sexta-feira, 5 de setembro de 2025

i- bem-vindo ao sb sabendo bem de 07 de setembro de 2025- parabéns brasil!

 

A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. (I Coríntios 1, 18).

07 DE SETEMBRO DE 2025 – BRASIL SOBERANO!

SETEMBRO – MÊS DA BÍBLIA

XXIII DOMINGO DO TEMO COMUM – ANO C

Ano Jubilar 2025 - Peregrinos de Esperança

"QUEM NÃO CARREGA SUA CRUZ E NÃO CAMINHA ATRÁS DE MIM, NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO."

MÚSICA: OS LIVROS DA BÍBLIA

https://youtu.be/RCdxFCe2A54?si=3saDdSA2cByqedV1

 

 

HINO OFICIAL DO JUBILEU 2025

https://youtu.be/Fv5igRi1rkc

XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

SEJA BEM-VINDO! SEJA BEM-VINDA!

Como eu não uso anúncios publicitários, mas gostaria de continuar este Blog SB SABENDO BEM todos os Domingos, se você puder e quiser ajudar com qualquer valor, deposite  neste Pix sbsabendobem@gmail.com para Sérgio Bonadiman Banco do Brasil – DEUS TE ABENÇOE!

 

I- SEJA BEM-VINDO AO SB SABENDO BEM DO XX III 

II- SB SABENDO BEM - PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

II- SB SABENDO BEM   DO XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C>  LITURGIA, SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA, CONSCIENTIZAÇÃO DESTE MÊS,ANIVERSARIANTES DO MÊS E HOJE, DATA DA INDPENDÊNCIA DO BRASIL

2.1- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

a) Liturgia deste Domingo

Caríssimos irmãos e irmãs, sejam bem-vindos para este encontro com Senhor. Jesus nos convida a segui-lo, não sem antes nos alertar sobre as exigências desta proposta. Que respondamos com generosidade o seu chamado

Durante este mês, a comunidade cristã é convidada a aprofundar sua relação com a Bíblia. Neste ano, seremos motivados pela Carta de São Paulo aos Romanos que retoma o lema do Jubileu: "A esperança não decepciona" (Rm 5,5). Reconheçamos a Bíblia Sagrada como fonte de vida, sabedoria e orientação espiritual. Estejamos em comunhão com todos aqueles que articulam e participam do Grito dos Excluídos e Excluídas que neste dia completa 30 anos. O desejo desta ação é que a vida esteja em primeiro lugar, seja valorizada e protegida, e todas as formas de exclusão sejam denunciadas e abolidas.

Irmãos e irmãs, no Dia do Senhor, nós, os cristãos, nos reunimos em torno do altar para bendizer a Deus por tantas maravilhas que Ele realiza em favor de cada um de nós e de sua Igreja. Fazemos isso, unidos a Cristo Jesus que, em cada Eucaristia, se oferece por nós todos e que nos deixou o mandamento de celebrar a Ceia em sua memória, nos fazendo participar do mistério de sua Páscoa.

b) Parabéns a todos aniversariantes de setembro!

 03- Mar-a  Celita Bonaadiman  e Frei José Lorenzo;04- Adilson e Isabel(Belinha) 06 Sérgio Bonadiman;

 08- Marino Junior Merenda; 14- Bruna Bonadiman; 17- Maria L. Fernanddes.Feliz aniversário a todos os leitores e leitoras deste Blog SB Sabendo Bem! E hoje Parabéns aos verdadeiros Patriotas do Brasi!

2.2- SETEMBRO- MÊS DA BÍBLIA

Neste ano, a CNBB escolheu a Carta aos Romanos como livro bíblico para ser aprofundado no mês de setembro, dedicado a maior proximidade com a Palavra de Deus.

O texto-base para o Mês da Bíblia de 2025 está focado na Carta aos Romanos com o lema “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), relacionando-se com o Jubileu da Encarnação de 2025, convocado pelo Papa Francisco.

Segundo a comissão, o material “é essencial para todos os membros da comunidade que se dedicam a revitalizar o Mês da Bíblia, uma iniciativa única do Brasil, onde a comunidade se une em torno da Palavra para mergulhar em sua sabedoria e discernir os caminhos da missão com a criatividade do Espírito Santo”.

Também está disponível na Edições CNBB o livro com encontros bíblicos. O material contém roteiros acessíveis e dinâmicos para proporcionar uma experiência de fé comunitária, “fortalecendo a vivência cristã e renovando a esperança em Cristo”. Esse material pode ser utilizado pelas paróquias, famílias e grupos de estudo.

https://www.cnbb.org.br/subsidio-mes-da-biblia-2025-congresso-animacao-biblica-da-pastoral/

2.3- CONSCIENTIZAÇÃO NO MÊS DE SETEMBRO

O mês de setembro é marcado por campanhas relacionadas à área da saúde, como a valorização da vida (Setembro Amarelo),  doação de órgãos (Setembro Verde) e doenças cardiovasculares (Setembro Vermelho). Essas campanhas têm como objetivo ampliar o conhecimento da população sobre determinadas doenças, desconstruindo mitos, derrubando preconceitos e auxiliando no diagnóstico precoce. 

A cor da campanha

O acesso à informação é uma ferramenta essencial quando se trata de qualquer enfermidade. Os alertas de saúde, identificados por cores, surgiram com o propósito de conscientizar a população sobre o perigo de certas doenças e incentivar a prevenção e o tratamento dessas condições. A cor utilizada em cada campanha é uma forma de divulgar e fixar a mensagem na mente das pessoas. Todas essas iniciativas mensais servem de alerta tanto para a prevenção de doenças quanto para a promoção de debates, conscientização, educação do público e troca de experiências, refletindo no cuidado com a saúde no cotidiano da população.

Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha de valorização da vida, com foco na prevenção ao suicídio. De âmbito internacional, a campanha ganhou notoriedade no Brasil em 2013. O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas as ações se estendem ao longo de todo o mês e, em alguns casos, durante o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha antisstigma do mundo. O lema deste ano é “Se precisar, peça ajuda!”.

A Assembleia Legislativa de Sergipe adere à campanha há seis anos, em consonância com a Lei nº 8.253, de 2017, de autoria da ex-deputada estadual Ana Lúcia. A  lei determina que, nos últimos 15 dias de setembro, os órgãos de saúde promovam ações para alertar a população sobre a realidade do suicídio no Brasil e no mundo, além de formas de prevenção.

Setembro Verde

A campanha Setembro Verde visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, utilizando meios diversos, incluindo a iluminação de prédios públicos. Em 2020, a Assembleia Legislativa de Sergipe aprovou a Lei nº 8.753de 22 de setembro, que institui a “Semana Estadual de Mobilização de Doadores e de Incentivo à Doação de Órgãos”, realizada anualmente na primeira semana de setembro.

