sábado, 21 de junho de 2025

VII- REFLEXÃO DOMINICAL I CONHECEMOS JESUS

 

VII-     REFLEXÃO DOMINICAL I

 

CONHECEMOS JESUS

O Evangelho deste 12º Domingo do Tempo Comum nos apresenta as opiniões dos apóstolos e das pessoas sobre a identidade de Jesus, o ser de Jesus. Nenhuma dessas opiniões o define como o Cristo, o Messias. Todos o relacionam com um profeta do passado, que voltou à vida. A razão para tudo isso está na vida de Jesus: seus gestos, em sua escolha de pobreza, em suas palavras sobre a conversão. Vale observar que ele não é interpretado como um novo profeta, mas como um que já foi. Na opinião daqueles que dizem ser Ele um dos profetas, se assim fosse, poderia ter trazido novidades de Deus. Para Israel, ele deveria ser poderoso, rico, como um líder armado para a libertação de Roma. Entretanto, Pedro, por sua vez faz sua profissão de fé: Jesus é o Messias, é o Cristo de Deus. Jesus apresentou imediatamente este itinerário, como ouvimos do Evangelho, mas tal ideia não entrou imediatamente na mente dos discípulos. Ele é o Filho de Deus, o Salvador da humanidade, o Chefe da Igreja, o Único Mediador junto ao Pai, O Verbo Encarnado, o Revelador da face do Pai, o Testemunho do amor, o Rei do céu e da terra, o Criador do universo na unidade de essência com o Pai e o Espírito Santo, o Juiz da história, o Noivo da Igreja, a Vítima que nos faz agradar ao Pai, o Caminho para o céu, a Vida que eleva a nossa vida, a Verdade que nos livra da mentira e nos revela Deus, a nossa paz, aquele que é o alfa e o ômega, o princípio e o fim; aquele em que a caducidade colocada pelos homens no mundo é removida, aquele para quem os céus estão abertos para nós, aquele que é o primogênito dos ressuscitados, aquele que é a única esperança de uma terra reconciliada com Deus e consigo mesma. Não só sabemos quem é Jesus, mas conhecemos Jesus, e o conhecemos porque o vimos no coração, nos gestos daqueles que o anunciaram, e porque o Espírito Santo nos uniu a Ele e experimentamos seu amor e fidelidade. Nós o conhecemos porque Ele se dá nos Sacramentos e na palavra dos Evangelhos. Nós o conhecemos porque acreditamos. Nós, na fé, o conhecemos. Nós, irmãos e irmãs, “conhecemos Jesus”, e daí decorre o nosso desejo de nos amarmos como ele nos amou (cf. Jo 15,12). “Nós conhecemos Jesus”, e sabemos que o conhecemos se observarmos os seus mandamentos, que são mandamentos de amor; Entretanto, a verdade é que quem quiser seguir Jesus e saber quem de fato Ele é, deve negar a si mesmo, pegar sua própria cruz todos os dias e segui-lo ao longo do caminho que ele percorreu. Por isso, a pergunta do evangelho trazida à nossa realidade, na verdade, é: “Quem sou Eu pra você?” “Que lugar ocupo na sua vida?” Devemos levar nossa cruz todos os dias e, depois, segui-lo. Assim, seguindo-o, teremos as gloriosas cruzes que o mundo coloca sobre os ombros daqueles que testemunham Cristo, e então a humanidade verá que “conhecemos Jesus” e que lugar Ele ocupa em nossa vida.

 

Dom Cícero Alves de França Bispo Auxiliar de São Paulo Vigário Episcopal para a Região Belém

 

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-39-12o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.p

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário