1- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA.
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
.
Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Celebrando o Dia do Senhor fazemos memória do
Cristo, a videira verdadeira e fecunda. Como povo consagrado e escolhido para
servir ao Senhor.
Celebrando
o Mistério Pascal de Cristo, na liturgia deste 27º Domingo do Tempo Comum,
meditamos sobre o modo de agir de Deus perante seu povo. Como todo agricultor
que espera bons frutos da sua lavoura, da mesma forma, Deus, o proprietário da
vinha, espera que produzamos os frutos do Reino, cujas sementes foram plantadas
por Jesus no meio de nós. Enxertados em Cristo, pelo mistério de sua morte e
ressurreição, sintamo-nos fortalecidos para produzir os frutos que o Pai deseja
e espera de nós.
Irmãos
e irmãs, louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Somos a Igreja de Deus, a
Vinha amada do Senhor aqui reunida para a Eucaristia. Somos a Vinha por vezes
ameaçada de devastação, seja pela perseguição por causa do anúncio do Reino,
seja pelos nossos próprios pecados, que azedam os frutos que deveriam ser
doces! Pouco a pouco, aproxima-se o fim do ano litúrgico e o Senhor faz ressoar
seu forte convite para que nos convertamos e assim possamos produzir frutos em
nossa vida! Coloquemos no altar do Senhor todo esforço da Igreja para viver sua
vocação missionária.
INTRODUÇÃO
DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Precisamos de uma
Igreja e de uma sociedade novas que produzam frutos de humanidade e
fraternidade, coparticipação e solidariedade, justiça e progresso, libertação e
desenvolvimento autenticamente humanos. É preciso ter em conta e praticar “tudo
o que é verdadeiro, nobre, justo, amável, puro e louvável; tudo o que é
virtuoso”. “Uvas azedas” são o egoísmo a opressão do mais fraco, rivalidade
agressiva, competição desleal, intolerância e violência.
Irmãos
e irmãs, louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Somos a Igreja de Deus, a
Vinha amada do Senhor aqui reunida para a Eucaristia. Somos a Vinha por vezes
ameaçada de devastação, seja pela perseguição por causa do anúncio do Reino,
seja pelos nossos próprios pecados, que azedam os frutos que deveriam ser
doces! Pouco a pouco, aproxima-se o fim do ano litúrgico e o Senhor faz ressoar
seu forte convite para que nos convertamos e assim possamos produzir frutos em
nossa vida! Coloquemos no altar do Senhor todo esforço da Igreja para viver sua
vocação missionária.
INTRODUÇÃO DO
WEBMASTER: A
alegoria da vinha inaugura o tema das núpcias de Javé com Israel, tema que
voltará frequentemente na literatura bíblica. Às vezes, Israel é designado como
vinha, outras vezes, como a esposa acariciada e depois repudiada. Nesse cântico
de Isaías, as duas linhas se misturam perfeitamente, através de uma como que
superposição de imagens. A intervenção do profeta lembra o papel do amigo do
esposo. A figura da vinha, como aliás a da esposa, se tornam como que um
exemplo da história da salvação, do modo de agir de Deus perante seu povo e o
mundo inteiro. O amor de Deus pelos homens se revela de modo dramático, mas por
fim é sempre o amor que triunfa sobre a recusa e a infidelidade do homem.
No 3º
Ano Vocacional do Brasil, no mês das missões, durante a primeira sessão da
assembleia do Sínodo dos Bispos em Roma, a Romaria Diocesana de N. Sra. de
Fátima, é manifestação especial da graça de Deus e oportunidade de renovarmos
nosso compromisso de produzirmos muitos e bons frutos em sua vinha. Em seu
amor, Deus nos deu a vida para torná-la missão em Cristo, seu Filho, formando
comunidades missionárias, numa Diocese de comunhão e participação.
(...solenidade de N. Sra. Aparecida, padroeira do Brasil e Dia da Criança,
quinta-feira / ...)
O evangelho deste
domingo nos apresenta a segunda das três parábolas contra o farisaísmo,
iniciadas domingo passado.
