domingo, 16 de julho de 2023

SANTOS CELEBRADOS NESTA SEMANA

 

 

SANTOS CELEBRADOS NESTA SEMANA

São Tiago, o maior (25 de Julho)

Este apóstolo é chamado de Tiago Zebedeu, Tiago, irmão de João, Tiago Boanerges, isto é “filho do trovão”, e Tiago, o Maior. Chama-se Tiago Zebedeu não tanto porque foi filho carnal deste, mas porque Zebedeu significa simultaneamente “doador” e “doado”. O bem-aventurado Tiago doou a si mesmo a Cristo por meio de seu martírio e foi doado por Deus para ser nosso patrono espiritual.

Tiago nasceu doze anos antes de Cristo, viveu mais anos do que ele e passou para a eternidade junto a seu Mestre. Tiago, o Maior, nasceu na Galileia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as Sagradas Escrituras. Era, portanto, irmão de João Evangelista, os “Filhos do Trovão”, como os chamara Jesus. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, além de figurar entre os prediletos de Jesus, juntamente com Pedro e André. É chamado de “maior” por causa do apóstolo homônimo, Tiago, filho de Alfeu, conhecido como “menor”.

Nas várias passagens bíblicas, podemos perceber que Jesus possuía apóstolos escolhidos para testemunharem acontecimentos especiais na vida do Redentor. Um era Tiago, o Maior, que constatamos ao seu lado na cura da sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração do Senhor e na sua agonia no horto das Oliveiras.

Consta que, depois da ressurreição de Cristo, Tiago rumou para a Espanha, percorrendo-a de norte a sul, fazendo sua evangelização, sendo por isso declarado seu padroeiro. Mais tarde, voltou a Jerusalém, onde converteu centenas de pessoas, até mesmo dois mágicos que causavam confusão entre o povo com suas artes diabólicas. Até que um dia lhe prepararam uma cilada, fazendo explodir um motim como se fosse ele o culpado. Assim, foi preso e acusado de causar sublevação entre o povo. A pena para esse crime era a morte.

O juiz foi o cruel rei Herodes Antipas, um terrível e incansável perseguidor dos cristãos. Ele lhe impôs logo a pena máxima, ordenando que fosse flagelado e depois decapitado. A sentença foi executada durante as festas pascais no ano 42. Assim, Tiago, o Maior, tornou-se o primeiro dos apóstolos a derramar seu sangue pela fé em Jesus Cristo.

No século VIII, quando a Palestina caiu em poder dos muçulmanos, um grupo de espanhóis trouxe o esquife onde repousavam os restos de são Tiago, o Maior, à cidade espanhola de Iria. Segundo uma antiga tradição da cidade, no século IX o bispo de lá teria visto uma grande estrela iluminando um campo, onde foi encontrado o túmulo contendo o esquife do apóstolo padroeiro. E a Espanha, que nesta ocasião lutava contra a invasão dos bárbaros muçulmanos, conseguiu vencê-los e expulsá-los com a sua ajuda invisível.

Mais tarde, naquele local, o rei Afonso II mandou construir uma igreja e um mosteiro, dedicados a são Tiago, o Maior, com isso a cidade de Iria passou a chamar-se Santiago de Compostela, ou seja, do campo da estrela. Desde aquele tempo até hoje, o santuário de Santiago de Compostela é um dos mais procurados pelos peregrinos do mundo inteiro, que fazem o trajeto a pé.

Essa rota, conhecida como “caminho de Santiago de Compostela”, foi feita também pelo Papa São João Paulo II em 1989. Acompanhado por milhares de jovens do mundo inteiro, foi venerar as relíquias do apóstolo são Tiago, o Maior, depositadas na magnífica catedral das seis naves, concluída em 1122.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Cristóvão e Valentina.

