segunda-feira, 20 de maio de 2024

BEM-VINDO AO SB SABENDO BEM DE 19 DE MAIO DE 2024

 

 

Sabendo Bem

A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. (I Coríntios 1, 18).

DOMINGO,  19 DE MAIO DE DE 2024

                                               

SEJA BEM-VINDO!               

 

Liturgia para a Solenidade de Pentecostes

 

“Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. (Jo 20, 22b-23).

A PAZ ESTEJA CONVOSCO!

 

- Espírito Santo: força da ação evangelizadora e santificador de todos os fiéis.

 

Ano de Oração em preparação ao Jubileu de 2025: “Peregrinos de Esperança”.

 

 - Coleta para o Projeto Igrejas-irmãs Rio Grande do Sul – Moçambique

- HOMENAGEN ESPECIAL AO ZEZÉ BONADIMAN FALECIDO EM 1 DE MAIO(QUINTA-FEIRA).

 

https://youtu.be/LOjQHOxmC4o

 

A NÓS DESCEI DIVINA LUZ...

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

 

 

2.1-       OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

(A Solenidade de Pentecostes possui uma Missa da Vigília, que deve ser celebrada no sábado à tarde e à noite, e cujas orações próprias estão no Missal Romano, p.373-374; as leituras próprias estão no Lecionário Dominical, p.537-542.)

“O Espírito Santo é a alma da Igreja”, sem Ele, nada podemos realizar, e sua ação é mais visível quando nos reunimos em comunidade para celebrar a nossa fé e a nossa vida. Acolhendo o grande Dom de Deus.

Celebramos hoje o dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo, junto à Mãe do Senhor. A plenitude do Espírito é a característica dos tempos messiânicos, manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na vida dos discípulos e suscita atitudes de bondade, justiça, paz e reconciliação. É o início da ação missionária da Igreja e o princípio de sua fecundidade.

. Celebrando hoje a Solenidade de Pentecostes, a nossa vida é repleta de alegria pascal, pois estes mistérios celebrados são levados à plenitude com a vinda do Espírito Santo sobre a comunidade reunida. Numa só fé, o Defensor prometido por Jesus faz a Igreja nascer e dá a todos o conhecimento do verdadeiro Deus, que reúne a todos os povos divididos pela antiga separação. Na diversidade de línguas e raças, o povo agora entende numa só fé, pois é o Espírito que une a todos.

Irmãos e irmãs, hoje celebramos o dia em que o mistério pascal atingiu a sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja nascente. Nós que vivemos nesta grande cidade convivendo com tantas culturas, damos graças ao Pai porque o Espírito revelou a todos os povos o mistério escondido nos séculos e reuniu todas as raças na alegria da salvação. Por força desse mistério, seremos revestidos da força do Espírito para sermos testemunhas do Cristo ressuscitado.

2.2-       Liturgia da Solenidade de Pentecostes

- A Leitura dos Atos dos Apóstolos é um convite a viver a unidade em meio as tantas diferenças existentes na comunidade de fé. E tudo tem o seu começo pelo bom diálogo. A comunidade reunida só realiza plenamente a vontade de Deus, pois aquilo que existe em seu seio não é objeto de vontades humanas, por vezes, carregada de desejos mesquinhos e soberbos. Aqui, é o Espírito Santo que conduzirá o povo de Deus. Na antiga Babel, o pecado gerou a divisão, a separação, a não-compreensão entre as pessoas, pois no fundo desejavam "ser como deuses". Na festa de Pentecostes, na plenitude do evento salvífico, Jesus cumpre sua promessa e envia sobre os apóstolos reunidos em Jerusalém aquele que será o paráclito, o defensor, o nosso advogado: o Espírito Santo.

- O salmista canta a força que o Espírito Santo tem para reviver todas as coisas que perderam o seu 'hálito de vida'. A terra toda é renovada, pois a ação de Deus é contagiante, alegre e grandiosa. As obras divinas são incontáveis e fazem a alma do fiel vibrar de alegria, pois ele sabe que Deus não o abandona. -A Carta de São Paulo aos Coríntios evoca a unidade que gera a manifestação do Espírito, mesmo perante a diversidade de dons e carismas presentes na comunidade. Todos receberam a mesma graça que veio do alto e assim, ficaram repletos deste bem comum que une a cada um e portanto, não há mais separação. Usemos nossos dons para o bem de nossa comunidade e não atrapalhemos a ação do Espírito Santo que nos quer comunicar a vida em abundância.

- Nesta celebração, a sequência de Pentecostes é cantada. Nela a ação do Espírito Santo está sobre cada um de nós. Ele é o "raio de luz" que afasta o mal das trevas que assombra a nossa fé. Com seus Sete Dons, fortalece a vida do cristão e o lança sempre mais para a missão. Ele é o consolo, o descanso, a saúde do doente, o que acalenta os corações, a esperança para os desesperançados. O Espírito Santo é a alma da Igreja!