A parábola de hoje encontramos também em Marcos e em Lucas. Mateus, porém, dá um
colorido muito próprio e pessoal. É uma perícope relacionada com a 1ª. Leitura,
o Cântico da Vinha,
uma das poesias mais belas do AT, uma canção de amor, muito usada na literatura
bíblica e popular, pelos profetas (Jr 2,21; Ez 1,1-8; 17,3-10; 19,10-14) e nos
salmos, como o Sl 79(80),9-17. Este salmo entra também na liturgia de hoje como
súplica ao Pai, verdadeiro dono da vinha, para cuidar dos ramos que somos nós,
seu povo.
Israel é comparado a uma vinha muito
querida e bem cuidada, mas não produziu o esperado fruto da justiça... é
também, considerado uma pessoa muito amada, uma esposa acariciada, mas depois
rejeitada, porque implantou a desordem social e o desprezo pelo direito,
institucionalizou o derramamento de sangue e a opressão; manifestou-se ingrata
e infiel à Aliança. (Ez 16; Os 2,4-15; Mt 22, 2-14; 25, 1-13).
Neste cântico de Isaías, as duas imagens: vinha e esposa,
misturam-se perfeitamente. Parece que o autor faz uma releitura da criação e do
pecado da humanidade (Gn1-3). Deus plantou com cuidado uma vinha para que
ela pudesse dar frutos. Mas, o fruto não foi o esperado, o desejado.
Deixaram-se seduzir pelo mal, pela injustiça. É comovente a pergunta de Deus:
“O que mais eu devia ter feito por minha vinha que eu não tenha feito?”
O amor de Deus por nós mostra-se intenso e profundo,
terno e até dramático, mas é sempre amor que triunfa sobre nossa recusa, nossa
ingratidão e infidelidade.
Entre a primeira leitura e o evangelho há percebida
diferença. Enquanto no texto de Isaías,
Deus abandona a vinha
que não produz frutos, no evangelho, ela é confiada a outros
trabalhadores que lhe darão, a seu tempo, os frutos desejados.
Jesus propõe uma exegese atualizada do belo Cântico da Vinha.
Ele está no Templo
de Jerusalém, centro do poder político, econômico e religioso
da época. Entra em confronto com o mestre da justiça e chefes dos sacerdotes,
poder religioso, promotor da sociedade injusta e desigual e, com o poder
econômico que eram os anciãos, desrespeitadores dos direitos humanos e sociais.
Eles são os vinhateiros, os cuidadores da vinha. Mas, não
produzem frutos de justiça e de direito e ainda impedem que os profetas, os
mensageiros do dono, despertem no povo a produção destes frutos
Jesus não acusa
ou condena a vinha, mas culpa os agricultores. Se ela não
produzia frutos é por causa dos responsáveis que os desviavam. Inclusive
maltratavam os mensageiros que o dono enviava... e mais, mataram o filho, o
herdeiro, pois cobiçavam a herança da vinha... A morte de Jesus foi premeditada
e é fruto da ganância, da maldade deliberada dos chefes do povo.
A parábola é um forte apelo para reconhecermos Jesus, o
Filho amado como a videira verdadeira (Jo, 1-8) que veio para retomar os frutos saborosos da justiça. Ele foi
‘jogado fora da cidade, fora dos muros de Jerusalém foi crucificado e morto
como bandido. Esta lógica presente na Escritura que encerra a parábola, é
citada por Jesus com o salmo 118,22s, “a pedra que os construtores rejeitaram,
tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso a nossos
olhos”. Esta pedra angular, fundamental é Cristo Jesus que se torna a
sustetação estável e firme sobre a qual deverá apoiar-se toda construção do
Reino, hoje e no futuro.
