01-
Olá! Pra começo de
conversa...
Irmãos
e irmãs, sejam bem-vindos! Assim como Jesus chamou seus discípulos para o monte
Tabor, para ali ser transfigurado, hoje Ele nos chama para fazermos a mesma experiência.
Este lugar sagrado em que nos reunimos, torna-se, para nós, um espaço da
manifesta- ção da glória do Senhor, da qual participamos sacramentalmente pelo
Batismo, sinal antecipado de nossa Páscoa.
.
Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos à Casa do Pai! Vivendo hoje o 2º Domingo da
Quaresma, o convite é que abramos o coração, deixemos que o Espírito Santo nos
preencha e vivamos este tempo de graça com intensidade.
A
Quaresma é tempo favorável para darmos novos passos em direção à mudança de
vida. Ela nos introduz nos caminhos do Mestre, a Face mais acolhedora e
misericordiosa do Pai. A Liturgia deste domingo nos ensina que para
compreendermos o amor do Pai é preciso mergulharmos no amor misericordioso de
Jesus e nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo. Subamos a montanha com Ele!
02- Liturgia do Segundo Domingo
da Quaresma- Ano B
- Neste Domingo da Quaresma, iluminados pela transfiguração de Jesus
Cristo, somos convidados a trilhar o caminho da conversão. O verdadeiro
discípulo escuta a Palavra, adere à vontade de Deus e transforma seu modo de
agir e pensar
. - Na primeira leitura vemos o testemunho de Abraão, nosso pai na fé.
Deus quis pôr Abraão à prova, pedindo-lhe o sacrifício de seu filho, Isaac, em
Moriá, sobre uma montanha. Um aspecto histórico que influenciou esse relato é
que os sacrifícios de crianças eram uma prática bastante comum entre os
cananeus e nas colônias fenícias do norte africano. Israel condenava a prática
e agia substituindo os sacrifícios humanos por animais. Para Israel, o
primogênito humano deve ser resgatado e consagrado ao Senhor em sinal de uma
aliança fecunda.
- No
Salmo 115(116) cantamos: "É sentida por demais pelo Senhor a morte de
seus santos, seus amigos". Deus estima seus filhos e filhas e não deseja
que percam a vida. Por isso, Ele nos oferece a vida eterna: "Andarei na
presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos".
- A
segunda leitura da carta aos Romanos parece ser um hino ao amor de Deus.
Paulo diz para a comunidade que Deus nos ama sem reservas, de maneira que
"não poupou seu próprio Filho". Iluminados pelo Novo Testamento,
entendemos que o sacrifício de Isaac prefigurou a Paixão de Jesus. Deus não
quer a morte do pecador, mas que se converta e tenha vida em abundância. No
altar nós não somos sacrificados, mas consagrados como filhos e filhas do mesmo
Pai. A oferenda vem d'Ele: o Filho
- O Evangelho
de Marcos quer responder à pergunta "Quem é Jesus". Jesus Cristo
revela sua identidade gloriosa como o amado Filho de Deus. Ele é o maior dos
profetas e mais que a Lei. O relato acontece após o primeiro anúncio da Paixão.
O evangelista relaciona a transfiguração com a morte e a ressurreição de
Cristo. Nota-se que elementos como "seis dias", "alta
montanha", "tendas", "nuvem e sombra" são referências
fortes a momentos da história bíblica em que Deus manifestou sua glória aos
homens. Estas manifestações de Deus chamamos de "Teofania". Pedro,
Tiago e João viveram essa visão externa da glória de Deus em Jesus. Hoje,
diferente daquele momento místico, Cristo se revela em nosso interior quando
oramos e vivemos o serviço ao próximo. A presença de "Elias e Moisés"
significa Profecia e Lei realizadas no Filho Bendito, conforme ensinou a voz
que saiu da nuvem: "Este é meu Filho amado. Escutai-o!" A visão da
glória futura tem um fundo de lição: o discípulo de Cristo deve trilhar o mesmo
caminho do seu Mestre.
- Muitos de nós gostaríamos de Páscoa
sem cruz. No entanto, a cruz de Jesus permanece no alto do monte como sinal de
amor incondicional de Deus por nós. A Cruz é porta da transfiguração, escada
que liga a terra e o céu e braços que acolhem a humanidade inteira. A Cruz é
caminho que conduz ao Ressuscitado. Não devemos perder tempo perguntando como
Deus nos prova. Desafios e superações também são inerentes à vida cotidiana. A
melhor atitude é a prontidão: "Eis-me aqui!", acompanhada da
esperança no Senhor. A provação é momento para amadurecer a fé, de passarmos ao
amor mais elevado. Essa dinâmica deve ser aplicada na vida comunitária e
familiar.
-
Que neste tempo favorável abramos nosso coração à ação do Espírito Santo para
que Ele nos converta profundamente ao amor do Pai e ao amor ao próximo.
Deixemos que Jesus nos transforme e sejamos mulheres e homens novos, sensíveis
aos apelos do Pai.
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/12/25_02_24.pdf
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