Os grandes momentos e acontecimentos
da vida estão marcados pelo banquete, a refeição melhorada a festiva.
Celebramos com o banquete o aniversário natalício, o Batismo, a Primeira
Comunhão, a Profissão de fé; o Casamento e a Ordenação Sacerdotal.
Num banquete, para além da alegria do convívio festivo, toda a espécie de fome e sede são saciadas.
A Igreja convoca-nos, em nome de Deus, para o Banquete Semanal de cada Domingo e Festas.
Que acolhimento temos dado a este convite do Senhor que deseja sentar-nos à Sua mesa para nos tornar felizes?
1. O banquete divino
O profeta Isaías, em nome de Deus, fala-nos da Salvação temporal e eterna sob a figura de um banquete.
Servido na Igreja. «Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos.»
Isaías profetiza para o Povo de Deus, possivelmente já regressado do cativeiro de Babilónia. A referência que nele faz à superação da morte, das lágrimas e da vergonha, poderia sugerir que profeta se situaria num momento histórico posterior ao Exílio na Babilónia, quando Judá já teria reconquistado a liberdade.
Deus não é um ausente da nossa vida e
das nossas aspirações e chama-nos à felicidade temporal e eternal sob a figura
e um banquete.
Jesus Cristo serve-nos, na Igreja, o alimento da nossa vida sobrenatural: a Palavra de Deus e os Sacramentos.
Temos um Sacramento para cada situação da vida: o Baptismo para o nascimento sobrenatural; a chegada ao estado adulto do cristão, pela Confirmação; a Santa Unção para a doença ou perigo e morte; e ainda dois sacramentos sociais: o Matrimónio, ao serviço da vida natural; e a Ordem, para a vida sobrenatural.
Ficam à nossa disposição especialmente dois que podemos e devemos repetir: a Reconciliação e Penitência, para nos restituir a saúde e a vida; e o Eucaristia, para alimento diário.
Antes de cada banquete, costumamos dedicar algum tempo à nossa apresentação pessoal, desde a limpeza ao asseio. Jesus ensina-nos que a Palavra de Deus nos prepara uma boa apresentação para participarmos neste banquete: «Vós já estais limpos, devido à palavra que vos tenho dirigido.» (João 15, 3).
Talvez atendendo a isto, a Igreja dividiu sempre a Santa Missa em duas partes: A Liturgia da Palavra — com uma ou duas leituras da Bíblia, salmo de meditação e Evangelho — e Liturgia Eucarística — em que é transubstanciado o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor e O recebemos na comunhão sacramental.
2. Convidados para o banquete
Somos todos convidados. «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: […] tudo está pronto. Vinde às bodas’.»
Deus convida-nos para o Banquete da Salvação, porque deseja encher a Sua Mesa de filhos muito felizes. Ele é magnânimo em tudo o que faz.
Figura o convite para o Banquete da Salvação naquele que fez o grande rei para as núpcias do seu filho.
Concretiza esta oferta de participação na festa no convite para a Missa Dominical, ao qual preside Ele mesmo e nos dá, não comidas vulgares, mas a Sua Carne e Sangue na Eucaristia.
Ninguém está dispensado de participar nele, porque é fundamental para nós. Devemos acolher o convite com agradecimento e participar nele devidamente preparados, sabendo perfeitamente o que vamos fazer.
· Participantes no
banquete. Deus convida-nos a todos para cada domingo e aguarda com ansiedade —
falando em linguagem humana — o nosso aparecimento diante da porta da Igreja,
tal como exultamos quando convidamos um amigo para almoçar conosco e o vemos
aparecer.
O Senhor deseja a nossa participação, porque sabe que ela é indispensável para a nossa felicidade temporal e eterna.
Desculpamo-nos da nossa ausência, enganando-nos a nós próprios:
— Falta de tempo. É verdade que a vida é cheia de ocupações; mas temos de fazer uma lista de prioridades, dando o primeiro lugar ao mais importante ao mais necessário.
— Falta de disposição. “A Missa não me diz nada.” As pessoas refugiam-se com frequência num argumento de sensibilidade. Mas este argumento não funciona para as outras coisas. Se uma mãe estivesse à espera de disposição para zelar a sua casa ou socorrer um filho, não sei o que aconteceria.
— “Não gosto de ouvir a pessoa que celebra”. Procuramos encontramo-nos com Jesus Cristo, ou com um homem?
· Portadores do convite.
O Senhor deseja que não só compareçamos pontualmente e com alegria a este
banquete, mas que animemos outros a participar. Manda-nos, como aos serventes
do palácio: «Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos
os que encontrardes’»
Fonte: https://paroquiasaoluis-faro.org/11-de-outubro-de-2020-28o-domingo-do-tempo-comum-ano-a/
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