O paulistano Renato Feder, de 41 anos, será o quarto comandante do Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro – conforme revelado pelo Radar nesta sexta-feira, 3 – e certamente o menos ligado à ala ideológica do governo, que desde o início da gestão, comandou a pasta, que tem o segundo maior orçamento anual da Esplanada – R$ 119 bilhões. Antes, passaram por lá Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub, – ambos influenciados pelo escritor Olavo de Carvalho, espécie de guru ideológico da direita bolsonarista – e Carlos Alberto Decotelli, que caiu cinco dias após ser nomeado graças a várias inconsistências em seu currículo.
Secretário de Educação do Paraná, governado por Ratinho Júnior (PSD), Renato Feder é economista, formado pela Universidade de São Paulo (USP), e se diz um apaixonado pelo tema. Começou a dar aulas de de matemática aos 16 anos para estudantes da sinagoga que frequentava (da época guarda o primeiro cheque que recebeu como pagamento). Também foi professor voluntário de turmas de jovens e adultos, e, e, mais tarde, acumulou a carreira de executivo com a de professor de administração e economia na universidade Mackenzie e de diretor voluntário de uma escola de ensino básico da comunidade judaica. “Sempre gostei de sala de aula, lousa, giz”, disse Feder em entrevista concedida a VEJA em 24 de junho, um dia após ter se encontrado com o presidente Jair Bolsonaro.
Feder foi nomeado para a Secretaria de Educação do Paraná por Ratinho, que é do PSD, um dos partidos do chamado Centrão – bloco parlamentar que se aproximou recentemente do governo e que ganhou um ministério, com a nomeação de Fábio Faria (PSD-RN) para as Comunicações. Procurado por VEJA, Faria negou que tenha indicado o nome de Feder a Bolsonaro.
O futuro ministro também atuou como assessor especial da Secretaria de Educação de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), quando a pasta era comandada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), José Renato Nalini, entre 2016 e 2018. Feder também trabalhou no Serasa e foi CEO da empresa de tecnologia Multilaser – ele deixou o posto para assumir a secretaria no Paraná. Ele também doou R$ 120 mil para a campanha do hoje governador João Doria (PSDB) à Prefeitura de São Paulo em 2016.
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