 

https://franciscanos.org.br/vidacrista/calendario/sao-tiago-o-maior/#gsc.tab=0

São Joaquim e Sant'Ana, avós de Jesus (26 de julho)

 

Origens

 

Não há nenhuma referência na Bíblia e notícias certas sobre Joaquim e Ana, pais de Maria. As informações existentes foram tiradas dos textos apócrifos, como o Protoevangelho de Tiago e o Evangelho do pseudoMateus, além da tradição. Sabe-se que ambos moravam em Jerusalém.

Casal sem filhos 

 

Quando se casaram, Joaquim e Ana não tiveram filhos durante vinte anos. Naquela época, para os judeus, não ter descendentes era sinal da falta de bênção de Deus.

Certo dia, ao levar suas ofertas ao Templo, Joaquim foi repreendido por um homem pelo fato de não ter filhos. Por essa razão, ele não tinha o direito de apresentar as ofertas.

Joaquim ficou transtornado com as palavras do homem e decidiu retirar-se para o deserto. Durante quarenta dias e quarenta noites, ele suplicou a Deus, entre lágrimas e jejuns, que lhe desse descendentes. Ana também passou dias em oração, pedindo a Deus a graça da maternidade.

O anúncio 

 

Deus ouviu as preces e um anjo apareceu a eles, separadamente, avisando que iriam se tornar pais. Assim que Maria completou 3 anos, foi levada ao Templo para ser consagrada ao seu serviço, conforme Ana e Joaquim haviam prometido em suas orações. A criança foi criada na casa situada perto da piscina de Betzaeda.

Ali, no século XII, os Cruzados construíram uma igreja, que ainda existe, dedicada a Ana.

Culto aos avós de Jesus

 

A princípio, apenas Santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Porém, em 1969, após o Concílio Vaticano II, os pais de Maria passaram a ser celebrados em uma única data, 26 de julho.

Minha oração

“São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus, exemplos de perseverança na fé e na criação da mãe do Salvador, interceda a Jesus por todos os avós neste dia. Amém”. 

São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós! 

 

https://santo.cancaonova.com/santo/sao-joaquim-e-santana-avos-de-jesus/

Marta, Maria e Lázaro: os irmãos que sempre acolheram e confiaram em Jesus

 

Flavio Rogério Lopes

Santos ganharam um dia litúrgico próprio e passarão a ser celebrados conjuntamente em 29 de julho

‘A ressurreição de Lázaro’, pintura de Giotto di Bondone (1267 – 1337)

Os santos amigos de Jesus, Marta, Maria e Lázaro, ganharam um dia litúrgico próprio e passarão a ser celebrados conjuntamente em 29 de julho, conforme decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, promulgado pelo Papa Francisco no início deste mês. Com isso, os irmãos da cidade de Betânia foram incluídos no Calendário Romano.

O documento, assinado pelo Cardeal Robert Sarah e por Dom Arturo Roche, respectivamente, Prefeito e Secretário da Congregação, estabelece que esta memória constará em todos os calendários e livros litúrgicos para a celebração da missa e da Liturgia das Horas, cabendo às conferências episcopais, com aprovação vaticana, traduzir as variações e acréscimos nos devidos textos litúrgicos.

“Na casa de Betânia, o Senhor Jesus experimentou o espírito de família e a amizade de Marta, de Maria e de Lázaro. Por isso, o Evangelho de São João afirma que Ele os amava. Marta ofereceu-Lhe generosamente hospitalidade, Maria ouviu atentamente as suas palavras e Lázaro saiu de imediato do sepulcro a convite Daquele que aniquilou a morte”, diz o decreto.

Os irmãos de Betânia

O texto também recorda que, durante séculos, perdurou a incerteza quanto à identidade dessa Maria, pois o nome é comum a outras mulheres mencionadas nos Evangelhos. Foi por essa razão que somente Santa Marta havia sido inscrita no Calendário Romano em 29 de julho.

O Papa Francisco decidiu inscrever a memória dos santos Marta, Maria e Lázaro no Calendário Romano por considerar de grande importância o “testemunho evangélico dos três irmãos, que ofereceram ao Senhor Jesus a hospitalidade da sua casa, prestando-lhe uma atenção dedicada e acreditando que Ele é a ressurreição e a vida”.