Guardamos desta parábola, duas lições importantes: 1)
Deus esperava de sua vinha escolhida, frutos de justiça, ou seja, a construção
de uma humanidade de irmãos, livres, com amor sem fingimento, união fraterna,
doação mútua, sem exclusão, sem ódio, sem opressão conforme sua vontade. 2) A
grandeza da ação amorosa de Deus transforma o mal em bem. A rejeição do Filho
Jesus foi prova da injustiça dos vinhateiros homicidas que perderam seus
privilégios e abriram a escolha dos gentios, dos pecadores, dos cobradores de
impostos, das prostitutas, dos pobres, dos doentes, das mulheres, das
crianças...pessoas escolhidas que se converteram e produziram com sua
ressurreição, um povo novo, o seu Reino.
Com sua Páscoa surge a nossa tarefa, como comunidade
cristã. Mas, a graça de sermos cristã/os não nos garante o Reino.
Hoje, em nosso tempo, a história se repete. Não podemos
ouvir esta parábola com triunfalismo, considerando-nos “pessoas justas e
perfeitas”. Como novos vinhateiros, escolhidos por Cristo, podemos agir como
“fariseus”, injustos, cobiçadores e omissos ao sofrimento dos pequenos,
desempregados, e excluídos que aumentam entre nós a cada dia. E mais, somos
destruidores da criação que sofre e grita, beirando seus limites. A humanidade
é devastadora dos bens destinados à vida e a vida para todo/as: humanos,
animais, plantas, águas, terra... Nosso país, toda a América Latina e outros
países hoje empobrecidos, sofrem as consequências desastrosas desta injustiça
institucionalizada pela selvageria do sistema capitalista e fascista de países
ricos que injustamente nos dominam e não respeitam nossa dignidade e nossos
direitos. O grito do/as injustiçado/as clama por misericórdia e respeito.
Lembramos de tanto/as pessoas, santos/as e mártires, que
lutaram e lutam, deram e continuam doando a vida pela causa da justiça, pela causa do
evangelho e do Reino e foram sustentados pela força do Cristo Crucificado e
Ressuscitado.
A primeira leitura
e o evangelho sustentam a Palavra de Deus, hoje. A segunda leitura os
complementa, continuando a Carta
aos Filipenses, escrita por Paulo na prisão.
Anima a comunidade cristã a não se angustiar ou afligir por qualquer situação
difícil, mas apresentar a Deus suas necessidades por meio da oração
comunitária, com súplicas e gratidão por tudo o que Deus tem feito. A
celebração comunitária é um espaço de serenidade, lugar de se conseguir unir
luta e ternura, militância e paz numa sociedade conflituosa, abrutalhada e
violenta.
Segue uma relação de boas ações, que são os frutos da justiça:
tudo que for verdadeiro, nobre, reto, puro, amável, honrado, tudo o que for
virtuoso e digno de louvor... Enfim, nos confirma que a celebração comunitária
ou em família é um lugar onde são reavivadas em nós as atitudes e sentimentos
do Cristo, videira verdadeira em que somos enxertado/as para produzir os frutos
de justiça, de retidão, de bondade, de perdão e de amor fraterno e universal.
A criação de uma comunidade cristã nova, de uma sociedade
nova, só será possível se os valores do lucro, do poder, da competição e
domínio forem substituídos pelos valores da solidariedade, da fraternidade e do
serviço humilde e compassivo. O Reino de Deus é universal não é propriedade de
uma religião ou Igreja. Não podemos cair na tentação de sermos possuidores da
verdade.
O Reino pertence ao Pai, é regado pelo sangue de Cristo,
manifesta-se onde a fidelidade ao evangelho acontece na comunhão pascal com o
Senhor Jesus e na ação terna e vigorosa de seu Espírito.
03- LITURGIA DO 26.º DOMINGO DO
TEMPO COMUM – ANO A
-
A alegoria da vinha inaugura o tema
das núpcias de Javé com Israel, tema que voltará frequentemente na literatura
bíblica. Às vezes, Israel é designado como vinha, outras vezes, como a esposa
acariciada e depois repudiada. Neste cântico de Isaías, as duas linhas se
misturam perfeitamente, através de uma superposição de imagens. A intervenção
do profeta lembra o papel do amigo do Esposo.
- As atenções
dadas à vinha são as mesmas que Deus dá à sua esposa ( Ef 5,25-33: Cristo
amou e ama sua igreja!). O julgamento que Deus faz sobre a vinha se efetua em
público, como exigia a Lei em caso de adultério. Enfim, a condenação da vinha à
esterilidade é a maldição prometida à esposa infiel ( Os 2,4-15). A figura da
vinha, como aliás a da esposa, se tornam como que um exemplo da história da
salvação, do modo de agir de Deus perante seu povo e o mundo inteiro. O amor de
Deus pelos homens se revela de modo dramático, mas por fim é sempre o amor que
triunfa sobre a recusa e a infidelidade do homem.
- Sob forma de parábola, na qual a vinha
representa Israel e o amado representa Deus, tem-se um discurso de acusação,
movido pelo amigo de Deus, o profeta. Na introdução encontra-se um cântico
popular com duplo significado (v. 1a). Na primeira estrofe (vv. 1b-2), toma a
palavra o profeta para descrever os cuidados que Deus teve por Israel. Na
segunda estrofe, fala Deus, que censura a falta de correspondência à sua
dedicação (vv. 3-4). Na terceira estrofe, fala ainda Deus, que tira as
consequências da ingratidão (vv. 5-6). Enfim, na conclusão (v. 7), o profeta dá
o sentido do cântico: "A vinha do
Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de
sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado;
esperei a retidão, e eis os gritos de socorro."
-
A parábola do Evangelho de hoje é comum
aos três sinóticos (Mc 12,1-12; Lc 20,9-19). Mateus, porém, sabe dar-lhe
uma característica pessoal: 1) organiza a narrativa de modo a provocar
explicitamente o julgamento dos interlocutores contra os vinhateiros (v. 4),
fazendo com que se volte imediatamente contra eles (v. 43); 2) além de afirmar
com Mc e Lc que o filho, morto fora da vinha (v. 39; Hb 13,12), tornou-se pedra
angular, expõe explicitamente a ideia de povo a ele conexa (vv. 41.43); 3) e,
enfim, acentua a ideia dos frutos: para Israel, o tempo de Jesus devia ser o
tempo dos frutos (v. 34), isto é, o tempo do Reino (3,2; 4,17;12,28), mas
Israel não o acolheu; por isso, a vinha, o reino, foi tirada de Israel dada a
outros, a um povo (a Igreja) que a fará frutificar (vv. 41.43). Uma igreja de
"braços cruzados" é inconcebível.
- Vemos assim, imediatamente, a diferença
entre a primeira leitura e o evangelho; enquanto, segundo o profeta, Deus
abandona a vinha que não produz frutos, na parábola ela é confiada a outros
"vinhateiros que lhe darão os frutos a seu tempo". Desse modo é
indicada a tarefa da Igreja depois da morte de Jesus. A Igreja é o novo povo
que tem a missão de "dar frutos". Por isso, tomou o lugar de Israel e
o tomou por ocasião da Páscoa, quando "a pedra que os construtores haviam
rejeitado tornou-se pedra angular". Esta pedra é Jesus, que, rejeitado e
crucificado, agora ressuscitou, e se torna o fundamento estável sobre o qual
deverá apoiar-se toda construção futura.
- Essa palavra do Apóstolo Paulo é muito
animadora e encorajadora. Alegrai-vos no
Senhor, ele nos diz. A alegria é uma constante no coração do cristão.
Coração este que é espaço do Espírito Santo. Fala também que não adianta deixar
as tristezas e preocupações tomarem conta dos nossos corações e pensamentos. O
cristão vence pelo poder e força da oração. "Em qualquer circunstância,
apresentai a Deus vossas necessidades, pela oração (comunitária), no momento da
súplica, juntamente com sentimentos de gratidão". Na ação litúrgica, a
comunidade eleva sua súplica a Deus (oração dos fiéis), não se esquecendo de
agradecer-lhe por tudo, mesmo pelas perseguições. O que é especificamente
cristão vem da convicção de que não é possível obter sucesso sem a oração.
