hierarquia, mas como um povo igualmente comprometido na sua missão evangelizadora, no qual exercem diferentes ministérios igualmente dignos e necessários ao anúncio efetivo do Reino.

2.3.        A Palavra de Deus na vida

 

A descoberta da Bíblia no pós-Concílio veio marcada por sua estreita participação com os fatos da vida cotidiana, através da reflexão comunitária, como se dá nos Círculos Bíblicos e nos grupos de reflexão. O texto bíblico vai sendo aprendido em confronto com os fatos vividos na comunidade, principalmente os fatos onde se revelam os desígnios de Deus para os pobres e pequenos que sofrem. Essa ligação entre a Bíblia e a vida é a fonte de fé, esperança e amor nas comunidades e é ela que anima a caminhada em busca do Reino.

2.4.        O compromisso dos cristãos no mundo

 

A crescente integração entre fé e vida, fé e atuação transformadora, fé e compromisso político, torna hoje explícito o sentido último e decisivo de nossa ação no mundo: trata-se da antecipação do Reino que não se esgota nas limitadas conquistas históricas, mas passa necessariamente por elas. Se noutras eras também houve homens e mulheres, cristãos ou não, que de muitas maneiras lutaram pela libertação integral do homem, no passado era obscura a relação entre sua ação e as exigências da fé cristã. Hoje a vivência da fé cristã exige o compromisso de ação no mundo, o testemunho, o profetismo, e até a aceitação do martírio por fidelidade à missão. A compreensão cada vez mais difundida desta relação entre fé e compromisso na história é um dos fatos mais notáveis nesta Igreja de tantos mártires, em nosso país e no conjunto da América Latina.

3.    Questões colocadas a partir da nossa prática

 

Esta caminhada da Igreja não se faz sem problemas. Enfrentando desafios novos e buscando novas formas de ação, encontramos pela frente lacunas e deficiências que nos atingem diretamente enquanto leigos. Não podemos agora recorrer a antigas fórmulas, por mais que valorizemos as experiências passadas, pois a fidelidade à Tradição e ao presente exige que encontremos maneiras novas de viver a mesma fé de sempre.

3.1.        Quanto à presença no mundo

 

Nas nossas práticas concretas vamos construindo nossa identidade como aquela porção do Povo de Deus que mais profundamente penetra a massa a ser fermentada pela presença da Igreja e o anúncio da sua mensagem, na convivência cotidiana com todos os homens e mulheres. Se a Hierarquia tem a função de animar e celebrar sacramentalmente a missão da Igreja, a nós, leigos, cabe tornar efetiva essa mesma missão em todos os ambientes, em todos os grupos humanos, em todas as estruturas que devem ser humanizadas. Mas nem sempre somos identificados como Igreja, nem reconhecidos como presença da Igreja no mundo. É preciso, portanto, encontrar novas formas de reconhecimento do leigo para que nossa presença no mundo seja por todos vista como presença da Igreja.

Nossa espiritualidade é hoje encarnada na história, na efetiva vivência do compromisso transformador do mundo como opção de fé. A fidelidade à missão vem dar novo sentido à celebração sacramental, aos momentos fortes da expressão ritual, vinculando-se intimamente à nossa vida. Nossa forma de seguir Jesus, ou espiritualidade, tem como marca a luta pela vida e vida em abundância. Precisamos ainda aprofundar essa espiritualidade para que nossa ação seja sempre impregnada pela fé que lhe dá seu sentido último e decisivo.

Os atuais desafios que enfrentamos exigem melhor formação para o laicato. Ela deve ser formação na ação, isto é, partindo da ação sempre avaliada, criticada e interpelada pelo Evangelho. É preciso que nossas práticas sejam corrigidas ou reformadas, à luz da Palavra de Deus, para que sejam realmente fecundas. Além disso, muitos leigos são chamados a uma formação mais sistemática que lhes permita assumir tarefas especiais na Igreja, inclusive na área teológica. É bom que recebam uma formação conjunta com os clérigos, como já tem ocorrido.

 

 

3.2.        Quanto ao lugar na Igreja

 

O leigo, homens e mulheres em condições de igualdade, tem o direito e o dever de participar da vida da Igreja. Por isso devemos participar ativa e responsavelmente das instâncias de decisão, de modo a assumir a missão da Igreja como nossa missão. A experiência de participação nas Assembleias do Povo de Deus, nos Conselhos e em outros organismos pastorais tem sido positiva e deve ser avaliada e incentivada.

O leigo é também desafiado a organizar-se autonomamente em estruturas eclesiais intermediárias: associações, movimentos, pastorais específicas e outras formas de articulação que melhor nos preparem e apoiem para o desempenho da nossa missão. A organização do laicato deve ser sempre intimamente articulada com a participação na comunidade eclesial, nos seus diversos níveis. Por isso esperamos ver incentivadas essas iniciativas, através das quais viveremos mais efetivamente a comunhão eclesial e aportaremos à Igreja nossa contribuição específica.

 

Conclusão

 

Aqui estão colocados em comum, nossa vivência, nossa visão, nossos problemas de leigos engajados à luz da fé e segundo os ensinamentos do Vaticano II.

Conselho Nacional dos Leigos (CNL)

 

https://www.vidapastoral.com.br/artigos/missao/vocacao-e-missao-dos-leigos-na-igreja-e-no-mundo/