Marta no Evangelho aparece em apenas três episódios (cf. Lc 10,38- 42; Jo 11,1-44; Jo 12,1-11). É uma mulher dinâmica, que sempre se dedicou a acolher Jesus. Maria também aparece três vezes em cena, nos Evangelhos (cf. Lc 10; Jo 11; Mt 26). É a mulher atenta e contemplativa, que dá mais atenção ao Senhor do que às “coisas do Senhor”. Lázaro, grande amigo de Jesus, que O fez chorar com sua morte, aparece no Evangelho de João (11,1-14; 12,1- 2), que relata a passagem em que é ressuscitado.

Nos ensinamentos de Francisco

As reflexões do Papa Francisco sobre estes três santos irmãos são numerosas. No primeiro ano do seu pontificado, no Angelus de 21 de julho de 2013, citando o episódio narrado pelo evangelista Lucas da visita de Jesus aos amigos Marta, Maria e Lázaro, o Pontífice recordou que, enquanto “Maria, aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”, “Marta estava empenhada em muitos serviços”.

E disse que “ambas ofereceram hospitalidade ao Senhor de passagem, mas o fizeram de maneira diferente: Maria ouvia (…), enquanto Marta se deixava absorver pelo que devia ser preparado, e assim, ocupada, ela se virou para Jesus dizendo: ‘Senhor, não se importa que minha irmã me deixou sozinha para servir? Então, diga a ela para me ajudar’”.

Francisco explicou então que a carinhosa reprimenda de Jesus – “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas, mas só uma … é o que falta” – destaca que a mulher estava demasiado absorta e preocupada com o que fazer. O Papa, porém, não define como opostas as atitudes das irmãs, e lembra que tais posturas “nunca devem ser separadas, mas devem ser vividas em profunda unidade e harmonia”, a ponto de que “no cristão, as obras de serviço e da caridade nunca se separam da fonte principal”, isto é, “ouvindo a Palavra do Senhor, estando – como Maria – aos pés de Jesus”.

Por isso, o Papa assinalou na ocasião que “uma oração que não conduza a uma ação concreta para com o irmão pobre, enfermo ou desamparado” é uma oração estéril e incompleta. Da mesma forma, “quando no serviço eclesial tu estás atento apenas ao fazer, dás mais peso às coisas, às funções, às estruturas, e esqueces a centralidade de Cristo, não reservas tempo para o diálogo com Ele na oração, corres o risco de servir-te a ti mesmo e não a Deus presente no irmão necessitado”

A ressurreição de Lázaro

No 5º Domingo da Quaresma de 2014, em 6 de abril, Francisco comentou a ressurreição de Lázaro e sua saída do túmulo ao grito de Jesus: “Lázaro, sai!”. De acordo com o Papa, “este grito peremptório se dirige a cada homem, porque todos estamos marcados pela morte”.

Por outro lado, em 5 de novembro de 2020, na homilia da missa pelo sufrágio de cardeais e bispos falecidos, em que o Evangelho narrava o episódio da ressurreição de Lázaro, Francisco voltou a enaltecer a fé de Marta, ao recordar que, mesmo diante do irmão morto e enterrado, ela acredita firmemente que Jesus pode fazer tudo.

“‘Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; quem vive e crê em mim não morrerá para sempre’, diz-lhe Jesus. E ‘a grande luz destas palavras prevalece sobre a escuridão do luto grave causado pela morte’ de seu irmão”, disse o Papa.

Marta aceita tudo e declara com firme profissão de fé: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo”. As palavras de Jesus, concluiu o Santo Padre, “transferem a esperança de Marta do futuro distante para o presente: a ressurreição já está perto dela, presente na pessoa de Cristo”.

(Com informações de Vatican News e Aleteia) (Texto escrito sob a supervisão de Daniel Gomes)

 

https://osaopaulo.org.br/vaticano/marta-maria-e-lazaro-os-irmaos-que-sempre-acolheram-e-confiaram-em-jesus/

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