sexta-feira, 25 de julho de 2025

IV- LITURGIA DO 17.º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

 

 

 

 

IV-     LITURGIA DO 17.º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

 

- Neste Domingo o pedido dos discípulos ecoa em nosso coração: "Senhor, ensina-nos a rezar". Trazemos em nossa humanidade algumas necessidades: a sede de Deus (Sl 42), e também o desejo de aprender. Tudo isso nos ajuda a compreender a liturgia que nos mostra como os discípulos são desejosos de se assemelhar a Jesus, e, por isso, pedem para aprender a ter a mesma comunhão com Deus. A resposta de Jesus é a mais perfeita oração e sinal de sintonia com o Pai e com o próximo. A oração ensinada por Jesus nos aponta essa dimensão relacional. Ela nos encaminha para Deus e automaticamente Deus nos encaminha para o próximo, por isso o mandamento maior é: amar a Deus e amar o próximo. Aquele que de fato aprende a rezar, aprende a viver o que rezou. Jesus nos mostra que a oração não é alienação, mas, prática e regra de vida. Nos primeiros séculos São Bento ensinou em sua regra: Ora et Labora, ou seja, reza e trabalha, recordando-nos que entre uma coisa e outra não existe oposição, mas unidade.

- A fé não pode nos fazer olhar para o céu e esquecer da realidade. A carta aos Hebreus nos diz que a fé é a certeza das coisas que se esperam; ou seja, essa certeza do reino e do amor de Deus já deve ser experimentada no aqui e no agora. Abraão foi capaz de reconhecer a soberania de Deus em sua realidade; é intercessor que reconhece a força da oração. Quanto mais me aproximo de Deus por meio da oração, mais sou capaz de viver a vida nova apresentada na segunda leitura. Por isso, a oração é essa relação viva e pessoal com o Senhor, uma elevação da alma e do coração no amor. Os discípulos desejam viver essa elevação da alma para desempenhar bem a missão. Assim, Jesus aponta o modelo perfeito de toda oração. É perfeito porque de fato nela temos todos os pedidos necessários para nossa comunhão com Deus e com os irmãos.

- O Pai Nosso é a oração dos discípulos de Jesus. Nessa oração, Jesus nos ensina a chamar Deus de Pai, numa relação de proximidade. Na oração que o Senhor nos ensinou, depois de invocar Deus como Pai, elevamos sete pedidos: os três primeiros nos fazem adentrar a glória de Deus e os quatro seguintes nos revelam o caminho para lá chegar, tocando a nossa realidade e a de nossos irmãos.

- Sobre o Pai Nosso, o Catecismo da Igreja Católica (2761) nos diz que "a oração dominical é realmente o resumo de todo o Evangelho". São Tomás de Aquino nos ensina: "A oração dominical é a mais perfeita das orações... Nela, não só pedimos tudo o que podemos desejar corretamente, mas ainda na ordem correta. De modo que esta oração não só nos ensina a pedir, mas também ordena todos os nossos pedidos". Iniciar um caminho de oração é fácil, mas ter perseverança neste caminho, nem sempre é. Por isso Jesus nos alerta com a parábola contada neste dia. É preciso perseverança na oração confiando que nenhuma oração feita com sinceridade é vá. Rezemos sempre com amor, fé e esperança no Deus bondoso que sempre nos ouve.

 

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