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/09/08_10_23.pdf
04-
DIA DO NASCITURO
Neste Domingo, 08 de outubro, é celebrado o Dia do
Nascituro. A nomenclatura tem origem do Latim
'nascituru' – aquele que há de nascer. A
data celebra, então, o direito à proteção da vida e saúde, à alimentação, ao
respeito e um nascimento sadio.
05-
REZEMOS
PELO SÍNODO DA IGREJA
No Vaticano, teve início a assembleia
do Sínodo dos Bispos sobre a “Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.
O Papa Francisco convocou a Igreja inteira a refletir sobre si mesma, a partir
do que ela é chamada a ser, por vontade de Cristo. Desde que chamou e enviou os
apóstolos em missão, Jesus quis que a Igreja fosse a comunidade de seus
discípulos-missionários no mundo, em todos os lugares e até o fim dos tempos.
Ao mesmo tempo, a Igreja deve ser o povo dos que acolhem e manifestam a fé em
Cristo e o jeito novo de viver, que vem do Evangelho do Reino de Deus; deve ser
uma comunidade de testemunhas da pessoa de Jesus Cristo, da sua paixão, morte e
ressurreição e da esperança na vida plena no reino dos céus, conforme suas
promessas. Jesus também quis que a Igreja, em todas as suas comunidades e
expressões, fosse uma comunidade unida, em vez de dividida e dispersa
(comunhão). Que todos os membros da Igreja tivessem parte nas riquezas do
Evangelho, na graça da salvação e na esperança que o Evangelho comunica
(participação). E que cada membro da Igreja acolhesse os dons do Espírito Santo,
colocando-os a serviço da missão. Por isso, a Igreja é, por sua natureza, uma
comunidade missionária, encarregada por Jesus de anunciar o Evangelho a toda
criatura, com fé e perseverança, por toda parte e até o fim dos tempos
(missão). A assembleia do sínodo, iniciada nesses dias no Vaticano, terá 3
semanas de duração para trabalhar sobre essas questões. Participam dela
representantes, sobretudo bispos, de todas as partes do mundo. O Brasil terá ao
menos 6 representantes. Durante a assembleia sinodal, os participantes rezam
muito ao Espírito Santo, pois é Ele o principal “animador” da Igreja. Ouvem,
dialogam, refletem, elaboram e apresentam propostas. Após todos esses
trabalhos, receberemos os resultados da assembleia sinodal, que deverá ajudar
muito a Igreja a se renovar “por dentro”, na sua missão. Acompanhemos também
nós a assembleia sinodal com nossa oração, com fé e interesse. Podemos seguir
cada dia as notícias sobre o sínodo pelos noticiários da Igreja local, da CNBB
e através das mídias da própria Santa Sé. É importante estar bem informados e
fazer esse “sínodo” (caminho feitos juntos) com a Igreja. E peçamos que Maria,
Mãe da Igreja, por nós invocada como Nossa Senhora Aparecida, que acompanhe com
carinho maternal os trabalhos sinodais e interceda pela Igreja de seu Filho.
Que tal, uma Ave Maria todos os dias na intenção da assembleia do sínodo, que
acontece em Roma?
Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São
Paulo
06-
12 de Outubro: Solenidade de Nossa Senhora
Aparecida
No
ano de 1717, nas redes de três humildes pescadores, do fundo das águas do Rio
Paraíba, um grande milagre aconteceu: aparecida nas águas, uma imagenzinha de
Nossa Senhora da Conceição. Ela renovou a esperança daqueles homens que
passaram o dia todo sem nada pescar. Do milagre da grande pesca aos incontáveis
milagres que a cada dia se registram por todo o território brasileiro, Maria
assumiu o rosto dos seus filhos pobres, negros, esquecidos e abandonados.
Celebrando esta solenidade de Maria, queremos aprender em sua escola que nos
ensina a "fazer tudo o que Jesus disser". Confiemos à Nossa Senhora
todas as iniciativas missionárias da Igreja no Brasil.