- No Evangelho segundo João, a Ressurreição e Pentecostes acontecem no mesmo instante. O Espírito Santo é a força dinâmica que impulsiona e guia a comunidade, pois a luz do Ressuscitado não pode permanecer "trancada". O medo, a desconfiança, a falta de esperança prendem aqueles que querem seguir a Jesus e a viver seu projeto de amor. Mas com sua ressurreição, Jesus liberta os homens e as mulheres por amor e para a vivência do amor. Sua vinda e morte na cruz foi para salvar o mundo e não condenar as pessoas. É pelo Espírito Santo, que os nossos pecados são perdoados e nossa vida ganha um novo sentido. É por isso que não podemos ignorar a ação do Paráclito em nossas vidas. É preciso constantemente recorrermos ao Espírito e sentir sua ação nas realidades existenciais de nossa vida dando-nos Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Conhecimento, Piedade e Temor de Deus. O Espírito agirá e fará aquilo que sempre for o melhor na vida de cada filho de Deus.

 - Não percamos a graça em nossas vidas. Abramo-nos à sua ação e deixemos ser guiados por aquele que nos sustente e direciona em nosso caminhar hoje e sempre: o Espírito Santo, o Amor de Deus derramado em nossos corações. Que estejamos sempre atentos àquilo que Ele tem a nos dizer, mover, orientar e conduzir.

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2024/04/19_05_24.pdf

2.3-        Músicas para a Solenidade de Pentecostes

https://youtu.be/6bFHX3ufNtg?si=WNYgNhGx6sfWTurh

2.4-       Encerramento do Tempo Pascal

Com a celebração de Pentecostes encerramos o Tempo Pascal. O Espírito Santo é força para dialogar e compreender. Sem deixar de apresentar a verdade de Cristo Jesus, saiamos desta missa com o propósito de buscar e acolher quem pensa, sente e vive de modo diferente ao nosso. É o Espírito Santo quem vai conduzir este encontro, fazendo transparecer o bem e a unidade. Cabe a nós não fechar o coração ao que o Espírito nos quer mostrar. 23. Bênção Final e D

2.5- RITO PARA APAGAR O CÍRIO PASCAL

P.Irmãos e irmãs, na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa Luz e acendemos o círio pascal. A luz do círio nos acompanhou nestes cinquenta dias. Hoje, dia de Pentecostes, ao concluir o tempo da Páscoa, o círio é apagado. Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do Mestre ressuscitado, nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu. O celebrante se aproxima do Círio Pascal e recita ou canta: P.Cristo, luz do mundo! T. Demos graças a Deus! Então, apaga o Círio Pascal. Em seguida, ainda voltado para o Círio, diz a oração: P.Dignai-vos, ó Cristo, acender nossas lâmpadas da fé; que em vosso templo elas refuljam constantemente, alimentadas por vós, que sois a luz eterna. Sejam iluminados os recantos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo. Vós, que viveis e reinais para sempre. T. Amém.

2.6- HOMENAGEM ESPECIAL AO JOSÉ AVALCYR BONADIMAN(ZEZÉ)

 

 

2.6- HOMENAGEM ESPECIAL AO JOSÉ AVALCYR BONADIMAN(ZEZÉ)

 

José Avalcyr Bonadiman nasceu em São José do Cantagalo no dia 27 de fevereiro de 1943. Era o terceiro mais velho dos filhos e filhas do Sr, Bruno Bonadiman e Argentina Paula Bonadiman.

Éramos 13 irmãos Já partiram para a casa do Pai: Moacir, Lucília, Salécio Giovanni e Tarcísio e agora o Zezé.

Depois que mamãe e papai faleceram, a Ana Elza assumiu o Zezé por 22 anos. Ele morava em Cachoeiro de Itapemirim na casa da Ana Elza, conhecida por “Deda”, que juntamente com o Zé Maria e familiares fizeram de tudo por este nosso irmão, que quando morava em Monte Verde, era conhecido e querido por todas as pessoas. O Zé apesar de ter tido um problema nas cordas vocais, antes dos três anos, não conseguia falar, mas nós da família, entendíamos a “linguagem” dele. Era uma pessoa muito inteligente e gostava de participar de tudo, com alegria e sonoras risadas. Falava que teve várias namoradas e, até filhos( isso tudo na mente dele...). Era muito carinhoso.

Esteve doente há mais de um ano; foi internado várias vezes em Cachoeiro e em Itapemirim. O afeto das cuidadoras lhe fazia um bem danado. Em nome de nossa família, agradeço o carinho e afeto que todas vocês tiveram para com ele.

Era internado, tinha alta e retornava à casa da Deda. As doenças que levaram o Zezé a óbito foram basicamente duas: Insuficiência respiratória e Infecção urinária.

No dia 13 de maio foi intubado novamente e desta vez não teve jeito. No dia 16 de maio foi avisado que daquele dia não passaria...E foi aquela correria, sobretudo para nós de mais longe. Eu soube na hora do almoço e à noite( 18h45) no Expresso União, viajei para Cachoeiro, chegando à cidade às 8h30; Fabrício e Verônica foram me buscar na rodoviária e de lá fomos para o Cemitério Parque. O meu muito Obrigado!

Deste cemitério fomos, no dia 17 de maio, depois das 9 horas para São Vicente, onde uma Ministra da Palavra começou as Orações na Igreja e concluiu as Orações Fúnebres no Cemitério, antes do sepultamento.O nosso Muito Obrigado!

Agradeço a todos que se fizeram presentes. Da irmandade faltaram apenas o Ademar( com o fêmur quebrado) e a Celita(está muito fraca e não agüentaria a viagem). Os demais irmãos e irmãs estiveram presentes: Ana Elza, Neusa, Sérgio, Cidimar, Idalécio e Marilena. Vários cunhados, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas e outros parentes, além de conhecidos/as, amigos/as

No período da doença do Zezé, a família agradece ao Cidimar por todo o apoio que ele deu, especialmente na parte financeira, no que diz respeito ao trabalho das cuidadoras.. O nosso Muito Obrigado!

Mesmo as pessoas que não puderam ir, não se esquecerão deste nosso irmão Especial.

Contamos com suas Orações. E convidamos a todos para a Missa de Sétimo Dia 22 de maio, quarta-feira às 19 horas na Paróquia Nossa Senhora da Consolação.Aqui em São Paulo, a Missa deSétimo Dia será na quarta-feira, 22 de maio na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, Vila Mariana, às 20 horas.

Zezé, Nós, seus Irmãos e Família Bonadiman, agradecemos os seus 81 anos de vida entre nós. Nosso Muito  Obrigado! Que Deus o receba em sua Glória neste Tempo pascal e mariano. Nossa Senhora, Rogai por ele e por todos nós!

SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E DESTA SEMANA

 

SB SABENDO BEM DESTE DOMINGO E DESTA SEMANA

2.1-        OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

2.2-        Liturgia da Solenidade de Pentecostes– Ano B;

 

2.3-        Encerramento do Tempo Pascal;

 

2.4-        Músicas para a Solenidade de Pentecostes;

 

2.5-        Rito para apagar o Círio Pascal;

 

2.6- HOMENAGEM ESPECIAL AO JOSÉ AVALCYR BONADIMAN(ZEZÉ)

 

2.7-        LEITURAS DA MISSA DA SOLENIDADE DE PENTECOSTES - ANO B;

 

2.8-        LITURGIA DA SEMANA: 20 DE MAIO A 26 DE MAIO DE 2024- ORAÇÃO DO JUBILEU 2025;

 

2.9-        REFLEXÃO DOMINICAL I: HOMILIA DE DOM HENRIQUE SOARES COSTA- PENTECOSTES- ANO B;

 

2.10-     REFLEXÃO DOMINICAL II: EM PENTECOSTES CELEBRAMOS O GRANDE MISTÉRIO DE NOSSA FÉ;

2.11-     REFLEXÃO DOMINICAL III: PARTOS, MEDOS, ELAMITAS...

2.12-     SANTOS AGOSTINIANOS NO MÊS DE MAIO;

2.13-     ECUMENISMO EM ATOS;

2.14-     O ESPÍRITO SANTO E OS PADRES DA IGREJA;

2.1.4- "DIA DAS MÃES E  DAS "NANÃES":

RESPEITO, DIGNIDADE E DIREITOS IGUAIS PARA TODAS"- Lindolivo Soares Moura(*)

2,1,5-  SANTO AGOSTINHO: O ESPÍRITO SANTO E CRISTO NO COMENTÁRIO DO QUARTO EVANGELHHO E NO TRATADO TRINITÁRIO;

2.1.6-    DICAS DE LEITURAS:

1.    O Grande Desconhecido. O Espírito Santo e seus Dons (Antonio Royo Marin- autor e Ricardo Harada- Tradutor);

2.    O Espírito Santo e seus Dons( Kenneth E.Hagin).

2.15-     SB SABENDO BEM DE 19 DE MAIO DE 2024 INFORMA.

LEITURAS DA MISSA DE PENTCOSTES – ANO B

 

 

LEITURAS DA MISSA DE PENTCOSTES  – ANO B

 

O Espírito Santo é o grande dom do Cristo Ressuscitado. Ele gera a unidade e a paz, abrindo nossos corações à missão evangelizadora.

Primeira Leitura (At 2,1-11)

 Leitura dos Atos dos Apóstolos

 1 Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2 De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3 Então apareceram línguas como de fogo que se re- partiram e pousaram sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5 Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6 Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7 Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus?8 Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9 Nós que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus na nossa própria língua!”

 Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

Salmo Responsorial[Sl 103(104)]

REFRÃO: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai. 1. 1aBendize, ó minha alma, ao Senhor! *

1bÓ meu Deus e meu Senhor, como sois grande! 24aQuão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! * 24cEncheu-se a terra com as vossas criaturas!

 2. 29bSe tirais o seu respiro, elas perecem * 29ce voltam para o pó de onde vieram. 30Enviais o vosso espírito e renascem * e da terra toda a face renovais.

