Orígenes (184 a 253 d.C)
Tratado sobre os princípios, segundo Orígenes (220 a 230 d.C):
“Dizemos ainda que a inteligência pode se servir de dentes, quando ela mastiga e come <o pão da vida que desceu do céu> (Jo 6,33-51)” (Tratado sobre os princípios [Livro I] 9).
Homilias
sobre o evangelho de São Lucas, segundo Orígenes (240 d.C):
“Se alguém sai do mundo, se alguém é libertado tanto do cárcere quanto da casa dos cativos, que vá viver como rei, que tome Jesus em suas mãos, e o cerque com seus braços” (Homilia 15; capítulo 2).
“Quanto
a nós, se não abraçarmos de boa vontade as prodigiosas riquezas de Nosso
Senhor, o maravilhoso mobiliário de sua palavra, a abundância de seus
ensinamentos, se não comermos o pão da vida, se não nos nutrirmos da carne de Jesus
e não bebermos o sangue de seu sacrifício, se desprezarmos o banquete de Nosso
Salvador, devemos saber que Deus pode ter <tanto bondade quanto
severidade>” (Homilia 38; capítulo 6).
IV SÉCULO (301 a 400 d.C )
Eusébio
de Cesaréia (263 a 339 d.C.)
História Eclesiástica, segundo Eusébio de Cesaréia (303 a 324 d.C):
“Narrativa
de Dionísio sob Serapião – A este mesmo Fábio, um tanto propenso ao cisma,
escreve também Dionísio de Alexandria. Trata, nas cartas que lhe dirigiu, de
muitas questões, entre outras da penitência, e narra os combates recentes
daqueles que haviam prestado testemunho em Alexandria. Contra especialmente um
fato maravilhoso, que é necessário transmitir nesta obra. Ei-lo: <Exporei
apenas um exemplo do que aconteceu aqui. Havia entre nós certo Serapião, ancião
fiel, que durante muito tempo vivera de forma irrepreensível, mas se tornara
lapso no decurso da provação. Ele pedia frequentemente perdão, mas ninguém lhe
dava atenção, pois havia sacrificado. Tendo caído doente, ficou três dias
seguidos sem fala e inconsciente. No quarto dia, como estivesse um pouco
melhor, chamou seu neto e disse: ‘Até quando, meu filho, me reténs? Peço-te,
apressa-te a me desatar. Chama-me um sacerdote’. Tendo proferido essas
palavras, perdeu novamente a voz. O menino correu até a casa do sacerdote; era
noite e este estava doente; não podia sair. Mas, como de outro lado eu havia
dado ordem de que fosse concedido perdão aos que estivessem morrendo se o
pedissem e sobretudo se antes o houvessem suplicado, a fim de morrerem cheios
de esperança, entregou um pedacinho do pão eucarístico ao menino, recomendando
que molhasse e o colocasse na boca do ancião. O menino voltou para casa com a
eucaristia. Estando perto, antes de entrar, Serapião voltou de novo a si: ‘Tu vieste,
meu filho? O presbítero não pode vir, mas faze depressa o que ele ordenou e
deixa-me partir’. O menino pôs a eucaristia num líquido e logo o derramou na
boa do velho; este ingeriu um gole e imediatamente entregou o espírito. Não se
evidencia ter sido conversado em vida e subsistido até ser absolvido, e,
apagado seu pecado, em consideração das numerosas boas ações que praticara foi
reconhecido por Cristo?> Até aqui a narração de Dionísio ” (História
Eclesiástica [Livro VI] 44,1-6).
Basílio
de Cesaréia (330 a 379 d.C)
Tratado sobre o Espírito Santo, segundo Basílio de Cesaréia (330 à 379):
“Que passagem da Escritura nos instruiu a nos voltarmos para o Oriente durante a oração? Qual dos santos nos deixo por escrito as palavras da <epiclese> no momento da consagração do pão na Eucaristia e do cálice da benção? Não nos bastam as palavras referidas pelo Apóstolo e pelo evangelho; antes e depois proferimos outras, recebidas do magistério oral, por terem grande importância para o mistério” (Tratado sobre o Espírito Santo, 66).
(Continua no próximo Domingo ainda no século
IV, com Santo Ambrósio).
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