sexta-feira, 5 de setembro de 2025

V- LITURGIA DO XXIIi DOMINGO DO TEMPO COMM ANO C

 

 

V-       LITURGIA DO XXIIi DOMINGO DO TEMPO COMM  ANO C

 

- O Evangelho de hoje nos coloca frente a frente com a verdade mais exigente da fé cristã: seguir Jesus exige tudo. Não apenas um pouco do nosso tempo, não apenas uma parte da nossa vida, mas a totalidade do nosso ser. Jesus não busca admiradores, mas discípulos; não convida para um caminho confortável, mas para uma estrada de cruz, entrega e fidelidade. - Ao dizer que, quem não o prefere a tudo - pai, mãe, esposa, filhos, irmãos e até a própria vida - não pode ser seu discípulo, Jesus não está rejeitando os afetos humanos, mas está revelando que o amor a Deus deve ocupar o primeiro lugar. Somente quando colocamos Cristo no centro é que os outros amores encontram seu verdadeiro sentido. E mais: Ele nos diz que carregar a cruz é condição para segui-lo. Não é opcional. O discipulado cristão passa pela cruz, pelo sacrifício, pela renúncia. Não se trata de sofrer por sofrer, mas de viver com a firmeza de quem escolheu um amor maior, um amor que exige entrega. - Jesus não ilude ninguém. Ele fala abertamente das exigências do Reino. Usa duas imagens fortes: a torre a ser construída e o rei que vai para a guerra. Ambos avaliam, refletem, planejam. Assim também o cristão deve pensar seriamente sobre o que significa seguir o Senhor. A fé não é improviso, nem emoção passageira; é decisão madura, sustentada pela graça e vivida com perseverança.

- Essa profundidade de escolha que Jesus exige, só pode ser bem compreendida se buscarmos a luz do alto. A primeira leitura, do Livro da Sabedoria, nos lembra de que nossos pensamentos são fracos e nossos julgamentos inseguros. Mas o Espírito Santo - dom de Deus - nos guia e fortalece. Só Ele nos dá a clareza e a força necessárias para fazer escolhas que parecem duras, mas nos conduzem à verdadeira liberdade.

- Na carta a Filêmon, vemos um reflexo concreto de quem está aprendendo a viver segundo o Evangelho. Paulo escreve com delicadeza e firmeza, pedindo a Filêmon que receba Onésimo, um escravo, não mais como servo, mas como irmão em Cristo. Esse gesto revela que o verdadeiro discípulo aprende a olhar o outro com os olhos de Deus. Seguir Jesus transforma nossas relações, quebra barreiras sociais, supera divisões e nos chama à fraternidade. Ser discípulo, portanto, não é apenas crer, mas configurar a própria vida com a de Cristo. É preferi-lo em tudo. É abrir mão de seguranças, de prestígios, de apegos. É escolher um amor que custa, mas que salva. Quem escolhe Jesus de verdade, escolhe a cruz e, com ela, a ressurreição

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