domingo, 28 de junho de 2020

DEXAMETASONA x COVID-19


CONHEÇA O CORTICOIDE QUE PODE REDUZIR MORTES POR COVID-19

Remédio foi apontado hoje como possibilidade em tratamento de casos graves da doença; saiba como ele age no organismo


No dia 16 de junho, o corticoide Dexametasona ganhou os olhares do mundo. Isso porque a Universidade de Oxford anunciou que o medicamento pode ser um aliado no combate à Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus.

Segundo pesquisadores, a utilização do remédio conseguiu diminuir morte de pacientes intubados em um terço.

Ainda não se sabe ao certo como o medicamento age contra a Covid-19, mas especialistas alertam que o medicamento não surte efeitos em casos leves e que não necessitem de apoio respiratório. A Dexametasona também não pode ser usada como um método de prevenção.

Por usar uma dosagem baixa, de 6 mg, o estudo da Oxford ganhou credibilidade. Se usado em grande quantidade, os corticoides podem interromper a resposta imune do organismo, fazendo com que a medicação não tenha efeito.

Dexametasona é um anti-inflamatório e imunossupressor barato e de fácil acesso em diversos países. Ele é usado no tratamento de inflamações, câncer (em alguns casos), doenças pulmonares graves, artrite reumatoide, lúpus e doenças autoimunes.

Nesses tratamentos, no entanto, o corticoide é usado em combinação com antibióticos, antivirais e antiparasitários. Sozinho, o medicamento não é capaz de fazer o efeito esperado.

Dexametasona x Covid-19


Como dito antes, ainda não se sabe exatamente o motivo de o remédio ter eficácia contra a doença. A teoria é de que o corticoide age na redução de inflamações nos vasos sanguíneos, um efeito comum do vírus no organismo humano.

Essas inflamações são respostas do próprio corpo humano, que está tentando lutar contra o vírus e se defender. Essa resposta imunológica pode causar hematomas no corpo, mas a forma de se recuperar é diferente da de hematomas comuns. No caso da Covid-19, essa tentativa pode prejudicar os pulmões e prejudicar a respiração.

Mas essa tese sozinha não consegue evidenciar o motivo de o medicamento ajudar na redução da taxa de mortalidade.

O infectado NÃO deve se automedicar


Mesmo com a descoberta, os especialistas alertam que o uso da medicação precisa ser prescrito por um profissional de saúde. Isso porque os corticoides podem trazer problemas para pessoas portadoras de diabetes e osteoporose.

Oftalmologista também chama atenção para grupos de corticoides que podem causar glaucoma .

Além disso, todos os tipos de corticoide, apesar de agirem quase que da mesma maneira, não são proporcionais. As dosagens de diferentes medicamentos deste grupo podem ter efeitos e até mesmo valores diferentes. Por isso, é importante ter acompanhamento médico e que o tratamento seja prescrito.

Recepção                                                                                                 


Após o anúncio, a Sociedade Brasileira de Infectologia chegou a recomendar que pacientes infectados que estejam usando ventiladores e oxigênio sejam medicados com 6mg do corticoide, uma vez a cada dez dias, por via oral e endovenosa.

A Dexametasona também está sob estudo da Coalizão Covid-19 Brasil, que está em busca de uma “cura” para a doença, e deve ter tese divulgada dentro de pouco mais de um mês.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) encarou a descoberta como uma “ótima notícia” para o combate à Covid-19. “Parabenizo o governo do Reino Unido, a Universidade de Oxford e os muitos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para esse avanço científico que salvou vidas", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral do órgão.



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