Setembro Vermelho

O Setembro Vermelho foi escolhido como o ‘Mês do Coração’, uma vez que o dia 29 de setembro é celebrado como o Dia Mundial do Coração. A iniciativa foi criada em 2000 pela Federação Mundial do Coração, com apoio das Nações Unidas, para destacar a importância dos cuidados com o coração na saúde geral e chamar a atenção da população para a prevenção das doenças cardiovasculares (DCVs), que são a principal causa de morte no Brasil.

 https://al.se.leg.br/setembro-de-conscientizacao-amarelo-verde-e-vermelho-em-defesa-da-saude/

2.4- A SOBEERANIA PARA UM PAÍS

soberania para um país refere-se à autoridade suprema que um Estado exerce sobre seu território e população, incluindo o poder de legislar, governar e administrar sem a interferência de outros países. Isso implica que a soberania é um princípio fundamental que garante a independência e a autonomia do Estado, permitindo-lhe tomar decisões políticas, jurídicas e econômicas de forma autônoma. A soberania pode ser entendida em diferentes níveis, como a soberania nacional, que se refere ao controle total de um Estado sobre seu território, e a soberania popular, que dá ao povo o controle sobre a estruturação do Estado. 

https://www.bing.com/search?q=O+QUE+SGNIFICA+A+SOBERANIA+PARA+UM+PA%C3%8DS&pc=GD01&form=GDAVST&ptag=3507

III- CARTA AOS ROMANOS

 

III- CARTA AOS ROMANOS

O mês de setembro é, para a Igreja no Brasil, um mês dedicado à reflexão, estudo e celebração da Bíblia, como fonte de Animação da Vida e da Pastoral. No dia 30 de setembro, celebra-se a festa litúrgica de São Jerônimo, um grande teólogo e estudioso das Sagradas Escrituras, responsável por diversos comentários dos livros bíblicos e por coordenar a tradução dos textos sagrados das línguas originais (hebraico e grego) para a língua popular da época (latim), durante o final do século IV e início do século V d.C. 

Em unidade com o tema “Peregrinos de Esperança”, da celebração do Ano do Jubileu do Nascimento do Senhor de 2025, a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB apresenta a Carta aos Romanos como tema para o Mês da Bíblia deste ano, com o lema: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). 

A Arquidiocese de Maringá propõe o estudo, reflexão e celebração da Carta aos Romanos, durante o Mês da Bíblia, com subsídio próprio para os pequenos grupos reunidos nas comunidades. Esta vivência comunitária de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral é parte da experiência de celebração do Ano Jubilar. Organize-se em sua comunidade, pastoral e movimentos para que todos se aprofundem na reflexão das Carta aos Romanos neste período.

A Carta aos Romanos é uma das 13 cartas atribuídas à missão do Apóstolo Paulo. Na ordem canônica, ela abre o conjunto do epistolário paulino, logo após o livro dos Atos dos Apóstolos. Consiste em um escrito enviado à comunidade cristã localizada em Roma, capital do império, entre os anos 57 e 58 d.C. Paulo não esteve junto à comunidade de Roma antes do escrito; a carta parece preparar sua viagem futura até a cidade. 

Romanos é a carta mais teológica de Paulo e se dedica ao tema da gratuidade da salvação por meio da fé em Jesus Cristo. A vida nova trazida por Cristo é manifesta nas relações fraternas vividas na comunidade e na sociedade. O apóstolo dedica-se a orientar a comunidade quanto à vivência dessa fraternidade: “o Deus da perseverança e do encorajamento conceda que vocês tenham os mesmos sentimentos uns para com os outros, a exemplo de Cristo Jesus, a fim de que vocês, com um só coração e uma só voz, glorifiquem a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 15,5-6). 

 

Vejamos a estrutura da Carta aos Romanos:

Saudação e ação de graças (1,1-15)

 

I – O Evangelho é a força de Deus que salva (1,16–8,39)

Síntese da Carta (1,16-17)

a) A ira e julgamento de Deus (1,18–3,2O)

b) A salvação vem pela fé gratuitamente (3,21–4,25)

c) Viver de modo novo (5,1–8,39)

 

II – Deus e Israel (9,1–11,36)

a) Os verdadeiros descendentes de Abraão (9,1-33)

b) Obstáculo de uma justiça fundada sobre as obras (1O,1-21)

c) A conversão final de Israel (11,1-26)

 

III – A vida cristã (12,1–15,13)

a) O novo culto espiritual (12,1-21)

b) O dever dos cristãos (13,1-14)

c) A acolhida aos mais “fracos” (14,1–15,13)

Conclusão (15,14–16,27)

Ministério de Paulo, projetos, saudações, recomendação e louvor

 

Continuaremos a refletir sobre esta Carta nas próximas edições da Maringá Missão. Desejamos que o Mês da Bíblia seja um tempo oportuno para a Animação da Vida e da Pastoral, crescendo em nós o compromisso com o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo e a vivência do amor fraterno em nossas comunidades e na sociedade.

https://www.maringamissao.com.br/post/carta-aos-romanos--tema-do-mes-da-biblia-de-2025

IV- LEITURAS DO XXiII DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

 

 

IV-  LEITURAS  DO XXiII DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

A nossa vida é iluminada pela sabedoria do alto. Ao ouvir o Senhor que nos vai falar, acolhamos sua Sabedoria e nos disponhamos a orientar nossa vida por ela.

PRIMEIRA LEITURA (Sb 9,13-18)

Leitura do Livro da Sabedoria

. 13Qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Ou quem pode imaginar o desígnio do Senhor? 14Na verdade, os pensamentos dos mortais são tímidos e nossas reflexões incertas: 15porque o corpo corruptível torna pesada a alma e, tenda de argila, oprime a mente que pensa. 16Mal podemos conhecer o que há na terra, e com muito custo compreendemos o que está ao alcance de nossas mãos; quem, portanto, investigará o que há nos céus? 17Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses Sabedoria e do alto lhe enviasses teu santo espírito? 18Só assim se tornaram retos os caminhos dos que estão na terra, e os homens aprenderam o que te agrada, e pela sabedoria foram salvos.

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

SALMO 89(90)

Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós.

 1. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal * quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” / Pois, mil anos para vós são como ontem * qual vigília de uma noite que passou.

2. Eles passam como o sono da manhã, * são iguais à erva verde pelos campos: / de manhã, ela floresce vicejante, * mas, à tarde, é cortada e logo seca.

3. Ensinai-nos a contar os nossos dias, * e dai ao nosso coração sabedoria! / Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis! * Tende piedade e compaixão de vossos servos!

 4. Saciai-nos de manhã com vosso amor, * e exultaremos de alegria todo o dia! / Que a bondade do Senhor e nosso Deus + repouse sobre nós e nos conduza! * Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.

SEGUNDA LEITURA (Fm 9b-10.12-17)

Leitura da Carta de São Paulo a Filêmon.

 Caríssimo: 9bEu, Paulo, velho como estou e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, 10faço-te um pedido em favor do meu filho que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo. 12Eu o estou mandando de volta para ti. Ele é como se fosse o meu próprio coração. 13Gostaria de tê-lo comigo, a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim nesta prisão, que eu devo ao evangelho. 14Mas, eu não quis fazer nada sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea. 15Se ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas de volta para sempre, 16já não como escravo, mas, muito mais do que isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto mais ele o for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor. 17Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo.

 - Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO (Sl 118,135)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossa lei e mandamentos!

EVANGELHO (Lc 14,25-33)

P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós.

 P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. T. Glória a vós, Senhor.

 P. Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando- -se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda, qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

- Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor.