3. 31Que a glória do Senhor perdure sempre, * e alegre-se o Senhor em suas obras! 34Hoje seja-lhe agra- dável o meu canto, * pois o Senhor é a minha grande alegria!

 Segunda Leitura(1Cor 12,3b-7.12-13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

 Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. 4 Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5 Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6 Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. 7 A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.

 Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 Sequência

1. Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!

2.Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.

3.Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!

4.No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.

5. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!

6. Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.

 7. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.

 8.Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.

 9. Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.

10. Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém.

Aclamação ao Evangelho

REFRÃO: Aleluia, aleluia, aleluia!

 L.Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador!

Evangelho (Jo 20,19-23)

P.O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós

. P. = Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João. T. Glória a vós, Senhor.

 P. 19AO ANOITECER DAQUELE DIA, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou- -lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.

Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor.

LITURGIA DA SEMANA – DE 20 DE MAIO A 26 DE MAIO DE 2024

 

LITURGIA DA SEMANA – DE 20 DE MAIO A 26 DE  MAIO DE 2024

7.ª Semana da Páscoa

20- 2ª Gn 3,9-15.20 ou At 1,12-14 / Sl 86(87) / Jo 19,25-34 (Memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja)

21- 3ª Tg 4,1-10 / Sl 54(55) / Mc 9,30-37

22-  4ª Tg 4,13-17 / Sl 48(49) / Mc 9,38-40

23- 5ª Tg 5,1-6 / Sl 48(49) / Mc 9,41-50

24- 6ª Tg 5,9-12 / Sl 102(103) / Mc 10,1-12

25- Sáb.: Tg 5,13-20 / Sl 140(141) / Mc 10,13-16

26- Dom.: Santíssima Trindade, Solenidade, Ano B

Hoje, omite-se a Memória de São Filipe Néri, presbítero

Dt 4,32-34.39-40;Sl 32(33),4-5.6.9.18-19.20.22 (R. 12b);Rm 8,14-17;

Mt 28,16-20

 

 

Oração de Invocação do Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos:

Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo.

Fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.

Amém.

https://www.oracaoefe.com.br/oracao-do-espirito-santo/

REFLEXÃO DOMINICAL I Homilia de D. Henrique Soares da Costa – Pentecostes – Ano B At 2,1-11;Sl 103;Gl 5,16-25;Jo 20,19-23

 

 

REFLEXÃO DOMINICAL I

Homilia de D. Henrique Soares da Costa – Pentecostes – Ano B

 

At 2,1-11;Sl 103;Gl 5,16-25;Jo 20,19-23

Caríssimos, estamos no sagrado Pentecostes. Frequentemente, o sentido profundo da hodierna solenidade é passado por alto. Diz-se simplesmente: hoje o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos no Cenáculo e a Igreja iniciou sua missão pública. Eis: é tudo! E, no entanto, isso é dizer tão pouco! É muito mais rico e profundo o Mistério que hoje celebramos! Eis alguns dos seus principais aspectos:

Primeiramente, com esta Solenidade encerramos o Tempo Pascal, aqueles cinquenta dias que a Igreja celebra como se fosse um só dia, santo e glorioso, o Dia da Ressurreição. Pois bem: é o Senhor ressuscitado, pleno do Espírito Santo que o Pai derramou sobre ele, que hoje nos doa o seu Espírito. Nunca esqueçamos: o dom do Espírito é o fruto excelente e principal da Páscoa de Cristo: é no Espírito que nossos pecados são perdoados, é no Espírito que o fruto da paixão e morte de Cristo nos é dado, é no Espírito que somos transfigurados à imagem de Cristo Jesus. Sem o Espírito, de nada valeria para nós tudo quando Jesus por nós disse e fez! Se hoje, na primeira leitura, o Espírito aparece agindo de modo tão vistoso e barulhento no Cenáculo de Jerusalém (como a tempestade, o terremoto e a erupção vulcânica descritos no Sinai – cf. Ex 19,3-20), é para que nós compreendamos que ele age em nós constantemente, discreto e suave, como a brisa que passou diante de Moisés e Elias, fazendo-os encontrar a Deus! Eis, portanto: o Espírito é dado pelo Cristo ressuscitado, que o soprou sobre a Igreja no próprio Dia da Ressurreição – como escutamos no Evangelho de hoje -, e continua a soprá-lo sobre nós, no sinal visível da água no sacramento do Batismo e do óleo, na santa Crisma. No Cenáculo, no dia mesmo da Páscoa, os Apóstolos foram batizados no Espírito e tornaram-se cristãos; do mesmo modo, no nosso Batismo, banhados pela água, símbolo do Espírito, nós também recebemos em nós o Espírito de Cristo e nos tornamos cristãos, templos do Santo Espírito, chamados a viver uma vida segundo o Espírito de Cristo. Por isso, o conselho de São Paulo: “Procedei segundo o Espírito e não satisfareis os desejos da carne”. O cristão, caríssimos, vivendo no Espírito desde o Batismo, já não vive mais segundo a carne, isto é, segundo a mentalidade deste mundo, segundo o pecado. Agora, ele é impulsionado pelo Espírito de Cristo, crescendo cada vez mais nos sentimentos do Senhor Jesus. Isto é a obra do Espírito, que nos vai cristificando, dando testemunho de Cristo em nós (cf. Jo 15,26), conduzindo cada um de nós e a Igreja inteira à plena verdade de Cristo (cf. Jo 16,13). Portanto, é somente porque somos sustentados pelo Espírito, que podemos crer com toda certeza que Jesus está vivo e é Senhor e que Deus, o Pai de Jesus, é também nosso Pai, porque nos deu o Espírito do Filho, que nos faz filhos (cf. Rm 8,16).

