01- Liturgia do 11.º Domingo do Tempo Comum – Ano B
A liturgia do 11º Domingo do Tempo Comum
convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança. Deus, fiel ao seu plano de salvação,
continua, hoje como sempre, a conduzir a história humana para uma meta de vida
plena e de felicidade sem fim.
- Celebramos a Páscoa semanal. Necessitamos da graça do Senhor para vivermos
conforme a sua vontade e trilharmos os seus caminhos. Na alegria e na esperança
de um mundo novo somos testemunhas do Ressuscitado. A Liturgia desse domingo
nos oferece a oportunidade de refletir sobre a vida e a ação da Igreja de hoje.
A Palavra Sagrada afirma que o Reino não é obra dos homens, mas de Deus. A
Comunidade cristã deve ter confiança total na ação divina.
- Hoje, as leituras nos ajudam a compreender a
presença de Deus entre nós por meio das pequenas manifestações. Para entrarmos no Reino, é necessário
escuta atenta da Palavra.
- O Evangelho nos mostra a manifestação do
mistério do Reino. Ele foi revelado aos discípulos de Jesus e à multidão. Já no início da parábola torna-se visível o
seu crescimento. No seu tempo, Deus mesmo fará a colheita. Em nosso tempo,
contribuímos lançando sementes.
- A parábola também nos revela a resposta de
Jesus diante dos desafios enfrentados por Ele e seus discípulos. Mostra-nos
que em meio às oposições, perseguições e resistências, é preciso continuar
semeando. Foi isso que Jesus fez. O mesmo deve ser feito por todos os cristãos.
Contudo, entendamos que a construção do Reino de Deus, não pode ser feita de
forma apressada. Também não chegará a nós de forma pronta. É necessário deixar
que o Espírito de Deus aja na vida e na história. Na experiência de comunidade
é preciso evitar burocracias e estruturas fechadas e pesadas. Elas atrapalham o
crescimento da semente do Reino.
- Ainda
podemos refletir que a Parábola da semente fixa o ritmo de crescimento do Reino
de Deus: o processo é lento. O semeador semeia e aguarda com paciência. A
semente vai germinando e crescendo lentamente, mesmo sem a participação do
lavrador. A força vital de Deus age, garantindo o sucesso da colheita, da
missão. Os frutos não dependem de quem semeou, mas da força da semente. O
crescimento do Reino depende da ação gratuita de Deus.
- O grão de mostarda destaca o grandioso
resultado da ação de Deus. A proposta do Reino, uma semente pequena e
insignificante no começo, torna-se proposta universal, aberta a todas as nações
e povos, que vão aderindo ao projeto de Deus, semeado por Jesus. Assim, o Reino de Deus é uma árvore frondosa,
ampla e acolhedora. As parábolas evocam a força da Palavra de Deus na vida
e na ação da Igreja.
- Na primeira leitura o profeta Ezequiel é
deportado para a Babilônia e enfrenta o peso da opressão. De sacerdote do
Templo, transforma-se em agricultor e profeta. Leva ao povo exilado esperança e
ânimo. Apresenta Deus como agricultor. Anuncia que Ele tira um galho da copa do
cedro e o planta sobre o monte onde está o Templo de Jerusalém. Mostra que é
Deus mesmo quem o fará crescer. O futuro está em suas mãos: faz a “árvore”
elevada abaixar-se, eleva a que foi rejeitada e torna verde tudo que está seco.
- No salmo
91(92) encontramos a ação de graças ao nome do Senhor Altíssimo, pela
fidelidade de seu amor e sua justiça para com todos. É o reconhecimento de que
Deus se manifesta em todas as coisas por Ele criadas para seus filhos e filhas
. - A segunda leitura nos mostra que a
história em que vivemos é comparável ao exílio: caminhamos na fé rumo ao Reino
de Deus definitivo. Habitar junto ao Senhor será a recompensa para quem tiver
realizado as boas obras. Devemos nos colocar a caminho, rumo à pátria
definitiva.
- Peçamos ao Senhor, a graça de vivermos em
sua presença. Caminhamos na certeza de que a Palavra de Deus nos alerta para os
perigos de um reino ostensivo, de uma religião triunfalista, que se anuncia com
ufanismo, grandeza visível e numérica. Ela nos convida à missão e ao serviço na
comunidade. Cresceremos a partir do que é pequeno e até invisível ao mundo.
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