sexta-feira, 31 de maio de 2024

01- Liturgia do 9.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

 

 

01- Liturgia do 9.º Domingo do Tempo Comum – Ano B

- A Liturgia deste domingo mostra a observância do sábado como o dia sagrado para o povo judeu e onde se encontram as raízes do nosso Domingo, Dia do Senhor.

 - Na Primeira Leitura do Livro de Deuteronômio a observância do sábado em Israel já é atestada no séc. VIII a.C (Is 1,14; Am 8,5). No exílio e entre os judeus dispersos pelos países o sábado era respeitado como dia de descanso e dia de culto ao Senhor. Tornou-se um preceito que distinguia o povo judeu entre outros povos que não tinham este costume.

 - Este texto refere-se ao terceiro dos dez mandamentos da Lei. O ser humano foi colocado por Deus como o cuidador da criação divina. Na leitura o motivo para observar o sábado liga-se à libertação de Israel do Egito. Israel servia ao faraó como escravo, "mas de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido". Israel deixa de "servir" ao faraó para servir a Deus como povo libertado. O texto não exclui a santificação do sábado, mas tem um caráter mais social, ligado ao trabalho e ao descanso. Israel é um povo livre, não escravos do trabalho. "Só um povo livre pode 'liberar' um dia para Deus".

- Na segunda leitura Paulo, que foi escolhido por Cristo para ser o evangelizador entre os pagãos, anunciou com vigor a Palavra de Deus. Isso lhe trouxe muitos sofrimentos, seja da parte dos judeus como de alguns cristãos da comunidade de Corinto por ele fundada. Paulo não faz uma simples lamentação, mas em seus sofrimentos mostra as consequências que a pregação do Evangelho pode trazer para quem foi escolhido por Cristo e decidiu seguir sua doutrina. Ele se alegra porque Deus, que fez brilhar a sua luz na criação ("faça-se a luz!"), agora faz brilhar a mesma luz no coração daqueles que receberam a fé. Trazemos o tesouro da fé em frágeis vasos de barro, para reconhecer que não agimos pela nossa força, mas pelo poder de Deus. Paulo vivia a mística do seguimento de Jesus Cristo (cf. Mc 8,34-35): "Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2,20)

- O Evangelho de Marcos apresenta duas cenas e duas discussões de Jesus com os fariseus sobre a observância do sábado. Uma cena no campo (2,23- 28) e outra na sinagoga (3,1-6). Na primeira cena os discípulos são vistos pelos fariseus, colhendo espigas de trigo e debulhando-as para comer os grãos. Em questão não está o mandamento de não roubar, pois a quem tivesse fome era permitido colher grãos, mas só o suficiente para matar a fome. Os fariseus criticam a Jesus porque seus discípulos colhiam espigas de trigo em dia de sábado e assim violavam o repouso sabático. Jesus os defende e com isso também a todos os famintos citando o caso de Davi. Portanto, a vida das pessoas é mais importante do que observar a Lei. E Jesus acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado". Logo em seguida Jesus entrou numa sinagoga e viu ali um homem com a mão seca. Sabendo que os fariseus o observavam, Jesus disse ao homem da mão seca: "Levanta-te e fica aqui no meio!" Muitos viram apenas um homem aleijado. Jesus, porém, viu um homem, pai de família que não podia mais trabalhar e teve compaixão; colocou-se no lugar dele e perguntou: "É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?" Mas ninguém respondeu. Jesus olhou para os que estavam presentes, triste e irritado porque eram duros de coração, isto é, sem compaixão; e disse ao homem: "Estende a mão", e o homem ficou curado. Os fariseus e os partidários de Herodes começaram a tramar a morte de Jesus. Enquanto Jesus defende a vida, seus adversários tramam sua morte.

- Escolher entre o bem e o mal, entre salvar vidas e deixá-las morrer, custou para Jesus a perseguição e a morte. Os discípulos de Jesus devem sempre escolher a vida

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2024/05/02_06_24.pdf

02-  Mês de Junho

03-  

Vermelho é a cor comemorativa do mês de junho sobre a importância da doação de sangue, que tem a data 14.06 como o Dia Mundial do Doador de Sangue. E o Junho Laranja é voltado para a conscientização sobre a anemia e leucemia.

 

04- Orientações litúrgicas sobre o Tempo Comum -  2.ª parte

O Domingo de Pentecostes encerra o Tempo da Páscoa. Em seguida recomeça o Tempo Comum, interrompido pela Quaresma.

Recomeça na segunda-feira após Pentecostes e termina no sábado que antecede o 1º domingo do Advento.

Em alguns anos não há a 7ª ou a 8ª semana. Essas supressões são “acomodações” para fechar o Tempo Comum sempre em 34 semanas.

O termo “comum” não tem sentido pejorativo, mas remete aquilo que é corriqueiro da caminhada de Jesus. Ou seja, tudo aquilo que está fora dos fatos históricos mais importantes da vida de Jesus, que é o seu nascimento (Ciclo do Natal) e sua paixão, morte e ressurreição (Ciclo da Páscoa).

É um Tempo muito especial de viver o mistério da cotidianidade, tempo da caminhada à luz do Espírito Santo, celebrado no Pentecostes, alimentado pelos sacramentos e seguindo os passos dos santos.

É um caminhar para a glória, pois a coroa desse tempo de graça é a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, no 34º e último domingo do Tempo Comum, que marca também o encerramento do Ano Litúrgico. Esta solenidade é o ponto alto da caminhada de Cristo e dos cristãos: “Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (II Timóteo 2, 11-12).

Ao longo das 34 semanas celebramos o mistério semanal do Domingo como “Dia do Senhor”.

A cor litúrgica que marca esse Tempo é o verde. Representa a esperança cristã, a serenidade, a perseverança.

Na 2ª parte do Tempo Comum há os meses temáticos. São aqueles meses marcados por um tema forte: agosto – vocação, setembro – bíblia, outubro – missão. Os meses temáticos (estimados por uns e rejeitados por outros) têm despertado coisas importantes nas nossas comunidades como consciência vocacional, interesse maior pela Palavra de Deus, compromisso missionário, etc. Como a Campanha da Fraternidade na Quaresma, os meses temáticos do Tempo Comum podem encaixar-se bem na caminhada das comunidades sem prejudicar o eixo central desse tempo.

Referência:

Pe. José Bortolini. Coleção Por que Creio – Tempo Comum: 40 perguntas e respostas. São Paulo: Paulus, 2007.

https://padremarciocanteli.blogspot.com/2012/05/orientacoes-e-sugestoes-liturgicas-para.html

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