Foi este Espírito Santíssimo, que Jesus, glorificado pelo Pai, fez descer de modo portentoso em Pentecostes, a festa judaica da Lei. O Espírito de amor é a nova lei, a Lei do cristão, pois “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito quem os foi dado”(Rm 5,5)! Observai, caríssimos, o sentido profundo daquele acontecimento, cinquenta dias após a Páscoa, em Jerusalém! O Espírito encheu de coragem e vigor os apóstolos, de modo que eles abriram as portas e, ao lado de Pedro, o Chefe da Igreja, deram publicamente testemunho de Cristo. A Igreja abriu as portas para nunca mais fechar; falou por Pedro para nunca mais se calar! É, portanto, na força do Espírito, que a Mãe católica iniciou publicamente sua missão de levar o Evangelho a todos os povos. Mais ainda: vede como o Espírito atrai e reúne línguas e pessoas tão diversas. Estavam em Jerusalém judeus vindos de várias partes do Império romano, judeus que não falavam mais o hebraico nem conheciam o aramaico; e, no entanto, compreendiam o que os apóstolos falavam, como se fosse na sua própria língua! É o Espírito quem reúne o que está disperso, é o Espírito quem conserva a unidade, é o Espírito quem, na unidade, faz permanecer a rica diversidade das línguas, culturas e mentalidades, sempre para a glorificação do Senhor Jesus! É o Espírito quem embriaga de alegria, como um vinho bom, o vinho do Reino, o vinho novo de Caná da Galiléia, que tomou o lugar da velha água da Lei de Moisés! É o Espírito quem impele a Igreja para a missão, testemunhando Jesus pela proclamação da Palavra, pela celebração dos santos sacramentos e pelo testemunho santo da vida dos cristãos que, sustentados por este Santo Paráclito, são capazes de dar a vida por Jesus e com Jesus.

Eis, caríssimos, o sentido da Festa de hoje! É a solenidade que nos faz retomar a consciência do papel e da missão do Santo Espírito na vida da Igreja e na nossa vida. Sem o Espírito, a Igreja seria somente a Fundação Jesus de Nazaré, que recordaria alguém distante e ficado no passado. Sem o Espírito, a vida dos cristãos seria apenas um moralismo opressor, tentativa inútil de colocar em prática mandamentos exigentes que o Senhor nos deu. Sem o Espírito, a evangelização seria apenas uma propaganda, um exercício de marketing… Sem o Espírito, a nossa esperança seria em vão, porque o que nasce da carne é apenas carne, e nossa alma e nosso corpo jamais alcançariam a Deus, que é Espírito! Mas, caríssimos meus, no Espírito, tudo tem sentido, tudo se enche de profunda significação: com o Espírito, a Igreja é o Corpo vivo de Cristo, no qual os membros recebem a vida que vem da Cabeça, a seiva que vem do Tronco, que é Cristo; com o Espírito, Jesus está vivo entre nós e nós o recebemos de verdade em cada sacramento que celebramos; com o Espírito, os mandamentos podem ser cumpridos na alegria, porque o Espírito nos convence que eles são verdadeiros e libertadores e nos dá, no amor de Cristo, a força para tentar cumpri-los na generosa alegria; com o Espírito, a obra da evangelização é testemunho vivo do Senhor Jesus, dado com a convicção de quem experimentou Jesus; com o Espírito, já temos a garantia, o penhor da ressurreição, pois comungamos a Eucaristia, alimento espiritual, que nos dá a semente da vida eterna.

Que nos resta dizer? Só nos resta, admirados, suplicar: Vem, ó Santo Espírito! Enche o nosso coração, cristifica a nossa pobre existência mortal! És consolo que acalma, és hóspede da alma, és alívio dulcíssimo, és descanso no labor, refrigério no calor, és consolo na aflição! Ó Santo Espírito, lava nossa sujeira, refrigera nossa secura, cura nosso coração doente! Dobra nossa dureza, ilumina nossa treva, dá-nos o gosto pelas coisas de Deus e o aborrecimento pelo pecado; aquece nossa frieza! Tu, Espírito de Cristo, sê alento, força e vida divina, doce penhor do mundo que há de vir e que durará na eterna alegria do Pai e do Filho em vós, pelos séculos dos séculos.

Amém.

