01- Liturgia do 9.º Domingo do Tempo Comum – Ano B
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A Liturgia deste domingo mostra a
observância do sábado como o dia sagrado para o povo judeu e onde se encontram
as raízes do nosso Domingo, Dia do Senhor.
- Na Primeira
Leitura do Livro de Deuteronômio a observância do sábado em Israel já é
atestada no séc. VIII a.C (Is 1,14; Am 8,5). No exílio e entre os judeus
dispersos pelos países o sábado era respeitado como dia de descanso e dia de
culto ao Senhor. Tornou-se um preceito que distinguia o povo judeu entre outros
povos que não tinham este costume.
- Este texto refere-se ao terceiro dos dez
mandamentos da Lei. O ser humano foi colocado por Deus como o cuidador da
criação divina. Na leitura o motivo para observar o sábado liga-se à libertação
de Israel do Egito. Israel servia ao faraó como escravo, "mas de lá o
Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido". Israel deixa
de "servir" ao faraó para servir a Deus como povo libertado. O texto
não exclui a santificação do sábado, mas tem um caráter mais social, ligado ao
trabalho e ao descanso. Israel é um povo livre, não escravos do trabalho.
"Só um povo livre pode 'liberar' um dia para Deus".
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Na segunda leitura Paulo, que foi
escolhido por Cristo para ser o evangelizador entre os pagãos, anunciou com
vigor a Palavra de Deus. Isso lhe trouxe muitos sofrimentos, seja da parte dos
judeus como de alguns cristãos da comunidade de Corinto por ele fundada. Paulo
não faz uma simples lamentação, mas em seus sofrimentos mostra as consequências
que a pregação do Evangelho pode trazer para quem foi escolhido por Cristo e
decidiu seguir sua doutrina. Ele se alegra porque Deus, que fez brilhar a sua
luz na criação ("faça-se a luz!"), agora faz brilhar a mesma luz no
coração daqueles que receberam a fé. Trazemos o tesouro da fé em frágeis vasos
de barro, para reconhecer que não agimos pela nossa força, mas pelo poder de
Deus. Paulo vivia a mística do seguimento de Jesus Cristo (cf. Mc 8,34-35):
"Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive
em mim. Minha vida presente na carne eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e se entregou por mim" (Gl 2,20)
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O Evangelho de Marcos apresenta duas
cenas e duas discussões de Jesus com os fariseus sobre a observância do sábado.
Uma cena no campo (2,23- 28) e outra na sinagoga (3,1-6). Na primeira cena os
discípulos são vistos pelos fariseus, colhendo espigas de trigo e debulhando-as
para comer os grãos. Em questão não está o mandamento de não roubar, pois a
quem tivesse fome era permitido colher grãos, mas só o suficiente para matar a
fome. Os fariseus criticam a Jesus porque seus discípulos colhiam espigas de
trigo em dia de sábado e assim violavam o repouso sabático. Jesus os defende e
com isso também a todos os famintos citando o caso de Davi. Portanto, a vida
das pessoas é mais importante do que observar a Lei. E Jesus acrescentou:
"O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado". Logo
em seguida Jesus entrou numa sinagoga e viu ali um homem com a mão seca.
Sabendo que os fariseus o observavam, Jesus disse ao homem da mão seca:
"Levanta-te e fica aqui no meio!" Muitos viram apenas um homem
aleijado. Jesus, porém, viu um homem, pai de família que não podia mais trabalhar
e teve compaixão; colocou-se no lugar dele e perguntou: "É permitido no
sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?"
Mas ninguém respondeu. Jesus olhou para os que estavam presentes, triste e
irritado porque eram duros de coração, isto é, sem compaixão; e disse ao homem:
"Estende a mão", e o homem ficou curado. Os fariseus e os partidários
de Herodes começaram a tramar a morte de Jesus. Enquanto Jesus defende a vida,
seus adversários tramam sua morte.
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Escolher entre o bem e o mal, entre salvar vidas e deixá-las morrer, custou
para Jesus a perseguição e a morte. Os discípulos de Jesus devem sempre
escolher a vida
https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2024/05/02_06_24.pdf
02- Mês de Junho
03-
Vermelho
é a cor comemorativa do mês de junho sobre a importância da doação de sangue,
que tem a data 14.06 como o Dia Mundial do Doador de Sangue. E o Junho Laranja
é voltado para a conscientização sobre a anemia e leucemia.
04- Orientações litúrgicas
sobre o Tempo Comum - 2.ª parte
O
Domingo de Pentecostes encerra o Tempo da Páscoa. Em seguida recomeça o Tempo
Comum, interrompido pela Quaresma.
Recomeça
na segunda-feira após Pentecostes e termina no sábado que antecede o 1º domingo
do Advento.
Em
alguns anos não há a 7ª ou a 8ª semana. Essas supressões são “acomodações” para
fechar o Tempo Comum sempre em 34 semanas.
O
termo “comum” não tem sentido pejorativo, mas remete aquilo que é corriqueiro
da caminhada de Jesus. Ou seja, tudo aquilo que está fora dos fatos históricos
mais importantes da vida de Jesus, que é o seu nascimento (Ciclo do Natal) e
sua paixão, morte e ressurreição (Ciclo da Páscoa).
É
um Tempo muito especial de viver o mistério da cotidianidade, tempo da caminhada
à luz do Espírito Santo, celebrado no Pentecostes, alimentado pelos sacramentos
e seguindo os passos dos santos.
É
um caminhar para a glória, pois a coroa desse tempo de graça é a solenidade de
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, no 34º e último domingo do Tempo
Comum, que marca também o encerramento do Ano Litúrgico. Esta solenidade é o
ponto alto da caminhada de Cristo e dos cristãos: “Se com ele morremos, com ele
viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (II Timóteo 2, 11-12).
Ao
longo das 34 semanas celebramos o mistério semanal do Domingo como “Dia do
Senhor”.
A
cor litúrgica que marca esse Tempo é o verde. Representa a esperança cristã, a
serenidade, a perseverança.
Na
2ª parte do Tempo Comum há os meses temáticos. São aqueles meses marcados por
um tema forte: agosto – vocação, setembro – bíblia, outubro – missão. Os meses
temáticos (estimados por uns e rejeitados por outros) têm despertado coisas
importantes nas nossas comunidades como consciência vocacional, interesse maior
pela Palavra de Deus, compromisso missionário, etc. Como a Campanha da
Fraternidade na Quaresma, os meses temáticos do Tempo Comum podem encaixar-se
bem na caminhada das comunidades sem prejudicar o eixo central desse tempo.
Referência:
Pe. José Bortolini. Coleção Por que Creio – Tempo Comum: 40
perguntas e respostas. São Paulo: Paulus, 2007.
https://padremarciocanteli.blogspot.com/2012/05/orientacoes-e-sugestoes-liturgicas-para.html
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