O “DOMINGO DA ALEGRIA”
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Alegrai-vos! O Senhor está próximo! Nesta certeza, celebramos o 3º Domingo do
Advento, chamado o "domingo da alegria". Há muitas definições de
alegria, uma delas é a manifestação de contentamento e júbilo. Estamos em tempo
de preparação, espera, e a liturgia, hoje, nos convida a uma espera alegre. O
"Prometido" está para chegar, por isso, somos tocados por uma alegre
exultação. Em Jesus, o "Esperado", cantamos de alegria, pois ele vem
para transformar a história: a guerra em paz, a fome em fartura, a desolação em
consolo, o ódio em amor, o desespero em esperança, as trevas em luz.
- A profecia
de Sofonias convida-nos à alegria e ao júbilo, pois o Senhor manifestou a
sua presença de salvação no meio do povo. A sentença foi revogada e foram
afastados os poderosos opressores que causaram destruição e exílio. A ação do
Senhor suscita novas lideranças, a partir de um povo pobre e humilde que confia
na sua presença de amor. Ele consola e encoraja na missão de reconstruir a
identidade e o país: "Não temas porque o Senhor está no meio de ti. Ele se
compadece, ama e se alegra por ti. Como nos dias de festa".
- Na segunda
leitura Paulo convida os filipenses a exultar de alegria, pois o Senhor
está próximo. O apóstolo ensina a testemunhar o Evangelho com alegria, em meio
às provações, à experiência da prisão, por causa de Cristo (1,12-26). A
comunidade, enquanto aguarda a vinda do Senhor, deve ser identificada pela
bondade e amor solidário. É chamada a confiar suas necessidades ao Senhor em
oração, súplica e ação de graças, confiando plenamente na sua palavra. A paz de
Deus, que ultrapassa toda compreensão humana, guarda o coração e os pensamentos
em Cristo Jesus.
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No Evangelho, as pessoas que estão
às margens da sociedade acolhem a palavra de Deus anunciada por João. "Que
devemos fazer?", perguntam as multidões, os publicanos e os soldados. A
resposta do precursor de Jesus exige radicalidade a ser demonstrada no cuidado
sem interesse dos irmãos necessitados. João, seguindo a tradição dos profetas
antigos, mostra que a conversão consiste em praticar a justiça e a fraternidade
(3,10-14).
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A ação e o testemunho de João fazem renascer a expectativa da vinda do Messias,
isto é, o Ungido de Deus, para restaurar a vida do povo. Mas, João é o
precursor e se considera inferior ao escravo mais humilde, encarregado de
desatar as correias das sandálias. O batismo de João simboliza a con- versão e
prepara para receber o definitivo em Cristo. Como Messias, "Jesus batizará
com o Espírito Santo e com fogo", realizando plenamente as promessas de
salvação.
- A imagem da pá, separando os grãos de trigo
da palha, acentua o sentido radical do anúncio profético de esperança que
prepara o tempo novo. Jesus de Nazaré traz a Boa Nova da salvação,
transformando as situações que impedem o crescimento do Reino. Sua presença
libertadora proclama a chegada do Reino de Deus que proporciona alegria e paz,
sobretudo, às pessoas marginalizadas.
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Neste domingo o apelo do precursor do Messias leva a assumir atitudes
essenciais que consistem em compartilhar roupas e comida, ou seja, os bens que
possuímos; a não praticar injustiças, extorsões; a não oprimir, abusando do
poder e acusando falsamente. Trata-se de uma conversão pessoal e social para
acolher Jesus Cristo, Palavra do Pai, que vem revelar o seu amor. - Santo Agostinho,
num de seus sermões, dizia: "João era a voz, mas o Senhor, no princípio
era a Palavra (Jo 1,1). João era a voz passageira, Cristo, a Palavra desde o
princípio. João era a voz do que grita no deserto, do que rompe o silêncio.
Aplainai o caminho do Senhor, como se dissesse: 'Sou a voz que se faz ouvir
apenas para levar o Senhor aos vossos corações. Mas ele não se dignará vir
aonde o quero levar, se não preparardes o caminho'. Imitai o exemplo de João.
Julgam que é o Cristo e ele diz não ser aquele que julgam. Se tivesse dito: 'Eu
sou o Cristo', facilmente teriam acreditado nele, pois já era considerado com
tal antes que o dissesse. Mas não disse; pelo contrário, reconheceu o que era,
disse o que não era, foi humilde. Viu de onde lhe vinha a salvação; compreendeu
que era uma lâmpada".
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É necessário manifestar nossa alegria na retidão e na bondade de nossa forma de
viver a proximidade do Senhor. A transformação pessoal nos compromete a tornar
as estruturas deste mundo mais de acordo com o Evangelho e o Reino de Deus.
http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2021/09/12_12_21.pdf
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