-
A celebração da Solenidade da Virgem Maria tem o seu valor e importância na
capacidade de nos levar a uma relação mais profunda com Deus, pois nos
apresenta Maria como um modelo de pessoa que acolheu e viveu este
relacionamento com perfeição. Neste sentido, a veneração que damos à Maria se
orienta para Deus, e nunca para ela mesma, pois ela não é a meta, mas uma parte
importante do caminho. - O Evangelho
que meditamos hoje é sinal disso. Ele é um texto eminentemente cristológico,
isto é, nos revela Cristo. À medida que o Filho de Deus se revela, o papel de
Maria é delineado na história da salvação, porque está sempre subordinado à
missão do Filho. Alguns símbolos nos ajudam a compreender essa realidade. O
casamento é sinal da Aliança de Deus com o seu povo. Contudo, esta Aliança
estava perdendo a sua força, o vinho estava a faltar. No contexto da Aliança
enfraquecida, surge Jesus, que dará início aos sinais de que uma Nova e Eterna
Aliança será estabelecida entre Deus e seu povo. O nome de Maria não é
mencionado, mas ela é apresentada como a mãe de Jesus, e aparece associada ao
grupo dos discípulos de seu filho. Maria se torna a porta-voz da comunidade de
Israel que pede a Deus a vinda dos tempos messiânicos: "Eles não têm mais
vinho". Ao chamar sua mãe de "Mulher", Jesus honra Maria com
este lugar de porta-voz do povo de Deus aflito. Neste sentido, a rainha Ester
(1ª Leitura) é figura de Maria que intercede para que venha a salvação ao povo.
A hora de que Jesus fala é o momento definitivo da Nova e Eterna Aliança entre
Deus e seu povo, quando o Filho for sacrificado na Cruz.
-
No Evangelho de João, Maria aparece apenas duas vezes, e sempre ligada a esta
"hora" do Filho de Deus. Ela aparece nas bodas de Caná, como vemos
hoje, e aparecerá na crucificação, quando será novamente chamada de
"Mulher" e aos seus cuidados serão colocados toda a comunidade dos
discípulos amados de Jesus: "Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a
tua Mãe". Nisto, revela-se o seu significado eclesial, que Santo Agostinho
e São Bernardo viram na Mulher do Apocalipse (2ª Leitura) um símbolo de Maria:
A mulher adornada de esplendor (sol, lua, estrelas) simboliza o povo de Deus,
tanto o antigo Israel (do qual nasceu Jesus, segundo a carne) como o novo
Israel, o Corpo de Cristo, a Igreja. Desta mulher, símbolo da Igreja, nascem os
filhos e filhas de Deus, pelo Batismo. Este símbolo pode ser aplicado à Virgem
Maria sem nenhum prejuízo para ambas as partes, pois Maria, ao mesmo tempo que
se insere no mistério da Igreja, o ilumina.
- Maria é também a mãe dos membros do Corpo de
Cristo. O pedido de Maria se dirige aos que estão servindo, imagem dos cristãos
chamados ao serviço: "Fazei o que ele vos disser!" As seis talhas,
usadas para a purificação dos judeus, simbolizam a imperfeição dos rituais que
não eram mais capazes de trazer a libertação e purificação para o povo de
Israel. A água com a qual foram enchidas as talhas são um símbolo da Lei, e o
vinho abundante é sinal da alegria infinita que brota com a chegada dos tempos
messiânicos, ou seja, com a chegada da salvação que vem de Deus.
-
Maria é como uma estrada que nos leva a Jesus. Os que por ela buscarem o
Senhor, em suas aflições, em suas necessidades, quando faltar o vinho da
alegria, da paz, da concórdia, do perdão, certamente se encontrarão com a
abundância da graça de Deus. Celebrar o mistério da Virgem Maria é para nós uma
escola de encontro com Jesus pela via da obediência à sua Palavra: Fazer tudo o
que Jesus disser foi um caminho que Maria trilhou por primeiro: "Faça-se
em mim segundo a vossa Palavra".
http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2022/08/12_10_22.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário