5 razões para os ambientalistas usarem os princípios católicos
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Tom Hoopes
A preocupação
com o meio ambiente é uma grande oportunidade para a difusão do ensinamento católico
A preocupação com o meio ambiente é uma grande
oportunidade para a evangelização católica. Afinal, Jesus Cristo é o caminho, a
verdade, a vida. Por meio dele todas as coisas foram feitas e tudo o que foi feito
leva sua marca. Ser grato pelo mundo como um dom precioso é dar um passo em direção
a Deus.
1. Os melhores pensadores
católicos modernos viam a pessoa humana e o meio ambiente como interligados
Em sua encíclica Rerum Novarum, o
Papa Leão XIII recordou para um mundo transformado pela revolução industrial que
a dignidade dos trabalhadores integra a natureza da pessoa humana e implica o chamado
a cultivar a terra.
J.R.R. Tolkien nos deu a mais alta expressão
artística dessa visão do homem vivendo em harmonia com o mundo no Condado do Senhor
dos Anéis. “As árvores, a grama e todas as coisas que crescem ou vivem na terra
pertencem a si mesmas”, diz a esposa de Tom Bombadil, Goldberry, no início da história.
Assim, o livro trata também sobre aqueles que vêem o valor intrínseco da terra,
salvando-a daqueles que a vêem apenas como algo a ser explorado.
2. Aprendemos da maneira
mais difícil que as soluções seculares por si só não podem resolver os problemas
ambientais
Foi surpreendente saber este ano que, depois
de todos os esforços das últimas décadas, o fervor pelas causas ambientais apenas
diminuiu. O instituto Gallup relata que 40% dos americanos adultos atualmente se
autodenominam “ambientalistas” – contra quase o dobro em 1991.
E hoje, tanto um terço dos ambientalistas
quanto dois terços dos não ambientalistas priorizam o crescimento econômico em vez
de proteger os recursos da Terra.
Segundo o Papa Francisco, o grande inimigo
do meio ambiente está em nossos corações.
“O grande risco do mundo atual, com sua múltipla
e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração
comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência
isolada”, diz o Papa.
A degradação ambiental vem de corações enfermos
pela ganância e o egoísmo, e somente Deus pode consertar isso.
3. Sem abordar o coração,
as soluções seculares podem ser mais destrutivas do que os problemas que esperam
resolver
Muitas vezes, os ambientalistas que começam
lutando pelo planeta acabam querendo erradicar os seres humanos da Terra. No Dia
da Terra de 2021, grupos lembraram ao mundo que “o ponto central do tema do primeiro
dia da Terra em 1970 foi o entendimento de que o crescimento da população dos EUA
foi um parceiro na degradação dos recursos ambientais de nossa nação.”
Mas pesquisadores como Fred Pearce, da Yale
Environment 360, estão vendo o que a Igreja já sabia. Como disse Pearce, “O consumo
crescente hoje supera em muito o número crescente de pessoas como uma ameaça ao
planeta”.
Como o Papa Francisco argumenta em Laudato
Si ’, “culpar o incremento demográfico em vez do consumismo exacerbado e seletivo
de alguns é uma forma de não enfrentar os problemas. Pretende-se, assim, legitimar
o modelo distributivo atual, no qual uma minoria se julga com o direito de consumir
numa proporção que seria impossível generalizar, porque o planeta não poderia sequer
conter os resíduos de tal consumo”.
4. A mesma atitude que tenta
dominar a natureza humana tenta dominar a Mãe Natureza
O Papa Francisco também alertou que nossa
tendência a tentar remodelar a humanidade também leva à degradação ambiental.
“Pensar que desfrutamos de poder absoluto
sobre nossos corpos se transforma, muitas vezes sutilmente, em pensar que desfrutamos
de poder absoluto sobre a criação”, escreveu o Papa.
5. O que é necessário é
uma mudança no estilo de vida
O Papa Bento XVI enfatizou seu ponto de vista
de maneira direta.
“É cada vez mais claro que o tema da degradação
ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós, os estilos de vida
e os modelos de consumo e de produção hoje dominantes, muitas vezes insustentáveis
do ponto de vista social, ambiental e até econômico. Torna-se indispensável uma
real mudança de mentalidade que induza a todos a adotarem novos estilos de vida, «nos quais a busca do verdadeiro, do belo
e do bom e a comunhão com os outros homens, em ordem ao crescimento comum, sejam
os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento».”
O Papa Francisco disse o mesmo usando outras
palavras.
“Se nos aproximarmos da natureza e do meio
ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a
língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas
atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos
naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário,
se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, então brotarão de modo
espontâneo a sobriedade e a solicitude.”.
No final das contas, apenas admiração e gratidão pela verdade, a beleza e a bondade mudarão os corações e salvarão o planeta. O que quer dizer que nada, a não ser Jesus Cristo, poderá fazê-lo.
https://aleteia.org/2021/05/04/5-razoes-para-os-ambientalistas-usarem-os-principios-catolicos/
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