Henrique Soares da Costa

https://presbiteros.org.br/homilia-de-d-henrique-soares-da-costa-pentecostes-ano-b/

REFLEXÃO DOMINICAL II EM PENTECOSTES CELEBRAMOS O GRANDE MISTÉRIO DE NOSSA FÉ

 

 

REFLEXÃO DOMINICAL II

EM PENTECOSTES CELEBRAMOS O GRANDE MISTÉRIO DE NOSSA FÉ

Meus amados Irmãos,

Nesta solenidade de Pentecostes, celebramos o grande mistério de nossa fé em que a Paz anunciada pelo Ressuscitado, ascendeu ao céu, retorna ao Cenáculo para impor os dons do Espírito Santo sobre os seus Apóstolos, na presença da Bem-aventurada Virgem Maria, como havia prometido: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós” (Jo 14,15-18).

A Solenidade de Pentecostes é, pois, a plenificação do mistério pascal. A comunhão com o Ressuscitado só é completa pelo dom do Espírito Santo, o “outro Paráclito”, que continua em nós a obra do Cristo e a sua presença gloriosa.

A liturgia desta festa acentua menos, no entanto, este lado teológico, insistindo mais na manifestação histórica do Espírito Santo, no milagre de Pentecostes, conforme nos ensina a Primeira Leitura(cf. At 2,1-11), e nos carismas da Igreja, de acordo com o relato da Segunda Leitura (1 Cor 12,3b-7.12-13), sinais de unidade e de paz que o Cristo veio trazer.

A Igreja, sacramento da unidade, nos relembra que a pregação dos apóstolos, anunciando o Cristo Ressuscitado, supera a divisão de raças e línguas e a diversidade de dons na Igreja serve para a edificação do povo unido, o Corpo do qual Cristo é a cabeça.

Meus amigos,

Disse o Apóstolo dos Gentios que “o amor de Deus se derramou em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom 4,5). Por isso, a celebração maior de Pentecostes, a manifestação de Cristo Glorificado, é considerada a maior festa da Igreja, em comum união com a festa da Páscoa.

Pentecostes é a festa da plenitude dos tempos, predita pelos profetas. É a festa do início dos tempos da Santa Igreja Católica, da nova e definitiva aliança, a que todos somos convidados, a que todos somos vocacionados. É a festa da comunidade cristã, da comunidade eclesial, da comunidade de fiéis, porque estas comunidades não existem sem o Espírito Santo, que é a alma, que é a fonte de vida para a Igreja.  Pentecostes é a festa da unidade que dá o impulso apostólico da pregação a todos os povos, para todas as línguas, para todas as nações. A fé transcende os umbrais do povo hebreu, devendo ser anunciada a todos sem distinção.

Com Pentecostes, em que o Senhor desce na presença redentora do Cenáculo, os discípulos, inundados com os sete dons do Espírito Santo, tornam-se APÓSTOLOS, ou seja, passam a ser enviados em nome de Cristo, como Cristo, um dia, fora enviado em nome do Pai.

A presença da Bem-aventurada Virgem Maria tem um significado muito especial: presente na Cruz, dada a João, o discípulo amado, a sua presença no meio dos apóstolos a coloca como Mãe e Mestra da Igreja de Cristo.

Ali em Pentecostes estava a Igreja nascente, o Corpo Místico de Cristo. Por isso, os novos Apóstolos, hoje batizados no Espírito Santo, correrão mundo afora, reunindo crentes e não crentes, para criar comunidades, animá-las e santificar aqueles que aceitarem o nome glorioso do Senhor Jesus.

Irmãos e irmãs,

A festa de Pentecostes nos pede uma reflexão sobre a presença do Espírito Santo na história da salvação. Não conhecido no Antigo Testamento, ou mesmo chamado de Deus desconhecido por Paulo em Atenas, coube a Jesus revelar a existência de um Deus único e verdadeiro em três pessoas distintas. É pelo Espírito Santo que se abrem os horizontes pelos quais se movimentam e se compreendem todas as verdades da fé cristã.

O Espírito Santo é visível como o próprio Cristo. Representado por símbolos como o vento, a pomba e as línguas de fogo elas não são uma espécie de encarnação do Espírito Santo, mas figuras que nos ajudam a compreendê-lo em linguagem humana, o quanto é possível entendê-lo e guardá-lo em nossos corações.

O Espírito Santo Paráclito. O que é o Paráclito? Vem do grego que significa “aquele que vem para nos ajudar”. O Espírito Santo pode ser considerado o nosso ADVOGADO, o nosso CONSOLADOR ou, ainda, O ESPÍRITO DE VERDADE.

Orígenes disse que o Espírito Santo é o beijo: o Pai beija, o Filho é beijado, o Espírito Santo é o beijo. Uma figura bonita, assimilável ao homem moderno. Outros dizem que o Espírito Santo é o abraço. O Pai abraça o Filho com todo amor. Esse amor é o Espírito Santo. Ora, poderíamos dizer, a mãe abraça e beija o filho com todo o amor de mãe, querendo dar-se inteiramente nesse beijo e abraço. Nem por isso consegue dar-se totalmente.

