FAZER A VONTADE
DE DEUS
- Continuamos nosso caminho de discípulos missionários em torno de Jesus. A cada domingo deste Tempo Comum vamos acompanhando as palavras e gestos do Mestre Divino, que nos revelam a sabedoria do Reino de Deus.
- O episódio do evangelho de hoje apresenta dois pontos fundamentais nesse itinerário de formação. É preciso discernir, antes de tudo o que significa o movimento que Jesus realiza e qual a implicação dele em nossa vida. Primeiro, toda ação de Jesus é manifestação do cuidado do próprio Deus em favor do seu povo. Seus gestos, sinais e milagres evidenciam a presença bondosa do Senhor ao lado dos seus filhos e filhas, especialmente dos mais fracos e vulneráveis. Toda a vida pública de Jesus é um ministério de misericórdia em favor da humanidade. Porém, nem todos são capazes de compreender. Por isso acusam Jesus de "estar fora de si" ou "estar possuído por um demônio".
- Ao inverter a lógica de dominação por uma oportunidade de misericórdia, a presença de Jesus se torna desconcertante para a sociedade de então. Ao curar as doenças do povo, perdoar os pecados, e anunciar o evangelho da salvação, Jesus realiza uma obra de alcance muito maior: devolve a cada pessoa sua dignidade e revela sua vocação de filho querido do Pai do Céu! Deus não é um juiz castigador, mas um pai justo e misericordioso. Aceitar esse novo jeito de Deus é difícil para quem tem a mente fechada e cega em seus preconceitos. Chega-se ao cúmulo da não-aceitação e incompreensão por parte da própria família! Por isso é importante um sadio discernimento para compreender a ação de Deus que está em curso no ministério de Jesus. Não reconhecer essa força divina, atribuindo-a ao mal e ao demônio, é "blasfemar contra o Espírito Santo". Essa insensibilidade à ação de Deus é considerada por Jesus como um grave pecado, pois representa um fechamento do coração para o amor. Quem não ama, não compreende a Deus, e não é capaz de viver na liberdade da graça e do dom.
- E nesta direção se estabelece o segundo ponto: o amor é o critério da pertença a Deus. Antes de qualquer coisa, os discípulos devem entrar na escola do amor desinteressado e gratuito, que tem como modelo o próprio Jesus. Quem ama cumpre a vontade de Deus. Assim, o Mestre rompe com uma religião exterior e legalista, apresentando um novo critério, interior e efetivo: "quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Fazer a vontade de Deus é o desafio, o caminho e a meta da vida cristã!
- Embora todos carreguemos a marca do pecado, como recorda a primeira leitura de hoje, Deus se coloca sempre ao nosso lado, e nos convida a romper as limitações em direção ao amor pleno. No coração do drama do mal e do pecado existe a promessa de salvação e libertação. É na cruz de Jesus, a nova árvore da vida, que encontramos o remédio para o pecado e a morte. A cada Eucaristia renovamos, em ação de graças, esse dom maravilhoso do amor de Deus por nós! - Dessa forma, devemos fixar o nosso olhar em Jesus e no grande projeto de Deus que se realizada pouco a pouco na história. São Paulo, na segunda leitura de hoje, nos encoraja a perseverar no caminho de uma renovação interior que, em atenção à Palavra e à vontade de Deus, vai nos transfigurando para vida de Deus correspondermos com maior generosidade, à sua proposta. Passo a passo vamos assimilando-a em nós!
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