QUE BOM QUE JESUS ME CUROU
O Evangelho deste Domingo nos apresenta dois milagres de Jesus. Nos dois casos, fica clara a necessidade da fé para conseguirmos as graças de Deus.
Vamos comentar o caso da mulher que padecia de um fluxo de sangue. Talvez ela tivesse andado atrás de Cristo em outras situações, até o momento em que conseguiu aproximar-se d’Ele. Vemos a sua fé: “se ao menos eu tocar a ponta da sua túnica, vou ficar curada...”
Embora houvesse uma numerosa multidão seguindo e apertando a passagem de Jesus, essa mulher que havia “sofrido nas mãos de muitos médicos... aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa.”
Vemos um contraste gritante: muitos estão andando com Jesus, apertando-O, tocando o Mestre, mas sem fé! Aquela mulher, que na sua humildade não queria importunar o Senhor, aproxima-se sem que se note, com a certeza de que bastaria tocar a ponta da sua veste para ser curada. Jesus, mesmo de costas, conhece sua situação. Mesmo assim pergunta: quem me tocou?
E nós? Quem somos nós para estar tão perto dEle? Não só podemos tocar a ponta da sua veste, mas recebê-lO todo inteiro na Eucaristia, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade! Também nos aproximamos de Jesus na Confissão e recebemos a graça da cura das nossas doenças e debilidades interiores.
A Confissão funciona como um tratamento médico: os remédios devem ser tomados com uma dose e periodicidade determinadas para fazer o efeito desejado. A cada confissão é como se refizéssemos os curativos dos nossos pecados e aos poucos a nossa alma readquire a saúde. É como um remédio de manipulação, que vem num recipiente com o nosso nome completo, porque foi elaborado especificamente para o nosso caso, com as recomendações do médico, do especialista.
É verdade: quando alguém diz “sou um preguiçoso incurável, não consigo terminar as coisas, não tenho a mínima vontade de trabalhar”, deveria pensar: “não estou tão perto de Cristo como deveria”. Assim, em todas as nossas debilidades: “Não sinto alegria? Não estou perto de Cristo. Vou deixar de pensar que a culpa é do trabalho, dos outros... Não. A culpa é porque eu me afastei de Cristo. Sem Ele não posso fazer nada.”
Esta cena do Evangelho deve se repetir no momento em que nos aproximamos da Confissão. Temos consciência dos nossos pecados e enfermidades espirituais: vamos nos aproximar com fé e confiança no poder do sacramento.
Assim também reagiremos como aquela mulher: “Que bom que Jesus me curou!” Quantas graças devemos a Deus por nos conceder tantas vezes o seu perdão. Que bom porque Deus quer nos salvar e curar dos nossos pecados!
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