O rosto do Espírito Santo tem muitas maneiras de se mostrar. A mais significativa figura do rosto do Santo Espírito é o AMOR, que se consubstancializa pela proteção que Ele dá aos batizados e pelo auxílio de seus sete dons a todos os homens e mulheres para sua santificação.

Irmãos caríssimos,

O Evangelho(cf. Jo 20,19-23) mostra que a comunidade cristã só existe de forma consistente, se está centrada em Jesus. Jesus é a sua identidade e a sua razão de ser. É n’Ele que superamos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas limitações, para partirmos à aventura de testemunhar a vida nova do Homem Novo. Identificar-se como cristão significa dar testemunho diante do mundo dos “sinais” que definem Jesus: a vida dada, o amor partilhado. As comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor partilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde. É Ele que nos faz vencer os medos, superar as cobardias e fracassos, derrotar o ceticismo e a desilusão, reencontrar a orientação, readquirir a audácia profética, testemunhar o amor, sonhar com um mundo novo. É preciso ter consciência da presença contínua do Espírito em nós e nas nossas comunidades e estar atentos aos seus apelos, às suas indicações, aos seus questionamentos.

Prezados irmãos,

A primeira Leitura(cf. At 2,1-11) São Lucas coloca a experiência do Espírito no dia de Pentecostes. O Pentecostes era uma festa judaica, celebrada cinquenta dias após a Páscoa. Originariamente, era uma festa agrícola, na qual se agradecia a Deus a colheita da cevada e do trigo; mas, no séc. I, tornou-se a festa histórica que celebrava a aliança, o dom da Lei no Sinai e a constituição do Povo de Deus. Ao situar neste dia o dom do Espírito, Lucas sugere que o Espírito é a lei da nova aliança (pois é Ele que, no tempo da Igreja, dinamiza a vida dos crentes) e que, por Ele, se constitui a nova comunidade do Povo de Deus – a comunidade messiânica, que viverá da lei inscrita, pelo Espírito, no coração de cada discípulo (cf. Ez 36,26-28). Vem, depois, a narrativa da manifestação do Espírito (At 2,2-4). O Espírito é apresentado como “a força de Deus”, através de dois símbolos: o vento de tempestade e o fogo. São os símbolos da revelação de Deus no Sinai, quando Deus deu ao Povo a Lei e constituiu Israel como Povo de Deus (cf. Ex 19,16.18; Dt 4,36). Estes símbolos evocam a força irresistível de Deus, que vem ao encontro do homem, comunica com o homem e que, dando ao homem o Espírito, constitui a comunidade de Deus.

O Divino Espírito Santo (força de Deus) é apresentado em forma de língua de fogo. A língua não é somente a expressão da identidade cultural de um grupo humano, mas é também a maneira de comunicar, de estabelecer laços duradouros entre as pessoas, de criar comunidade. “Falar outras línguas” é criar relações, é a possibilidade de superar o gueto, o egoísmo, a divisão, o racismo, a marginalização… Aqui, temos o reverso de Babel (cf. Gn 11,1-9): lá, os homens escolheram o orgulho, a ambição desmedida que conduziu à separação e ao desentendimento; aqui, regressa-se à unidade, à relação, à construção de uma comunidade capaz do diálogo, do entendimento, da comunicação. É o surgimento de uma humanidade unida, não pela força, mas pela partilha da mesma experiência interior, fonte de liberdade, de comunhão, de amor. A comunidade messiânica é a comunidade onde a ação de Deus (pelo Espírito) modifica profundamente as relações humanas, levando à partilha, à relação, ao amor.

É neste enquadramento que devemos entender os efeitos da manifestação do Espírito (cf. At 2,5-13): todos “os ouviam proclamar na sua própria língua as maravilhas de Deus”. O elenco dos povos convocados e unidos pelo Espírito atinge representantes de todo o mundo antigo, desde a Mesopotâmia, passando por Canaã, pela Ásia Menor, pelo norte de África, até Roma: a todos deve chegar a proposta libertadora de Jesus, que faz de todos os povos uma comunidade de amor e de partilha. A comunidade de Jesus é assim capacitada pelo Espírito para criar a nova humanidade, a anti-Babel. A possibilidade de ouvir na própria língua “as maravilhas de Deus” outra coisa não é do que a comunicação do Evangelho, que irá gerar uma comunidade universal. Sem deixarem a sua cultura e as suas diferenças, todos os povos escutarão a proposta de Jesus e terão a possibilidade de integrar a comunidade da salvação, onde se fala a mesma língua e onde todos poderão experimentar esse amor e essa comunhão que tornam povos tão diferentes, irmãos. O essencial passa a ser a experiência do amor que, no respeito pela liberdade e pelas diferenças, deve unir todas as nações da terra.

O Pentecostes dos “Atos” é, podemos dizê-lo, a página programática da Igreja e anuncia aquilo que será o resultado da ação das “testemunhas” de Jesus: a humanidade nova nascida da ação do Espírito, onde todos serão capazes de comunicar e de se relacionar como irmãos, porque o Espírito reside no coração de todos como lei suprema, como fonte de amor e de liberdade.

