Covid: 38 milhões de brasileiros vacinados até dezembro
Se vacinas forem aprovadas, 38 milhões de brasileiros serão vacinados contra a Covid em dezembro. Imagem - Pixabay
Se as previsões se confirmarem e duas das vacinas que estão em fase de testes no Brasil se provarem mesmo seguras e eficazes, pelo menos 38 milhões de brasileiros deverão ser vacinados contra a Covid-19 em dezembro. Terão prioridade profissionais de saúde, de segurança, idosos e pessoas com doenças pré-existentes (como hipertensão e diabetes).
Pelo acordo feito com os
fabricantes, até o final do ano o país
receberá 30 milhões de doses do imunizante da Universidade de Oxford e
outras 46 milhões de
doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac,
totalizando 76
milhões de doses. Como será necessário que cada pessoa receba
duas doses, elas serão suficientes para vacinar 38 milhões de brasileiros.
O Brasil tem hoje cerca
de 210 milhões de
habitantes e ainda não está definido o número exato que precisará receber o
imunizante. Mas o governador de São Paulo, João Dória, que fechou acordo com o laboratório chinês Sinovac, que está testando sua vacina em 9 mil voluntários brasileiros,
acredita que até fevereiro do próximo ano toda a população brasileira estará
vacinada.
Isso porque o Instituto Butantan, que
está conduzindo no país os testes da vacina chinesa, vai também fabricar o
imunizante, o que deve começar em novembro, conforme informações do governador
Dória. Pelo acordo inicial, o Butantan
terá, no total, 120 milhões de doses. Como vai receber 46
milhões em dezembro, vai fabricar as outras 74 milhões.
Mas o governo paulista
quer que o Butantan produza mais 120 milhões de doses da
Coronavac. Para tanto, vai precisar levantar R$ 130 milhões junto à iniciativa
privada para que o instituto consiga ampliar a sua capacidade de produção.
Desse valor, já conseguiu cerca de R$ 100 milhões.
Portanto, somente da Coronavac o Brasil deverá ter
240 milhões de doses, no total, que seriam suficientes para vacinar 120 milhões de
pessoas.
Mas pelo acordo feito pelo
governo brasileiro com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca,
além das 30 milhões de doses previstas para dezembro, a Fiocruz vai fabricar no
início do próximo ano mais
70 milhões de doses da vacina, suficientes para vacinar outras
35 milhões de pessoas.
Otimismo
Vacina chinesa Coronavac em teste no Brasil.
Foto – Instituto Butantan-Divulgação
Mas esse cenário otimista
de vacinação só vai se confirmar se as duas vacinas forem aprovadas, o que é
esperado para outubro. A Universidade
de Oxford, que teve a fase de testes de sua vacina suspensa por
alguns dias, já informou que essa parada não vai representar atraso no
cronograma. Aqui no Brasil, até mesmo para dar mais segurança ao imunizante, o
número de voluntários que serão vacinados vai passar de 5 mil para 10 mil.
O otimismo com a vacina
chinesa também é grande. Em entrevista concedida a um canal de TV recentemente,
o presidente do laboratório Sinovac, Yin Weidong, afirmou que entre 97% e 98% dos voluntários que
receberam duas doses da vacina desenvolveram
anticorpos contra o coronavírus.
E existem também outras
vacinas que poderão ser aprovadas até o final do ano, algumas com boas chances
de chegar ao mercado brasileiro, como é o caso dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e
da russa Sputnik 5 (essa
a primeira do mundo a ser registrada oficialmente, embora não tenha ainda
passado pela última fase de testes em humanos).
Fonte:
https://boasnovasmg.com.br/2020/08/30/novo-teste-brasileiro-para-covid-rapido-barato-e-eficaz/
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