V- LITURGIA DO XXIIi DOMINGO DO TEMPO COMM ANO C

 

 

V-       LITURGIA DO XXIIi DOMINGO DO TEMPO COMM  ANO C

 

- O Evangelho de hoje nos coloca frente a frente com a verdade mais exigente da fé cristã: seguir Jesus exige tudo. Não apenas um pouco do nosso tempo, não apenas uma parte da nossa vida, mas a totalidade do nosso ser. Jesus não busca admiradores, mas discípulos; não convida para um caminho confortável, mas para uma estrada de cruz, entrega e fidelidade. - Ao dizer que, quem não o prefere a tudo - pai, mãe, esposa, filhos, irmãos e até a própria vida - não pode ser seu discípulo, Jesus não está rejeitando os afetos humanos, mas está revelando que o amor a Deus deve ocupar o primeiro lugar. Somente quando colocamos Cristo no centro é que os outros amores encontram seu verdadeiro sentido. E mais: Ele nos diz que carregar a cruz é condição para segui-lo. Não é opcional. O discipulado cristão passa pela cruz, pelo sacrifício, pela renúncia. Não se trata de sofrer por sofrer, mas de viver com a firmeza de quem escolheu um amor maior, um amor que exige entrega. - Jesus não ilude ninguém. Ele fala abertamente das exigências do Reino. Usa duas imagens fortes: a torre a ser construída e o rei que vai para a guerra. Ambos avaliam, refletem, planejam. Assim também o cristão deve pensar seriamente sobre o que significa seguir o Senhor. A fé não é improviso, nem emoção passageira; é decisão madura, sustentada pela graça e vivida com perseverança.

- Essa profundidade de escolha que Jesus exige, só pode ser bem compreendida se buscarmos a luz do alto. A primeira leitura, do Livro da Sabedoria, nos lembra de que nossos pensamentos são fracos e nossos julgamentos inseguros. Mas o Espírito Santo - dom de Deus - nos guia e fortalece. Só Ele nos dá a clareza e a força necessárias para fazer escolhas que parecem duras, mas nos conduzem à verdadeira liberdade.

- Na carta a Filêmon, vemos um reflexo concreto de quem está aprendendo a viver segundo o Evangelho. Paulo escreve com delicadeza e firmeza, pedindo a Filêmon que receba Onésimo, um escravo, não mais como servo, mas como irmão em Cristo. Esse gesto revela que o verdadeiro discípulo aprende a olhar o outro com os olhos de Deus. Seguir Jesus transforma nossas relações, quebra barreiras sociais, supera divisões e nos chama à fraternidade. Ser discípulo, portanto, não é apenas crer, mas configurar a própria vida com a de Cristo. É preferi-lo em tudo. É abrir mão de seguranças, de prestígios, de apegos. É escolher um amor que custa, mas que salva. Quem escolhe Jesus de verdade, escolhe a cruz e, com ela, a ressurreição

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2025/07/07_09_25.pdf

V-I CANTOS PARA SETEMBRO –MÊS DA BÍBLIA

 

V-I        CANTOS PARA SETEMBRO –MÊS DA BÍBLIA

 

Entrada

Ela é uma semente

Quero levar essa Bíblia

Toda bíblia é comunicação
Entrada da Bíblia

A comunidade   dança alegre canta

Tua palavra, Senhor, é luz e caminho para os nossos pés

Shema, Israel, Adonai elohenu, Adonai ehad

Tua palavra é lâmpada para os meus pés

Escuta, Israel, Jave teu Deus, quer falar

É como a chuva que lava

Procissão da bíblia

A bíblia é a palavra de Deus

Toda bíblia é comunicação

Ela é uma semente
Aclamação

Shema Israel Adonai...

Escuta Israel Javé teu Deus quer falar

Aleluia, Aleluia, Aleluia /Santo evangelho /vamos aclamar

Quero ouvir o que o Senhor irá falar 

Vai falar no evangelho

Mas como invocarão / aquele em quem não creram

Quero ouvir tua palavra

A vossa palavra Senhor

Ofertório

Que mais eu posso te dar-

Fala-me da vida-1312

Comunhão

Se calarem a voz dos profetas-1511

Tu és minha vida- 507

Feliz o homem que ama o Senhor

Desamarrem as sandálias

Vou cantar seu amor 818

Final

A Bíblia é a palavra de Deus

É como a chuva que lava
Toda bíblia é comunicação

Eu creio nas promessas de Deus

https://www.folhetosdecanto.com/2015/09/cantos-setembro-mes-biblia-cifras.html



 

 

VII- LEITURAS PARA A SEMANA: DE 08 DE SETEMBRO A 14 DE SETEMBRO- ORAÇÃO DA BÍBLIA

 

VII-                LEITURAS PARA A SEMANA: DE 08 DE SETEMBRO A 14 DE SETEMBRO- ORAÇÃO DA BÍBLIA

 

8- 2ª Mq 5,1-4a ou Rm 8,28-30 / Sl 70(71),6; Sl 12(13),6 / Mt 1,1-16.18-23 (Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria)

9- 3ª Cl 2,6-15 / Sl 144(145) / Lc 6,12-19 10- 4ª Cl 3,1-11 / Sl 144(145) / Lc 6,20-26 11- 5ª Cl 3,12-17 / Sl 150 / Lc 6,27-38

12- 6ª 1Tm 1,1-2.12-14 / Sl 15(16) / Lc 6,39-42

13-Sáb.: 1Tm 1,15-17 / Sl 112(113) / Lc 6,43-49

                        São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja, Memória

                        14-Dom.: Exaltação da Santa Cruz, Festa, Ano C

                         Nm 21,4b-9;Sl 77(78),1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)

                         Fl 2,6-11;Jo 3,13-17 ou mais breve 15,1-10

Oração para antes de ler a Bíblia

Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu Te conheça e Te faça conhecer, Te ame e Te faça amar, Te sirva e Te faça servir, Te louve e Te faça louvar por todas as criaturas. Faze, ó Pai, que pela leitura da palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

 

https://catequisar.com.br/texto/oracao/diversas/02.htm

 

VIII- REFLEXÃO DOMINICAL I UM EXIGENTE CAMINHO DE RENÚNCIA

 

VIII-       REFLEXÃO DOMINICAL I

UM EXIGENTE CAMINHO DE RENÚNCIA

A opção pelo Reino não é escolher um caminho de facilidade, mas sim aceitar percorrer um caminho de renúncia e de doação da vida. Todo discípulo de Jesus, deve ter a capacidade para refletir, deve ter senso crítico diante das variadas situações da vida e, acima de tudo, saber decidir bem, qual direção ele deve levar a sua vida. É, sobretudo, o Evangelho que traça as coordenadas do “caminho do discípulo”: é um caminho em que o Reino deve ter a prioridade sobre todas as pessoas, sobre os nossos bens, sobre os nossos próprios interesses e esquemas pessoais. Quem tomar contato com esta proposta tem de pensar seriamente se a quer acolher, se tem forças para a acolher. Jesus não admite meios-termos: ou se aceita o Reino e se embarca nessa aventura a tempo inteiro e a fundo perdido, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado nenhum. Jesus apresenta três exigências fundamentais para quem quer seguir o caminho do discípulo e chegar a sentar-se à mesa do Reino. Todas elas subordinadas ao tema da renúncia. A primeira exige o preferir Jesus à própria família. A este propósito, Lucas põe na boca de Jesus uma expressão muito forte. Para ser discípulo, é preciso pôr em segundo lugar algo, porque apareceu na vida da pessoa um valor que ainda é mais importante. É evidente que Jesus não está pedindo que as pessoas tenham ódio de ninguém, muito menos a pessoas a quem temos laços de amor, nossos familiares. Jesus está exigindo que as relações familiares não nos impeçam de aderir ao Reino. Se for necessário escolher, a prioridade deve ser escolher os valores do Reino. A segunda exige a renúncia à própria vida. O discípulo de Jesus não pode viver fazendo escolhas egoístas, colocando em primeiro lugar os seus interesses, os seus esquemas, aquilo que é melhor para ele; mas tem de colocar a sua vida ao serviço do Reino e fazer da sua vida um dom de amor aos irmãos, se necessário até à morte. Foi esse, de fato, o caminho de Jesus; e o seu discípulo é convidado a imitar o mestre. A terceira exige a renúncia aos bens. Jesus sabe que os bens podem facilmente transformar-se em deuses, tornando-se uma prioridade, escravizando o homem e levando-o a viver em função deles; assim sendo, que espaço fica para o Reino? Por outro lado, dar prioridade aos bens significa viver de forma egoísta, esquecendo as necessidades dos irmãos; ora, viver na dinâmica do Reino implica viver no amor e deixar que a vida seja dirigida por uma lógica de amor e de partilha. Com estas exigências, fica claro que a opção pelo “Reino” não é um caminho de facilidade. É por isso que Jesus recomenda o pesar bem as implicações e as consequências da opção pelo “Reino”. A parábola do homem que, antes de construir uma torre, pensa se tem com que terminá-la e a parábola do rei que, antes de partir para a guerra, pensa se pode opor-se a outro rei com forças superiores convidam os candidatos a discípulos tomar consciência da sua força, da sua vontade, da sua decisão em corresponder aos desafios do Evangelho e em assumir, com radicalidade, as exigências que Jesus faz. No mundo de hoje, diante de tantas propostas cheias de facilidades e de prazeres, onde a riqueza, a fama, tomam o lugar de Deus, o discípulo deve ter o senso crítico para acima de tudo escolher a proposta da paz e da vida que Jesus vem nos trazer. A decisão é sempre pessoal.

Pe. Carlos Alberto Doutel Vigário Episcopal e Geral para a Região Santana

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-50-23o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

 

 

IX- REFLEXÃO DOMINICAL II HOMILIA DO XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO C Meus queridos Irmãos, Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo! O livro da Sabedoria nos ensina, na primeira leitura(cf. Sb 9,13-18), que a sabedoria nunca é conquistada para sempre. É a prece de Salomão pela sabedoria, especialmente a segunda parte, que ensina o quanto à sabedoria é indispensável e necessária para os embates chamados diários de nossa caminhada neste mundo transitório. A sabedoria tão necessária nos dias hodiernos e nesta sociedade utilitarista em que vivemos o hedonismo campear e a falta de compromissos que sejam duradouros e sérios. O lucro reina pelo lucro e o poder pelo poder, sempre se esquecendo que todos os dons devem ser colocados na gratuidade da graça que provém de Deus Trindade. Assim, a sabedoria ensina a dar a tudo o seu devido lugar, a ponderar o que é mais e o que é menos importante. Isso nos leva a conduzir as conclusões que, aos olhos das pessoas superficiais, parecem loucura. A Primeira Leitura nos apresenta o discernimento e a ponderação, dons de Deus. Saber discernir é o que Salomão pediu a Deus(1Rs 3,9). Também o autor do livro da Sabedoria pede isso e ensina que se deve pedi-lo. Nosso esforço intelectual não é o suficiente. As faíscas do Espírito Santo não se deixam programar; devem ser recebidas como dádivas. Essa sabedoria que é um dom de Deus permite ao homem compreender tudo, fazer o que agrada a Deus e ser salvo. O livro sagrado parte da constatação da nossa finitude, das nossas limitações, das nossas dificuldades típicas de seres humanos, para concluir: por nós, não conseguimos compreender o alcance das coisas, não conseguimos descobrir o verdadeiro sentido da nossa vida, apercebermo-nos dos valores que nos levam, verdadeiramente, pelo caminho da vida e da felicidade. Como chegar, portanto, a “conhecer os desígnios de Deus”? A perícope só encontra uma resposta: o homem tem de acolher a “sabedoria”, dom de Deus para todos aqueles que estão interessados em dar um verdadeiro sentido à sua vida. Só a ação de Deus que derrama sobre os homens a “sabedoria” permite encontrar o sentido da vida e discernir o verdadeiro do falso, o importante do inútil. Meus caros irmãos, As exigências do seguimento de Jesus parecem loucura extrema: “Odiar pai e mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs(cf Lc 14,26)”, por causa de Cristo e de seu Evangelho, não é uma loucura? Não, isso nos ensina São Lucas em seu Evangelho. É a conseqüência da sabedoria cristã, da ponderação a respeito do investimento necessário para o Reino de Deus. Começar a construir a torre sem o necessário capital é que é loucura, pois, todo mundo ficará gozando da gente porque não conseguiu concluir a obra! O homem sábio e prudente faz o devido orçamento, decidindo com prudência aonde irá aplicar e investir. No caso de todos os cristãos, o único orçamento adequado de se investir é o SUPREMO BEM, sem o qual os outros investimentos ficam sem sentido. A Segunda Leitura(cf. Fm 9b-10.12-17) nos lembra que não haverá mais escravo nem oprimido, mas será estabelecido que todos serão irmãos. O escravo Onésimo fugira de seu dono, Filêmon, discípulo de Paulo. Paulo o envia de volta, mas agora batizado, portanto, “filho” de Paulo, como o próprio Filêmon. Por isso, Filêmon o deve receber não mais como escravo, mas como irmão. A abolição da escravidão ainda não se impunha como perspectiva histórica no tempo de Paulo, mas mesmo assim devia realizar-se, entre os cristãos, o “nem escravo, nem livro” de Gl 3,28. Deste espírito novo surgiram também novas estruturas, que nos fazem perfeitos filhos de Deus pelo batismo. A Carta a Filêmon é a mais breve e pessoal das cartas de São Paulo. É endereçada a um tal Filêmon, aparentemente um membro destacado da Igreja de Colossos. A partir dos dados da carta, podemos reconstruir as circunstâncias em que o texto aparece. Onésimo, escravo de Filêmon, fugiu de casa do seu senhor. Encontrou Paulo, ligou-se a ele e tornou-se cristão. São Paulo, que nessa altura estava na prisão (em Éfeso? Em Roma?), fê-lo seu colaborador e manteve-o junto de si. No entanto, a situação podia tornar-se delicada se Filêmon se ofendesse com Paulo; e, do ponto de vista legal, ao dar guarida a um escravo fugitivo, São Paulo era cúmplice de uma grave infracção ao direito privado. Enfim, Onésimo corria o risco de ser preso, devolvido ao seu senhor e severamente castigado. É neste contexto que Paulo resolve enviar Onésimo a Filêmon. Onésimo leva consigo uma carta, em que Paulo explica a Filêmon a situação e intercede pelo escravo fugitivo. Com extrema delicadeza, São Paulo insinua a Filêmon que, sendo possível, lhe devolva Onésimo, já que este lhe vem sendo de grande utilidade; no entanto, Paulo pede, sugere, mas sem impor nada e deixando a decisão nas mãos de Filêmon. Para o Apóstolo Paulo o amor deverá ser a suprema e insubstituível norma que dirige e condiciona as palavras, os comportamentos, as decisões dos crentes. Ora, o amor tem consequências bem práticas, que os membros da comunidade cristã não podem olvidar: implica o ver em cada homem um irmão – independentemente da sua raça, da sua cor, ou do seu estatuto social. Vistas as coisas nesta perspectiva, não é de estranhar que Paulo solicite a Filêmon que receba Onésimo não como o que era antes (um escravo), mas sim como é agora – um irmão em Cristo. Se Filêmon é, de fato, cristão, é essa a atitude que deve assumir para com Onésimo. O amor – elemento que está no centro da experiência cristã – exige ao cristão o reconhecimento efetivo da igualdade de todos as pessoas, apesar das diferenças de cor da pele, de estatuto social, de sexo, de opções políticas. O amor exige que as nossas comunidades sejam espaços de comunhão, de fraternidade, de acolhimento, sejam quais forem os defeitos dos irmãos. Como eu acolho, nas comunidades, os irmãos? Acolho com carinho e sem distinção? Irmãos e Irmãs, O Evangelho de hoje(Lc 14,25-33) nos ensina que o ponto de partida para a autêntica vivência cristã é o DESAPEGO. Desapego que, inicialmente, foi pedido aos discípulos e apóstolos, mas que paulatinamente foi entendido como desejo de Cristo que fosse assumido por toda a COMUNIDADE ECLESIAL. Desapego a exemplo de Jesus que deixou tudo para trás, não acumulou riquezas, e distribuiu tudo para os outros, até a sua preciosa vida na Cruz pela salvação de todo o gênero humano. A mania das pessoas de possuir bens chega a ser uma doença. Doença que nos interpela a ficarmos livres de tudo o que nos oprime. O dinheiro em si não é mal e nem os bens. A maneira como se usa o dinheiro ou se usa os bens materiais deve ter uma finalidade comunitária, de servir a quem precisa e ao nosso semelhante. E aceitar a Jesus, na sua totalidade, para sermos um só com ele, como o verso e o reverso de uma medalha fazem uma unidade nos pede o DESAPEGO dos bens materiais. Assim, o Evangelho de hoje nos coloca quatro condições radicais postas por Jesus para ser cristão: 1. O desprendimento das coisas familiares; 2. O desprendimento da própria vida e dos próprios interesses; 3. O desprendimento de qualquer tipo de posse material ou espiritual; 4. O assumir da cruz, isto é, a própria história em suas situações concretas no nosso quotidiano. Jesus por sua vez fez tudo o que falamos acima: deixou a glória do Paraíso, assumiu a pobreza em todos os sentidos, aniquilou-se a si mesmo, tomando a condição de servo sofredor, sofreu todas as vicissitudes do seu tempo e de seu povo e morreu na Cruz pela nossa salvação. Jesus repartiu tudo o que era e o que tinha com os discípulos, até mesmo o seu poder divino de perdoar os pecados e de santificar o povo de Deus. Mas quer repartir hoje e agora também a cruz e a morte, partes integrantes de sua missão salvadora, e partilhar a ressurreição e a glorificação, nova meta da criatura redimida. Irmãos e Irmãs, Jesus não é contra a família. Jesus não vai na contramão de um cultivo dos valores pessoais. Tudo o que os homens possuem vem da misericórdia de Deus. A família é um dom sagrado, a Igreja doméstica. A família vai mal quando ela está sem Jesus. A família com Jesus é querida e incentivada. Jesus está presente na família para transformá-la e não somente visitando-a nos batizados, primeiras eucaristias, missas de exéquias ou matrimônios. Jesus quer caminhar com as famílias no cotidiano, no dia a dia, sendo presença-presente e viver segundo o seu Evangelho todos os momentos. Jesus não vai contra uma vida confortável do ponto de vista individual ou pessoal. O que Jesus é contra é o egoísmo, a ausência de partilha, da misericórdia e do perdão. Jesus nos quer misericordiosos, mansos e compassivos. Jesus não quer uma religião de orações apenas pessoais, mas quer que nós nos engajemos na vida de comunidade, na Paróquia e na vida da Igreja Particular. O discípulo renuncia a tudo, principalmente ao seu eu, as suas exigências, caprichos. O verdadeiro e autentico discípulo pega a cruz de Cristo e a carrega na dimensão comunitária e pastoral. O Reino dos Céus é como a torre a ser construída. Tem que ser iniciada do alicerce, fazendo as bases para que se tenha uma boa sustentação. Assim, também, é o Reino de Deus que pede o esvaziamento do eu, coisa que exige muito mais esforço e trabalho do que levantar uma catedral ou arrasar uma montanha. É preciso assumir a Cruz e estar preparado para a morte, para as perseguições, para as calúnias, para as fofocas e para as intrigas. E estas surgindo vão nos purificando, deixando aquilo que realmente é o mais importante, a graça de Deus que nos embala e nos anima na missão. Jesus é o Deus que veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação, de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes” ou “meias tintas”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem séria e conscientemente essa opção. O que Jesus critica nos dois personagens das parábolas é o fato de não terem tomado tempo para se sentar. Ora, Ele propõe estas duas parábolas no momento em que convida os seus discípulos a segui-l’O sem condições, e mesmo a levar a sua cruz, isto é, a aceitar as provas que seguirão ao seu compromisso. Quer dizer que, antes de seguir Jesus, é preciso reservar tempo para a reflexão. Jesus não esconde as exigências, mas é preciso perguntar porque O seguimos, até onde O podemos seguir. É a maneira de Jesus respeitar a liberdade do homem. Ele não quer discípulos que decidem segui-l’O sem mais nem menos. Ele não pede a mesma coisa a todas as pessoas, mas a cada um Ele pede para segui-l’O em função dos seus carismas. Mais uma razão para nos sentarmos e perguntar: quais são os meus carismas que quero pôr ao serviço do Reino? Irmãos e Irmãs, Paulo hoje é focalizado preso. Mesmo na prisão, coloca-se a serviço dos irmãos, implorando pela liberdade do escravo Onésimo. A comunidade eclesial deste Domingo dará graças a Deus pela graça de seguir a Cristo, de carregar as cruzes no seu seguimento, pela liberdade no uso das coisas, sem a elas se apegar. Pedirá o dom da sabedoria para ser fiel ao seguimento de Cristo. São as experiências pascais transformadas em ritos no memorial eucarístico que celebramos. Amém! Pe. Wagner Augusto Portugal Homilia Recebida Por Email https://catequisar.com.br/liturgia/23o-domingo-do-tempo-comum-c-2/

 

V-       REFLEXÃO DOMINICAL II

 

HOMILIA DO XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO C

Meus queridos Irmãos,

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

O livro da Sabedoria nos ensina, na primeira leitura(cf. Sb 9,13-18), que a sabedoria nunca é conquistada para sempre. É a prece de Salomão pela sabedoria, especialmente a segunda parte, que ensina o quanto à sabedoria é indispensável e necessária para os embates chamados diários de nossa caminhada neste mundo transitório. A sabedoria tão necessária nos dias hodiernos e nesta sociedade utilitarista em que vivemos o hedonismo campear e a falta de compromissos que sejam duradouros e sérios.  O lucro reina pelo lucro e o poder pelo poder, sempre se esquecendo que todos os dons devem ser colocados na gratuidade da graça que provém de Deus Trindade. Assim, a sabedoria ensina a dar a tudo o seu devido lugar, a ponderar o que é mais e o que é menos importante. Isso nos leva a conduzir as conclusões que, aos olhos das pessoas superficiais, parecem loucura.

A Primeira Leitura nos apresenta o discernimento e a ponderação, dons de Deus. Saber discernir é o que Salomão pediu a Deus(1Rs 3,9). Também o autor do livro da Sabedoria pede isso e ensina que se deve pedi-lo. Nosso esforço intelectual não é o suficiente. As faíscas do Espírito Santo não se deixam programar; devem ser recebidas como dádivas.

Essa sabedoria que é um dom de Deus permite ao homem compreender tudo, fazer o que agrada a Deus e ser salvo. O livro sagrado parte da constatação da nossa finitude, das nossas limitações, das nossas dificuldades típicas de seres humanos, para concluir: por nós, não conseguimos compreender o alcance das coisas, não conseguimos descobrir o verdadeiro sentido da nossa vida, apercebermo-nos dos valores que nos levam, verdadeiramente, pelo caminho da vida e da felicidade. Como chegar, portanto, a “conhecer os desígnios de Deus”? A perícope só encontra uma resposta: o homem tem de acolher a “sabedoria”, dom de Deus para todos aqueles que estão interessados em dar um verdadeiro sentido à sua vida. Só a ação de Deus que derrama sobre os homens a “sabedoria” permite encontrar o sentido da vida e discernir o verdadeiro do falso, o importante do inútil.

Meus caros irmãos,

As exigências do seguimento de Jesus parecem loucura extrema: “Odiar pai e mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs(cf Lc 14,26)”, por causa de Cristo e de seu Evangelho, não é uma loucura? Não, isso nos ensina São Lucas em seu Evangelho. É a conseqüência da sabedoria cristã, da ponderação a respeito do investimento necessário para o Reino de Deus. Começar a construir a torre sem o necessário capital é que é loucura, pois, todo mundo ficará gozando da gente porque não conseguiu concluir a obra! O homem sábio e prudente faz o devido orçamento, decidindo com prudência aonde irá aplicar e investir. No caso de todos os cristãos, o único orçamento adequado de se investir é o SUPREMO BEM, sem o qual os outros investimentos ficam sem sentido.

A Segunda Leitura(cf. Fm 9b-10.12-17) nos lembra que não haverá mais escravo nem oprimido, mas será estabelecido que todos serão irmãos. O escravo Onésimo fugira de seu dono, Filêmon, discípulo de Paulo. Paulo o envia de volta, mas agora batizado, portanto, “filho” de Paulo, como o próprio Filêmon. Por isso, Filêmon o deve receber não mais como escravo, mas como irmão. A abolição da escravidão ainda não se impunha como perspectiva histórica no tempo de Paulo, mas mesmo assim devia realizar-se, entre os cristãos, o “nem escravo, nem livro” de Gl 3,28. Deste espírito novo surgiram também novas estruturas, que nos fazem perfeitos filhos de Deus pelo batismo.

A Carta a Filêmon é a mais breve e pessoal das cartas de São Paulo. É endereçada a um tal Filêmon, aparentemente um membro destacado da Igreja de Colossos. A partir dos dados da carta, podemos reconstruir as circunstâncias em que o texto aparece. Onésimo, escravo de Filêmon, fugiu de casa do seu senhor. Encontrou Paulo, ligou-se a ele e tornou-se cristão. São Paulo, que nessa altura estava na prisão (em Éfeso? Em Roma?), fê-lo seu colaborador e manteve-o junto de si. No entanto, a situação podia tornar-se delicada se Filêmon se ofendesse com Paulo; e, do ponto de vista legal, ao dar guarida a um escravo fugitivo, São Paulo era cúmplice de uma grave infracção ao direito privado. Enfim, Onésimo corria o risco de ser preso, devolvido ao seu senhor e severamente castigado. É neste contexto que Paulo resolve enviar Onésimo a Filêmon. Onésimo leva consigo uma carta, em que Paulo explica a Filêmon a situação e intercede pelo escravo fugitivo. Com extrema delicadeza, São Paulo insinua a Filêmon que, sendo possível, lhe devolva Onésimo, já que este lhe vem sendo de grande utilidade; no entanto, Paulo pede, sugere, mas sem impor nada e deixando a decisão nas mãos de Filêmon. Para o Apóstolo Paulo o amor deverá ser a suprema e insubstituível norma que dirige e condiciona as palavras, os comportamentos, as decisões dos crentes. Ora, o amor tem consequências bem práticas, que os membros da comunidade cristã não podem olvidar: implica o ver em cada homem um irmão – independentemente da sua raça, da sua cor, ou do seu estatuto social. Vistas as coisas nesta perspectiva, não é de estranhar que Paulo solicite a Filêmon que receba Onésimo não como o que era antes (um escravo), mas sim como é agora – um irmão em Cristo. Se Filêmon é, de fato, cristão, é essa a atitude que deve assumir para com Onésimo.

O amor – elemento que está no centro da experiência cristã – exige ao cristão o reconhecimento efetivo da igualdade de todos as pessoas, apesar das diferenças de cor da pele, de estatuto social, de sexo, de opções políticas. O amor exige que as nossas comunidades sejam espaços de comunhão, de fraternidade, de acolhimento, sejam quais forem os defeitos dos irmãos. Como eu acolho, nas comunidades, os irmãos? Acolho com carinho e sem distinção?

Irmãos e Irmãs,

O Evangelho de hoje(Lc 14,25-33) nos ensina que o ponto de partida para a autêntica vivência cristã é o DESAPEGO. Desapego que, inicialmente, foi pedido aos discípulos e apóstolos, mas que paulatinamente foi entendido como desejo de Cristo que fosse assumido por toda a COMUNIDADE ECLESIAL. Desapego a exemplo de Jesus que deixou tudo para trás, não acumulou riquezas, e distribuiu tudo para os outros, até a sua preciosa vida na Cruz pela salvação de todo o gênero humano.

A mania das pessoas de possuir bens chega a ser uma doença. Doença que nos interpela a ficarmos livres de tudo o que nos oprime. O dinheiro em si não é mal e nem os bens. A maneira como se usa o dinheiro ou se usa os bens materiais deve ter uma finalidade comunitária, de servir a quem precisa e ao nosso semelhante. E aceitar a Jesus, na sua totalidade, para sermos um só com ele, como o verso e o reverso de uma medalha fazem uma unidade nos pede o DESAPEGO dos bens materiais.

            Assim, o Evangelho de hoje nos coloca quatro condições radicais postas por Jesus para ser cristão:

1.    O desprendimento das coisas familiares;

2.    O desprendimento da própria vida e dos próprios interesses;

3.    O desprendimento de qualquer tipo de posse material ou espiritual;

4.    O assumir da cruz, isto é, a própria história em suas situações concretas no nosso quotidiano.

Jesus por sua vez fez tudo o que falamos acima: deixou a glória do Paraíso, assumiu a pobreza em todos os sentidos, aniquilou-se a si mesmo, tomando a condição de servo sofredor, sofreu todas as vicissitudes do seu tempo e de seu povo e morreu na Cruz pela nossa salvação.

Jesus repartiu tudo o que era e o que tinha com os discípulos, até mesmo o seu poder divino de perdoar os pecados e de santificar o povo de Deus. Mas quer repartir hoje e agora também a cruz e a morte, partes integrantes de sua missão salvadora, e partilhar a ressurreição e a glorificação, nova meta da criatura redimida.

Irmãos e Irmãs,

Jesus não é contra a família. Jesus não vai na contramão de um cultivo dos valores pessoais. Tudo o que os homens possuem vem da misericórdia de Deus. A família é um dom sagrado, a Igreja doméstica. A família vai mal quando ela está sem Jesus. A família com Jesus é querida e incentivada. Jesus está presente na família para transformá-la e não somente visitando-a nos batizados, primeiras eucaristias, missas de exéquias ou matrimônios. Jesus quer caminhar com as famílias no cotidiano, no dia a dia, sendo presença-presente e viver segundo o seu Evangelho todos os momentos.

Jesus não vai contra uma vida confortável do ponto de vista individual ou pessoal. O que Jesus é contra é o egoísmo, a ausência de partilha, da misericórdia e do perdão. Jesus nos quer misericordiosos, mansos e compassivos. Jesus não quer uma religião de orações apenas pessoais, mas quer que nós nos engajemos na vida de comunidade, na Paróquia e na vida da Igreja Particular.

O discípulo renuncia a tudo, principalmente ao seu eu, as suas exigências, caprichos. O verdadeiro e autentico discípulo pega a cruz de Cristo e a carrega na dimensão comunitária e pastoral.

O Reino dos Céus é como a torre a ser construída. Tem que ser iniciada do alicerce, fazendo as bases para que se tenha uma boa sustentação. Assim, também, é o Reino de Deus que pede o esvaziamento do eu, coisa que exige muito mais esforço e trabalho do que levantar uma catedral ou arrasar uma montanha. É preciso assumir a Cruz e estar preparado para a morte, para as perseguições, para as calúnias, para as fofocas e para as intrigas. E estas surgindo vão nos purificando, deixando aquilo que realmente é o mais importante, a graça de Deus que nos embala e nos anima na missão.

Jesus é o Deus que veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação, de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes” ou “meias tintas”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem séria e conscientemente essa opção.

O que Jesus critica nos dois personagens das parábolas é o fato de não terem tomado tempo para se sentar. Ora, Ele propõe estas duas parábolas no momento em que convida os seus discípulos a segui-l’O sem condições, e mesmo a levar a sua cruz, isto é, a aceitar as provas que seguirão ao seu compromisso. Quer dizer que, antes de seguir Jesus, é preciso reservar tempo para a reflexão. Jesus não esconde as exigências, mas é preciso perguntar porque O seguimos, até onde O podemos seguir. É a maneira de Jesus respeitar a liberdade do homem. Ele não quer discípulos que decidem segui-l’O sem mais nem menos. Ele não pede a mesma coisa a todas as pessoas, mas a cada um Ele pede para segui-l’O em função dos seus carismas. Mais uma razão para nos sentarmos e perguntar: quais são os meus carismas que quero pôr ao serviço do Reino?

Irmãos e Irmãs,

Paulo hoje é focalizado preso. Mesmo na prisão, coloca-se a serviço dos irmãos, implorando pela liberdade do escravo Onésimo. A comunidade eclesial deste Domingo dará graças a Deus pela graça de seguir a Cristo, de carregar as cruzes no seu seguimento, pela liberdade no uso das coisas, sem a elas se apegar. Pedirá o dom da sabedoria para ser fiel ao seguimento de Cristo. São as experiências pascais transformadas em ritos no memorial eucarístico que celebramos. Amém!

Pe. Wagner Augusto Portugal

Homilia Recebida Por Email

https://catequisar.com.br/liturgia/23o-domingo-do-tempo-comum-c-2/

 

 

 

O livro da Sabedoria nos ensina, na primeira leitura(cf. Sb 9,13-18), que a sabedoria nunca é conquistada para sempre. É a prece de Salomão pela sabedoria, especialmente a segunda parte, que ensina o quanto à sabedoria é indispensável e necessária para os embates chamados diários de nossa caminhada neste mundo transitório. A sabedoria tão necessária nos dias hodiernos e nesta sociedade utilitarista em que vivemos o hedonismo campear e a falta de compromissos que sejam duradouros e sérios.  O lucro reina pelo lucro e o poder pelo poder, sempre se esquecendo que todos os dons devem ser colocados na gratuidade da graça que provém de Deus Trindade. Assim, a sabedoria ensina a dar a tudo o seu devido lugar, a ponderar o que é mais e o que é menos importante. Isso nos leva a conduzir as conclusões que, aos olhos das pessoas superficiais, parecem loucura.

A Primeira Leitura nos apresenta o discernimento e a ponderação, dons de Deus. Saber discernir é o que Salomão pediu a Deus(1Rs 3,9). Também o autor do livro da Sabedoria pede isso e ensina que se deve pedi-lo. Nosso esforço intelectual não é o suficiente. As faíscas do Espírito Santo não se deixam programar; devem ser recebidas como dádivas.

Essa sabedoria que é um dom de Deus permite ao homem compreender tudo, fazer o que agrada a Deus e ser salvo. O livro sagrado parte da constatação da nossa finitude, das nossas limitações, das nossas dificuldades típicas de seres humanos, para concluir: por nós, não conseguimos compreender o alcance das coisas, não conseguimos descobrir o verdadeiro sentido da nossa vida, apercebermo-nos dos valores que nos levam, verdadeiramente, pelo caminho da vida e da felicidade. Como chegar, portanto, a “conhecer os desígnios de Deus”? A perícope só encontra uma resposta: o homem tem de acolher a “sabedoria”, dom de Deus para todos aqueles que estão interessados em dar um verdadeiro sentido à sua vida. Só a ação de Deus que derrama sobre os homens a “sabedoria” permite encontrar o sentido da vida e discernir o verdadeiro do falso, o importante do inútil.

Meus caros irmãos,

As exigências do seguimento de Jesus parecem loucura extrema: “Odiar pai e mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs(cf Lc 14,26)”, por causa de Cristo e de seu Evangelho, não é uma loucura? Não, isso nos ensina São Lucas em seu Evangelho. É a conseqüência da sabedoria cristã, da ponderação a respeito do investimento necessário para o Reino de Deus. Começar a construir a torre sem o necessário capital é que é loucura, pois, todo mundo ficará gozando da gente porque não conseguiu concluir a obra! O homem sábio e prudente faz o devido orçamento, decidindo com prudência aonde irá aplicar e investir. No caso de todos os cristãos, o único orçamento adequado de se investir é o SUPREMO BEM, sem o qual os outros investimentos ficam sem sentido.

A Segunda Leitura(cf. Fm 9b-10.12-17) nos lembra que não haverá mais escravo nem oprimido, mas será estabelecido que todos serão irmãos. O escravo Onésimo fugira de seu dono, Filêmon, discípulo de Paulo. Paulo o envia de volta, mas agora batizado, portanto, “filho” de Paulo, como o próprio Filêmon. Por isso, Filêmon o deve receber não mais como escravo, mas como irmão. A abolição da escravidão ainda não se impunha como perspectiva histórica no tempo de Paulo, mas mesmo assim devia realizar-se, entre os cristãos, o “nem escravo, nem livro” de Gl 3,28. Deste espírito novo surgiram também novas estruturas, que nos fazem perfeitos filhos de Deus pelo batismo.

A Carta a Filêmon é a mais breve e pessoal das cartas de São Paulo. É endereçada a um tal Filêmon, aparentemente um membro destacado da Igreja de Colossos. A partir dos dados da carta, podemos reconstruir as circunstâncias em que o texto aparece. Onésimo, escravo de Filêmon, fugiu de casa do seu senhor. Encontrou Paulo, ligou-se a ele e tornou-se cristão. São Paulo, que nessa altura estava na prisão (em Éfeso? Em Roma?), fê-lo seu colaborador e manteve-o junto de si. No entanto, a situação podia tornar-se delicada se Filêmon se ofendesse com Paulo; e, do ponto de vista legal, ao dar guarida a um escravo fugitivo, São Paulo era cúmplice de uma grave infracção ao direito privado. Enfim, Onésimo corria o risco de ser preso, devolvido ao seu senhor e severamente castigado. É neste contexto que Paulo resolve enviar Onésimo a Filêmon. Onésimo leva consigo uma carta, em que Paulo explica a Filêmon a situação e intercede pelo escravo fugitivo. Com extrema delicadeza, São Paulo insinua a Filêmon que, sendo possível, lhe devolva Onésimo, já que este lhe vem sendo de grande utilidade; no entanto, Paulo pede, sugere, mas sem impor nada e deixando a decisão nas mãos de Filêmon. Para o Apóstolo Paulo o amor deverá ser a suprema e insubstituível norma que dirige e condiciona as palavras, os comportamentos, as decisões dos crentes. Ora, o amor tem consequências bem práticas, que os membros da comunidade cristã não podem olvidar: implica o ver em cada homem um irmão – independentemente da sua raça, da sua cor, ou do seu estatuto social. Vistas as coisas nesta perspectiva, não é de estranhar que Paulo solicite a Filêmon que receba Onésimo não como o que era antes (um escravo), mas sim como é agora – um irmão em Cristo. Se Filêmon é, de fato, cristão, é essa a atitude que deve assumir para com Onésimo.

O amor – elemento que está no centro da experiência cristã – exige ao cristão o reconhecimento efetivo da igualdade de todos as pessoas, apesar das diferenças de cor da pele, de estatuto social, de sexo, de opções políticas. O amor exige que as nossas comunidades sejam espaços de comunhão, de fraternidade, de acolhimento, sejam quais forem os defeitos dos irmãos. Como eu acolho, nas comunidades, os irmãos? Acolho com carinho e sem distinção?

Irmãos e Irmãs,

O Evangelho de hoje(Lc 14,25-33) nos ensina que o ponto de partida para a autêntica vivência cristã é o DESAPEGO. Desapego que, inicialmente, foi pedido aos discípulos e apóstolos, mas que paulatinamente foi entendido como desejo de Cristo que fosse assumido por toda a COMUNIDADE ECLESIAL. Desapego a exemplo de Jesus que deixou tudo para trás, não acumulou riquezas, e distribuiu tudo para os outros, até a sua preciosa vida na Cruz pela salvação de todo o gênero humano.

A mania das pessoas de possuir bens chega a ser uma doença. Doença que nos interpela a ficarmos livres de tudo o que nos oprime. O dinheiro em si não é mal e nem os bens. A maneira como se usa o dinheiro ou se usa os bens materiais deve ter uma finalidade comunitária, de servir a quem precisa e ao nosso semelhante. E aceitar a Jesus, na sua totalidade, para sermos um só com ele, como o verso e o reverso de uma medalha fazem uma unidade nos pede o DESAPEGO dos bens materiais.

            Assim, o Evangelho de hoje nos coloca quatro condições radicais postas por Jesus para ser cristão:

1.    O desprendimento das coisas familiares;

2.    O desprendimento da própria vida e dos próprios interesses;

3.    O desprendimento de qualquer tipo de posse material ou espiritual;

4.    O assumir da cruz, isto é, a própria história em suas situações concretas no nosso quotidiano.

Jesus por sua vez fez tudo o que falamos acima: deixou a glória do Paraíso, assumiu a pobreza em todos os sentidos, aniquilou-se a si mesmo, tomando a condição de servo sofredor, sofreu todas as vicissitudes do seu tempo e de seu povo e morreu na Cruz pela nossa salvação.

Jesus repartiu tudo o que era e o que tinha com os discípulos, até mesmo o seu poder divino de perdoar os pecados e de santificar o povo de Deus. Mas quer repartir hoje e agora também a cruz e a morte, partes integrantes de sua missão salvadora, e partilhar a ressurreição e a glorificação, nova meta da criatura redimida.

Irmãos e Irmãs,

Jesus não é contra a família. Jesus não vai na contramão de um cultivo dos valores pessoais. Tudo o que os homens possuem vem da misericórdia de Deus. A família é um dom sagrado, a Igreja doméstica. A família vai mal quando ela está sem Jesus. A família com Jesus é querida e incentivada. Jesus está presente na família para transformá-la e não somente visitando-a nos batizados, primeiras eucaristias, missas de exéquias ou matrimônios. Jesus quer caminhar com as famílias no cotidiano, no dia a dia, sendo presença-presente e viver segundo o seu Evangelho todos os momentos.

Jesus não vai contra uma vida confortável do ponto de vista individual ou pessoal. O que Jesus é contra é o egoísmo, a ausência de partilha, da misericórdia e do perdão. Jesus nos quer misericordiosos, mansos e compassivos. Jesus não quer uma religião de orações apenas pessoais, mas quer que nós nos engajemos na vida de comunidade, na Paróquia e na vida da Igreja Particular.

O discípulo renuncia a tudo, principalmente ao seu eu, as suas exigências, caprichos. O verdadeiro e autentico discípulo pega a cruz de Cristo e a carrega na dimensão comunitária e pastoral.

O Reino dos Céus é como a torre a ser construída. Tem que ser iniciada do alicerce, fazendo as bases para que se tenha uma boa sustentação. Assim, também, é o Reino de Deus que pede o esvaziamento do eu, coisa que exige muito mais esforço e trabalho do que levantar uma catedral ou arrasar uma montanha. É preciso assumir a Cruz e estar preparado para a morte, para as perseguições, para as calúnias, para as fofocas e para as intrigas. E estas surgindo vão nos purificando, deixando aquilo que realmente é o mais importante, a graça de Deus que nos embala e nos anima na missão.

Jesus é o Deus que veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação, de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes” ou “meias tintas”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem séria e conscientemente essa opção.

O que Jesus critica nos dois personagens das parábolas é o fato de não terem tomado tempo para se sentar. Ora, Ele propõe estas duas parábolas no momento em que convida os seus discípulos a segui-l’O sem condições, e mesmo a levar a sua cruz, isto é, a aceitar as provas que seguirão ao seu compromisso. Quer dizer que, antes de seguir Jesus, é preciso reservar tempo para a reflexão. Jesus não esconde as exigências, mas é preciso perguntar porque O seguimos, até onde O podemos seguir. É a maneira de Jesus respeitar a liberdade do homem. Ele não quer discípulos que decidem segui-l’O sem mais nem menos. Ele não pede a mesma coisa a todas as pessoas, mas a cada um Ele pede para segui-l’O em função dos seus carismas. Mais uma razão para nos sentarmos e perguntar: quais são os meus carismas que quero pôr ao serviço do Reino?

Irmãos e Irmãs,

Paulo hoje é focalizado preso. Mesmo na prisão, coloca-se a serviço dos irmãos, implorando pela liberdade do escravo Onésimo. A comunidade eclesial deste Domingo dará graças a Deus pela graça de seguir a Cristo, de carregar as cruzes no seu seguimento, pela liberdade no uso das coisas, sem a elas se apegar. Pedirá o dom da sabedoria para ser fiel ao seguimento de Cristo. São as experiências pascais transformadas em ritos no memorial eucarístico que celebramos. Amém!

Pe. Wagner Augusto Portugal

Homilia Recebida Por Email

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