Meus queridos irmãos,

A segunda Leitura(cf. 1Cor 12,3b-7.12-13) mostra-nos a operação “intra-eclesial” do Espírito: a multiformidade dos dons, dentro do mesmo Espírito, como as múltiplas funções em um mesmo corpo. Paulo chama a multiformidade de dons de CARISMAS, dons da graça de Deus. Sabemos muito bem que essa unidade na diversidade não é algo que conseguimos na base de nosso empenho pessoal, é, entretanto, o Espírito de amor de Deus que une tudo isso.

Assim, no Evangelho encontramos a visão de São João de “exaltação” de Jesus: é a realidade única de sua morte, ressurreição e dom do Espírito, pois sua morte é a obra em que Deus é glorificado, seu lado aberto é a fonte do Espírito para os fiéis.

Portanto, este Espírito do Senhor exaltado é o laço de amor divino que nos une, que transforma o mundo em uma nova criação, sem mancha, nem pecado, na qual todos entendem a voz de Deus. É esta a mensagem da liturgia de hoje. O mundo é renovado conforme a obra de Cristo, que nós, no seu Espírito, levamos adiante. Assim é a festa da Igreja que nasceu do lado aberto do Salvador e manifestou sua missão no dia de Pentecostes.

Como eu sou jurista gostaria de lembrar que num processo, o advogado existe para emprestar a sua voz àquele que não tem voz, procura encontrar as palavras daquele que as procura. Jesus conhece os seus apóstolos, conhece os seus limites, os seus medos, a sua timidez. Jesus sabe, também, que eles encontrarão os detratores, como Ele próprio os encontrou. É então que Ele promete o Defensor, o “Espírito de Verdade”, precisa Ele. Este Espírito não estará ao lado deles, mas neles, Ele amá-los-á, fortificá-los-á, santificá-los-á, soprar-lhes-á as palavras que é preciso dizer e que farão eco às palavras pronunciadas pelo seu Mestre. “Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em Mim”. Sim, o Espírito Santo, Espírito do Ressuscitado, anima hoje ainda a sua Igreja. Porque ter medo, então? A palavra está no Defensor, é preciso não contradizer esta palavra.

Temos todos consciência de que somos membros de um único “corpo” – o corpo de Cristo – e é o mesmo Espírito que nos alimenta, embora desempenhemos funções diversas. No entanto, encontramos, com alguma frequência, cristãos com uma consciência viva da sua superioridade e da sua situação “à parte” na comunidade (seja em razão da função que desempenham, seja em razão das suas “qualidades” humanas), que gostam de mandar e de fazer-se notar. Às vezes, vêem-se atitudes de prepotência e de autoritarismo por parte daqueles que se consideram depositários de dons especiais; às vezes, a Igreja continua a dar a impressão – mesmo após o Concílio Ecumênico Vaticano II – de ser uma pirâmide no topo da qual há uma elite que preside e toma as decisões e em cuja base está o rebanho silencioso, cuja função é obedecer.

Os “dons” que recebemos não podem gerar conflitos e divisões, mas devem servir para o bem comum e para reforçar a vivência comunitária. É preciso ter consciência da presença do Divino Espírito Santo: é Ele que alimenta, que dá vida, que anima, que distribui os dons conforme as necessidades; é Ele que conduz as comunidades na sua marcha pela história. Ele foi distribuído a todos os batizados e reside na totalidade da comunidade.

Meus irmãos,

Com a missão da Igreja colocada em relevo no dia de hoje, devemos aprender a ver os sinais da presença do Espírito Santo e a valorização dos diferentes dons que ele confere a diferentes pessoas. Na Igreja, de muitas faces e facetas, de grandes diversidades na eclesiologia, reside a única missão: anunciar a PÁSCOA e vivenciar em nós a maior comunidade de amor a partir da visão Trinitária.

Pentecostes é festa da paz. Mas, para ter essa paz é preciso estar em estado de graça. Pelo perdão de nossos pecados e de nossas atitudes, o Espírito age. Na diferença de pessoas, de carismas, de modos eclesiais, todos somos convidados a vivenciar o perdão como remédio que não deve faltar ao cristão, convocado a carregá-lo para aliviar as doenças deste mundo confuso e necessitado de paz.

Paz é a palavra de hoje. Paz, primeiro, em nossas comunidades eclesiais, paz na Igreja, paz no mundo. Paz de consciência para a construção do amor e da concórdia.

Por isso, cantemos a seqüência “Veni Sancte Spiritus”, pedindo paz ao mundo:

“Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!

Vinde, Pai dos pobres, daí aos corações vossos sete dons.

Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!

No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.

Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!

Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.

Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.

Dobrai o que é duro, guiai o escuro, o frio aquecei.

Daí à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.

Daí em prêmio ao forte, uma santa morte, alegria eterna. Amém!”.

 

Homilia por : Padre Wagner Augusto Portugal

 

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